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terça-feira, maio 02, 2023

Alívio

Vencemos o Gil Vicente em Barcelos no passado sábado (2-0) e continuamos com quatro pontos de vantagem perante o CRAC (1-0 em casa frente ao Boavista) e seis para o Braga (4-1 em casa contra o Portimonense). Defrontando um adversário que já tirou pontos ao CRAC e à lagartada nesta temporada, e estando nós muito longe da forma que evidenciámos durante muito tempo, este era um jogo que se antevia bastante complicado. O que se confirmou dado que o primeiro golo só surgiu aos 73’.
 
Em relação à partida frente ao Estoril, o Schmidt deixou o Chiquinho no banco e fez entrar o Florentino, mantendo o João Neves na equipa. No entanto, não entrámos nada bem no jogo e foi o Gil Vicente a dominar as coisas durante os primeiros minutos. Revelávamos alguma dificuldade em fechar os caminhos para a nossa baliza e permitimos uns quantos remates, algo que não tem sido nada habitual. Felizmente o Vlachodimos revelou-se bastante atento e, com maior ou menor dificuldade, resolveu o que lhe ia aparecendo pela frente. A partir de metade da 1ª parte, assumimos o controlo do jogo para não mais o perder até final. Colocámos a bola na baliza por duas vezes, mas ambos os lances foram invalidados por fora-de-jogo. Porém, tivemos uma ocasião soberana pelo David Neres que, isolado pelo Rafa, conseguiu acertar no peito do guarda-redes Andrew... Até ao intervalo ainda tivemos mais duas boas ocasiões, pelo Florentino (especialmente esta) e Grimaldo, mas o primeiro remate saiu atabalhoado e a recarga do Neres foi parada pelo guarda-redes, e o segundo saiu ao lado.
 
Na 2ª parte, voltámos a não entrar bem e o Vlachodimos mostrou-se novamente num remate fora da área do Pedro Tiba. À passagem da hora de jogo, o Schmidt mexeu na equipa e colocou o Gilberto e Gonçalo Guedes nos lugares do David Neres e do apagadíssimo João Mário, tendo o Aursnes, que estava a lateral-direito, avançado para extremo. Se em relação à saída do João Mário não há nada a dizer, já a do Neres não concordei nada, porque até estava a ser dos menos maus. Não conseguíamos criar tanto perigo como na 1ª parte e o Schmidt teve de voltar a mexer aos 72’, com as entradas do Chiquinho e Musa para os lugares do Florentino e Gonçalo Ramos. Precisávamos imperiosamente de ganhar e o nosso treinador tirou os dois melhores marcadores, mas as coisas saíram-lhe melhor do que a encomenda. No minuto seguinte a ter entrado, aos 73’, o Chiquinho desbloqueou o jogo com uma óptima cabeçada a centro do Aursnes na direita, depois de este ter sido desmarcado pelo Musa. Foi a explosão de alegria no estádio e não só, porque se sentia a tensão em todo o lado. Com o Sr. Fábio Veríssimo a arbitrar, todo o cuidado era pouco e, por isso, era muito importante marcar mais um para acabar com as dúvidas. E esse golo surgiu aos 86’ num penalty de VAR do Grimaldo a castigar pretensa mão na área. O lance suscita algumas dúvidas, mas onde não há nenhumas é no agarrão claro ao Otamendi, que aconteceu no seu desenrolar, que não lhe permitiu cabecear em condições (todavia, o Gonçalo Guedes na recarga a essa cabeçada deveria ter feito golo...). O Grimaldo enganou o guarda-redes na conversão do penalty e selou a partida. Até final, ainda deu para o Musa acertar na barra e para o Rafa na recarga ter permitido o corte a um defesa.
 
Em termos individuais, destaque para o Chiquinho pelo golo que nos abriu a vitória. Para além disso, julgo que a sua falta se fez notar, especialmente no aspecto defensivo, porque vi o Gil Vicente manobrar demasiado à vontade no nosso meio-campo. O Florentino e João Neves não entraram bem no jogo, mas foram subindo de rendimento no seu desenrolar. No entanto, acho mesmo que o Chiquinho deve voltar à titularidade frente ao Braga, porque definitivamente dá mais poder de choque no meio-campo. O Musa também entrou bem e ajudou a agitar o nosso ataque, até porque as principais figuras (Gonçalo Ramos, Rafa e João Mário) estão muito fora dela. Por outro lado, com a recuperação do Bah, espero que a experiência do Aursnes a defesa-direito seja para terminar, porque ele é bem mais útil na frente e menos um atrás.
 
Comentei com uma amiga minha no final que, pelo segundo jogo consecutivo, não conseguia estar contente quando a partida terminou, tal a carga de stress que se foi acumulando. Respondeu-me ela que, assim que o jogo acaba, só consegue sentir alívio. É que é isso mesmo! Isto está a ser um processo tão sofrido que no fim só se consegue sentir alívio.
 
No próximo sábado, recebemos o Braga na Luz. Outra partida fulcral em que uma vitória nos coloca em excelente posição e qualquer outro resultado pode significar o começo de um enorme pesadelo...
 
P.S. – No jogo do CRAC frente ao Boavista, tivemos direito a um momento inédito em que o Sr. Rui Gomes Costa teve o descaramento de apitar para o final da partida quando um jogador do Boavista estava a entrar na área (fez um centro perigoso, que acabou por dar canto). Ao início, achei uma vergonha ele não deixar marcar o canto, quando tinha havido perdas de tempo nos quatro minutos de compensação, mas afinal a coisa foi bem pior. O Sr. Rui Gomes Costa cortou mesmo a jogada!

2 comentários:

Rui dos Santos disse...

O irmão METRALHA da COSTA, tinha de ir urgentemente ao WC, por ter BORRADO a CUECA, quando o jogador do Boavista ia entrar na área...

joão carlos disse...

Nesta fase da época nadar a fazer adaptações na posição de médio defensivo não muito aconselhável se elas são possíveis e até podem resultar numa fase em que a equipa esteja no seu global em excelente forma conseguindo emendar, e disfarçar, os erros provocados por essas adaptações nesta fase quando tal não acontece ficam evidentes os erros dessas adaptações e por isso não foi por mero acaso que neste jogo devemos ter permitido o maior numero de contra ataques do adversário esta época num só jogo.
Pelos vistos isolados só perante o guarda redes adversárias conseguimos acertar em tudo menos na própria baliza regressando assim a uma situação que era a regra em anos anteriores, mas que parecia que tínhamos conseguido ultrapassar este ano, só que pelos vistos não, para piorar as coisas se o nosso jogador estiver em fora de jogo acertamos quando não está falhamos ao menos que fosse metade metade já nem pedia o inverso.
Convinha que alguém dissesse a alguns jogadores que o objetivo deste jogo e meter a bola na baliza do adversário e não é conquistar cantos, ou sequer mais cantos que o adversário, é que por vezes parece que o objetivo de alguns é esse, isto para não falar daqueles que desistem de continuar o lance só porque vai ser canto quando se calhar era muito mais perigoso continuar o lance e apanhar o adversário mal posicionado.