Simão Pedro Fonseca Sabrosa, nasceu a 31 de Outubro de 1979, num local chamado Constantim, em Vila Real. Completou 23 anos e na sua memória guarda os momentos em que chegou ao estádio da Luz, assim como a sua passagem pelo Barcelona e pelo Sporting, onde se formou.
Começou a dar os toques na bola, na aldeia onde viveu até bem perto dos 13 anos. Jogava com o seu irmão na maioria das vezes, ou até mesmo com os vizinhos da aldeia. Foi nessa mesma aldeia que Simão foi convidado por um vizinho, para ir fazer testes para a escola Diogo Cão e passou. Simão começava então a competir a nível nacional e regional.
Ainda Simão não imaginava o que era realmente o futebol, quando se estreou, diante o Desportivo de Chaves. O pequeno simãosinho tinha idade de infantil, mas jogava já pelos iniciados e começou essa mesma partida no banco de suplentes, acabando por entrar na segunda parte onde marcou 2 golos. O clube de Simão venceu por 6-2 e subiu ao nacional. Simão Sabrosa sagrava-se campeão distrital e começava então a preencher o seu currículo.
O salto de Vila Real para Lisboa...
Simão daria então o salto para Lisboa, mais precisamente para o Sporting, onde passou a viver longe da família. Foram dias difíceis de adaptação, não só à cidade, mas sobretudo à distância que o separava da família. O pequeno Simão tinha então já 13 anos e hoje, no seu site oficial pode-se lar algumas dessas histórias que passou em Alvalade. «O Sporting começou a ver-me no segundo ano de infantil, quando o Diogo Cão foi ao nacional. Num jogo com o União de Coimbra, em que falhei um «penalty» mas dei o golo da vitória, comecei a ouvir falar no interesse do Sporting. Fiquei a saber mais tarde que se tratava do senhor Gamito, um olheiro de Lisboa mas que tinha ido lá ver-nos», conta o jogador.
Depressa, o jovem Simão jogaria ao serviço dos verdes-e-brancos, na Luz, onde ganhou por 4-1. Simão começava então a acreditar que de facto poderia ser um grande jogador de futebol. O jogador começava então a juntar umas «massas» para o seu dia-a-dia. Começou a ganhar mil escudos e mais tarde 120 contos por mês. O suficiente para comprar o jornal do Sporting, para comprar roupa e para sair com os amigos.
Mais tarde, o clube de {mostrarimagem("Simao_Sabrosa01_151100_150.jpg","right","")}lvalade oferecera-lhe uma casa e o simãosinho tinha apenas 17 anos. Pais e irmão começavam então a visitá-lo mais frequentemente. Depois de dois títulos nas camadas jovens e de um contrato por sete anos, os seniores. Em 1997 começou, com Vargas, a treinar na equipa principal. Os primeiros treinos nos seniores eram estranhos. Andava feliz, mas ao mesmo tempo tinha medo. «Não sabia muito bem como devia comportar-me, com medo de uma entrada mais dura que pudesse magoar alguém», recorda. O respeito pelos mais velhos era imenso. «Só me preocupava que pudessem não gostar de nós, os mais novos».
Os capitães, na altura, eram Marco Aurélio e Oceano. O defesa brasileiro era o mais próximo, preocupava-se muito com os que chegavam, dava-lhes confiança. «Ainda hoje, quando o vejo, lhe chamo capitão, pois foi uma referência do Sporting, alguém que muito admiro». Oceano dava menos confiança, mas passados dois, três meses Simão percebeu que era «uma pessoa espectacular». Outro apoio importante foi Paulo Alves. Em comum tinham o facto de terem nascido na região de Vila Real.
Em tão pouco tempo surgiu a Europa e o... Barcelona
Depois de se estrear na I Liga, onde chegou a marcar o golo mais jovem da prova. Ainda com 17 anos, chegava então a vez de se estrear nas competições europeias. Foi diante o Lierse, na Bélgica e em simaosabrosa.iol.pt o jogador recorda o quanto lhe custara a acreditar no sucedido: «Nem esperava ser convocado para esse jogo na Bélgica. Mas fui. Eram 20 e sentar-me no banco já seria muito bom. De repente, o mister diz-me para aquecer que vou entrar. Substituí o Pedro Barbosa. Fui jogar no meio, na frente, empatamos 1-1».
Depois de jogar ao lado de Luís Figo e de ter obtido um vasto currículo em Alvalade, começavam então a surgir propostas do estrangeiro. Simão optou por rumar para Espanha onde iria reencontrar o seu ídolo, Luís Figo. Simão assinava um contrato com o Barcelona a 8 de Julho e nesse mesmo dia ficou a ouvir durante hora e meia, o que pretendia o seu novo treinador.
Foi juntamente com Serafim, seu irmão que Simão Sabrosa aguardava ansiosamente um «até breve» do técnico holandês. Mas nada disso. O técnico quis conhecer o jogador, dado que no Barcelona, apenas Mou{mostrarimagem("foto-simao01.jpg","left","")}rinho – hoje treinador do FC Porto - o conhecia e a sua ida para Espanha deveu-se mesmo a Mourinho.
Mas a vida em Espanha não era a mais desejada pelo jogador. Simão Sabrosa não se adaptara bem ao clube, onde apenas podia dar um, dois toques e passar. O pequeno jogador estava habituado a driblar e nem sempre foi titular.
O renascer de um «mito»...
Mas nem todos os momentos passados em Espanha foram maus. Na segunda época que passou ao serviço dos espanhóis, o jovem português regressava ao seu melhor nível. Começou a época como titular indiscutível e já sem Figo no balneário da equipa, era Kluivert o homem a quem passava as bolas. Simão vivia dias felizes em Barcelona, mesmo marcando poucos golos.
De Barcelona, Simão recorda também uma lesão que não faltou nesta sua passagem por Espanha. O jovem português esteve afastado das provas durante dois meses após um remate numa fase final de um treino.
De Espanha para a Luz...
Depois de duas épocas ao serviço do Barcelona, Simão Sabrosa chegava a acordo com os espanhóis para o fim de uma relação que previa mais anos de contrato. Barcelona e Simão entenderam que chegara o momento de terminar a relação. Simão Sabrosa chegava à Luz na época 2001/02 e acreditando no ambicioso projecto «encarnado», para a reconquista do título que já há muito foge da Luz, Simão recusou diversas propostas de clubes estrangeiros e ao que tudo indica fez bem.
Simão chegou e venceu. O então conhecido de Simãosinho passava a ser a primeira escolha do técnico da Luz e reconquistara um lugar na selecção das quinas. No início houve alguma hesitação por parte dos adeptos da Luz que viam o jogador como um sportinguista.
Mas pouco tempo depois, tudo mudou. «Os sócios começaram a acreditar, tudo a sair bem e agora é o que se sabe: consegui ganhar a massa associativa do Benfica», lembra o jogador. O Benfica acabou por não reconquistar o título português e pelo segundo ano consecutivo não conseguiu um lugar nas competições europeias, agora mais restritas face ao mau posicionamento português no ranking da UEFA. Um conjunto de lesões (Sokota, Zahovic, Mantorras e o próprio Simão) e a necessidade de fazer uma equipa a partir de jogadores q{mostrarimagem("simaoequi1.jpg","right","")}ue não se conheciam comprometeram a temporada.
A época no Benfica ficou marcada pela substituição do treinador principal. A Toni sucedeu Jesualdo Ferreira, adjunto contratado no início da temporada. Para Simão foi o reencontro com um dos técnicos mais importantes da sua carreira, precisamente aquele que lhe abriu as portas da selecção de esperanças.
O reencontro com a alegria de jogar...
Ainda antes de ingressar na Luz, Simão deu tempo ao Sporting para se decidir, relativamente à sua contratação, mas a conversa entre os dirigentes «encarnados» era mais rápida e eficaz e o jogador decidira então vestir a camisola do clube da Luz. Era então o Sporting que não queria o jogador de volta, por considerar «uma loucura». foi passada a ideia de que tinha sido ele a não querer o Sporting. Afinal, os leões tiveram todo o tempo para tomar uma decisão. E decidiram não avançar.
Na Luz, Simão reencontrou a alegria de jogar futebol, perante uma massa adepta muito exigente e acolhedora. Simão Sabrosa tornava-se então como sendo o ídolo dos «encarnados», tal como ainda hoje é. O jogador era o segundo melhor marcador da equipa, atrás de Mantorras. Na sua memória está também a lesão que o afastou do Mundial, ao serviço da selecção.
Sem dúvida um momento marcante pela negativa, na sua carreira, em que nenhum adepto benfiquista ficou indiferente. Simão tinha pela frente um longo período de recuperação e foi com êxito que regressou aos relvados passados longos meses acompanhado pelo fisioterapeuta, António Gaspar. Simão reencontrou então a possibilidade de realizar as suas arrancadas pela ala-esquerda (onde tem alinhado normalmente) da Luz. O jogador é um «mito» por entre os seis milhões de adeptos benfiquistas e não dispensa uma convocatória para a selecção nacional.
Simão Sabrosa é uma pessoa humilde, sincera e honesta. Sem dúvida um grande jogador e um grande homem. Neste dia 31 de Outubro, completou 23 anos e o SL-Benfica.com em nome de todos os seus leitores e adeptos enviou os sinceros parabéns ao n.º 20 do clube da Luz.
Parabéns Simão Sabrosa!
Reportagem: Rafael Santos
Fonte: simaosabrosa.iol.pt / Arquivo SL-Benfica.com
Começou a dar os toques na bola, na aldeia onde viveu até bem perto dos 13 anos. Jogava com o seu irmão na maioria das vezes, ou até mesmo com os vizinhos da aldeia. Foi nessa mesma aldeia que Simão foi convidado por um vizinho, para ir fazer testes para a escola Diogo Cão e passou. Simão começava então a competir a nível nacional e regional.
Ainda Simão não imaginava o que era realmente o futebol, quando se estreou, diante o Desportivo de Chaves. O pequeno simãosinho tinha idade de infantil, mas jogava já pelos iniciados e começou essa mesma partida no banco de suplentes, acabando por entrar na segunda parte onde marcou 2 golos. O clube de Simão venceu por 6-2 e subiu ao nacional. Simão Sabrosa sagrava-se campeão distrital e começava então a preencher o seu currículo.
O salto de Vila Real para Lisboa...
Simão daria então o salto para Lisboa, mais precisamente para o Sporting, onde passou a viver longe da família. Foram dias difíceis de adaptação, não só à cidade, mas sobretudo à distância que o separava da família. O pequeno Simão tinha então já 13 anos e hoje, no seu site oficial pode-se lar algumas dessas histórias que passou em Alvalade. «O Sporting começou a ver-me no segundo ano de infantil, quando o Diogo Cão foi ao nacional. Num jogo com o União de Coimbra, em que falhei um «penalty» mas dei o golo da vitória, comecei a ouvir falar no interesse do Sporting. Fiquei a saber mais tarde que se tratava do senhor Gamito, um olheiro de Lisboa mas que tinha ido lá ver-nos», conta o jogador.
Depressa, o jovem Simão jogaria ao serviço dos verdes-e-brancos, na Luz, onde ganhou por 4-1. Simão começava então a acreditar que de facto poderia ser um grande jogador de futebol. O jogador começava então a juntar umas «massas» para o seu dia-a-dia. Começou a ganhar mil escudos e mais tarde 120 contos por mês. O suficiente para comprar o jornal do Sporting, para comprar roupa e para sair com os amigos.
Mais tarde, o clube de {mostrarimagem("Simao_Sabrosa01_151100_150.jpg","right","")}lvalade oferecera-lhe uma casa e o simãosinho tinha apenas 17 anos. Pais e irmão começavam então a visitá-lo mais frequentemente. Depois de dois títulos nas camadas jovens e de um contrato por sete anos, os seniores. Em 1997 começou, com Vargas, a treinar na equipa principal. Os primeiros treinos nos seniores eram estranhos. Andava feliz, mas ao mesmo tempo tinha medo. «Não sabia muito bem como devia comportar-me, com medo de uma entrada mais dura que pudesse magoar alguém», recorda. O respeito pelos mais velhos era imenso. «Só me preocupava que pudessem não gostar de nós, os mais novos».
Os capitães, na altura, eram Marco Aurélio e Oceano. O defesa brasileiro era o mais próximo, preocupava-se muito com os que chegavam, dava-lhes confiança. «Ainda hoje, quando o vejo, lhe chamo capitão, pois foi uma referência do Sporting, alguém que muito admiro». Oceano dava menos confiança, mas passados dois, três meses Simão percebeu que era «uma pessoa espectacular». Outro apoio importante foi Paulo Alves. Em comum tinham o facto de terem nascido na região de Vila Real.
Em tão pouco tempo surgiu a Europa e o... Barcelona
Depois de se estrear na I Liga, onde chegou a marcar o golo mais jovem da prova. Ainda com 17 anos, chegava então a vez de se estrear nas competições europeias. Foi diante o Lierse, na Bélgica e em simaosabrosa.iol.pt o jogador recorda o quanto lhe custara a acreditar no sucedido: «Nem esperava ser convocado para esse jogo na Bélgica. Mas fui. Eram 20 e sentar-me no banco já seria muito bom. De repente, o mister diz-me para aquecer que vou entrar. Substituí o Pedro Barbosa. Fui jogar no meio, na frente, empatamos 1-1».
Depois de jogar ao lado de Luís Figo e de ter obtido um vasto currículo em Alvalade, começavam então a surgir propostas do estrangeiro. Simão optou por rumar para Espanha onde iria reencontrar o seu ídolo, Luís Figo. Simão assinava um contrato com o Barcelona a 8 de Julho e nesse mesmo dia ficou a ouvir durante hora e meia, o que pretendia o seu novo treinador.
Foi juntamente com Serafim, seu irmão que Simão Sabrosa aguardava ansiosamente um «até breve» do técnico holandês. Mas nada disso. O técnico quis conhecer o jogador, dado que no Barcelona, apenas Mou{mostrarimagem("foto-simao01.jpg","left","")}rinho – hoje treinador do FC Porto - o conhecia e a sua ida para Espanha deveu-se mesmo a Mourinho.
Mas a vida em Espanha não era a mais desejada pelo jogador. Simão Sabrosa não se adaptara bem ao clube, onde apenas podia dar um, dois toques e passar. O pequeno jogador estava habituado a driblar e nem sempre foi titular.
O renascer de um «mito»...
Mas nem todos os momentos passados em Espanha foram maus. Na segunda época que passou ao serviço dos espanhóis, o jovem português regressava ao seu melhor nível. Começou a época como titular indiscutível e já sem Figo no balneário da equipa, era Kluivert o homem a quem passava as bolas. Simão vivia dias felizes em Barcelona, mesmo marcando poucos golos.
De Barcelona, Simão recorda também uma lesão que não faltou nesta sua passagem por Espanha. O jovem português esteve afastado das provas durante dois meses após um remate numa fase final de um treino.
De Espanha para a Luz...
Depois de duas épocas ao serviço do Barcelona, Simão Sabrosa chegava a acordo com os espanhóis para o fim de uma relação que previa mais anos de contrato. Barcelona e Simão entenderam que chegara o momento de terminar a relação. Simão Sabrosa chegava à Luz na época 2001/02 e acreditando no ambicioso projecto «encarnado», para a reconquista do título que já há muito foge da Luz, Simão recusou diversas propostas de clubes estrangeiros e ao que tudo indica fez bem.
Simão chegou e venceu. O então conhecido de Simãosinho passava a ser a primeira escolha do técnico da Luz e reconquistara um lugar na selecção das quinas. No início houve alguma hesitação por parte dos adeptos da Luz que viam o jogador como um sportinguista.
Mas pouco tempo depois, tudo mudou. «Os sócios começaram a acreditar, tudo a sair bem e agora é o que se sabe: consegui ganhar a massa associativa do Benfica», lembra o jogador. O Benfica acabou por não reconquistar o título português e pelo segundo ano consecutivo não conseguiu um lugar nas competições europeias, agora mais restritas face ao mau posicionamento português no ranking da UEFA. Um conjunto de lesões (Sokota, Zahovic, Mantorras e o próprio Simão) e a necessidade de fazer uma equipa a partir de jogadores q{mostrarimagem("simaoequi1.jpg","right","")}ue não se conheciam comprometeram a temporada.
A época no Benfica ficou marcada pela substituição do treinador principal. A Toni sucedeu Jesualdo Ferreira, adjunto contratado no início da temporada. Para Simão foi o reencontro com um dos técnicos mais importantes da sua carreira, precisamente aquele que lhe abriu as portas da selecção de esperanças.
O reencontro com a alegria de jogar...
Ainda antes de ingressar na Luz, Simão deu tempo ao Sporting para se decidir, relativamente à sua contratação, mas a conversa entre os dirigentes «encarnados» era mais rápida e eficaz e o jogador decidira então vestir a camisola do clube da Luz. Era então o Sporting que não queria o jogador de volta, por considerar «uma loucura». foi passada a ideia de que tinha sido ele a não querer o Sporting. Afinal, os leões tiveram todo o tempo para tomar uma decisão. E decidiram não avançar.
Na Luz, Simão reencontrou a alegria de jogar futebol, perante uma massa adepta muito exigente e acolhedora. Simão Sabrosa tornava-se então como sendo o ídolo dos «encarnados», tal como ainda hoje é. O jogador era o segundo melhor marcador da equipa, atrás de Mantorras. Na sua memória está também a lesão que o afastou do Mundial, ao serviço da selecção.
Sem dúvida um momento marcante pela negativa, na sua carreira, em que nenhum adepto benfiquista ficou indiferente. Simão tinha pela frente um longo período de recuperação e foi com êxito que regressou aos relvados passados longos meses acompanhado pelo fisioterapeuta, António Gaspar. Simão reencontrou então a possibilidade de realizar as suas arrancadas pela ala-esquerda (onde tem alinhado normalmente) da Luz. O jogador é um «mito» por entre os seis milhões de adeptos benfiquistas e não dispensa uma convocatória para a selecção nacional.
Simão Sabrosa é uma pessoa humilde, sincera e honesta. Sem dúvida um grande jogador e um grande homem. Neste dia 31 de Outubro, completou 23 anos e o SL-Benfica.com em nome de todos os seus leitores e adeptos enviou os sinceros parabéns ao n.º 20 do clube da Luz.
Parabéns Simão Sabrosa!
Reportagem: Rafael Santos
Fonte: simaosabrosa.iol.pt / Arquivo SL-Benfica.com