Alguns sinais de retoma numa vitória convincente e incontestável que carimbou o apuramento para a próxima fase da Liga Europa, num jogo marcado pelos regressos de alguns jogadores que tinham estado indisponíveis. Os quatro golos de diferença ajustam-se perfeitamente ao que se viu, e se começarmos a fazer contas às ocasiões de golo criadas, se calhar até podíamos ter marcado outros tantos.
A novidade de maior relevância foi mesmo o regresso do Darwin, logo para titular. Alguma surpresa pela opção de ter o Pizzi a jogar no apoio directo ao avançado, em vez de jogar com o Waldschmidt, que seria mais esperado. Por via disto, o Chiquinho formou a dupla do meio campo com o Gabriel. A fase inicial do jogo nem fazia prever muito que tudo acabasse por se tornar relativamente fácil. O Lech Poznan parecia ter a intenção de disputar o jogo de igual para igual, era agressivo na pressão, e o Benfica teve algumas dificuldades para chegar perto da baliza adversária. Mas com o decorrer do tempo a nossa superioridade foi-se impondo, e a partir do meio da primeira parte os polacos já mal saíam do seu meio campo. Com isto começaram também a surgir as ocasiões de golo, com o Darwin a estar envolvido numa boa parte delas mas a revelar pouca pontaria. A vantagem chegou a dez minutos do descanso, num cabeceamento do Vertonghen após um pontapé de canto do Pizzi. Na segunda parte o domínio do Benfica acentuou-se, e com ele vieram também os golos. O Pizzi estava a fazer um jogo típico dele, ou seja, a roçar o sofrível, tendo já desperdiçado duas ocasiões soberanas para marcar, e de repente no espaço de um par de minutos faz uma assistência para o Darwin fazer o segundo golo, e marca ele próprio o terceiro golo, deixando o jogo completamente resolvido. Ambos os golos nasceram de recuperações adiantadas de bola. O primeiro pelo Gabriel, que interceptou um mau passe do guarda-redes, e o segundo pelo Chiquinho, que desarmou um adversário quando os polacos tentavam sair para o ataque. Depois num caso o passe do Pizzi deixou o Darwin na cara do guarda-redes para finalizar com muita calma, e no outro o Rafa passou para o Pizzi flectir da direita para o meio e finalizar com um remate cruzado de pé esquerdo. Logo a seguir, tripla alteração no Benfica - entraram Weigl, Waldschmidt e Seferovic, saíram Chiquinho, Pizzi e Darwin. Nada disto alterou o sentido do jogo, com o Benfica sempre muito por cima e o Lech Poznan completamente inofensivo. Tempo ainda para o regresso do Pedrinho, para uma perdida inacreditável do Seferovic quando ficou completamente isolado em frente ao guarda-redes (nova recuperação adiantada de bola do Gabriel) e para o Weigl fechar a contagem mesmo sobre o minuto noventa, num grande golo: progrediu até perto da área e depois fez um remate rasteiro colocadíssimo, com a bola ainda a tocar no poste antes de entrar.
O Pizzi é inevitavelmente o homem do jogo depois das suas duas assistências e um golo. Foi o habitual nele, pode andar por ali a passar ao lado de um jogo e a tomar más decisões (por exemplo, a decisão de tentar o remate com três adversários em cima quando bastaria um pequeno toque para o lado e deixaria o Rafa completamente sozinho em frente à baliza) mas de repente marca um golo ou faz um passe para um colega marcar. Destaque para o regresso do Darwin, que se nota imediatamente na quantidade de ocasiões de golo que ele cria. O Grimaldo parece estar a regressar à boa forma, e boa atitude do Chiquinho.
Está resolvida a questão do grupo da Liga Europa, o que deverá permitir algumas poupanças no último jogo - embora fosse sempre interessante tentar acabar em primeiro lugar. Julgo que se pode considerar uma boa prestação europeia até ao momento. O único mau jogo que fizemos foram aqueles primeiros setenta minutos na Escócia, e estou convencido que se não fosse a expulsão do Otamendi teríamos vencido facilmente o Rangers no primeiro jogo e o primeiro lugar já estaria decidido. Seria bom que conseguíssemos agora um pouco de estabilidade, quer em termos do onze titular, quer em termos exibicionais.
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