terça-feira, 1 de setembro de 2020

Pontapé de saída

Gostei bastante da entrevista concedida por Jorge Jesus à BTV, em que nada foi esquecido ou escamoteado.

Na linha do que ficara patenteado na apresentação do nosso novo treinador, foi reforçada a ambição de recolocar o futebol benfiquista no trilho do sucesso. Se dominarmos as próximas temporadas, não tenho a mínima dúvida de que, no futuro, faremos a retrospectiva do decénio e considerá-lo-emos hegemónico da nossa parte. 2019/20 foi uma desilusão, somente vencemos a Supertaça. Ainda assim, nos últimos sete anos, conquistámos 15 dos 28 troféus em disputa, mais do que todos os nossos adversários juntos conseguiram. Fazer da última temporada e de 2017/18 excepções será o desígnio de todos os benfiquistas e de quem o serve e representa nos próximos anos.

Mas houve mais que manifestações ambiciosas para o futuro próximo do Benfica. Entre o muito que poderia destacar, escolho a convicção de Jorge Jesus acerca da formação.

Primeiro deixou bem vincado que a competência não se restringe a escalões etários mais velhos e que terá sempre de ser, independentemente da idade, o factor determinante na escolha dos jogadores que compõe o plantel. Depois alargou, e bem, o conceito de formação a atletas que, não tendo percorrido as camadas jovens do clube, são contratados em idades precoces com o intuito de se desenvolver, ao máximo, o seu potencial. Por último, defendeu a necessidade de dar tempo, logo jogo, às jovens promessas, o que passa, na esmagadora maioria dos casos, pela maturação na equipa B ou o recurso a empréstimos. Não poderia estar mais de acordo. Até porque se aparecerem outros João Félix ou Renato Sanches, as oportunidades surgirão naturalmente, em nome da competência.

Jornal O Benfica - 14/08/2020

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