Os meninos sub-23

O aparecimento das equipas B foi uma das maiores lufadas de ar fresco que o futebol português viu. A transição suave para o escalão sénior que as mesmas permitem levou a que muitos futebolistas jovens portugueses tivessem mais facilidade em atingir o seu potencial máximo. Não obstante, desde este ano, existe a Liga Revelação, sendo que o Sporting acabou mesmo com a sua equipa B, substituindo-a pela equipa sub-23. Felizmente, no Benfica, não fomos tão extremistas, e aproveitámos ambas.

A competição acabou há dias e ficámos em 5º lugar. Sinceramente, é irrelevante. Relevante é o que a equipa sub-23 permitiu. E o que permitiu foi que alguns jogadores bastante promissores, que seriam segundas opções na equipa B, crescessem também num ambiente mais exigente que o campeonato de júniores. O exemplo mais gritante é o de Ilija Vukotic. O montenegrino está há duas épocas no CFC, mas esteve sempre tapado por Florentino, que agora todos conhecem. No ano passado, Vukotic fez apenas um jogo pela equipa B. Este ano, já fez 35 jogos entre equipa B e equipa sub-23. Resultado: está a chegar a um nível em que se pode questionar a sua promoção à equipa principal. Se não houvesse equipa sub-23, estaria a saltar entre a equipa de júniores e o banco da equipa B porque, lá está, até Janeiro, existia um tal de Florentino Luís.

Mas há mais exemplos. Úmaro Embaló e Diogo Pinto são ambos extremos promissores, mas na equipa B existem Willock, Jota e Nuno Santos (embora este último jogue também no meio). Pedro Álvaro e David Zec (o esloveno foi uma agradável surpresa) tinham como concorrentes Ferro e Kalaica. Tomás Tavares tinha a concorrência de Alex Pinto. Et cetera.

O grande problema, neste momento, é o treinador. João Tralhão, não sendo excepcional, não era tão mau como muitos pintavam. Já o irmão é um péssimo treinador. Tudo bem que o objetivo não é ganhar títulos, mas convém que o futebol praticado seja bom para o crescimento ser melhor. Por isso, a substituição de Luís Tralhão tem que acontecer.

Confesso que, ao início, estava com algumas reservas. A chegada de alguns jogadores desconhecidos que ficaram no plantel sub-23 era algo questionável. Porém, a verdade é que produziu resultados. Se por cada ano de existência, a equipa sub-23 permitir que um jogador se torne opção para a equipa principal, a aposta é automaticamente ganha. Não sei quem serão os próximos a beneficiar (talvez os Araújos, talvez Csoboth), mas é provável que eles apareçam. Por isso, é para continuar!

1 thoughts on “Os meninos sub-23

  1. Os coisinhos do fundo do CampoGrande conhecido na Europa como o “notLisbon” não substituíram nada, DESCERAM ao CNS e acabaram com a equipa B.
    Quando quiseram regressar voltam a fazer, a bem da “verde..ade des..porto..iva”, o que SEMPRE fizeram, entradas directas, no hóquei em patins; futebol feminino; voleibol e se preparam para fazer no basquetebol !!!!

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