E quando o presidente do Benfica desrespeitou os estatutos do clube a que preside sem sequer disfarçar?
Citando o Artigo 3º dos estatutos do Sport Lisboa e Benfica, revistos já com Luís Filipe Vieira no poder, “ao Sport Lisboa e Benfica são interditas actividades de carácter político-partidário e de proselitismo religioso”. Por outras palavras, os estatutos dizem que o Benfica tem que se afastar da política e da religião. O cumprimento deste artigo é de vital importância, pois está de acordo com um dos principios básicos do Benfiquismo, que também está estipulado nos estatutos, não se diferenciado sócios (e, extrapolando, adeptos) “em razão da raça, género, sexo, ascendência, língua, nacionalidade ou território de origem, condição económica e social e convicções políticas, ideológicas e religiosas”. Ou seja, por uma questão de respeito pelas convicções políticas, ideológicas e religiosas, o líder de todos os Benfiquistas não pode, de todo, usar o clube em benefício das suas próprias convicções extra-desportivas.
Recorde-se que, em plena campanha para as eleições autárquicas, Luís Filipe Vieira recebeu Assunção Cristas, presidente do CDS/PP e candidata à Câmara Municipal de Lisboa, sendo tal o motivo pelo qual me debruço sobre este assunto.
O Benfiquista Crítico 