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sexta-feira, fevereiro 17, 2023

Sabor a pouco

Vencemos em Brugge na passada 4ª feira por 2-0 e estamos muito bem lançados para nos qualificarmos para os quartos-de-final da Liga dos Campeões pelo segundo ano consecutivo. Seria um feito considerável que, sinceramente, já não me lembro quando foi a última vez que alcançámos. No entanto, perante o que se viu, foi um resultado lisonjeiro para os belgas, que deveriam ter saído da partida com a eliminatória já perdida.

Apesar de ter dito na véspera que o Rafa e o Gonçalo Ramos não estavam a 100%, o Roger Schmidt colocou-os a titular em detrimento do Gonçalo Guedes e David Neres. Tivemos logo uma oportunidade no começo do jogo, com um desvio de cabeça do Gonçalo Ramos que não deveria ter saído à figura. No entanto, durante os 15’ seguintes, foram os belgas a criarem-nos dificuldades e a empurrarem-nos para o nosso meio-campo. Reequilibrámos a contenda a meio da 1ª parte, com excelentes chances de marcar pelo António Silva de cabeça e pelo Aursnes em boa posição, mas ambos os remates não atingiram a baliza. Todavia, a nossa maior oportunidade foi num remate do Rafa à quina da baliza, depois de ser desmarcado pelo Chiquinho na sequência de um livre. Em cima do intervalo, os belgas colocaram a bola na baliza, mas o marcador estava em fora-de-jogo.

 

A 2ª parte começou com um grande falhando do Gonçalo Ramos, que desviou ao lado depois de um livre, quando estava completamente desmarcado. Porém, redimiu-se aos 51’ ao antecipar-se a um defesa e sofrer uma falta indiscutível. O João Mário aproveitou para fazer o 1-0 de penalty, tendo tido alguma sorte dado que a bola ainda foi defendida pelo guarda-redes para a barra antes de entrar na baliza. Aos 65’, o Schmidt trocou de avançados e a nossa produção melhorou, porque nem o Rafa nem o Gonçalo Ramos estão na forma que já exibiram este ano. Dominávamos completamente, mas só conseguimos marcar o 2-0 aos 88’ noutro erro da defesa do Brugge, bem aproveitado pelo David Neres com um remate cruzado de pé esquerdo, sem hipóteses para o guarda-redes. Já na compensação, foi o Gonçalo Guedes a rematar com violência de fora da área, mas a bola passou ao lado do poste.

 

Em termos individuais, destaque para o bom jogo do Aursnes descaído sobre a esquerda, para o facto de o Chiquinho continuar a cumprir bastante satisfatoriamente na posição do Enzo, e para o João Mário, que, mesmo não sendo de grandes correrias, mantém muito bem a posse de bola. Nesta altura, parece-me que o Gonçalo Guedes e o David Neres estão melhores do que o Rafa e o Gonçalo Ramos, razão pela qual a titularidade deveria passar por eles.

 

Foi pena não teremos aproveitado para resolver já a eliminatória, até porque poderíamos ter feito a gestão dos amarelos para os limpar, mas a 2ª mão só será daqui a três semanas, pelo que até lá temos de nos concentrar no campeonato. Iremos receber o Boavista na 2ª feira e espero que esta nossa boa fase possa continuar.

1 comentário:

joão carlos disse...

Na primeira parte o desperdício foi enorme e continuamos a ser uma equipa muito bipolar na finalização ou acertamos todas a bolas como em alguns jogos ou falhamos quase tudo como foi o caso neste primeiro tempo não existe um meio termos, com isto produzimos varias oportunidades que desperdiçamos e depois as que aproveitamos foram todas em erros dos adversários.
Jogar de inicio com todos os médios centros que temos no plantel implica que depois quando é necessário refrescar o meio campo, ou gerir jogadores, como foi o caso neste jogo depois não temos ninguém no banco que possa entrar para os seus lugares isto para não falar que se for necessário reforçar o meio campo, se o resultado o exigir, isso nem sequer é possível já que no banco depois só temos defesas, médios ofensivos e avançados e só demonstra o desequilibrado que o plantel ficou neste sector.
Mesmo que o resultado fosse mais tranquilo duvido muito que este treinador desse instruções para limpar cartões isso é cultura de treinador nacional os treinadores estrangeiros não tem essa cultura e para mais como este treinador nem é latino, nem passou por países latinos, as probabilidades de ele fazer esse tipo de gestão são quase nulas mesmo que isso fosse até necessário sobretudo num plantel sem muitas opções, em qualidade e quantidade, em algumas posições.