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quarta-feira, agosto 15, 2018

Gedson

Empatámos em Istambul frente ao Fenerbahçe (1-1) e qualificámo-nos para o play-off de acesso à Liga dos Campeões. Foi, como se esperava, uma partida de nervos, mas o facto de termos marcado primeiro foi decisivo no desfecho da eliminatória.

O Rui Vitória só operou uma alteração no onze, que foi a entrada do Castillo para o lugar do Ferreyra. E o chileno esteve bastante bem até se lesionar aos 34’. Entrámos muito personalizados, a trocar bem a bola, mas sempre com alguma cerimónia na altura de acelerar no ataque. O jogo estava um pouco repartido, mas sentia-se que bastava que nós tivéssemos um bocado mais de velocidade para o desequilibrarmos. E foi o que fizemos aos 26’, em que inaugurámos o marcador pelo Gedson: excelente jogada pelo lado direito, com o André Almeida e Salvio a conduzirem a bola, toque fantástico do Castillo que desmarcou o Gedson, que aguentou dois defesas e desviou ligeiramente do Demirel à saída deste. Grande golo de um jogador que ainda no ano passado jogou pelos juniores! Os turcos sentiram o golo e era essencial que não os deixássemos marcar até ao intervalo. Infelizmente, houve a tal lesão do Castillo e perdemos poder de choque na frente com a entrada do Ferreyra, que todavia teve uma óptima ocasião para acabar definitivamente com a eliminatória, mas atirou ligeiramente ao lado, depois de contornar o guarda-redes, após uma boa desmarcação a passe do Salvio. Entretanto, já o Vlachodimos tinha feito uma boa defesa a um remate perigoso de fora da área. Mesmo em cima do intervalo, os turcos empataram num lance pela esquerda, em que o Salvio não marcou bem o defesa, deixando-o centrar à vontade para o Potuk ganhar nas alturas ao Grimaldo. Foi um golo bastante escusado.

Na 2ª parte, o Fenerbahçe entrou mais pressionante, mas acabou por não criar grandes oportunidades de golo. Depois de uns 10’ iniciais mais intensos, começámos a reagir e o Cervi atirou por cima quando estava em boa posição à entrada da área. Mais à frente, nova grande jogada do Gedson, a arrancar e levar tudo à frente, mas o passe final que isolaria o Pizzi saiu muito curto. Pizzi que também tentou de fora da área, mas o remate saiu rasteiro e à figura. O Ferreyra teve outra grande oportunidade, numa recarga a um remate do Salvio praticamente só com o guarda-redes pela frente, mas atirou em arco por cima. Os turcos colocaram os ases todos, mas o Jardel e o Rúben Dias iam tomando boa conta do Soldado & Cia. A única verdadeira oportunidade foi um remate em arco do Baris Alici, mas o Vlachodimos voltou a responder bem. Aos 72’, o Rui Vitória decidiu tirar o Salvio para entrar o Alfa Semedo e voltámos a tomar conta do meio-campo, com os turcos a deixarem de ter bola. Assim foi até final, com o André Almeida a falhar o golo da vitória mesmo no fim da compensação com um remate ligeiramente ao lado, depois de uma assistência do Pizzi na direita.

Destaque óbvio para o Gedson e não só pelo golão que marcou: nunca teve medo de ter a bola, era sempre ele que acelerava o jogo e na parte final foi muito importante para ganhar faltas. Teremos no mínimo seis meses e no máximo uma época para desfrutarmos dele, porque é quase uma certeza que não estará cá para o ano. Só neste jogo a cotação dele aumentou no mínimo 10M€. O Vlachodimos voltou a estar excelente e fico contente por termos finalmente um guarda-redes. Os centrais Rúben Dias e Jardel estiveram imperiais, assim como o Fejsa no meio-campo. Bom jogo também do Salvio, que nunca se esconde especialmente neste tipo de partidas. Menos bem esteve o Cervi na esquerda, com muitas más decisões na altura do passe, mas a ser importante a ajudar o Grimaldo na defesa. O Castillo estava a mostrar-se muito útil, quando teve a lesão e o Ferreyra voltou a não mostrar grande coisa. Ao invés do Guimarães, a entrada do Alfa Semedo foi fundamental para acabar com o jogo.

Houve alturas do encontro em que poderíamos ter dado o golpe de misericórdia, mas desacelerávamos o ritmo. Confesso que isso me custa a entender, mas desta feita correu bem, porque só sofremos um golo. Todavia, preferia que no futuro fôssemos mais audazes no último terço do campo: só o Gedson criou desequilíbrios, porque era o único que arrancava em velocidade. Veremos como será quando defrontarmos o PAOK da Grécia no play-off, mas antes temos o jogo no Bessa para a 2ª jornada. Isto não vai dar mesmo para respirar…

1 comentário:

Anónimo disse...

O Rui Vitória já tinha avisado que só queria um golito.

Não nos podemos resignar a esta política anti-Benfica de vender logo todos os jogadores que ganhem alguma evidência.
Estas vendas são nocivas para o Benfica e para os próprios jogadores que vão para super plantéis ainda sem maturidade.
O Benfica que lhes pague o seu devido valor (não faz sentido o Ruben Dias ser um dos mais mal pagos do plantel e o Gedson provavelmente estar ainda a receber como júnior quando são dos melhores jogadores actualmente. E quando há Taarabts e muitos outros a receber balúrdios sem jogar)


O Vieira tem de ser posto em sentido sob pena de lhe acontecer o mesmo que ao de Carvalho.