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sábado, fevereiro 13, 2021

Quase

Vencemos o Estoril na Amoreira na passada 5ª feira por 3-1 e só uma catástrofe de proporções bíblicas nos tirará da final da Taça de Portugal. Foi um jogo em que a nossa superioridade ficou bem vincada, apesar de o Estoril apresentar um futebol interessante, o que não é de espantar dado que está nos primeiros lugares da II Liga.
 
O Jesus fez cinco alterações em relação à partida com o Famalicão, entrando o Diogo Gonçalves, Gabriel, Pizzi, Pedrinho e Rafa. Começámos ‘muita’ fortes, como diria o nosso treinador, com o Rafa a ter duas excelentes ocasiões para marcar, numa delas com uma jogada à Maradona cujo remate saiu ao lado e noutra a picar a bola para a trave. O Estoril mal passava do meio-campo, mas da primeira vez que foi com perigo à nossa baliza inaugurou o marcador aos 23’ pelo André Vidigal, numa jogada em que vimos a bola cruzar a nossa área por duas vezes sem a conseguirmos cortar. Era importante chegarmos ao intervalo sem estarmos a perder, mas nos minutos subsequentes sentimos um pouco o golo contrário e deixámos de circular a bola com a velocidade com que tínhamos feito até então. Mesmo assim, fomos criando oportunidades, em remates de longe do Pedrinho e Pizzi, e numa óptima cabeçada do Darwin depois de um não-menos óptimo cruzamento do Diogo Gonçalves, que proporcionou ao guarda-redes contrário a defesa da noite. Foi mesmo em cima do intervalo, mas na sequência desse mesmo canto marcámos finalmente através do Darwin a corresponder de cabeça a um desvio do Gabriel ao primeiro poste.
 
Na 2ª parte, não criámos tanto volume de jogo, mas consubstanciámos a nossa superioridade. O Rafa continuou na sua boda aos pobres em termos de falhanços incríveis ao não acertar na baliza, quando estava sem oposição na área, depois de um centro da direita do Diogo Gonçalves. Por volta da hora de jogo, o Jesus mudou o meio-campo, fazendo entrar o Weigl e Taarabt, juntamente com o Seferovic, e foi o suíço a atirar ao poste de ângulo difícil depois de ter ultrapassado o guarda-redes, aproveitando uma bola perdida do Estoril em zona proibida. Aos 68’, o mesmo Seferovic colocou-nos finalmente em vantagem, com um remate forte de pé esquerdo já na área, depois de uma jogada envolvente entre o Everton, Darwin e o Rafa, com a bola a sobrar para o suíço não perdoar. Aos 77’, fizemos o terceiro golo num quase inédito contra-ataque bem conduzido pelo Taarabt na direita, que assistiu o Darwin no meio para o uruguaio fazer o seu bis. Até final, o Helton Leite ainda foi posto à prova por duas vezes, mas conseguiu segurar a nossa vantagem de dois golos.
 
Em termos individuais, destaque para o Darwin com o seu bis, para o Rafa, que foi o principal responsável pelas acelerações que baralharam a defesa do Estoril, apesar de ter estado muito infeliz na concretização, e para o Everton, que releva uma progressiva subida de forma. O Diogo Gonçalves não esteve brilhante, mas será provavelmente dos jogadores do plantel que melhor centra, algo que deveria ser melhor aproveitado. Ao invés, o Pedrinho desaproveitou a oportunidade, fruto de uma falta de intensidade que convém rever, especialmente no aspecto defensivo, e notou-se bem a diferença quando entrou o Weigl em relação ao Gabriel, que a seis simplesmente não dá.
 
A equipa esteve melhor durante mais tempo do que frente ao Famalicão e espero que esta subida seja gradual e se confirme nos próximos jogos. Ainda há objectivos muitos importantes para conseguir esta época.

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