50 MINUTOS DE LUXO, 40 DE GESTÃO

É sempre difícil prever o desempenho das equipas após as pausas internacionais. Jogadores que partiram, jogadores que ficaram, mazelas que surgem, mazelas que saram, enfim, quebras de ritmo na preparação física e táctica das equipas - sobretudo nas que mais atletas cedem às selecções. 
Nesse contexto,  a primeira parte do Benfica em Barcelos foi extraordinária. 
Como Lage disse no fim, ao escalar o onze privilegiou quem ficou a trabalhar no Seixal na última semana.Tal revelou-se certeiro, sendo que não é qualquer plantel que o permite.
O Benfica entrou com tudo, e rapidamente assumiu o controlo absoluto do jogo.
Aguardava-se o golo a qualquer momento. Ele apareceu aos 22 minutos, quando Aursnes correspondeu com precisão a um cruzamento sublime de Bruma.
Ao intervalo o 0-1 era curto face ao que se tinha passado. E temia-se que a segunda parte mudasse de figurino, trazendo um Gil mais afirmativo e em busca do empate. O golo de Belotti matou esse receio, e daí em diante o Benfica entrou em modo gestão, sem querer correr muitos riscos.
De notar o regresso de Di Maria (pode ser determinante nesta recta final de ataque ao título), e as boas exibições de Aursnes, Bruma (na primeira parte) e António Silva, que, regressado da selecção, apareceu mais confiante do que nas partidas anteriores de águia ao peito. Trubin também correspondeu, nas poucas vezes que foi chamado a intervir.
Pela negativa há que mencionar mais uma saída forçada de Tomás Araújo (o que tem afinal?) e um escusado cartão amarelo a Florentino, que o coloca em risco para o Dragão.
Segue-se mais uma final, esta diante do Farense. 

2 comentários:

Quimcosta disse...

Florentino é tão bom a destruir jogo adversário, como é a chutar contra a nossa baliza ou ao lado dela, bem como a fazer passes de morte para isolar adversários frente à nossa baliza.

joão carlos disse...

a decisão acertado mais do que privilegiar quem ficou a trabalhar durante a duas semanas foi sobretudo privilegiar no ataque quem esta mais fresco e fazer rotação coisa que já deveria ter começado a fazer à muito.
e que a meio campo tem de começar a fazer, porque pode, porque na defesa não pode.

se tivesse sido o amarelo, escusado e parvo, só o único problema do florentino é que por vezes parece, e não é o único, que tem dois tijolos nos pés.
é que passes todos falham, e ninguém acerta sempre, mas como se falham alguns mais parecem de jogadores de distritais do que profissionais de elite.