Nacional 1 – Benfica 0: Uma noite cinzenta para não se repetir...

Submetida por K_POBORSKY em
O Benfica partiu para este encontro no 1º lugar da SuperLiga. Ao contrário do que se previa, as condições climatéricas melhoraram e o jogo realizou-se. O nevoeiro que impedia a visibilidade, quando faltava ainda uma hora para o início da partida levantou-se para receber as equipas. Do lado do Benfica, o técnico Jesualdo Ferreira apresentou uma novidade no “onze” inicial.
Moreira apresentou-se na baliza; Argel e João Manuel Pinto («Cap.») jogaram ao centro da defesa, enquanto que Aramando jogou na direita e Ricardo Rocha na esquerda. No “miolo”, o técnico «encarnado» manteve a dupla Tiago e Petit. Simão Sabrosa jogou sobre a ala esquerda, enquanto que Miguel – a novidade no “onze” – jogou sobre a direita. De referir que ambos os jogadores trocaram por diversas vezes as suas posições. Na frente de ataque, Nuno Gomes foi apoiado por Zahovic. O árbitro desta partida foi Olegário Benquerença, de Leiria.

1ª Parte: Um «muro» Nacional difícil de ultrapassar...

O Benfica entrou para esta partida determinado a conquistar 3 pontos. Jesualdo Ferreira estudou bem esta partida e apresentou uma novidade: Miguel. O jogador que realizou uma excelente partida diante o Sintrense, num jogo de carácter particular, teve assim uma oportunidade.

O Benfica tentou marcar cedo, mas o «muro» defensivo do Nacional, esteve bastante coeso e pronto para dificultar a vida aos «encarnados». No entanto o Benfica chegou por diversas vezes à baliza dos da casa, mas sem êxito. Nuno Gomes teve o golo nos seus pés, mas o guarda-redes do Nacional esteve inspirado esta noite e determinado a negar os golos ao Benfica.

O Benfica atacava sempre com 3 ou 4 jogadores, sendo eles, Nuno Gomes, Simão, Miguel e Zahovic. Na zona mais atrás, Petit e Tiago desempenharam um papel importante, quer na recuperação de bolas, quer na colocação das mesmas, na linha avançada.

Através de um livre apontado por Zahovic aos 25 minutos, o Benfica poderia ter chegado ao golo, mas o guarda-redes da casa elaborou a defesa da noite.
Por sua vez, o Nacional começava a subir no terreno e chegou mesmo a criar perigo por duas vezes a Moreira. Nesta primeira parte, destaque ainda para uma grande penalidade sobre Nuno Gomes que não foi assinalada pelo árbitro da partida.

Para a segunda parte previa-se alterações no Benfica, dado que Miguel não aproveitava da melhor forma a oportunidade dada por Jesualdo Ferreira.
Pedia-se um Benfica mais lutador e determinante para chegar aos golos.

2ª Parte: Nacional chegou ao golo e causou o desespero dos «encarnados»...

Ao intervalo, Jesualdo Ferreira colocou em campo Roger, em detrimento de Miguel que não esteve bem esta noite. O Benfica por sua vez, parecia entrar em campo algo nervoso e as jogadas de ataque em sempre tinham o melhor desfecho. Já o Nacional começava a aparecer mais na partida, causando alguns calafrios à defensiva do Benfica.

Simão era o jogador que transportava as bolas para o ataque, mas a defensiva coesa dos homens da casa, não permitia que as bolas chegassem a Nuno Gomes. Zlatko Zahovic, ao contrário da 1ª parte apareceu em queda livre, no que diz respeito á sua utilidade à equipa e previa-se que fosse substituído.

O clube da Luz parecia algo desorientado dentro das quatro linhas, onde a neblina voltava a ameaçar a realização do jogo. Era uma noite cinzenta na Madeira, que se intensificou para os da Luz, após o golo do Nacional. Ricardo Esteves coloca a bola no avançado do Nacional e este faz o único golo da noite.

Moreira, não está, de qualquer forma isento de culpas, mas já no lance que antecede e que leva os nacionalistas à área benfiquista, Zahovic permaneceu completamente parado, perante os homens da casa, quando estava a poucos metros do adversário.

Jesualdo Ferreira decidiu então colocar em campo, Miklos Féher, retirando Tiago. Arriscou o técnico benfiquista que tirou uma das peças mais importantes da equipa para colocar um companheiro ao lado de Nuno Gomes. Minutos depois seria a vez de Drulovic entrar para o lugar de Zahovic. O treinador benfiquista tardou um pouco ao realizar estas duas substituições.

Roger, pouco trouxe de novo a um Benfica, completamente desorientado, principalmente após o golo do Nacional. O desespero dos «encarnados» aumentava a cada minuto que passava e Jesualdo Ferreira, chegou mesmo a colocar João Manuel Pinto na linha avançada da equipa, mas o Nacional fechou-se bastante.

Restava então, tentar o remate de longe, mas nem os remates de Petit, Féher e Roger, foram os suficientes, no mínimo, para conquistar um empate na Madeira. Sem dúvida uma noite cinzenta que os benfiquistas não desejam que se repita. O Nacional provou mais uma vez que as equipas recém chegadas da II Liga não estão na I Liga apenas para marcar presença. Já o Moreirense, tinha feito um aviso aos «encarnados» na 3ª jornada.

O Jogo chegaria ao fim e com um resultado que ditaria a primeira derrota do Benfica nesta época 2002/03. No entanto, os jogadores, não podem baixar as cabeças e terão que trabalhar bastante e aprender de novo a lição do professor Jesualdo Ferreira, para que possam vencer a próxima partida, na Luz, diante o Vitória de Setúbal.

Nesta partida, destaque para Petit que no entender da equipa do SL-Benfica.com, foi o melhor elemento «encarnado» nesta partida.

Texto de: Rafael Santos