Benfica, uma máquina de fazer golos

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A Liga portuguesa entrou na 21ª jornada, dobrou a primeira volta à 17ª e já há uma equipa que se destaca – e de que maneira – pela capacidade atacante.

  

O SL Benfica é, nesta altura, a formação mais concretizadora do campeonato luso. Com 80 em 33 jogos oficiais e depois do 5-0 ao CF Os Belenenses, na sexta-feira, as “águias” continuam a mostrar neste arranque de 2016 uma capacidade de finalização verdadeiramente avassaladora.

O Sporting CP lidera a tabela em Portugal, mas é o segundo classificado Benfica, embora com mais um jogo, que brilha na altura de marcar golos. À 21ª ronda os homens da Luz já marcaram 59 golos no campeonato contra 43 do segundo melhor ataque, precisamente o dos “leões”. Olhando para a História, é preciso recuar até 1983/84 para ver um Benfica com a pontaria tão afinada – 56 tentos em 20 jogos. Só no mês de Janeiro, a formação orientada por Rui Vitória registou 27 golos em oito jogos, todas as competições incluídas, 20 deles na Liga, sete em duas partidas na Taça da Liga.

Em finais do último mês os “encarnados” chegaram mesmo a ser a formação mais concretizadora da Europa em termos parciais (com 23 tentos em sete jogos até dia 27), à frente de equipas como Mónaco (21 em cinco) e Barcelona (20 em sete) – estando o Sporting na altura em quarto entre as formações que mais golos marcaram nesses primeiros 27 dias do ano entre os principais campeonatos europeus, com 17 tentos em sete desafios.

 

Kostas Mitroglou leva 11 golos na Liga portuguesa

Responsáveis? Rui Vitória manteve o sistema que vinha de épocas anteriores, o 4-4-2 que tantos frutos tinha dado, e conta com alguns jogadores em grande forma, a começar por Jonas. O atacante brasileiro é o melhor marcador da Liga portuguesa, com 21 golos, mais cinco do que o segundo classificado, o sportinguista Islam Slimani (16), e é segundo na corrida à Bota de Ouro ESM, atrás do argentino do Napoli, Gonzalo Higuaín (22 golos). Jonas fez cerca de 39% os golos da equipa na Liga. O segundo melhor marcador é o grego Kostas Mitroglou, com oito tentos.

Tudo isto num cenário que muitos apontam como difícil. E porquê? Porque aquele que diversos analistas consideram um dos melhores jogadores a actuar em Portugal, Nicolás Gaitán, esteve lesionado durante alguns jogos no mês de Janeiro, não podendo dar o seu contributo à equipa. Por outro lado, o extremo-direito Eduardo Salvio, peça importante nos últimos anos e também ele marcador e criador de golos, ainda não jogou esta temporada, devido a uma lesão grave num joelho.

 

O português Pizzi, agora, e o jovem Gonçalo Guedes, no arranque da época, têm feito esquecer o contributo do argentino, mas não é de todo descabido pensar que com o agora regressado Gaitán e com o contributo de Salvio mais à frente, a equipa do Benfica pode melhorar ainda a sua capacidade ofensiva para o que resta da época.

 

Pizzi e Jonas têm sido fundamentais na manobra ofensiva do campeão português

Defensivamente, o Benfica está no lote de segundas equipas menos batidas em Portugal, com 14 golos (os mesmos de Sporting e Sp. Braga), só atrás do FC Porto (12). Jardel e Lisandro López têm dado boa conta de si no eixo da defesa desde que, em Novembro, o capitão Luisão fracturou um braço. O internacional brasileiro ainda não regressou e não há data para tal, mas poderá ainda ser um importante reforço para o sector, tal como Nélson Semedo

 

O lateral-direito não jogava desde Outubro, altura em que estava a ganhar preponderância defensiva e ofensiva na equipa, e regressou agora após lesão. Rui Vitória tem, assim, em perspectiva o aumento das opções ao seu dispor ofensiva e defensivamente, facto que poderá melhorar ainda mais o potencial benfiquista. E vem lá um importante embate dos oitavos-de-final a UEFA Champions League frente ao FC Zenit.

 

 

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