Competição: Liga ZON Sagres - 25ª Jornada
Estádio: Estádio do Sport Lisboa e Benfica, Lisboa
Data: Sábado, 31 de Março de 2012
Hora: 21h15
Transmissão: SportTV 1
Mais um grande jogo no Estádio da Luz, e mais um jogo de vida ou de morte. Depois dos últimos dois meses terem sido completamente desastrados e o Benfica ter passado de uma liderança confortável a um periclitante 3º posto, a recepção ao Braga afigura-se não só como decisiva para manter a luta pelo primeiro lugar, como é um autêntico teste à capacidade de sobrevivência desta equipa. Qualquer outro resultado que não seja a vitória implicará muito provavelmente o fim do sonho do título, por muito que o nosso maior rival continue a fazer-nos acreditar no contrário.
O meu desânimo pelos últimos dois meses de competição não podia ser maior, e é sem qualquer previsão quanto ao resultado que faço a antevisão do jogo. Estaremos a apoiar um Benfica que tem sido uma completa frustração de expectativas geradas entretanto, e é impossível saber como a equipa vai reagir à pressão. Esta época já reagiu umas vezes bem, outras vezes muito bem, outras vezes mal, e outras vezes foi um verdadeiro desastre. Que Benfica teremos? Um Benfica dominador, confiante e ganhador? Ou um Benfica cansado, desmoralizado e perdedor? A palavra aos jogadores e equipa técnica.
Se do lado do Benfica não sabemos o que esperar, já do lado do Braga é mais fácil antever o comportamento da equipa. Com mais 24 horas de descanso que o Benfica (com tão pequena diferença não existe, portanto, nenhum atenuante a este nível), o Braga certamente fará na Luz aquilo que vem fazendo nos últimos meses para o campeonato: ter uma postura atacante, baseada na gestão da posse de bola, evitando correr riscos e tentando maximizar o rendimento de peças cuja influência tem sido muito grande na equipa bracarense, como são os casos de Lima, Hélder Barbosa ou mesmo do regressado Alan.
Se o Braga alinhará quase certamente num 4-2-3-1, o Benfica devia repetir a dose. Digo devia, pois não podia estar mais céptico quanto à utilização deste esquema neste jogo por parte do técnico Jorge Jesus. Cansado que estou das opções e teimosias do nosso treinador, não me esforço por antever qual o onze titular do Benfica, optando antes por vos transmitir qual o onze que eu escolheria para este encontro. Não andaria longe disto:
Benfica: Artur, Capdevila, Miguel Vitor, Luisão, Maxi Pereira, Javi Garcia, Witsel, Nolito, Gaitan, Bruno César e Cardozo.
Acredito que com este onze seria possível colmatar da melhor forma a ausência de Aimar, castigado, dando a Gaitán a responsabilidade de ser o pivot das nossas transições ofensivas, um papel em que esteve por exemplo em destaque no jogo frente ao Chelsea, embora tenha jogado noutra posição diferente. Será a oportunidade de jogarmos finalmente com onze jogadores de início, vendo a suspensão do inenarrável Emerson e da lesão do esforçado mas insuficiente Jardel.
Do lado do Braga, acredito que a equipa não fuja muito do seguinte alinhamento:
Quim, Elderson, Douglão, Nuno André Coelho, Miguel Lopes, Custódio, Hugo Viana, Mossoró, Hélder Barbosa, Alan e Lima.
Chamo a atenção para o potencial perigo que advém da capacidade de circulação da bola do Sporting de Braga, em contraste com épocas passadas com Domingos em que era uma equipa que jogava deliberadamente para surpreender, e não para assumir os jogos. Por um lado isto significa que diante de nós não estará uma equipa tão fechada, mas por outro lado são conhecidas as nossas dificuldades contra equipas que ocupam bem os espaços e gerem bem a posse de bola. É fundamental ter um meio campo predisposto para gerir o jogo nestas condições.
Não há desculpas, não há atenuantes e não há mais margem para errar. É matar ou morrer, e a bem da honra deste clube e dos seus profissionais, é bom que no final os três pontos nos sorriam a nós. Qualquer outro resultado e mais vale começar a preparar com calma a próxima época.