«Porque será?...» Não, não me refiro à camisola que Mário Jardel tantas vezes mostrou durante a época passada, mas sim, pretendo questionar-me sobre o facto da nossa «antiga» primeira divisão ser agora designada de SuperLiga. Mas afinal, qual o motivo pelo qual decidiram apelidar esta Liga de Super? Pois de Super, parece que só tem mesmo os casos que vão ocorrendo ao longo das semanas e que se reflectem acima de tudo, aos fins-de-semana com o culminar da jornada desportiva. Chegou a hora de dizer BASTA!!!
Os amantes, daquele que é o «desporto rei» desejam ver espectáculo e não os confrontos verbais que ocupam as manchetes desportivas, nem a violência que assistimos nos estádios. O futebol, esse desporto que movimenta paixões, foi feito para as pessoas se divertirem e não para entrarem em confronto. Ao que parece, quando se tenta melhorar o nosso futebol, tudo parece ficar imune e os resultados, são obviamente negativos...
No início da época que decorre, a Liga de Clubes decidiu alterar o nome da, então, designada I Liga, para «SuperLiga Galp Energia». Com esta alteração radical do nome daquela que tradicionalmente era conhecida como “primeira divisão”, previa-se que se pretendesse dar outra vivacidade ao futebol nacional, dado que Portugal será o país organizador do Euro2004, mas parece que o termo não passou de uma hipérbolização da Liga de Clubes, ou até mesmo de uma estratégia publicitária da Galp Energia.
Depois de tantas alterações desde a primeira divisão até à (actual) SuperLiga, passando pela I Liga, tudo parece ficar na mesma e com o espectáculo do futebol – quer no relvado quer nas bancadas – muito aquém das expectativas. Quando se convida constantemente o público a ir aos estádios ver o futebol, promovendo assim o espectáculo, não se podem praticar preços exorbitantes como os verificados por exemplo em Felgueiras, quando a equipa da Luz aí se deslocou para defrontar o V.Guimarães. Pois com bilhetes a 40 euros, certamente que os estádios não chegam a encher. Não deveria a Liga estipular os preços e tentá-los manter fixos em todos os jogos?...
Mas esse poderá não ser o único problema do nosso futebol. Quando o Sr. Camacho chegou a Lisboa, logo no primeiro jogo, colocaram-lhe questões sobre a arbitragem, mas como as mentalidades não são todas iguais, o técnico espanhol disse que «em Portugal fala-se demasiado na arbitragem...», pois de facto, parece ser essa a realidade que hoje assistimos no nosso futebol. Chega de ameaças, chega de provocações, está na altura de se parar de comentar as arbitragens, quer antes, quer depois das partidas. Contudo, a questão pode ser de facto feita, do outro lado da barricada, isto é, «mas porque é que o árbitro tende sempre a errar a nosso favor?»... Tem de haver coerência no trabalho que cada um desempenha.
Na última jornada verificámos erros graves e não só na arbitragem. As bancadas foram uma vez mais, o alvo de todas as atenções. Mas que segurança temos nós no nosso país? Não consigo compreender como é que há indivíduos que entram com petardos para os estádios, quando por exemplo, me desloco ao estádio e o polícia até me pede para tirar o telemóvel do bolso para confirmar, se é de facto um telefone... Será que os critérios diferem entre as pessoas? Será a causa dos petardos, o facto dos estádios se encontrarem por vezes abertos durante a semana? Então fechem-nos! Com estes últimos incidentes, quem se sentirá à vontade num estádio de futebol?! Ainda mais se tiver-mos em conta que todos têm em mente uma morte ocorrida no Estádio Nacional, numa final da Taça de Portugal! Aí, o Sr.Camacho também diz que o público vai ao jogos «com ódio», talvez provocado pela constante troca de acusações e de argumentos que tanto jeito fazem à Comunicação Social...
Quando se caminha para a realização do Euro2004, está na altura de se colocar um ponto final neste panorama cinzento que se assiste no futebol português. Basta! Chega de violência, queremos espectáculo. Pode-se dizer, que em Inglaterra acontecem incidentes que em Portugal não, mas não temos de comparar o nosso com o dos outros, tal como já diz o velho ditado: «Olha para o que te digo, não olhes para o que faço.»
Agora, Benfica e Guimarães viram os seus estádios ficarem interditados provisoriamente, durante um jogo e tudo devido a um simples adepto que decidiu activar um petardo. Resultado final = clube prejudicado. Mas se tudo decorresse conforme desejamos, isto é, com mais segurança, em complexos desportivos capazes de serem utilizados para jogos da SuperLiga, isto teria acontecido? A pergunta fica no ar, com o objectivo de conhecer resposta positiva num futuro próximo. E porque a esperança é a última «força» que perdemos, esperamos que tudo se modifique, para que finalmente possamos ter uma verdadeira SuperLiga.
Crónica de: Rafael Santos
Os amantes, daquele que é o «desporto rei» desejam ver espectáculo e não os confrontos verbais que ocupam as manchetes desportivas, nem a violência que assistimos nos estádios. O futebol, esse desporto que movimenta paixões, foi feito para as pessoas se divertirem e não para entrarem em confronto. Ao que parece, quando se tenta melhorar o nosso futebol, tudo parece ficar imune e os resultados, são obviamente negativos...
No início da época que decorre, a Liga de Clubes decidiu alterar o nome da, então, designada I Liga, para «SuperLiga Galp Energia». Com esta alteração radical do nome daquela que tradicionalmente era conhecida como “primeira divisão”, previa-se que se pretendesse dar outra vivacidade ao futebol nacional, dado que Portugal será o país organizador do Euro2004, mas parece que o termo não passou de uma hipérbolização da Liga de Clubes, ou até mesmo de uma estratégia publicitária da Galp Energia.
Depois de tantas alterações desde a primeira divisão até à (actual) SuperLiga, passando pela I Liga, tudo parece ficar na mesma e com o espectáculo do futebol – quer no relvado quer nas bancadas – muito aquém das expectativas. Quando se convida constantemente o público a ir aos estádios ver o futebol, promovendo assim o espectáculo, não se podem praticar preços exorbitantes como os verificados por exemplo em Felgueiras, quando a equipa da Luz aí se deslocou para defrontar o V.Guimarães. Pois com bilhetes a 40 euros, certamente que os estádios não chegam a encher. Não deveria a Liga estipular os preços e tentá-los manter fixos em todos os jogos?...
Mas esse poderá não ser o único problema do nosso futebol. Quando o Sr. Camacho chegou a Lisboa, logo no primeiro jogo, colocaram-lhe questões sobre a arbitragem, mas como as mentalidades não são todas iguais, o técnico espanhol disse que «em Portugal fala-se demasiado na arbitragem...», pois de facto, parece ser essa a realidade que hoje assistimos no nosso futebol. Chega de ameaças, chega de provocações, está na altura de se parar de comentar as arbitragens, quer antes, quer depois das partidas. Contudo, a questão pode ser de facto feita, do outro lado da barricada, isto é, «mas porque é que o árbitro tende sempre a errar a nosso favor?»... Tem de haver coerência no trabalho que cada um desempenha.
Na última jornada verificámos erros graves e não só na arbitragem. As bancadas foram uma vez mais, o alvo de todas as atenções. Mas que segurança temos nós no nosso país? Não consigo compreender como é que há indivíduos que entram com petardos para os estádios, quando por exemplo, me desloco ao estádio e o polícia até me pede para tirar o telemóvel do bolso para confirmar, se é de facto um telefone... Será que os critérios diferem entre as pessoas? Será a causa dos petardos, o facto dos estádios se encontrarem por vezes abertos durante a semana? Então fechem-nos! Com estes últimos incidentes, quem se sentirá à vontade num estádio de futebol?! Ainda mais se tiver-mos em conta que todos têm em mente uma morte ocorrida no Estádio Nacional, numa final da Taça de Portugal! Aí, o Sr.Camacho também diz que o público vai ao jogos «com ódio», talvez provocado pela constante troca de acusações e de argumentos que tanto jeito fazem à Comunicação Social...
Quando se caminha para a realização do Euro2004, está na altura de se colocar um ponto final neste panorama cinzento que se assiste no futebol português. Basta! Chega de violência, queremos espectáculo. Pode-se dizer, que em Inglaterra acontecem incidentes que em Portugal não, mas não temos de comparar o nosso com o dos outros, tal como já diz o velho ditado: «Olha para o que te digo, não olhes para o que faço.»
Agora, Benfica e Guimarães viram os seus estádios ficarem interditados provisoriamente, durante um jogo e tudo devido a um simples adepto que decidiu activar um petardo. Resultado final = clube prejudicado. Mas se tudo decorresse conforme desejamos, isto é, com mais segurança, em complexos desportivos capazes de serem utilizados para jogos da SuperLiga, isto teria acontecido? A pergunta fica no ar, com o objectivo de conhecer resposta positiva num futuro próximo. E porque a esperança é a última «força» que perdemos, esperamos que tudo se modifique, para que finalmente possamos ter uma verdadeira SuperLiga.
Crónica de: Rafael Santos