Espero Que Saibam o Que Querem

E OS CAMINHOS QUE SEGUEM SEREM OS INDICADOS.

Caminhos no sentido de estarem a fazer o que é correcto, por ser o melhor. Eu duvido, mas quero estar redondamente enganado.

 

Esta temporada (2022/23) em conquistas tanto pode ser muito melhor como igual à anterior (2021/22)

Depende de conquistar ou não o campeonato nacional, faltando seis jogos, com o Benfica a ter quatro pontos de vantagem. Vamos a comparações.

2021/2022: TEMPORADA GLORIOSA 118

Competições	Clas Fase	J	V	E	D	GM	GS
TOTAIS		59	35	13	11	118	63
Primeira Liga	3.º	34	23	5	6	78	30
Liga dos Campeões	2.º-1/4	10	3	4	3	14	17
Taça da Liga	FIN	4	1	2	1	8	7
Taça de Portugal	1/8	3	2	-	1	6	5
Liga dos Campeões (Ap.)	FG	4	3	1	-	6	1
Particulares	--	4	3	1	-	6	3

 

2022/2023: TEMPORADA GLORIOSA 119

Competições	Clas Fase	J	V	E	D	GM	GS
TOTAIS		54 (6)	41	8	5	132	44
Primeira Liga	1.º	28 (6)	23	2	3	68	18
Liga dos Campeões	1.º - 1/4	10	6	3	1	26	13
Taça de Portugal	1/4	4	2	2	-	5	2
Taça da Liga	2.º C	3	2	1	-	6	3
Torneios	V	2	2	-	-	8	1
Troféus	V	1	1	-	-	3	2
Liga dos Campeões (Ap.)		4	4	-	-	12	2
Particulares		2	1	-	1	4	3

NOTA: entre parêntesis os jogos que faltam disputar em 2022/23

 

A temporada de 2021/2022 teve 59 jogos. A actual terá 60 encontros (54 + 6)

O Benfica na Liga dos Campeões realizou o mesmo número de jogos (10) embora em 2022/2023 tenha sido mais brilhante. É a primeira e última vez que utilizarei o adjectivo "brilhante" para escrever acerca de números. Em 2021/22 o «Glorioso» esteve na final da Taça da Liga com quatro jogos e em 2022/23 fez três jogos, mas para chegar à final teria de jogar mais três encontros, ou seja, poupou 270 minutos. Na Taça de Portugal, em 2022/23 foram realizados quatro jogos (quartos-de-final) mais um que na temporada anterior pois o Benfica foi eliminado nos oitavos-de-final. Se o Benfica conseguisse, nesta temporada de 2022/23 chegar à final, teria que fazer mais os dois jogos das meias-finais (180 minutos ou 210 minutos se tivesse que jogar prolongamento na segunda-mão das meias-finais). Se chegasse à final da Liga dos Campeões estaria em idêntica situação. Deixei o campeonato nacional para o final. Restam seis jogos (540 minutos) para terminar a temporada. Todos queremos que o Benfica tenha mais seis vitórias. Pelo menos cinco. Em 2022/2023 o Clube tem 23 vitórias, tantas as que teve em 2021/2022. Teve foi mais três empates e três derrotas. Previsivelmente terá mais vitórias, mas interessa MESMO é ter no mínimo mais cinco!

 

Agora o número de minutos jogados pelos futebolistas

Claro que para 2021/2022 com 59 jogos. Para 2022/2023 ainda a seis jogos do final, serão 60, actualmente com 54. Um absurdo completo na gestão do plantel em 2022/2023. Até aos 13.ºs mais utilizados, todos em 2022/2023 já têm ou vão ter muito em breve (Gilberto nos dois próximos jogos deverá chegar aos 2030 minutos) mais tempo de utilização aos 53/55 jogos que os 13 mais utilizados de 2021/2022 em 59 jogos. Evidente que depois sucede o contrário, com algumas utilizações em 2022/2023 quase simbólicas, pois há sete que se acrescentarem 100  minutos já será um feito notável. Talvez Guedes consiga dobrar os actuais 410 minutos. Isto é inacreditável, a menos que tenha sido pensado e não obra do acaso. Para o tipo de futebol de Roger Schmidt os futebolistas deviam ter era menos minutos (uns) e mais minutos (outros) ou seja estar mais nivelado para poderem continuar a ser quase tão intensos em Abril e Maio como foram entre Agosto e Novembro.  

O Futebol implantado por Roger Schmidt com o contentamento dos adeptos (eu incluído) e êxtase do presidente Rui Costa (que prolongou o contrato por mais duas temporadas, até 2025/26 antes de terminar a primeira de duas, até 2023/2024)

Baseava-se na intensidade inicial com que o onze que entrava em campo "encostava" os adversários atrás, conseguindo com essa intensidade baralhar as equipas adversárias que mais minuto, menos minuto concediam espaços de modo a abrirem brechas que os futebolistas do Benfica sabiam aproveitar para marcar golo ou golos. No início havia ainda Enzo que dava alguma imprevisibilidade a um futebol previsível que sempre foi o de Roger Schmidt. O que era atractivo no futebol do nosso treinador era o modo como a equipa do Benfica desmontava a táctica dos adversários, mas isso baseava-se mais na intensidade que na criatividade, embora esta existisse ou não tivesse desde sempre o Benfica, em 119 temporadas, desde 1904/1905, alguns dos futebolistas mais criativos a jogar em Portugal. Mas o que fez a diferença foi a intensidade inicial como a marcação do primeiro golo ilustra.

89.º CAMPEONATO NACIONAL 2022/23

J	RES	Tempo 1.º golo	S	Adversário
01	V 4-0	07:25	C	FC Arouca
02	V 1-0	57:49	F	Casa Pia AC
04	V 3-0	29:24	F	Boavista FC
03	V 3-2	38:32	C	FC Paços de Ferreira
05	V 2-1	19:47	C	FC Vizela
06	V 1-0	62:30	F	FC Famalicão
07	V 5-0	27:23	C	CS Marítimo
08	E 0-0	----	F	Vitória SC (Guimarães)
09	V 4-2	05:06	C	Rio Ave FC
10	V 1-0	71:20	F	FC Porto
11	V 5-0	01:51	C	GD Chaves
12	V 5-1	24:26	F	GD Estoril Praia
13	V 3-1	08:12	C	Gil Vicente FC
14	D 0-3	----	F	SC Braga
15	V 1-0	08:02	C	Portimonense SC
16	E 2-2	36:09	C	Sporting CP
17	V 3-0	08:43	F	CD Santa Clara
20	V 2-0	06:08	F	FC Paços de Ferreira
18	V 3-0	24:16	F	FC Arouca
19	V 3-0	34:54	C	Casa Pia AC
21	V 3-1	54:47	C	Boavista FC
22	V 2-0	37:18	F	FC Vizela
23	V 2-0	35:48	C	FC Famalicão
24	V 3-0	45 + 2:10	F	CS Marítimo
25	V 5-1	12:20	C	Vitória SC (Guimarães)
26	V 1-0	45:51	F	Rio Ave FC
27	D 1-2	09:15	C	FC Porto
28	D 0-1	----	F	GD Chaves
29			C	GD Estoril Praia
30			F	Gil Vicente FC
31			C	SC Braga
32			F	Portimonense SC
33			F	Sporting CP
34			C	CD Santa Clara

NOTAS: Primeiro golo antes dos 10 minutos; primeiro golo antes dos 30 minutos

 

Só que com tantos minutos a jogar, mais a concentração pré-jogo sabendo que seriam de certeza titulares indiscutíveis no próximo e próximos jogos. Provavelmente a terem que estar concentrados 90 minutos, mesmo a golear

Tiraram clarividência aos futebolistas mais influentes que actualmente são incapazes de fazer as primeiras partes com a intensidade que as faziam até meados de Fevereiro. O futebol não foi inventado há uma década, tem mais de 150 anos e os princípios gerais não mudaram. É necessário ter mais que 12/13 futebolistas com capacidade para jogarem a um nível elevado, não durante 8o por cento do início de cada temporada, mas quase toda a temporada, principalmente nos meses finais quando se decidem competições a pontuar ou a eliminar. O Benfica é demasiado previsível não conseguindo de início impor a intensidade necessária pois quando consegue chegar perto da grande-área adversária esta já tem a cobertura suficiente por parte dos adversários que minimizam as possibilidades do Benfica ser eficaz. É o que se tem visto desde a eliminatória com o Club Bruges KV. E não se vislumbra como é que o treinador vai conseguir resolver esta questão. Mas tem que a resolver pois não se imagina o Benfica terminar a temporada sem conseguir ser campeão nacional.  

Com título de campeão ou sem ele esta temporada será sempre um "Caso de Estudo".

Com o Benfica campeão nacional Roger Schmidt/Rui Costa acertaram. E na segunda temporada se perceberá se Roger Schmidt tem condições para ser um inovador como Eriksson ou um situacionista como Baroti que se deixou enrolar nas teias do «Futeluso». Se o Benfica não se sagrar campeão nacional - há esse receio pela fraca capacidade que o Benfica tem demonstrado na maior parte dos jogos da segunda volta, mesmo vencendo a maioria, mas com dificuldades notórias nos últimos 6/7 - Rui Costa/Roger Schmidt vão assemelhar-se à dupla Manuel Damásio/Artur Jorge. A culpa vai ser dos futebolistas e não da sua incapacidade em fazer o que deve e tem de ser feito. Que o Benfica seja campeão nacional. Para que o futebol praticado durante meses possa ter a merecida consagração. Mas há muito a aprender com a época de 2022/2023 para que a temporada em 2023/2024 seja melhor!    

 

Acorda, Benfica!

 

Alberto Miguéns