O treinador italiano Giovanni Trapattoni recordou o antigo futebolista português Eusébio, considerando-o um amigo e um adversário leal que era impossível deter.
"Era um amigo, um adversário muito leal e quando o encontrei no Benfica, como elemento da estrutura do clube, foi um amigo. Vai fazer muita falta, é uma grande perda", afirmou o antigo treinador do Benfica, em declarações à agência Lusa.
O italiano, que levou o Benfica ao título de campeão português em 2004/05, defrontou ao serviço do AC Milan Eusébio, recordando-se do embate da final da Taça dos Campeões Europeus de 1962/63, em Wembley, cujo lance do golo do "Pantera Negra" juntou ambos numa fotografia histórica.
"É uma fotografia que tenho no meu livro de recordações, que mostra quando Eusébio arranca do meio-campo, em potência, e eu corro direito a ele, mas ele era muito mais veloz do que eu e fez um golo a Ghezzi, um golo incrível, e agora devo reconhecer que era impossível deter o Eusébio", explicou Trapattoni.
O antigo futebolista apenas equipara o brasileiro Pelé a Eusébio, sem esquecer que o Benfica, na altura, já contava com Mário Coluna.
"O Benfica antes do Eusébio tinha o Coluna, mas o Eusébio era o maior no seu tempo. Creio que nessa altura só se falava de Pelé e Eusébio, que venceu a Taça dos Campeões. Era um jogador com técnica potente, que fazia golos de pé em força, mas também fazia golos de cabeça", salientou.
A morte de Eusébio, no domingo, aos 71 anos, vítima de paragem cardiorrespiratória, surpreendeu Trapattoni, apesar de o italiano já ter conhecimento do débil estado de saúde do português.
"Já sabia que o Eusébio não estava bem, mas creio que devo uma palavra à família, que foi um grande desgosto, porque Eusébio não era só um campeão, um adversário, mas também um grande amigo quando estive no Benfica. Ajudou-me, esteve comigo e, por isso, considero que é uma grande perda para mim, mas também para o futebol mundial, porque Eusébio, no seu tempo e com o grande Benfica, era juntamente com o Pelé um dos grandes jogadores do Mundo", rematou.
Trapattoni: "Era impossível deter o Eusébio"
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Ex-treinador do Benfica e antigo jogador do AC Milan foi adversário do Rei e recorda o final da Taça dos Campeões de 1962/63.