Benfica e Varzim encontraram-se neste sábado, na Póvoa do Varzim, para um jogo inserido na 11ª Jornada da SuperLiga. Muito pouco público no reduto varzinista, resultado não só da intempérie que se faz sentir pelo país, mas também pelos elevados preços dos bilhetes. Para esta partida, Jesualdo Ferreira pôde contar de novo com Fehér e Simão que cumpriram jogos de castigo.
O Benfica na época passada empatou neste estádio, num jogo polémico que marcou o início da época anterior, com um 2-2 no marcador. Já neste sábado, previa-se sem duvida um jogo difícil para os «encarnados» e foi mesmo o Varzim que entrou a dominar e com destaque para Rui Baião, Jorge Ribeiro, Pepa e Quim Berto, ex-jogadores do Benfica que sem dúvida pretendiam mostrar que poderiam jogar na Luz.
Jesualdo Ferreira fez alinhar Moreira na baliza; Éder, João Manuel Pinto, Ricardo Rocha e Cabral – de regresso à equipa, para culmatar a ausência de Cristiano, que se encontra lesionado – na defesa. No meio-campo Tiago e Andersson formaram dupla num sector mais avançado, ficando com Ednilson nas suas costas. Na frente, Simão, jogou pela esquerda, Mantorras descaído para a direita e Nuno Gomes ao centro.
1ª Parte: Varzim mostra trabalho, mas com a mão não vale...
O pontapé de saída coube à equipa da casa. O Benfica entrou algo nervoso para esta partida e tardou em afirmar-se perante um Varzim, determinado desde o apito inicial, na conquista de três preciosos pontos. Os varzinistas, foram mesmo os senhores da partida e por diversas vezes criaram perigo para a baliza de Moreira.
Só aos 24 minutos, o Benfica rematou pela primeira vez à baliza da equipa da casa. Os jogadores comandados por Jesualdo Ferreira tentaram desde então, chegar diversas vezes à baliza adversária, mas sempre, pelo corredor direito do seu ataque, precisamente o pior local do relvado e onde, não estava um jogador de raiz, dado que Mantorras é jogador do centro da área.
Entretanto, Simão Sabrosa já tinha visto o cartão amarelo ser-lhe mostrado por Lucilio Baptista, por alegados protestos do n.º 20 da Luz. Aos 37 minutos, surgiu o golo do Varzim. Após livre marcado por Quim Berto, Gilmar de cabeça desvia para a baliza, inaugurando o marcador para a equipa da casa. Estava feito o 1-0 na Póvoa.
No entanto, o Benfica reagiu bem ao golo sofrido e dois minutos após ao golo do Varzim, o Benfica chegaria à igualdade, após penalty assinalado por Lucílio Baptista. Rodolfo joga a bola com a mão no interior da grande área e com a mão não vale... O árbitro da partida por indicação do auxiliar assinalou o castigo máximo. Na conversão, Simão Sabrosa reduziu para 1-1.
Até ao intervalo, pouco mais se passou em redor da equipa da Luz que assistia a um futebol simples e eficaz de um Varzim determinadíssimo a vencer. Previa-se alterações para o segundo tempo, até porque estavam dois jogadores em exercícios de aquecimento. Jesualdo Ferreira poderia colocar em campo, Fehér ou Sokota, em busca de golos e até porque na frente Nuno Gomes esteve muitas vezes sozinho, dado que Mantorras jogou sobre a direita.
2ª Parte: “Tanta vez o «cântaro» vai à fonte...”
Para o segundo tempo, Jesualdo Ferreira colocou em campo Miguel, em detrimento do sueco Andersson que este sábado passou completamente ao lado das suas exibições anteriores. A defender foi muito faltoso e poucas vezes atacou. Miguel entrou e deu mais algum ânimo à equipa, mas não o suficiente...
Aos 50 minutos de jogo o Varzim quase desfazia a igualdade. João Paulo de cabeça atirou à trave da baliza de Moreira, após cruzamento de Quim Berto. Eram os jogadores da casa que procuravam a vitória. O Benfica parecia estar estático a assistir ao brilharete dos da casa. Seis minutos depois, um «balde» de cartões amarelos despejado para a equipa da Luz.
Éder vê o cartão amarelo, por agarrar Jorge Ribeiro, depois seguiu-se João Manuel Pinto que empurrou Pepa no interior da área benfiquista. Esteve bem o árbitro neste lance. João Manuel Pinto, cometeria neste minuto uma falta desnecessária que acabou por prejudicar a equipa no resultado final. Ainda todos os jogadores «encarnados» contestavam a decisão do árbitro e os da casa preparavam a marcação do penalty, quando Ricardo Rocha viu o amarelo por protestos. Em certa altura, a dualidade de critérios por parte do árbitro, não foi a mesma.
«Tantas vezes o cântaro vai à fonte que há de lá ficar», já diz o velho ditado que este sábado pode expressar a prestação da equipa da casa que aos 59 minutos, na marcação do penalty, Quim Berto colocava de novo o Varzim em vantagem. Estava feito o 2-1 no reduto varzinista. No minuto seguinte, o Benfica via-se reduzido a dez jogadores, dada a expulsão de Simão Sabrosa. O n.º 20 da Luz chegou tarde a uma disputa de bola, derruba o adversário e Lucílio Baptista de imediato, retira do bolso o segundo amarelo do jogo para Simão e o respectivo vermelho. Simão que vem precisamente, de cumprir um jogo de castigo, fica assim, de fora do jogo com o Braga, na próxima jornada.
Decorria o minuto 61 na Póvoa quando Jesualdo Ferreira arrisca e coloca em campo Fehér para a frente de ataque tirando um homem mais recuado, neste caso Ednilson. Mas as bolas continuavam a não chegar à frente de ataque e assim é difícil...
O Benfica esteve perto de chegar de novo, ao empate e por intermédio de Nuno Gomes que aos 74 minutos, após um excelente remate já dentro da área, leva a bola a sair um pouco por cima da baliza varzinista. Mas os da casa não se relaxaram e procuravam mais um golo. Aos 82 minutos, Rui Baião remata forte, mas por cima da barra de Moreira.
Aos 87 minutos, mais um avançado entraria em campo, desta feita, Sokota que entrou para o lugar de um Mantorras desgastado, que teve como função, fazer a ala-direita e auxiliar Nuno Gomes e Fehér na frente do ataque. Fehér já tinha visto também o cartão amarelo por falta assinalada sobre Rui Baião. Até ao final de registar, apenas o remate à barra de Moreira, após um pontapé forte de Jorge Ribeiro.
Lucílio Baptista que não teve uma boa actuação, dada a sua alternância da dualidade de critérios, daria 5 minutos de compensações que não foram suficientes para o Benfica restabelecer a igualdade. Final da partida com 2-1 no marcador e uma exibição completamente diferente da elaborada diante o Paços de Ferreira na Luz, onde o Benfica, além dos golos, realizou um bom jogo. Nesta partida de hoje, de referir que o Benfica tem de estudar mais as jogadas de contra-ataque e saber que não pode tentar fazer jogadas bonitas com relvados que apresentam condições tal como todos verificaram.
Um relvado que se fosse avaliado numa escala de 0-5 teria nota 0, mas ainda assim, os da Luz não podem atribuir culpas ao relvado, até porque o Varzim também jogou nas mesmas condições, mas com um jogo mais aberto, apostando na rapidez e no ataque. Nota negativa para Jesualdo Ferreira que apesar de ter arriscado e tentado conquistar um resultado mais animador, não conseguiu dar a volta por cima.
Como é habitual, o SL-Benfica.com elege o melhor jogador em campo, da equipa da Luz e nesta partida destacamos Ricardo Rocha. Sem dúvida que encontrou o seu lugar na equipa, após ter jogado no sector esquerdo. Pode ter conquistado de vez o lugar na defesa da equipa da águia.
O Benfica é ultrapassado pelo Sporting e afasta-se do F.C.Porto, caso a equipa das Antas vença nos Açores. Já o Varzim, sobe na tabela classificativa e está já apenas a um ponto da turma de Jesualdo Ferreira.
Reportagem: Rafael Santos
O Benfica na época passada empatou neste estádio, num jogo polémico que marcou o início da época anterior, com um 2-2 no marcador. Já neste sábado, previa-se sem duvida um jogo difícil para os «encarnados» e foi mesmo o Varzim que entrou a dominar e com destaque para Rui Baião, Jorge Ribeiro, Pepa e Quim Berto, ex-jogadores do Benfica que sem dúvida pretendiam mostrar que poderiam jogar na Luz.
Jesualdo Ferreira fez alinhar Moreira na baliza; Éder, João Manuel Pinto, Ricardo Rocha e Cabral – de regresso à equipa, para culmatar a ausência de Cristiano, que se encontra lesionado – na defesa. No meio-campo Tiago e Andersson formaram dupla num sector mais avançado, ficando com Ednilson nas suas costas. Na frente, Simão, jogou pela esquerda, Mantorras descaído para a direita e Nuno Gomes ao centro.
1ª Parte: Varzim mostra trabalho, mas com a mão não vale...
O pontapé de saída coube à equipa da casa. O Benfica entrou algo nervoso para esta partida e tardou em afirmar-se perante um Varzim, determinado desde o apito inicial, na conquista de três preciosos pontos. Os varzinistas, foram mesmo os senhores da partida e por diversas vezes criaram perigo para a baliza de Moreira.
Só aos 24 minutos, o Benfica rematou pela primeira vez à baliza da equipa da casa. Os jogadores comandados por Jesualdo Ferreira tentaram desde então, chegar diversas vezes à baliza adversária, mas sempre, pelo corredor direito do seu ataque, precisamente o pior local do relvado e onde, não estava um jogador de raiz, dado que Mantorras é jogador do centro da área.
Entretanto, Simão Sabrosa já tinha visto o cartão amarelo ser-lhe mostrado por Lucilio Baptista, por alegados protestos do n.º 20 da Luz. Aos 37 minutos, surgiu o golo do Varzim. Após livre marcado por Quim Berto, Gilmar de cabeça desvia para a baliza, inaugurando o marcador para a equipa da casa. Estava feito o 1-0 na Póvoa.
No entanto, o Benfica reagiu bem ao golo sofrido e dois minutos após ao golo do Varzim, o Benfica chegaria à igualdade, após penalty assinalado por Lucílio Baptista. Rodolfo joga a bola com a mão no interior da grande área e com a mão não vale... O árbitro da partida por indicação do auxiliar assinalou o castigo máximo. Na conversão, Simão Sabrosa reduziu para 1-1.
Até ao intervalo, pouco mais se passou em redor da equipa da Luz que assistia a um futebol simples e eficaz de um Varzim determinadíssimo a vencer. Previa-se alterações para o segundo tempo, até porque estavam dois jogadores em exercícios de aquecimento. Jesualdo Ferreira poderia colocar em campo, Fehér ou Sokota, em busca de golos e até porque na frente Nuno Gomes esteve muitas vezes sozinho, dado que Mantorras jogou sobre a direita.
2ª Parte: “Tanta vez o «cântaro» vai à fonte...”
Para o segundo tempo, Jesualdo Ferreira colocou em campo Miguel, em detrimento do sueco Andersson que este sábado passou completamente ao lado das suas exibições anteriores. A defender foi muito faltoso e poucas vezes atacou. Miguel entrou e deu mais algum ânimo à equipa, mas não o suficiente...
Aos 50 minutos de jogo o Varzim quase desfazia a igualdade. João Paulo de cabeça atirou à trave da baliza de Moreira, após cruzamento de Quim Berto. Eram os jogadores da casa que procuravam a vitória. O Benfica parecia estar estático a assistir ao brilharete dos da casa. Seis minutos depois, um «balde» de cartões amarelos despejado para a equipa da Luz.
Éder vê o cartão amarelo, por agarrar Jorge Ribeiro, depois seguiu-se João Manuel Pinto que empurrou Pepa no interior da área benfiquista. Esteve bem o árbitro neste lance. João Manuel Pinto, cometeria neste minuto uma falta desnecessária que acabou por prejudicar a equipa no resultado final. Ainda todos os jogadores «encarnados» contestavam a decisão do árbitro e os da casa preparavam a marcação do penalty, quando Ricardo Rocha viu o amarelo por protestos. Em certa altura, a dualidade de critérios por parte do árbitro, não foi a mesma.
«Tantas vezes o cântaro vai à fonte que há de lá ficar», já diz o velho ditado que este sábado pode expressar a prestação da equipa da casa que aos 59 minutos, na marcação do penalty, Quim Berto colocava de novo o Varzim em vantagem. Estava feito o 2-1 no reduto varzinista. No minuto seguinte, o Benfica via-se reduzido a dez jogadores, dada a expulsão de Simão Sabrosa. O n.º 20 da Luz chegou tarde a uma disputa de bola, derruba o adversário e Lucílio Baptista de imediato, retira do bolso o segundo amarelo do jogo para Simão e o respectivo vermelho. Simão que vem precisamente, de cumprir um jogo de castigo, fica assim, de fora do jogo com o Braga, na próxima jornada.
Decorria o minuto 61 na Póvoa quando Jesualdo Ferreira arrisca e coloca em campo Fehér para a frente de ataque tirando um homem mais recuado, neste caso Ednilson. Mas as bolas continuavam a não chegar à frente de ataque e assim é difícil...
O Benfica esteve perto de chegar de novo, ao empate e por intermédio de Nuno Gomes que aos 74 minutos, após um excelente remate já dentro da área, leva a bola a sair um pouco por cima da baliza varzinista. Mas os da casa não se relaxaram e procuravam mais um golo. Aos 82 minutos, Rui Baião remata forte, mas por cima da barra de Moreira.
Aos 87 minutos, mais um avançado entraria em campo, desta feita, Sokota que entrou para o lugar de um Mantorras desgastado, que teve como função, fazer a ala-direita e auxiliar Nuno Gomes e Fehér na frente do ataque. Fehér já tinha visto também o cartão amarelo por falta assinalada sobre Rui Baião. Até ao final de registar, apenas o remate à barra de Moreira, após um pontapé forte de Jorge Ribeiro.
Lucílio Baptista que não teve uma boa actuação, dada a sua alternância da dualidade de critérios, daria 5 minutos de compensações que não foram suficientes para o Benfica restabelecer a igualdade. Final da partida com 2-1 no marcador e uma exibição completamente diferente da elaborada diante o Paços de Ferreira na Luz, onde o Benfica, além dos golos, realizou um bom jogo. Nesta partida de hoje, de referir que o Benfica tem de estudar mais as jogadas de contra-ataque e saber que não pode tentar fazer jogadas bonitas com relvados que apresentam condições tal como todos verificaram.
Um relvado que se fosse avaliado numa escala de 0-5 teria nota 0, mas ainda assim, os da Luz não podem atribuir culpas ao relvado, até porque o Varzim também jogou nas mesmas condições, mas com um jogo mais aberto, apostando na rapidez e no ataque. Nota negativa para Jesualdo Ferreira que apesar de ter arriscado e tentado conquistar um resultado mais animador, não conseguiu dar a volta por cima.
Como é habitual, o SL-Benfica.com elege o melhor jogador em campo, da equipa da Luz e nesta partida destacamos Ricardo Rocha. Sem dúvida que encontrou o seu lugar na equipa, após ter jogado no sector esquerdo. Pode ter conquistado de vez o lugar na defesa da equipa da águia.
O Benfica é ultrapassado pelo Sporting e afasta-se do F.C.Porto, caso a equipa das Antas vença nos Açores. Já o Varzim, sobe na tabela classificativa e está já apenas a um ponto da turma de Jesualdo Ferreira.
Reportagem: Rafael Santos