segunda-feira, 13 de setembro de 2021

300 Dias (2)

Recupero o tema porque, exibidos sete episódios no momento em que escrevo, justificam-se (pelo menos) duas considerações.

Desde logo a constatação da extraordinária qualidade da série, ao nível das melhores produções internacionais. Agarra ao ecrã, é inovadora, bem escrita e muitíssimo interessante dos pontos de vista humano, futebolístico e benfiquista. Uma verdadeira pedrada no charco que muitos fazem da comunicação no futebol português.

O que me leva ao segundo ponto. Até agora (3ª feira), uma das minhas expectativas tem sido defraudada. Há anos e anos que, ciclicamente, oiço e leio responsáveis da comunicação social desportiva clamarem por mais conteúdo e menos barulho por parte dos clubes.

Porém, não sei exactamente o que me levou a esperar destes a gratidão e elogios ao Benfica pelas portas do balneário abertas e o protagonismo dado a quem é, de facto, protagonista.

Afinal, são eles quem sempre tiveram o poder de decidir o que realçar no quotidiano futebolístico português, optando invariavelmente por temas laterais e alimentando assim uma polémica permanente em nome duma fórmula supostamente vencedora nas vendas.

Não estão distraídos, pois há referências mínimas diárias a pormenores de cada episódio. E é estranho! Eles deveriam ser os primeiros, por interesse próprio caso tenham criatividade e vontade de aproveitar a onda, a estimular este posicionamento da comunicação do Benfica, que nem sequer é novo, apesar de pouco referido, uma vez que desde o lançamento do BPlay que se sucedem os conteúdos até há uns anos inimagináveis.

Esta série, reitero, notável, trata-se somente do pináculo duma política comunicacional merecedora dos maiores encómios. E são os adeptos quem ganham com isso. Parabéns!

Jornal O Benfica - 10/9/2021

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