Alfredo, o Três Pés

Alfredo Abrantes

Nome completo
Alfredo Saúl Abrantes Abreu
Posição
médio
Data de nascimento
19 Abril 1929
Data de morte
16 Abril 2005 (76 anos)
País
Portugal
Periodo na equipa principal

1954-1959


Equipa Principal Jogos Minutos Cartões (A./V.) Golos
  1954/1955 18 1620 0 / 0 1  
Campeonato Nacional 14 1260 0 / 0 1
Taça de Portugal 4 360 0 / 0 0
Amigáveis 5 0
  1955/1956 26 2340 0 / 0 0  
Campeonato Nacional 23 2070 0 / 0 0
Taça de Portugal 1 90 0 / 0 0
Taça Latina 2 180 0 / 0 0
Amigáveis 14 0
  1956/1957 29 2610 0 / 0 0  
Campeonato Nacional 24 2160 0 / 0 0
Taça de Portugal 3 270 0 / 0 0
Taça Latina 2 180 0 / 0 0
Amigáveis 0 0
  1957/1958 31 2790 0 / 0 0  
Campeonato Nacional 21 1890 0 / 0 0
Taça de Portugal 8 720 0 / 0 0
Taça dos Campeões Europeus 2 180 0 / 0 0
Amigáveis 18 0
  1958/1959 35 3150 0 / 0 0  
Campeonato Nacional 26 2340 0 / 0 0
Taça de Portugal 9 810 0 / 0 0
Amigáveis 9 0
  1959/1960 3 270 0 / 0 0  
Campeonato Nacional 1 90 0 / 0 0
AF Lisboa Taça de Honra 1ª Divisão 2 180 0 / 0 0
Amigáveis 1 0
Total Jogos Amigáveis 47 0
Total Jogos Oficiais 142 12780 0 / 0 1
Na equipa principal

Primeiro jogo

Último jogo


Por administrador a Segunda, 6 Novembro 2023

Shoky



Nome Completo: ALFREDO Saúl Abrantes Abreu
Posição: Extremo Direito
Nacionalidade: Português (Internacional A)
Data de Nascimento: 19-04-1929
Número da Camisola: ?
Pé Preferido: Direito



Épocas completas no Benfica: 6
Total de Jogos pelo Benfica: 140
Total de Golos pelo Benfica: 1
Títulos pelo Benfica:
3 Campeonatos Nacionais (1954/1955; 1956/1957; 1959/1960)
3 Taças de Portugal (1954/1955; 1956/1957; 1958/1959)


1954/1955
Jogos: 18
Golos: 1 (1 na Liga)

1955/1956
Jogos: 26
Golos: 0

1956/1957
Jogos: 29
Golos: 0

1957/1958
Jogos: 31
Golos: 0

1958/1959
Jogos: 35
Golos: 0

1959/1960
Jogos: 1
Golos: 0

Shoky

Alfredo Saúl Abrantes Abreu. Lisboa. 19 de Abril de 1929. Médio.
Épocas no Benfica: 6 (54/60). Jogos: 140. Golos: 1. Títulos: 3 (Campeonato Nacional) e 3 (Taça de Portugal).
Outros clubes: Oriental. Internacionalizações: 1.


Equipa 1954/1955

Tão perfeito e rápido era na execução do desarme que a dúvida persistia. Qual foi o pé utilizado? Ganhou, por isso, alcunha. Três Pés lhe chamaram. Era lisonja. E Alfredo gostava. Nasceu na Lisboa popular, na Lisboa pobre. No Oriental começou a luzir, lá por Marvila. Alfredo era extremo-direito, naquela tendência juvenil para viver mais intimamente ligado ao golo. O Sporting namorou-o. Ainda se treinou de verde, por uma única vez. Agradou, rogaram-lhe que ficasse, usou expediente adequado. O pai não autorizava. Era mentira, era vermelho o coração. Do Benfica.

Já sénior, já defesa, investiram, então, o Belenenses e o FC Porto. Debalde também. Só poderia ser outro, o caminho. Finalmente aberto, pouco depois. A paciência deu lugar à impaciência. Benfiquista de alma, agora também de ficha. Queria apresentar-se ao serviço.

O desvairo iniciou-se em 54/55. Era mesmo para alucinar. Campeonato e Taça no bornal. Com as impressões digitais de Costa Pereira, Jacinto, Artur Santos, Coluna, Caiado, Ângelo, Palmeiro, José Águas, Arsénio. Também já as de Alfredo. Parecia fácil jogar ao lado de campeões. Continuava a destacar-se na leveza com que desarmava os oponentes. Frugal, perseverante, eficaz, ficavam-lhe bem os adjectivos.

Viveu mais quatro anos em alta. Antes do Mundial da Suécia de 58, numa entrevista, considerou "aquele interior do Santos, chamado Pelé, o jogador mais difícil de marcar". Tinha olho vivo. De José Águas, ainda militava no Oriental, havia dito algo semelhante. Também não se equivocou. Águas, agora, companheiro de equipa ou uma enxaqueca a menos. Com ele, com os outros, ganhou três Campeonatos e três Taças de Portugal. Até ouviu A Portuguesa, inamovível e trajado a rigor, em jogo internacional.

A despedida bem poderia ter sido na temporada de 59/60. Nos arrebaldes de Lisboa, no Jamor, com cartaz de pompa. Era a final da Taça. Pela primeira vez, um Chefe de Estado desceu ao relvado. Cumprimentou Américo Tomás. Poderia também ter cumprimentado uma gigantesca onda vermelha. Seria o adeus em apoteose.

Alfredo prosseguiu mais uma época no Benfica. Tão-só para um jogo fazer. Madrasto, o tempo, já não era o mesmo Três Pés. Mas assim ficou, com justiça, na selecta benfiquista.



Tópico: Memorial Benfica, Glórias
Autor: Ednilson
Link: http://www.serbenfiquista.com/forum/index.php?topic=22362.0

JPG

Oriental  :metal:

Apesar de já não lá morar "nasci" e cresci nessa zona e é um clube que ainda ia tendo algum apoio, infelizmente perdeu-se talvez irremediavelmente por divisões secundárias.

Um ainda posso contar um antigo caso de corrupção que envolveu o oriental e o setubal e que mostra como dantes as coisas eram punidas de maneira diferente e exemplar.

Quanto a este Alfredo, confesso que nunca tinha ouvido falar...


Red skin

Belo trabalho q se está a fazer nesta seção... trazendo para a memória os q merecem ser recordados pelos benfiquistas!

loftarasa

São bombons senhores, são bombons!

Rikurveojmal


RedVC

#7
Citação de: Rikurveojmal em 04 de Abril de 2020, 19:15
Qual era o terceiro pé?


Alfredo foi um excelente centrocampista das nossas grandes equipas da década de 50.







Merece o respeito e a gratidão de todos os Benfiquistas.


Alexandre1976

Um dos esteios da zona defensiva do Benfica da década de 50.Com Otto Gloria foi indiscutível perdendo preponderância com a chegada de Guttmann.Jogava habitualmente no miolo embora fosse algumas vezes utilizado na Defesa.Contemporanio de um sector mais recuado onde estavam Jacinto,Naldo,Angelo,Artur,Caiado,Pegado,Calado ou Zezinho.