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16 outubro 2019

A Taça do Ridículo

16 outubro 2019 1 Comentários
UMA COMPETIÇÃO FERIDA NA SUA ESSÊNCIA.



Uma Taça de Portugal sem nexo mas exposta ao ridículo. Como houve 21 clubes eliminados na primeira eliminatória que foram repescados para a segunda e nesta desses 21 houve nove que conseguiram eliminar o adversário estiveram no sorteio da terceira eliminatória. Nesta eliminatória, quatro desses emblemas recebem clubes do primeiro escalão restando cinco. As probabilidades de se repetirem jogos vão aumentando com a progressão das eliminatórias. Assim já houve, em 8 de Setembro de 2019, um CF Canelas 2010 que afastou, por 3-1, o Valadares Gaia FC. Um mês e meio depois, em 20 de Outubro, voltam a jogar para a Taça de Portugal desta vez uma espécie da segunda mão duas eliminatórias depois, visto ser agora o CF Canelas 2010 que se desloca ao campo do Valadares Gaia FC. Mas o melhor está para escrever. Então que não vamos ter na edição 2019/20 da Taça de Portugal o jogo que passa a ser o maior clássico desta Taça de Portugal pois vai jogar-se novamente o AC Marinhense frente ao CD Fátima, também na Marinha Grande. Em 8 de Setembro, o AC Marinhense só foi eliminado no desempate através da marcação de pontapés na marca da grande penalidade, por 1-4, depois de um empate sem golos nos 120 minutos. O melhor é o clube da Marinha Grande "aviar-se em terra" e acautelar-se não vá haver mais um milagre lá da marca dos onze metros. E o CD Fátima vai ter de voltar a tentar despachar o AC Marinhense... pela segunda vez na mesma edição da competição. A FPF ridiculariza uma competição que organiza desde 1921/22 com a designação nas dezassete edições iniciais como «Campeonato de Portugal». O GS Loures foi despachado pelo Sintra FC, em Sintra, mas agora, duas eliminatórias depois, recebe a filial do SLB em Castelo Branco. Já o CO Montijo e o Anadia FC sempre podem dizer: A FPF juntou-nos os dois à esquina da 3.ª eliminatória depois de termos sido corridos da competição, respectivamente, pelo CD Rabo Peixe e pelo Mortágua FC. Anunciaram a mort-água destes muito rápido para o gosto da FPF: Farçolas Pinta Façanhas!


Não é necessário ganhar o Prémio Nobel da Matemática
Para organizar devidamente, se houver vontade, uma competição com lógica e que cumpra a sua essência. Clube que é eliminado... eliminado está e chegam à final os dois que nunca foram eliminados. Com a existência das Equipas B, variável em número e por escalão (no segundo ou terceiro) isso condiciona as duas eliminatórias anteriores à estreia dos 18 clubes do primeiro escalão pois esta terceira eliminatória terá de ter 64 clubes para se realizarem 32 jogos. Assim na segunda eliminatória têm de se apurar 46 clubes, ou seja, terá de ter 92 clubes para a realização dos 46 jogos. O número de clubes na primeira eliminatória dependerá sempre de quantas Equipas B existem e como estão distribuídas pois terão de ser num número exacto que permita somar, na segunda eliminatória, 92 clubes pois é na segunda eliminatória que se estreiam os clubes do segundo escalão onde podem competir Equipas B. Em 2019/20 como há duas Equipas B (SL Benfica e FC Porto) são 16 os clubes que se estreiam no segundo escalão, ou seja, têm de ser apuradas na primeira eliminatória 76 emblemas, pois 76 + 16 = 92/2 = 46, as necessárias para 46 + 18 = 64/2 = 32-avos-de-final (3.ª eliminatória). Nem tudo foi mau na edição de 2019/20 pelo menos quando comparada com a anterior. Desta vez não se esqueceram do GD Chaves Satélite. Este foi impedido de participar, ao contrário, do que ocorreu em 2018/19 quando tiveram de fazer uma norma à pressa para que no sorteio da terceira eliminatória, o GD Chaves não pudesse defrontar o GD Chaves Satélite (clicar para portal da FPF). São mesmo otários os tipos da FPF. Ou têm boas cunhas para por lá andarem a receber ordenados! 



O que se faz e fez esta temporada foi uma trapalhada.



Quando se podia dar dignidade a uma competição a eliminar. 


Na primeira eliminatória com 152 clubes para 76 jogos em vez das oito séries geográficas (55 jogos, ou seja, 7 jogos por série) para poupar dinheiro - a FPF só tem dinheiro para subsidiar selecções nacionais, já para os clubes népia - podiam fazer-se 12 séries (por isso distâncias mais curtas) a cerca de 12 jogos por série!
   

É evidente que a FPF (os seus funcionários) fazem repescagens mas tentam o tudo por tudo para pôr logo fora da Taça de Portugal na segunda eliminatória os "repescados". Esta temporada tiveram mais azar que nas outras!




Ainda pode haver emoções fortes nas eliminatórias seguintes
1. Ainda pode haver uma final da Taça de Portugal repetição da 1.ª eliminatória entre o SC Praiense e o GD Fabril Barreiro;
2. Ainda pode haver uma final da Taça de Portugal repetição da 1.ª eliminatória entre o GD Águias Moradal e o GD Vitória Sernache;
3. Ainda pode haver uma final da Taça de Portugal repetição da 1.ª eliminatória entre o Sintra FC e o GS Loures.







E o Benfica anda metido nisto!

Alberto Miguéns

NOTA: Evolução da competição:



A vermelho os clubes em estreia da Liga NOS






NOTA FINAL: São tão trapalhões que na série D, o FC Oliveira do Hospital vence, por 2-1, no tempo regulamentar mas depois perde (4-5) para o Clube Condeixa no desempate por pontapés da marca de grande penalidade! (clicar para portal da FPF)
1 comentários
  1. Até a que ponto esta gente que "dirige" se vão ainda cobrir de mais ridículo?
    No fundo é isso mesmo... Esta gente mete água e percebe mesmo é da pesca.
    Deixem o futebol e dediquem-se à pesca.

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