quinta-feira, 21 de março de 2019

Sólidos


Por vezes devemos olhar para a realidade dos outros clubes para darmos a devida importância a medidas de gestão tomadas no nosso. A situação do Belenenses, na relação com a SAD, é elucidativa quanto aos perigos de privilegiar soluções milagrosas, em nome de amanhãs que cantam, para a resolução de problemas estruturais. Para já, é ainda caso único ao mais alto nível do futebol português (havendo inúmeros exemplos internacionalmente), mas o histórico Atlético deixou-se enredar numa situação com contornos semelhantes. E esta semana, no jornal A Bola, Dias Ferreira, conhecido sportinguista, defendeu a alienação da maioria do capital da SAD do seu clube, soçobrando perante a míngua de títulos no futebol e o crónico estado lastimoso das contas da SAD leonina.

Ora, nada disto nos diria respeito se pudéssemos assegurar que o Sport Lisboa e Benfica e as suas participadas gozariam da capacidade de perpetuar as suas excelentes situações económico-financeira e desportiva. Se hoje sabemos que quem está à frente dos destinos do clube tem provas dadas nestas e noutras matérias, não seria ajuizado supor que, no futuro, será sempre assim, até porque nós próprios já sofremos as agruras da gestão irresponsável, com as consequências que todos conhecemos.

É, portanto, indispensável frisar e reiterar a relevância da operação de transferência, na sua totalidade, da Benfica Estádio e BTV para o clube. A robustez associativa, patrimonial e económico-financeira do clube será sempre o melhor travão a aventureirismos.

P.S. Jogámos bem frente à Belenenses, SAD, assim como o vínhamos fazendo desde a entrada de Lage. Se mantivermos o nível exibicional, seremos campeões!

Jornal O Benfica - 15/3/2019

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