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quinta-feira, outubro 05, 2023

Justo

Perdemos na 3ª feira em Milão (0-1) frente ao Inter e continuamos com zero pontos na Liga dos Campeões desta temporada. Depois de uma 1ª parte, em que tivemos algum domínio, embora sem criar grandes oportunidades de golo, fomos completamente arrasados na 2ª e o resultado só peca por escasso.
 
O Schmidt surpreendeu na equipa inicial, com a estreia absoluta do Bernat na lateral esquerda e a subida do Aursnes para o meio-campo em detrimento do Musa, tendo o ataque móvel sido entregue ao David Neres, Rafa e Di María. Esta táctica de não alinhar com um ponta-de-lança não resultou na 1ª parte na Supertaça (e eu estava muito céptico em relação a ela), mas não correu assim muito mal pelo menos nos primeiros 45’. Já a não-presença do Florentino no onze, numa partida com estas características, é algo que não compreendo. O Inter Milão jogou à italiana na 1ª parte, tendo-nos dado a bola, mas criado perigo em transições rápidas, com o Dumfries a falhar um par de oportunidades. Nós só tivemos uma verdadeira ocasião, pelo Aursnes depois de um lançamento lateral, em que aproveitámos a desconcentração deles, mas o Sommer defendeu bem para canto. Quase a meio da 1ª parte, tivemos o contratempo da lesão do Bah, que foi substituído na lateral direita pelo central Tomás Araújo (não se arranjou um concorrente directo para o dinamarquês e depois é isto...).
 
Na 2ª parte, fomos autenticamente massacrados pelos italianos. E devemos ao Trubin termos saído de Milão só com um golo sofrido, dado que só à sua conta deve ter salvado uns três golos certos, dois deles ao Lautaro Martínez, que não só viu também o Otamendi cortar um remate dele que ia entrar na baliza, como ainda atirou mais duas bolas aos ferros! Só aqui estaria uma meia-dúzia de golos na nossa baliza. Acabou por só entrar um, aos 62’, pelo Marcos Thuram a rematar de primeira depois de um centro atrasado do Dumfries na direita, num lance no limite do fora-de-jogo. Apesar de estarmos a ser completamente empurrados para trás desde o início da 2ª parte, o Schmidt só mexeu na equipa depois de sofrer o golo. E voltou a cometer o erro de não colocar o Florentino, mas sim o Chiquinho. Ou seja, continuámos sem conseguir parar a avalanche italiana, mas verdade seja dita nenhuma das outras substituições resolveu grande coisa, mesmo tendo nós terminado o encontro com dois pontas-de-lança (Musa e Arthur Cabral). Mesmo assim, o Arthur Cabral rematou ao lado num lance em que deveria ter feito melhor, depois de ser assistido pelo Neres.
 
Em termos individuais, o Trubin está no bom caminho no seu processo de des-robertização, tendo sido indiscutivelmente o nosso melhor jogador. O David Neres na 1ª parte ainda deu um ar de sua graça, mas tal como o resto da equipa afundou-se depois do intervalo. O Bernat é bom jogador, mas nota-se uma natural falta de ritmo. (Já agora, estando ele livre para que é que se foi gastar 14M€ no Jurásek...?) Outro que tem de jogar mais nestes jogos é o Kökçü, até pelo preço que custou. O João Neves tem uma capacidade de luta inacreditável, mas perante estas equipas mais possantes às vezes perde-se um pouco. O Rafa e o Di María já estiveram em melhor forma, mas quem me começa a preocupar verdadeiramente é o Arthur Cabral, que parece completamente um peixe fora de água...
 
O próximo encontro frente à Real Sociedad vai ser decisivo. Ou ganhamos ou estaremos fora da Champions. Aliás, nos dois jogos contra eles, teremos de conseguir pelo menos quatro pontos. Mas antes disso há que voltar a concentrar-nos no campeonato, com a ida ao Estoril já neste fim-de-semana.

ADENDA: alertado por um comentário, OBVIAMENTE que faço aqui um mea culpa por não ter referido o penalty sobre o David Neves na 1ª parte, quando ainda estava 0-0, num lance em que não se compreende como o VAR (Rob Dieperink) não alertou o árbitro (Danny Makkelie) de tão evidente que ele é nas imagens. Ficam aqui os respectivos nomes deste holandeses para memória futura. Aliás em três jogos frente ao Inter Milão, fazemos o pleno de três penalties que ficaram por assinalar, um em cada um deles. Inacreditável!

4 comentários:

João Figueiredo disse...

Kokçu tem de jogar mais? Tem é de ir para o banco. Não tem justificado o seu preço.

Anónimo disse...

Nem uma palavra para o penalty sobre o Neres na primeira parte?

João Figueiredo, o Kokçu tem que jogar com o Florentino.

joão carlos disse...

A equipa precisa de um trinco e não é só nestes jogos é em todos, o ano passado a equipa jogou sempre com um trinco este ano até porque temos mais jogadores no ataque que defendem pior, em relação ao ano passado, teríamos ainda de reforçar a dupla de médios centro com outro médio que defendesse bem além do trinco só que fizemos o inverso jogamos com uma dupla que não recupera bolas não para contra ataque e o pouco que faz é sempre em esforço e por isso nunca permite lançar o nosso contra ataque e apanhar o adversário desprevenido.
Esta situação na lateral direita era tão previsível, de tão vista no passado, ter apenas um jogador que por ser opção única tem de jogar sempre mesmo condicionado, e muitas vezes por isso joga mal ou pior do que jogava o ano passado, nunca tendo tempo para recuperar como deve de ser e deixando a equipa condicionada e obrigada a alterar quando não devia, e já é a segunda vez este ano, depois vamos agora à pressa arranjar um a opção para desenrascar quando tivemos mais que tempo suficiente para no mercado de verão arranjar uma solução solida e boa mas até se poderia desculpar se fosse caso único mas disto temos todos os anos numa ou noutra posição sem que ninguém aprenda com o erro que se comete ano atrás de ano.
Já não existem palavras para a apatia do treinador que vendo a equipa em dificuldades evidentes, desta vez muito porque alguns jogadores já estavam em dificuldades físicas por razões diversas, não altera quando devia e quando ainda poderia inverter a situação depois só o faz quando o mal esta feito e por esse motivo as alterações já são mais em desespero que outra coisa e tem tudo para correr mal.

S.L.B. disse...

Obrigado, Anónimo, pelo reparo. Já está corrigido.