terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Dois pontos perdidos

Na semana passada, antes do jogo no Dragão, apesar de considerar que todos os jogos começam 0-0 e que o seu desfecho pouco ou nada é condicionado por resultados anteriores, entendi que seria útil referir o histórico recente de partidas entre FC Porto e Benfica naquele estádio para desmistificar a ideia, imensamente explorada pela comunicação social, de que o Benfica entraria derrotado no Dragão.

Não só não entrámos derrotados, como não o fomos. E mais: passados estes dias perdura o sentimento de perda de dois pontos tal foi a nossa superioridade na partida, o que merece ser realçado.

Até porque foram evidentes, durante o jogo, as manobras dilatórias dos portistas na preservação do empate (desde a rábula clássica do engano do número do jogador que deveria ser substituído, a substituições nos descontos, súbita greve de zelo de apanha-bolas ou perda de tempo nas reposições...), e também no pós-jogo, com Sérgio Conceição a tentar criar uma narrativa que, primeiro, disfarçasse a inferioridade da sua equipa no jogo, segundo, que condicionasse o desafio seguinte frente ao Benfica.

Jorge Jesus afirmou várias vezes e de variadas formas, tanto na entrevista rápida como na conferência de imprensa, que o Benfica perdeu dois pontos. Sérgio Conceição, delirante se sincero, hipócrita se intencional, aludiu a um pretenso contentamento benfiquista pelo empate. E depois enveredou por uma simulação de vontade de evitar críticas explícitas à arbitragem, como se tivesse razões para fazê-lo. Patético! É impressionante como, para aquela gente, qualquer boa arbitragem num jogo que não lhes corra de feição passa a ser automaticamente má. Não é defeito, é feitio. É tacticismo bacoco e miserável. É o habitual.

Jornal O Benfica - 22/1/2021

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