Época 2005/06 a modalidade recuperou a empatia dos adeptos

Manuel Costa

Dez anos depois o Benfica voltou a ocupar uma posição de destaque no basquetebol português. Não foi conquistado nenhum título, mas a equipa esteve muito perto de conseguir isso e, finalmente, a modalidade recuperou a empatia com os adeptos.

Com um grupo de norte-americanos de elevado valor - Ricardo Powell e Terrence Leather mostraram cedo que eram mais-valias e Bakari Hendrix, Steven Logan e Ricardo Hill, contratados já numa fase adiantada da época, forneceram um maior equilíbrio à equipa -, o Benfica construiu momentos de magia e incutiu muito respeito na concorrência.

O grande responsável para que uma equipa praticamente nova em relação à temporada anterior fosse crescendo de forma sustentada foi o líder Carlos Lisboa, que regressou à função de treinador na 5.ª jornada da fase regular, sucedendo no cargo a Norberto Alves depois da equipa ter averbado três derrotas consecutivas, entre a 2.ª e a 4.ª jornadas. Com Lisboa no banco, regressou a mística e formou-se um conjunto sólido e audaz.   

A primeira prova de que a "águia" tinha capacidade competitiva para ambicionar altos voos verificou-se na Taça de Portugal. Apesar da prestação defensiva não ter sido a melhor, o Benfica conseguiu superar nos "quartos" o Casino (67-66) e nas "meias" o Lusitânia (74-69), regressando assim a uma final de uma competição oficial cinco     anos depois. No entanto, no último jogo da final four, a formação benfiquista não conseguiu vencer os nervos, perdendo frente ao FC Porto por 95-84.

No campeonato, a equipa alcançou, sem sobressaltos, o play-off, terminando a fase regular na sexto lugar, com o mesmo registo do quarto (12 vitórias e oito derrotas). Recheado de jogadores fortes no ataque, casos de Powell e António Tavares, o Benfica deslumbrou na vertente ofensiva, tendo sido o segundo melhor ataque, com 1735 pontos, apenas menos dois que a formação mais concretizadora, o Belenenses. Na fase regular, merece ser também destacado os dois triunfos diante do FC Porto e as cinco vitórias consecutivas obtidas entre a 18.ª e a 22.ª rondas.   

Muito perto da segunda final da época

No play-off, o bom rendimento do Benfica nos quartos-de-final, frente à Oliveirense, e nos dois primeiros jogos com o Casino Ginásio, nas meias-finais, lançou fortes esperanças nos adeptos relativamente à conquista do campeonato, cujo troféu não é erguido desde a época de 1994/95. Diante do conjunto de Oliveira de Azemeís, o Benfica explorou bem o seu melhor jogo interior e a superior "profundidade" de banco, vencendo a eliminatória por 3-1 (91-78, 67-68, 99-81 e 90-88).

Ultrapassado o terceiro classificado na fase regular, o Benfica partiu como favorito para o duelo seguinte com o Casino Ginásio visto que tinha ficado à frente da equipa da Figueira da Foz na fase regular, dispunha de melhores unidades e possuia a vantagem de poder jogar a "negra" em casa. Os "encarnados" começaram muito bem, obtendo dois triunfos em casa, o primeiro dos quais uma estrondosa goleada (109-69), e consequentemente ficaram muito perto de alcançar a segunda final da temporada.

No entanto, contra todas as expectativas, permitiram que o adversário igualasse a eliminatória e fosse à Luz vencer, no jogo do tudo ou nada, sendo que esta foi a única derrota em casa da época com o Casino. O Benfica falhou assim, de forma frustrante, a hipótese de voltar a uma final da Liga, o que não acontece há 10 anos. Nas três derrotas com o Casino, os influentes Bakari Hendrix e Terrence Leather, que tinham estado em grande plano nos dois triunfos, baixaram acentuadamente de rendimento e a equipa perdeu sempre consistência defensiva no quarto período.

O Casino ganhou muita confiança depois de ter vencido o terceiro jogo e o conjunto benfiquista deu sinais de intranquilidade após a sequência de triunfos ter sido quebrada, tendo jogado sob brasas no quinto e último jogo. Apesar da tristeza estampada no rosto dos jogadores no final da partida (alguns não contiveram as lágrimas), os adeptos benfiquistas não deixaram de bater palmas pelo facto de a modalidade ter recuperado o seu prestígio, depois de ter estado demasiado tempo arredado dos momentos das decisões. 

http://www.slbenfica.pt/Info/Basquetebol/Noticias/noticiasbasquetebol_basbalanco_020606_36665.asp

Sir

E para o ano, Proliga? Agora que estávamos no bom caminho? Bah..

Manuel Costa

A Liga TMN vai continuar, houve uma reunião com a presença de 8 clubes que decidiram manter o número de 5 americanos para a próxima época. Se não houver 12 equipas como na última época, e para não diminuir o número de jogos, poder-se-à recorrer a uma 3ª volta na fase regular.

Sir

Citação de: Manuel Costa em 02 de Junho de 2006, 20:43
A Liga TMN vai continuar, houve uma reunião com a presença de 8 clubes que decidiram manter o número de 5 americanos para a próxima época. Se não houver 12 equipas como na última época, e para não diminuir o número de jogos, poder-se-à recorrer a uma 3ª volta na fase regular.

  :)