Iniciados A: Benfica 1-1 Sporting (Crónica)

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Sport Lisboa e Benfica             1
Sporting Clube de Portugal      1

SL BENFICA

1-      José Costa
2-      Flávio Luz
3-      Pedro Torrado
4-      Fábio Cardoso (c)
5-      Fábio Rebelo             61'
6-      Estrela
7-      David Indum              48'
8-      João Teixeira             35'
9-      Bakary
10-  Diego Lopes
11-  Sancidino Silva

12-  Bruno Varela
13-  Marcelo Féria
14-  Alexandre Alfaiate
15-  Guilherme Matos      48'
16-  Marcelo Lopes          61'
17-  Hélder Costa             35'
18-  Pedro Rosário

Treinador: Bruno Lage

SPORTING CP

1-      Ruben Colaço
2-      Rui Bento
3-      Tobias Figueiredo
4-      Eric Dier (c)
5-      Nuno Malheiro
6-      Antoninho Silva
7-      Bruma                        63'
8-      Luís Cortez
9-      Alexandre Guedes      35'
10-  Filipe Chaby               35'
11-  Iuri Medeiros             60'

12-  Pedro Fialho
13-  João Barreto
14-  Bruno Mendonça       35'
15-  Tiago Bernardo          60'
16-  Edgar Ié
17-  Edilino Ié                   63'
18-  Carlos Mané              35'

Treinador: Luís Gonçalves
Na jornada inaugural da fase final, o Benfica recebia o rival Sporting no campo nº1 do Caixa Futebol Campus.
Perante uma bancada bem composta e com um público entusiasta, animado pela vitória dos Juvenis, o Benfica apresentava-se com duas surpresas nos convocados: Guilherme Matos, regressado após prolongada lesão, e Sancidino Silva, jogador que habitualmente actua na equipa de Juvenis A, mas ainda com idade de Iniciado.
Aliás, Dino entrou directamente para a equipa titular.

O Benfica apresentou-se no habitual 4-3-3. Zé Costa na baliza, Luz na direita, Rebelo na esquerda e os centrais Torrado e Cardoso formavam a defesa. No meio campo, Estrela como trinco, Teixeira e Diego como elementos mais ofensivos. O trio de ataque era composto por Indum, na direita, Dino, na esquerda, e Bakary como ponta-de-lança.

O Sporting apresentava-se também em 4-3-3, mas com dois elementos mais defensivos no meio campo, Antoninho e Cortez.

E assim que o árbitro apitou para o início da partida, o Sporting rematou. O central Eric Dier posicionou-se perto da saída de bola e assim que esta foi tocada pelo seu colega, o jogador inglês tentou rematar à baliza, tentando aproveitar o adiantamento de Zé Costa. Porém, o remate saiu por cima da baliza, mas não muito longe da barra.

Mas o Benfica não se deixou atemorizar e começou a querer assumir o jogo, com boa circulação de bola, que permitia chegar perto da área leonina, ainda que sem lances de perigo.

Perto dos 10 minutos, o Benfica ganha um canto na esquerda. David Indum vai marcar o canto e, na marcação deste, bate directo para a baliza, com a bola a cair perto da barra. Ruben Colaço, muito atento, impede que o extremo do Benfica inaugure o marcador.

O Sporting responde com velocidade, nomeadamente por Bruma. A rapidez do extremo leonino começa a causar problemas e Fábio Cardoso é obrigado a parar uma dessas arrancadas com uma falta dura, sendo admoestado com o cartão amarelo.

Aos 19', o Benfica volta a criar algum perigo. Diego Lopes combina bem com Dino, sobre a meia esquerda do ataque, este recebe bem, mas remata forte ao lado.

O Sporting insistia em jogar pelas alas e conseguia criar perigo sempre que aumentava a velocidade. Numa dessas jogadas, Iuri Medeiros ganha as costas ao lateral Flávio Luz, sobre a ala esquerda, e assim que entra na área remata rasteiro de pé esquerdo, mas Zé Costa defende com alguma tranquilidade.

Mas na jogada seguinte, o Sporting marca mesmo. O Benfica tenta fazer uma transição ofensiva rápida, mas perde a bola. Esta é rapidamente colocada nos pés de Bruma. O extremo flecte da direita para o centro, ganha em velocidade aos jogadores encarnados, e dispara uma bomba de pé esquerdo, ainda de fora da área. A bola entra violentamente, a meia altura, perto do poste contrário. Sem hipóteses de defesa para Zé Costa. 0-1 no marcador. Bruma voltava a fazer a diferença.

E quando se esperava uma reacção benfiquista, é de novo o Sporting a criar perigo pelas alas. O lateral Rui Bento sobe bem pelo flanco direito, cruza para o segundo poste e Iuri Medeiros, batendo novamente Flávio Luz, remata de primeira, obrigando Zé Costa a nova defesa apertada.

E aos 25 minutos dá-se o lance que vai marcar o resto da partida. Após uma disputa de bola a meio campo, Diego Lopes e Antoninho começam a discutir e essa discussão prolonga-se durante alguns segundos. O médio sportinguista acaba por ter uma atitude menos correcta e atinge Diego na cara. O árbitro, bem situado, não tem dúvidas e expulsa Antoninho. O Sporting passava a jogar com apenas dez elementos,

Apesar desta contrapartida, o Sporting não desanima e volta a criar perigo através de um livre directo cobrado por Iúri Medeiros, que remata bem perto do poste da baliza benfiquista.

O Benfica tenta esboçar uma reacção e é isso que faz. Diego Lopes, novamente sobre a esquerda, remata à entrada da área, de pé esquerdo. A bola sai forte, mas o guardião do Sporting defende para canto.

Intervalo no Seixal. Jogo fraco de parte a parte, com o Sporting muito condicionado pela expulsão de Antoninho e o Benfica sem inspiração ofensiva, sobretudo pelos seus avançados Dino e Bakary, sempre anulados pela possante dupla Dier e Tobias Figueiredo.

Ao intervalo o Benfica mexe na equipa, procurando um futebol mais ofensivo, trocando o desinspirado João Teixeira pelo extremo esquerdo Hélder Costa.
O Sporting procura equilibrar o seu meio campo colocando Mendonça e Mané, nos lugares de Chaby e Guedes.

De facto, o Benfica começa de novo por cima querendo chegar ao empate, mas o futebol da equipa encarnada é muito pouco lúcido. Ora os lances acabam em jogadas individuais sem génio, ora com um futebol directo para a área leonina, onde os gigantes Tobias e Dier se impunham a Bakary e Dino.

Os minutos passam e só se vê futebol bem jogado quando a bola é tocada pelo talentoso Bruma, que após mais uma potente arrancada acaba por arrancar mais uma amarelo à defesa do Benfica, desta vez a Pedro Torrado.

Só aos 47' o Benfica cria perigo real. Bakary na entrada da área, trabalha bem sobre Dier e estoira rasteiro para a baliza, mas a bola sofre um desvio na perna de Tobias e acaba por passar muito perto do poste contrário.

No minuto seguinte Guilherme Matos volta aos relvados após largas jornadas afastado da competição, devido a lesão. O médio ofensivo substituía David Indum, também muito pouco inspirado, apesar de esforçado.

Os minutos vão passando, com o Benfica a dominar por completo o jogo, mas sem conseguir penetrar no último reduto do Sporting. Os lances acabavam sempre anulados pelos centrais leoninos que iam enchendo o campo com estrondosa exibição.

Aos 61 minutos, última substituição no Benfica. Substituição de alto-risco. Bruno Lage retira de campo o lateral esquerdo Fábio Rebelo e coloca em campo o extremo direito Marcelo Lopes. O Benfica passa a jogar com apenas três defesas.

Apesar de ter mais uma unidade na frente de ataque, os processos ofensivos acabam sempre por ter pouca clarividência e tornam-se inofensivos.

Mas como a grande virtude desta equipa é acreditar até ao fim, o Benfica acaba por ser recompensado na última jogada do desafio.

Quando já se jogava apenas com coração, o Benfica carregou em força para a área leonina. O defesa central Fábio Cardoso aparece na ala direita do ataque, trabalha bem, fintando dois adversários, ganha a linha de fundo e cruza para o gigantesco aglomerado de jogadores presentes na área. Os avançados benfquistas rematam e rematam, mas todas as bolas acabam por bater na muralha de pernas de defensores sportinguistas, mas uma dessas bolas de ressalto sobra para Diego Lopes. O brasileiro toca para o lado, para a meia-lua, onde Hélder Costa estoira de pé esquerdo para o fundo da baliza do Sporting. 1-1 no marcador.

Grande festa no campo e nas bancadas, após o último lance da partida!

Resultado justo, numa partida com exibições pobres de ambas as equipas, que evidenciaram muitos nervos e pouca clarividência.

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Análise Individual:

José Costa – Algumas intervenções difíceis na primeira parte, mostrando muita atenção e boa colocação entre postes. Sem culpas no golo. Foi um espectador no segundo tempo. (7)

Flávio Luz – Muitas dificuldades perante Iúri Medeiros, especialmente quando este se desmarcava nas suas costas. Alguns erros de posição e poucas subidas no terreno. Esteve melhor no plano físico, mas tarda em dar segurança ao lado direito da defesa. (5)

Pedro Torrado – O melhor em campo do Benfica. Sempre muito atento, mostrou grande entrega ao jogo, disputando cada lance com uma grande intensidade. Na defesa esteve intransponível. A sua eficácia de corte de bola atinge níveis quase perfeitos. Óptimo posicionamento, quer a jogar em 4-3-3, quer em 3-5-2. Grande jogo! (8)

Fábio Cardoso – Amarelado logo nos primeiros minutos, o capitão não se deixou atemorizar. Partiu para todos os lances com vontade de os ganhar, e assim o fez na maioria destes. Sempre muito atento, soube comandar a defesa. A jogada do golo, começa com uma grande arrancada sua sobre a ala direita, onde fintou dois adversários. (7)

Fábio Rebelo – Saiu-lhe a fava! Ou seja, apanhou com Bruma no seu flanco. Apesar disso, o lateral esquerdo mostrou-se muito eficaz na defesa, ganhando muitas bolas dividas com o talento sportinguista. Apesar disso, foi batido, em velocidade, pelo extremo leonino no lance do golo. Na segunda parte aventurou-se mais no ataque, criando algumas boas combinações com Hélder Costa e tirando alguns cruzamentos perigosos. (6)

Estrela – Muita entrega ao jogo, mas nem sempre da melhor forma. Impecável a defender, recuperou imensas bolas, mas não foi a primeira muleta do ataque como a partida assim o exigia. Algo lento e confuso nos processos ofensivos, não fez uma exibição de encher o olho, como tem vindo a fazer ultimamente. (6)

João Teixeira – Afastado do jogo nos 35' que esteve em campo. A bola nunca passou pelos seus pés, nem mesmo na recuperação de bolas. Alheado da intensidade que a partida exigia. Saiu ao intervalo. (5)

Diego Lopes – Não esteve ao nível que habituou os adeptos. Nunca foi o transportador de jogo para o ataque que costuma ser. Foi sufocado pelo meio campo do Sporting. Ainda tentou algumas jogadas individuais, fazendo uso da sua fabulosa técnica, mas raramente foi bem sucedido. Contudo, ainda fez a assistência para o golo, mas de Diego exige-se muito mais. (6)

David Indum – Foi ele quem começou por comandar o ataque benfiquista, estando perto de marcar num remate de canto directo. Algumas boas combinações no lado direito e bons passes para Bakary, mas com o decorrer do jogo acabou por desaparecer do jogo. (6)

Sancidino Silva – A surpresa no onze inicial acabou por ser uma desilusão. Começou por ganhar alguns lances individuais, mas rapidamente mostrou que não estava entrosado com o resto da equipa, vendo-se, claramente, que estava perdido em campo, sem rotinas de processos, quer defensivos, quer ofensivos. Na segunda parte tentou algumas jogadas individuais, mas nunca foi feliz. Desinspirado. (5)

Bakary – E Bakary...não marcou! Pela primeira vez na época o senegalês ficou em branco. Apesar de mostrar grande raça na luta com os gigantes Dier e Tobias, o avançado do Benfica acabou devorado pelos defesas do Sporting. Ainda tentou a sorte de livre, mas hoje nem nesse capítulo esteve certeiro. Porém, é daqueles que acreditam até ao fim, sempre com grande fome de bola. Bom espírito, apesar do desacerto. (6)

Hélder Costa – Decisivo, uma vez mais! Começou no banco, mas assim que entrou em campo, mostrou todo o seu futebol. Muito veloz com a bola nos pés, conseguiu ganhar alguns espaços para tirar os seus cruzamentos teleguiados. Uma bomba cheia de oportunismo, deu o empate às águias. (7)

Guilherme Matos – Regresso à competição. Entrou bem no jogo, combinando muito bem com os colegas, dando outra dinâmica ao futebol ofensivo, fazendo com que a equipa jogasse mais compacta e organizada. Muito bem ao nível do passe. (6)

Marcelo Lopes – Apesar dos poucos minutos em campo, o extremo direito esteve muito bem, sabendo interpretar o que lhe foi pedido pelo treinador. Bom a flanquear e muito em jogo, lutando em todos os lances, recuperando algumas bolas. (6)


Declarações:

Bruno Lage (treinador do Benfica)

Sobre a partida...

"Não foi muito bem jogado apesar da grande intensidade. Um jogo de nervos, mas penso que não foi bem jogado, por ambas as partes. O Sporting poucas oportunidades criou. Na primeira oportunidade, numa má transição nossa, colocou-se em vantagem. Nós fizemos pela vida, fomos procurar o resultado que nós queríamos, que era começar a ganhar, mas não o conseguimos. A certa altura tivemos vantagem numérica em termos de jogadores. Fizemos tudo, jogámos pelas alas, acabámos a jogar com três defesas... Penso que com mérito acabámos por atingir a igualdade."

A aposta no Dino é para continuar?

"São assuntos internos e nós vamos discutindo essa situação. O Dino não é um jogador extraordinário, é um jogador de Iniciados. É um facto que tem jogado no escalão acima, mas sempre que houver essa necessidade eventualmente poderá jogar por nós."

Pedro Torrado (jogador do Benfica)

"Penso que fizemos um bom jogo. No início não correu lá muito bem, não aplicámos o trabalho que fizemos durante a semana, mas penso que na segunda parta a equipa mudou de atitude e conseguimos, em parte, os objectivos que tínhamos para este jogo."

Reportagem Jorge Almeida

Devil_in_Heaven

#2
Bem, queria vir aqui dar os meus parabéns á equipa pela luta, entrega e por terem suado a camisola do nosso Glorioso!
No meu ver, o Helder tem de jogar de inicio, foi uma nova alma na segunda parte!

Legacy

Eu acredito no Titulo !
Esta equipa deixa a pele em campo!
Grandes miudos ! Desde o Zé ao Bacary! Tremendos! :clap1:

O jogo em alcochete vai ser mais fácil e eu explico porquê. Na minha opinião o campo é mais pequeno que o nosso no Seixal logo vai  ser melhor para quem usa um jogo mais interior, logo o Sporting vai explorar menos as suas alas, como aconteceu no jogo da 1º fase lá em Alcochete, e acabámos por conseguir sair de lá com a vitória.
Força Miudos! :metal:

Miguelg

Não querendo ser polémico mas para mim os Iniciados do glorioso são inferiores aos Juniores do SCP e penso que está tudo dito!!!!
Parece uma equipe AFricana a do scp....com menos um pareciam com mais um podera.....
Acima de tudo a nossa equipe merece o empate pela garra e nunca virar a cara à luta

Filipe F

Ontem não conseguimos fazer aquilo que mostramos em outros jogos, mas não abala em nada a minha confiança nesta equipa, já tinha sído do CFC quando foi o golo do Hélder, mas esta equipa fez por merecer este golo. FORÇA EQUIPA!!