Jornada de grande glória no pavilhão Atlântico, com a disputa da final da UEFA Futsal Cup. Uma oportunidade única para o Benfica se afirmar como uma potência europeia na modalidade, perante um pavilhão quase esgotado, com mais de 9000 pessoas. A mobilização dos adeptos benfiquistas ajudaram a equipa a superar-se e a lutar arduamente por um feito inédito na história.
André Lima preparou muito bem o jogo contra o poderosíssimo Interviu, um histórico da modalidade e detentor do troféu até esta final. A equipa soube travar o pragmatismo cínico do ataque dos espanhóis, mas na primeira parte raramente conseguiu perturbar de forma continuada o último reduto do adversário. O Interviu foi a primeira equipa a marcar, numa excelente jogada de Marquinho, mas o Benfica não se atemorizou. Sempre com o público em fundo a apoiar, a equipa aproveitou muito bem as bolas paradas. Em duas ocasiões, Joel Queiroz primeiro e Arnaldo depois puseram o Benfica em vantagem, o 2º golo já na 2ª parte.
A segunda parte foi muito diferente da primeira, e foi um autêntico massacre encarnado. Só o enorme guarda-redes do Interviu impediu que o Benfica arrumasse com a final, e garantiu tempo extra de sofrimento. Isto porque apesar do domínio esmagador encarnado, o Interviu conseguiu alcançar o empate. O volume de jogo encarnado foi sempre muito superior ao do adversário, com César Paulo e Ricardinho em maior destaque nas acções ofensivas.
Gonçalo Alves, Pedro Costa e Davi foram sempre mais importantes em missões defensivas, cumprindo sempre com grande determinação e acerto as tarefas que lhes foram incumbidas. Já no prolongamento, na 1ª parte, Davi desferiu um remate indefensável e fixou o resultado no 3-2 final. Na segunda parte do tempo extra o Interviu apertou imenso, jogando em 5 para 4 com guarda-redes avançado, e foi aí que mais se notou a boa preparação da equipa para este jogo. Contrariamente a desafios recentes em que o Benfica teve dificuldades em lidar com esta estratégia do adversário, o Benfica defendeu de forma exemplar.
Bebé ainda fez duas defesas crucias para segurar a vitória, e quanto o tempo se esgotou finalmente, foi a explosão de alegria. Um feito inédito do Benfica e do futsal português, com o título de campeão europeu a ser ganho às mãos do anterior detentor do troféu, equipa reputada como a mais forte do continente.
Um feito histórico, conseguido por uma equipa que fez do seu talento natural e da capacidade de sofrimento as principais armas para conseguir levar ao rubro um pavilhão ansioso por celebrar um feito deste calibre. Excelente toda a equipa, excelente a preparação da equipa para este desafio de dificuldade máxima, e fantástico também o público presente.
Muitos parabéns ao futsal, e viva o Benfica!