terça-feira, 1 de junho de 2021

Agridoce

Primeiro o ácido: Perder é sempre mau independentemente das circunstâncias, por mais nefastas e incontroláveis que sejam. Para o Benfica, perder uma competição (ou um jogo) é contranatura porque abala o mais fundamental do etos benfiquista, caracterizado por uma cultura de vitória bem enraizada, e é dissonante da projecção que fazemos do nosso Glorioso. Benfica é, para nós, benfiquistas, sinónimo de ganhar, logo a derrota na final da Taça de Portugal foi negativa.

Avaliar as razões da derrota remete-nos, normalmente, para o domínio do subjectivo, porém há excepções. E este caso é uma delas, pois ficará para sempre a dúvida do que poderia ter feito a nossa equipa se não tivesse sido espoliada das suas possibilidades de lutar pelo triunfo.

A arbitragem de Nuno Almeida foi vergonhosa. A expulsão de Helton por volta dos 17 minutos deveria figurar junto da palavra “aberração” em todos os dicionários ilustrados. A maioria dos especialistas de arbitragem dividiram-se entre o erro e a decisão legítima que não tomariam. Ora, Nuno Almeida, que nos sonegara um penálti com o V. Guimarães e fizera vista grossa, como VAR, noutro com o Nacional, há muito que perdera o direito de lhe ser concedida a dúvida legítima. Diz-se que abandonará a arbitragem, fá-lo tardiamente.

E o doce: Por falta de espaço, mas não de satisfação, admiração e orgulho, resumo o que penso sobre a nossa equipa de futebol feminino: São campeãs à Benfica! Chegar ao jogo decisivo, para mais realizado no estádio do adversário na luta pelo título, e vencer por inapeláveis 0-3 é fabuloso. Este é um projecto no qual predomina a excelência. E ficará na história a obra de arte de Kika Nazareth que resultou no bom golo de Cloe Lacasse. Parabéns!

Jornal O Benfica - 28/05/2021

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