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segunda-feira, setembro 27, 2021

Categórico

Vencemos no sábado em Guimarães por 3-1 e mantivemos o registo 100% vitorioso de sete vitórias em sete jornadas. Como a lagartada ganhou no último minuto da compensação (novamente de penalty do Porro) ao Marítimo (1-0) e o CRAC também ganhou em cima dos 90’ em Barcelos ao Gil Vicente (2-1), continuamos com quatro pontos de vantagem sobre ambos. Num jogo que se perspectiva difícil, tornámo-lo mais fácil ao conseguir uma óptima 1ª parte em que só marcámos dois golos. E o ‘só’ é mesmo para ser lido literalmente.
 
Com o Lazaro no lugar do lesionado Diogo Gonçalves, entrámos a todo o gás com o tridente Rafa, Darwin e Yaremchuk a dar cabo da cabeça dos vimaranenses, que tiveram muitas dificuldades em assentar o seu futebol nos primeiros 45’. Mesmo assim, o Estupiñán ainda assustou numa cabeçada por cima, mas se o Rafa tivesse dominado uma bola passada pelo Grimaldo teria ficado isolado frente ao guarda-redes. Noutro lance, foi o Yaremchuk a rematar já de ângulo difícil com o Darwin sozinho no meio da área... O ucraniano voltou a estar muito activo pouco depois ao rematar por cima, com o Rafa a atirar a rasar o poste na sequência de um canto no minuto seguinte. A partida já deveria estar resolvida, mas ainda estava a zeros quando aos 30’ finalmente lá inaugurámos o marcador, através do Yaremchuk, que se desmarcou muitos bem num passe longo do Vertonghen e picou a bola com muita classe por cima do guarda-redes. O V. Guimarães ainda teve um remate de longe que o Vlachodimos blocou com segurança, mas aos 41’ aumentámos a vantagem novamente pelo Yaremchuk, a aproveitar bem uma perda de bola de um adversário que deu origem a um ataque do Rafa, que assistiu o ucraniano, tendo este alguma sorte num ressalto com o guarda-redes Trmal e no facto de a bola ainda ter batido num defesa e num poste(!), antes de entrar. Com o V. Guimarães completamente desnorteado, poderíamos ter ido para o intervalo com o terceiro golo do Yaremchuk, mas este permitiu a mancha do Trmal e logo depois foi um chapéu do Darwin à saída do Trmal a passar por cima da barra. Era inacreditável como saímos para o descanso sem o jogo estar completamente decidido.
 
A 2ª parte foi bastante diferente, com o V. Guimarães a entrar com outra disposição e a colocar-nos mais problemas. Poderia ter reduzido logo no recomeço, mas o remate do Edwards na marca de penalty saiu por cima. O mesmo Edwards isolou-se logo a seguir, numa falha incrível do Lucas Veríssimo, mas o Vertonghen conseguiu cortar in extremis, já depois do avançado ter passado pelo Vlachodimos (todavia, não sei se não estaria fora de jogo, dado que a bola parece-me ter vindo de um colega seu que a ganhou ao Lucas Veríssimo). Só por volta da hora de jogo é que conseguimos responder, num contra-ataque de três para um com o Darwin a resolvê-lo pessimamente. O mesmo Darwin e o Rafa não tiveram engenho para colocar a bola na baliza alguns minutos volvidos, quando estavam ambos em boa posição, mas aos 73’ finalmente marcámos num contra-ataque conduzido pelo Rafa, que assistiu o João Mário para um remate forte à entrada da área, que ainda ressaltou num defesa. O Jesus começou a pensar no Barcelona e a fazer alterações, porém aos 78’ o V. Guimarães reduziu para 1-3 através do Bruno Duarte num penalty perfeitamente idiota do Lucas Veríssimo. No entanto, até final nunca mais deixámos o V. Guimarães ter veleidades e o nosso triunfo foi justíssimo.
 
Em termos individuais, destaque para o Yaremchuk com o seu bis, o Rafa não esteve tão acertado como em jogos anteriores, mas acabou por fazer duas assistências, o João Mário e o Weigl continuam a tornar o nosso jogo bem mais simples e viu-se bem a diferença quando foram substituídos, e o Darwin esteve sofrível. O Lucas Veríssimo tem de ter mais concentração, porque aquele penalty é inadmissível, mas o resto da defesa esteve bem.
 
Na próxima 4ª feira, receberemos o Barcelona para a Champions e acho que temos uma boa oportunidade para voltarmos a ganhar-lhes em jogos oficiais, algo que já não conseguimos desde a primeira conquista da Taça dos Campeões em 1960/61. Estamos em boa forma e eles passam por muita instabilidade com a saída do Messi. Dificilmente voltaremos a ter uma oportunidade tão boa como esta.

1 comentário:

joão carlos disse...

Desta vez até nem acho que o problema maior tenha sido a ineficácia, que existindo até nem foi tão grande como em outras ocasiões, mas sim a má definição na maioria dos lances que tivemos no ultimo terço do terreno, até diria mais no ultimo quarto, que por definirmos mal acabavam por nem resultar em oportunidade, muitas vezes até nem em perigo resultaram.
Continuo sem perceber os jogadores por vezes contra equipa que se fecham muito e com muita aglomeração de jogadores andam em triangulações que na maioria não resultam já que por vezes é mais fácil fazer triangulações em cabines telefônicas do que em determinados jogos quando neste caso um lance individual, a resultar, até poderia trazer o desmontar de toda uma organização e depois quando jogamos em contra ataque com espaço poucos adversários por vezes em igualdade numérica, alguns até em superioridade, optamos pelo lance individual que invariavelmente não resulta quando aqui uma triangulação será sempre letal mas vamos lá perceber isto.
De referir desta vez que o treinador fez aquilo que nunca faz e não assassinou publicamente um jogador e no caso eu até acho que o treinador tem a razão, mas mesmo que não tivesse, ele tem de resolver as coisas é em privado e nunca publicamente, como costuma fazer, e se deve ser norma em qualquer lado mais ainda no nosso clube que as coisas são sempre mais empoladas muito bem desta vez que seja para continuar.