terça-feira, 31 de março de 2020

Acredite ou não, estamos em 2020


Coacção a árbitros; Vandalização de Casas do Benfica; Agressões a benfiquistas; Distúrbios junto ao hotel em que a nossa equipa pernoitou; Intimidação, à máfia, de benfiquistas e árbitros; Faixas insultuosas; Interferência no balneário; Arremesso de objectos ao nosso guarda-redes; Etc.

E o que farão Liga, Federação e Governo a este respeito? Nada! Talvez debitem umas meras palavras de circunstância, em que referirão genericamente a necessidade de todos zelarmos pela imagem do futebol português ou qualquer outra inocuidade. Mas haverá diferenças.

Proença, caso não se remeta a um silêncio estratégico, di-lo-á com um sorriso. Fernando Gomes assumirá um ar grave. E João Paulo Rebelo, burocraticamente, que esse só se motiva verdadeiramente com a panaceia da legalização das claques, talvez debite uma qualquer mediocridade, pois é a sua natureza.

Luís Filipe Vieira clamou, e bem, pela nomeação de árbitros estrangeiros em jogos de Benfica e Porto. O clima de intimidação e coacção aos árbitros é terceiro-mundista, os árbitros estão obviamente condicionados – a alternativa é serem uma cambada de ladrões. E o presidente da APAF que, pelos vistos, relativiza esta barbaridade, logo se insurgiu contra a sugestão. Não me surpreendeu.

Fontelas Gomes também não. Nomeou, para um dos jogos mais importantes do ano, um árbitro da AF Porto, com estabelecimento comercial aberto na cidade do Porto, cujo histórico é, nomeadamente desde que foi interpelado por adeptos portistas no Centro de Alto Rendimento da Maia, notoriamente benéfico para o F.C. Porto. E, para VAR, o tipo que protagonizou o famigerado e patético episódio da moeda de cinco cêntimos no estádio da Luz. Não haveria mais ninguém?


Jornal O Benfica - 14/02/2020

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