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quinta-feira, março 09, 2023

Recital

Goleámos o Club Brugge por 5-1 na passada 3ª feira e, pelo segundo ano consecutivo, qualificámo-nos para os quartos-de-final da Liga dos Campeões. Foi uma exibição de gala, em que não demos a mínima hipótese ao adversário.
 
O Roger Schmidt voltou à versão mais conservadora e fez regressar ao onze o Chiquinho, tirando o David Neres. No entanto, apesar disto, entrámos a todo o gás e colocámos a bola na baliza logo aos 2’, mas infelizmente o Gonçalo Ramos estava fora-de-jogo, o que inviabilizou um magnífico golo de calcanhar do João Mário. Na primeira metade da 1ª parte, o Brugge ainda respondeu, mas sem nunca colocar verdadeiramente à prova o Vlachodimos, enquanto nós tivemos duas claríssimas oportunidades pelo Florentino e João Mário, mas a bola foi inacreditavelmente ao lado na primeira e um defesa safou sobre a linha na segunda. Festejámos finalmente aos 38’ num grande golo do Rafa, a desviar com classe do Mignolet, depois de assistência do Gonçalo Ramos. Em cima do intervalo, demos a machadada final na eliminatória com o 2-0, num golão do Gonçalo Ramos, que tirou três adversários do caminho na grande-área, antes de atirar para o fundo das redes.
 
Ao intervalo, o treinador do Brugge tirou o melhor jogador (Noa Lang), porque já tinha um amarelo, e os belgas deixaram de existir de vez. Uma das grandes vantagens do Benfica desta temporada é que só deixa de procurar a baliza contrária quando o árbitro apita para o final da partida. Apesar de já estar tudo decidido, fomos sempre tentando marcar e conseguimo-lo novamente aos 57’ num bis do Gonçalo Ramos a aparecer de rompante na área depois de um cruzamento do Grimaldo na esquerda. Chegou a altura das substituições e o Yaremchuk deve direito a uma bonita ovação quando saiu no Brugge. Do nosso lado, saíram o Bah e o Chiquinho e entraram o David Neres e o Gilberto. E foi o lateral-direito a ser ceifado na área aos 71’, proporcionando ao João Mário outro penalty vitorioso (enganou o guarda-redes, que teria defendido se tivesse adivinhado o lado...). Ainda pensei que o Roger Schmidt fosse estrear os nórdicos, mas quem entrou foi o João Neves e o Morato, que terá de substituir o castigado Otamendi na 1ª mão dos quartos-de-final. Aos 77’, o João Neves fez uma abertura para o David Neres fazer o 5-0, num remate rasteiro de pé esquerdo, que o fiscal-de-linha começou por anular por pretenso fora-de-jogo, decisão que foi revertida pelo VAR. Até final, ainda tivemos de levar o golinho sofrido do costume neste tipo de jogos, aos 87’, quando deixámos o Meijer sozinho na esquerda para marcar um golão ao ângulo da baliza do Vlachodimos.
 
Com dois golos e uma assistência, o Gonçalo Ramos foi obviamente o homem do jogo, razão pela qual o Rafa cedeu-lhe o prémio que a Uefa lhe deu. Rafa, esse, que também esteve bem, a deixar-nos água na bocacom a perspectiva de estar a voltar à sua forma pré-lesão. O Florentino esteve ao seu nível no meio-campo e o Chiquinho, neste momento, está melhor do que o Aursnes na posição 8. Na defesa, foi pena o Otamendi ter levado um amarelo que o vai fazer sentar-se na bancada no primeiro jogo dos quartos-de-final.
 
O sorteio só irá acontecer na 6ª feira da próxima semana, mas tirando três tubarões (Manchester City, Bayern e Real Madrid) e um tubarãozinho (Nápoles), sinceramente acho que teremos boas hipóteses de competir por um lugar nas meias-finais. Mas antes disso, teremos de volta o campeonato, onde não nos podemos desconcentrar, porque a vantagem que temos é importante para gerir esta carga de jogos de grande intensidade. 

2 comentários:

joão carlos disse...

Jogo de muita qualidade e ao contrário dos últimos jogos conseguimos traduzir o nosso domínio em oportunidades, mas a isso muito se deve nos terem dado espaço as nossas dificuldades continuam a ser quando os adversários defendem muito e com muitos, e ao mesmo tempo ter um índice de aproveitamento das oportunidades muito elevado coisa que também não tinha acontecidos nos últimos jogos.
Sinceramente arriscar manter até ao fim do jogo dois jogadores que podiam ficar de fora do próximo jogo caso vissem um amarelo, que poderia sempre acontecer num lance fortuito é um risco sem sentido absolutamente nenhum quando depois andamos a gerir os defesas centrais que pela posição nem são dos mais desgastados fisicamente nem estavam em risco de amarelos existem decisões que não tem lógica nenhuma e são incompreensíveis.
Já nas substituições se com o jogo decidido, a eliminatória ainda mais, e mesmo assim os jogadores que ainda não tiveram um único minuto desde que foram contratados não se considerou terem condições para entrarem agora só demonstra que ainda não são opções para já e só evidencia o erro de se ter ficado com um plantel curto, e concordo que devia ser curto, mas com jogadores que muito dificilmente vão ser opções este ano e muito provavelmente só o vão ser para o ano quando o que precisávamos era de opções validas já.

an0n disse...

* Uma das grandes vantagens do Benfica desta temporada é que só deixa de procurar a baliza contrária quando o árbitro apita para o final da partida *

# relevo e penso que é o 'segredo' do cozinhado de cada jogo do nosso GLORIOSO, nesta época, com esta equipa - técnica do germano roger ❣