Um ano e meio após a sua morte (5 de janeiro de 2014), a memória de Eusébio da Silva Ferreira será perpetuada no monumento destinado às figuras que marcaram a História de Portugal.
Os restos mortais do ‘Pantera Negra’ ficarão, a partir de amanhã, na sala 2 do Panteão Nacional, em Lisboa, que acolhe as arcas tumulares do escritor Aquilino Ribeiro, do general Humberto Delgado (opositor ao Estado Novo) e da escritora Sophia de Mello Breyner Andresen.
A viagem para a última morada do inesquecível futebolista português deverá ser acompanhada por milhares de pessoas, espalhadas ao longo de todo o percurso – do Cemitério do Lumiar ao Campo de Santa Clara – com passagem pelo Estádio da Luz, onde será entoado o hino do Benfica, o clube do seu coração.
Não é estranho, pois, que a organização da cerimónia, no que diz respeito à passagem do cortejo pelas ruas e avenidas da capital, tenha tomado como referência a operação montada aquando da trasladação de Amália Rodrigues, do Cemitério dos Prazeres para o Panteão, a 8 de junho de 2001. Segundo o CM apurou, os procedimentos serão muito idênticos. Uma escolta feita por 22 motos, na primeira fase, e 54 cavalos a partir do Parque Eduardo VII dizem bem da envergadura da operação, que começou a ser ensaiada, no terreno, na segunda- -feira e que se prolongou por toda a semana. Para hoje, está previsto o treino do pelotão das motos.
A última cerimónia do género realizou-se há um ano (3 de julho de 2014), com a trasladação dos restos mortais da escritora Sophia de Mello Breyner Andresen do Cemitério de Carnide para o Panteão Nacional. Além da passagem pelo Estádio da Luz, a chegada ao topo do Parque Eduardo VII constitui um dos pontos altos da trasladação.
Será neste local que a urna é transferida para uma charrete, passando a escolta ao cortejo a ser feita por cavalos até ao monumento. As atuações de Dulce Pontes, que cantará o hino nacional à chegada da urna ao Panteão, e de Rui Veloso, que interpreta dois temas (19h20), são outros momentos aguardados com expectativa.
