Niguém consegue ficar indiferente aos acontecimentos verificados no F.C.Porto - Académica em que a equipa de arbitragem esteve em destaque, mas pela negativa. Já esta terça-feira, o Sport Lisboa e Benfica, através do seu site oficial, publicou uma carta aberta questionando o Conselho de arbitragem da Liga e da Federação Portuguesa de Futebol.
O SL-Benfica.com também não fica indiferente e publica na íntegra a carta aberta do Benfica, publicada hoje, no site oficial do clube da Luz:
Caríssimos senhores Luís Guilherme e José António Pinto de Sousa:
«Caríssimos senhores Luís Guilherme e José António Pinto de Sousa:
Estarão, por certo, recordados do desabafo de um jogador de futebol que, no corrente campeonato nacional de futebol, ao ver ser-lhe inacreditavelmente anulado um golo limpo e precioso, mais não conseguiu proferir do que um "fiquei esmagado", expressão que, decorridas as doze primeiras jornadas, sintetiza na perfeição os nefastos efeitos que um conjunto invulgarmente excessivo de arbitragens a todos os títulos lamentáveis tem produzido em desfavor da respeitabilidade exigida à mais importante prova do calendário nacional.
Semana a semana, o país tem vindo, de facto, a ficar "esmagado" com a predestinação, no campo da arbitragem, de uma série de actuações medíocres, tendenciosas e persistentes que mais não fazem do que contribuir, de um modo geral, para o descrédito do futebol.
E, de um modo mais particular, a contribuir para o descrédito competitivo desta nova Super Liga em que, pela primeira vez e por vontade dos clubes, entre os quais o nosso, a arbitragem foi entregue aos árbitros, numa decisão histórica determinada pelo senso comum e pela boa fé na idoneidade de todos os que se dizem interessados na limpeza e consequente transparência da arbitragem nacional.
Foi o Benfica participante crédulo e activo nessa transformação estrutural, na legítima esperança de que uma benéfica alteração ocorresse nos campos de futebol de modo a que terminasse de vez o inibidor clima de suspeita que envolve a arbitragem, desde que, em tempo não muito distantes, alguns casos mais gravosos chegaram mesmo a ser alvo de investigações da Polícia Judiciária.
Foi porque os homens da arbitragem garantiram que, ao tomar em mãos o seu sector, actuariam eles próprios, e de forma imediata, no julgamento e punição de situações clamorosas, que o Benfica apoiou a mudança.
Foi porque os homens da arbitragem, ao tomar em mãos o seu sector, se comprometeram a fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para que a arbitragem portuguesa não voltasse, como um passado recente, a ser dirigida de fora para dentro, que o Benfica defendeu a mudança.
Foi porque os homens da arbitragem traçaram uma linha de objectivos tendente à respeitabilidade do seu sector e disseram recusar os métodos e as práticas dos "velhos tempos", que o Benfica aplaudiu a mudança.
E o que temos hoje?
Lamentavelmente, estamos perante um quadro de actuações continuadamente desastrosas que tem legitimado todas as dúvidas sobre a lealdade entre concorrentes e que, por excesso, tornou já imparável, de Norte a Sul do país, a questão que todos colocam:
- A Super Liga de 2002/2003 quer ou não quer ser uma competição séria?
É isto que pergunta o público que paga bilhete, perguntam os investidores, perguntam dirigentes, treinadores, perguntam os patrocinadores, os jogadores, e, perante o avolumar de situações de extrema polémica, começa já a perguntar também a imprensa, mesmo a tradicionalmente mais talhada para a condescendência.
O Benfica não está sózinho nesta luta. Outros clubes, outros dirigentes viram-se forçados a vir recentemente a terreiro, dando sinais de protesto e de enorme preocupação face ao rumo tão vincado, tão dirigido, dos acontecimentos.
O Benfica aprecia o esforço desses dirigentes que, com palavras avisadas e respeitadoras têm vindo a juntar as suas vozes em defesa da seriedade da Super Liga de 2002/2003.
O Benfica, como a maioria dos outros clubes, está farto e não tolerará mais ouvir dizer, em defesa do que não tem defesa de espécie alguma, que "errar é próprio dos homens", sobretudo quando errar tanto já é desumano.
Caríssimos Luís Guilherme e José António Pinto de Sousa, de quem não duvidamos nem da competência, nem da seriedade, nem do empenho, nem - muito menos - do embaraço que hoje devem sentir: o que pretendem os senhores fazer para que a Super Liga 2002/2003 chegue ao fim envolta no espírito de transparência, de justiça e de renovação com que, esperançosamente, se iniciou?»
O SL-Benfica.com também não fica indiferente e publica na íntegra a carta aberta do Benfica, publicada hoje, no site oficial do clube da Luz:
Caríssimos senhores Luís Guilherme e José António Pinto de Sousa:
«Caríssimos senhores Luís Guilherme e José António Pinto de Sousa:
Estarão, por certo, recordados do desabafo de um jogador de futebol que, no corrente campeonato nacional de futebol, ao ver ser-lhe inacreditavelmente anulado um golo limpo e precioso, mais não conseguiu proferir do que um "fiquei esmagado", expressão que, decorridas as doze primeiras jornadas, sintetiza na perfeição os nefastos efeitos que um conjunto invulgarmente excessivo de arbitragens a todos os títulos lamentáveis tem produzido em desfavor da respeitabilidade exigida à mais importante prova do calendário nacional.
Semana a semana, o país tem vindo, de facto, a ficar "esmagado" com a predestinação, no campo da arbitragem, de uma série de actuações medíocres, tendenciosas e persistentes que mais não fazem do que contribuir, de um modo geral, para o descrédito do futebol.
E, de um modo mais particular, a contribuir para o descrédito competitivo desta nova Super Liga em que, pela primeira vez e por vontade dos clubes, entre os quais o nosso, a arbitragem foi entregue aos árbitros, numa decisão histórica determinada pelo senso comum e pela boa fé na idoneidade de todos os que se dizem interessados na limpeza e consequente transparência da arbitragem nacional.
Foi o Benfica participante crédulo e activo nessa transformação estrutural, na legítima esperança de que uma benéfica alteração ocorresse nos campos de futebol de modo a que terminasse de vez o inibidor clima de suspeita que envolve a arbitragem, desde que, em tempo não muito distantes, alguns casos mais gravosos chegaram mesmo a ser alvo de investigações da Polícia Judiciária.
Foi porque os homens da arbitragem garantiram que, ao tomar em mãos o seu sector, actuariam eles próprios, e de forma imediata, no julgamento e punição de situações clamorosas, que o Benfica apoiou a mudança.
Foi porque os homens da arbitragem, ao tomar em mãos o seu sector, se comprometeram a fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para que a arbitragem portuguesa não voltasse, como um passado recente, a ser dirigida de fora para dentro, que o Benfica defendeu a mudança.
Foi porque os homens da arbitragem traçaram uma linha de objectivos tendente à respeitabilidade do seu sector e disseram recusar os métodos e as práticas dos "velhos tempos", que o Benfica aplaudiu a mudança.
E o que temos hoje?
Lamentavelmente, estamos perante um quadro de actuações continuadamente desastrosas que tem legitimado todas as dúvidas sobre a lealdade entre concorrentes e que, por excesso, tornou já imparável, de Norte a Sul do país, a questão que todos colocam:
- A Super Liga de 2002/2003 quer ou não quer ser uma competição séria?
É isto que pergunta o público que paga bilhete, perguntam os investidores, perguntam dirigentes, treinadores, perguntam os patrocinadores, os jogadores, e, perante o avolumar de situações de extrema polémica, começa já a perguntar também a imprensa, mesmo a tradicionalmente mais talhada para a condescendência.
O Benfica não está sózinho nesta luta. Outros clubes, outros dirigentes viram-se forçados a vir recentemente a terreiro, dando sinais de protesto e de enorme preocupação face ao rumo tão vincado, tão dirigido, dos acontecimentos.
O Benfica aprecia o esforço desses dirigentes que, com palavras avisadas e respeitadoras têm vindo a juntar as suas vozes em defesa da seriedade da Super Liga de 2002/2003.
O Benfica, como a maioria dos outros clubes, está farto e não tolerará mais ouvir dizer, em defesa do que não tem defesa de espécie alguma, que "errar é próprio dos homens", sobretudo quando errar tanto já é desumano.
Caríssimos Luís Guilherme e José António Pinto de Sousa, de quem não duvidamos nem da competência, nem da seriedade, nem do empenho, nem - muito menos - do embaraço que hoje devem sentir: o que pretendem os senhores fazer para que a Super Liga 2002/2003 chegue ao fim envolta no espírito de transparência, de justiça e de renovação com que, esperançosamente, se iniciou?»