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segunda-feira, outubro 18, 2021

Paupérrimo

Vencemos o Trofense na Trofa por 2-1 no passado sábado e qualificámo-nos para a próxima eliminatória da Taça de Portugal. Pronto, tudo o que de positivo há a dizer deste jogo está dito. Perante um adversário da divisão inferior, a nossa lamentável exibição fez com que precisássemos do prolongamento para conseguir o triunfo e tenhamos acabado o jogo a perder tempo e defender o resultado. Sim, com o devido respeito, perder tempo e defender o resultado perante o Trofense!
 
A primeira eliminatória da Taça tem-nos dados brindes como este ao longo dos anos. Felizmente desde essa altura nunca chegando ao descalabro do Gondomar, 
mas assim lembro-me destedestedeste e deste (já chega...?) jogo, em que praticamente só as nossas camisolas entraram em campo. Mesmo com uma equipa recheada de segundas linhas, por causa do Bayern na 4ª feira, esperava-se muito mais do Benfica. Inaugurámos o marcador aos 22’ com um golo do Everton, num remate de fora da área em que o guarda-redes me pareceu que poderia ter feito mais e, até ao intervalo, poderíamos ter marcado pelo menos mais um golo, mas um remate do Taarabt que sairia muito ao lado ressaltou num defesa e proporcionou ao guarda-redes um incrível defesa in extremis com os pés.
 
Na 2ª parte, o Jesus ainda lançou mão de três titulares (Weigl, João Mário e Yaremchuk), mas as coisas melhoraram menos do que se esperaria. Aos 81’, o Trofense empatou num golpe de cabeça, em que o Morato e o André Almeida poderiam ter feito mais oposição. No prolongamento, um lançamento longo do Weigl logo aos 95’ isolou o André Almeida, que desfeiteou o guarda-redes à sua saída e, a partir daqui, praticamente limitámo-nos a defender.
 
Para além da péssima exibição, ainda ficámos com duas baixas por lesão (Gil Dias e Lazaro) e acabámos a partida com jogadores em evidentes dificuldades físicas (Gilberto e Morato, nomeadamente). As segundas linhas do Benfica (valha-nos Eusébio...!) não deram mostras de se constituírem como opção válida. Algo que já sabíamos há uns tempos, como é óbvio, por exemplo continuo à espera de ver em que é que o Meïte e o Taarabt são assim tão melhores que o Florentino e Gedson. Na baliza, o Vlachodimos pode estar sossegado, porque este Helton Leite, enfim... Perante uma exibição destas, seria quase insultuoso destacar alguém. Menção só, como disse o Jesus e o próprio, para o André Almeida que aguentou duas horas de futebol depois da grave lesão que teve e marcou o golo decisivo.
 
Teremos o Bayern (que  ganhou 5-1 em Leverkusen no domingo) nesta 4ª feira e, sinceramente, temo o pior. Não temos de todo pedalada para eles e só espero que não levemos um cabaz completo. Em dez jogos, nunca lhes ganhámos e, desta vez, acho que nem com um milagre.

1 comentário:

joão carlos disse...

Para além dos já habituais problemas neste tipo de jogos que são a falta de rotinas de jogadores que não são titulares e a falta de motivação, que por norma acontece até ao titulares e que continuo a dizer que é mais do que esperada e que os treinadores deveriam resolver, tivemos mais dois e que para mim até são mais graves já que são problemas estruturais, e que atravessam titulares e opções, que foram a dificuldade em jogar contra equipas fechadas e que defendem com muitos e recuados e a falta de eficácia que tem sido uma nota este ano, apenas com uma ou outra excepção.
Ter dois lesionados num jogo a que se somam os que já estavam lesionados mais os condicionados e os a recuperar de lesões dá para formar um onze completo além do preocupante que é jogadores vindo de lesão e no primeiro jogo voltam a recair sendo que já são vários os que estão nestas condições e com mais de uma lesão só nesta época e depois ainda temos a somar aqueles que acabam os jogos completamente nas cordas, coisa que até é muito habitual nos planteis treinados por este treinador, o que já não é habitual é ser em outubro, o que não só é preocupante como sobretudo assustador.
A todos estes problemas temos de somar o numero de jogadores que actuaram fora das suas posições de origem é que ter um ou outro jogador adaptado, e andar a ser trabalhado para isso para poder dar mais opções, embora em seja contra contratar para adaptar que é diferente de adaptar jogadores que já temos em excesso ou não úteis noutras posições, é uma coisa agora jogar com mais do que um ao mesmo tempo e jogar num só jogo com mais de meia equipa adaptada é que assim nem que fossem os melhores do mundo a coisa funcionava.