Juniores: Benfica 1- Vitória de Setúbal 1

pyresh6

Sport Lisboa e Benfica

1-Pedro Miranda
2-Pedro Eugénio
3-Abel Pereira
4-Roderick Miranda (13- Diogo Figueiras) 64'
5-João Pereira
6-Leandro Pimenta (CAP)
7-Nélson Oliveira
8-Coelho  (16- Adul) 45'
9-Danilo (14- Saná) 20'
10-David Simão (CAP) 
11-André Soares

Suplentes não-utilizados: Diogo Freire, Hélio Vaz, Billa
Treinador: João Alves

Vitória de Setúbal

12-Carmona
2- Filipe Brigues
3- Rui Arsénio
4- Bruno Lourenço (CAP)
5- Pedro Rodrigues
6- Esgadelhado (15-Pedro Santos) 82'
7- João Santos (17-Tiago Martins) 90'
8- Ricardo Dâmaso
9- Moisés Ferreira
10- Steve Coelho
11-Pedro Gomes (16-Bruno Bolinhas) 57'

Suplentes não utilizados: Jethá, Marco Galvão, Hugo Falcão, Pedro Melo

Treinador: Carlos Chaby


Golos: Moisés Ferreira (8'), David Simão (76')

MVP: David Simão


A segunda volta começava com a particularidade de haver jogo ao domingo à tarde no Seixal, ainda para mais com transmissão em directo na Benfica TV. Do outro lado estava o Vitória de Setúbal, um dos adversários directos dos encarnados no apuramento para a segunda fase, e a quem o Benfica vencera por 1-3 no encontro da primeira volta. As bancadas estavam bem compostas, com uma falange de apoio bastante significativa por parte dos visitantes.

João Alves fez então alinhar na baliza Pedro Miranda, jogando Pedro Eugénio à direita, João Pereira pela esquerda e Abel e Roderick no eixo da defensiva. Mais à frente, Danilo e Leandro eram os médios-centro, jogando um pouco recuados face ao nº10 (na camisola e no campo) David Simão. À esquerda surgia André Soares e do lado oposto Coelho. O ponta de lança era Nélson Oliveira.

Um golo madrugador e uma equipa perdida

A equipa da casa até começou com um ligeiro ascendente que David Simão, aos 7 minutos, isolado na cara do guarda-redes, poderia ter materializado em golo. Contudo, o chapéu do esquerdino saiu um pouco ao lado.

Na resposta, na primeira vez que chegou à área benfiquista, o Setúbal inaugura o marcador. Lance de insistência na esquerda, com Miranda a sair de forma extemporânea da baliza, sobrando a bola para a marca do penalty onde um jogador vitoriano (julgo, sem certezas, que foi o Moisés Ferreira) encostou para a baliza deserta. Balde de água fria para os adeptos benfiquistas e uma imensa festa por parte dos jogadores e claque setubalenses.

O Benfica tentou responder e, cinco minutos volvidos, foi a vez de Soares ter uma boa incursão pelo corredor esquerdo, ganhar a linha e cruzar largo para Coelho que, com tempo para tudo, acaba por rematar frouxo ao lado.

Os encarnados pareciam estar com dificuldades em reagir ao golo madrugador dos visitantes e João Alves, numa táctica que lhe é recorrente, aproveita a segunda dezena de minutos de jogo para mexer na equipa. Desta feita o sacrificado foi Danilo, passando Simão a jogar mais perto de Pimenta e ficando o entrado Saná no apoio a Nélson Oliveira.

O jogo praticado era bastante feio e começavam a notar-se dois factores importantes para a história do jogo. Desde logo, o péssimo estado do relvado nº1 do Caixa Futebol Campus, que prejudicava os jogadores mais tecnicistas e fazia escorregar muitos dos participantes do jogo (inclusivamente o árbitro). Por outro lado, o jogo muito agressivo por parte do Vitória, que defendia a vantagem com unhas e dentes, disputando por vezes a bola com uma atitude a roçar a violência, tudo com a complacência do juiz da partida.

Contudo, o Benfica é o Benfica e, apesar de atenuantes, estes dois factores não podem explicar tudo. Não explicam como não existia um fio de jogo, como o meio-campo estava "macio" e ia perdendo lances em demasia, não explicam como André Soares ou Coelho tiveram um rendimento sofrível e como Saná ou Nélson Oliveira, outrora grandes promessas da formação benfiquista, mostram tão pouco fulgor.
O Benfica dominava o jogo e tentava empurrar o Vitória para trás. Mas este domínio era algo consentido pelos visitantes que tentavam espreitar o contra-ataque e iam causando alguns calafrios à defesa benfiquista.

Pimenta, Saná e Simão, apesar de algo desinspirados, iam tentando impor a sua qualidade de passe no meio campo, mas a equipa parecia não corresponder e os lances de perigo não surgiam.

A excepção foi aos 35 minutos, bela jogada colectiva do Benfica pela direita, com Eugénio a ganhar a linha e a cruzar tenso. Carmona, o guardião contrário, afasta em esforço a bola para a frente com uma palmada e surge David Simão, já bem dentro da área contrária, a rematar muito forte para a baliza tendo a bola embatido com estrondo no poste.

O Benfica tentava carregar mas a defensiva setubalense mostrava-se muito acertada e só em lances de bola parada os visitados criavam relativo perigo. Em cima do intervalo, num desses lances, Simão marca um "livre à Camacho" para a entrada da área onde surge Coelho a rematar para uma boa defesa de Carmona.

Chegava então o descanso com a vantagem no marcador para a equipa setubalense que, com uma elevada eficácia, um excelente acerto defensivo e muita agressividade (por vezes até excessiva) na procura da bola ia tentando segurar os três pontos com unhas e dentes.

Por parte do Benfica, o jogo ia correndo bastante mal à generalidade dos jogadores e os adeptos presentes no Seixal começavam a ficar algo impacientes com certas peças da equipa e com algumas opções de João Alves.

Mais coração que cabeça (e qualidade!)

No reatamento, mais uma alteração no Benfica, com o "talismã" Adul a render o apagadíssimo Coelho, jogando este também, pelo menos a princípio, encostado ao lado direito do ataque benfiquista.

A equipa da casa entrou mais pressionante e com vontade de inverter o resultado. Contudo, a primeira grande oportunidade da segunda parte (aos 55 minutos) até pertence ao Setúbal quando Esgadelhado, pressionado por Roderick, remata de boa posição ao lado da baliza.

Na resposta, Eugénio ganha a linha e cruza rasteiro para o centro da área onde Soares se embrulha com um adversário, sobrando a bola para a marca de penalty para um Nélson Oliveira solto que remata pronto e forte, encontrando um adversário no caminho.

Apesar de se notar uma maior vontade da equipa, com mais coração que cabeça, de chegar ao empate, a verdade é que o Benfica pouco ia criando, dependendo sobretudo de David Simão e de um flanco direito bastante activo para trazer a bola para a frente.

Percebendo isso, João Alves lança em campo Figueiras para defesa-esquerdo, passando João Pereira para central e sacrificando Roderick. Apesar de ter resultado em parte, uma vez que o jogo ofensivo da equipa passou a ser feito de igual modo pelos dois flancos, a verdade é que acaba por ser um pouco incompreensível que, em desvantagem no marcador, com dois pontas de lança no banco, João Alves tenha optado por esgotar as substituições lançando um lateral. Ainda para mais quando se via um Nélson Oliveira muito apagado e sozinho na frente de ataque.

Aos 20 minutos da segunda parte é de uma recuperação de bola de Simão que surge uma das melhores oportunidades de golo do desafio. O nº10 benfiquista ganha uma bola em carrinho quando o Vitória se preparava para lançar o ataque, estando a equipa descompensada, descobre Adul no flanco esquerdo e este encara o defesa, temporiza e devolve para a entrada de Simão que, já quase na pequena área, remata de primeira de pé direito ao lado. Grande oportunidade desperdiçada!

Aos 24 foi tempo do Setúbal voltar a ameaçar as redes benfiquistas, com um remate perigoso de Steven a que Miranda correspondeu com uma boa defesa. Na sequência da reposição de bola por parte do guardião benfiquista André Soares ganha as costas à defesa e surge isolado mas perde algum tempo a dominar a bola, perde algum ângulo e, já pressionado pelo defesa e perante a saída de Carmona, acaba por atirar frouxo para as mãos do guardião contrário.

Foi à entrada do último quarto de hora da partida que o Benfica conseguiu, por fim, chegar ao golo do empate que já há muito justificava. Após um cruzamento largo da esquerda Simão ganha bem a bola na área de peito e dá de calcanhar para a direita onde está Adul. Este cruza tenso, embatendo a bola no braço do defesa-esquerdo setubalense, num lance muito parecido ao que se sucedeu na jornada passada (em séniores) entre Bruno Alves e Manu. Na minha opinião é penalty, uma vez que o jogador se faz à bola (e, desta feita, não é em queda ou desequilíbrio) com os braços esticados para a frente, interceptando a bola. O árbitro da partida também não teve dúvidas e assinalou grande penalidade que David Simão, chamado a converter, não desperdiçou. Grande festa no Seixal com o camisola 10 do Benfica a festejar efusivamente agarrado ao símbolo do Benfica.

O Benfica galvanizou-se e, aos 80 minutos, está muito perto de chegar à vantagem num livre de Simão a que Abel corresponde com um cabeceamento que vai embater no poste. Contudo, na jogada seguinte, é Bolinhas que se isola e, com tudo para fazer o 1-2, acaba por atirar ao lado, pondo em sentido um Benfica que se balanceava totalmente para o ataque.

Daqui para a frente, pouca mais história teve o jogo, realçando-se a lesão muscular de Abel Pereira que deixou o Benfica a jogar os últimos minutos com 10 e as muitas picardias e paragens no jogo.
Gorava-se assim, uma excelente oportunidade do Benfica se distanciar do Sporting (empatou com o Marítimo), aquele que continua a ser o seu principal rival, bem como de ganhar pontos a um adversário directo na luta pelo apuramento. Foi um jogo globalmente mau, em que a generalidade dos jogadores do Benfica se mostrou aquém das suas capacidades e, acima de tudo, ficaram expostas algumas debilidades enquanto colectivo. O Benfica pode e deve produzir muito mais, tem jogadores com capacidade para tal! É certo que o plantel é curto, mas isso não pode desculpar tudo. Como treinador, João Alves tem que tirar muito mais partido desta equipa, tem que lhe dar rotinas colectivas, tem que fazer evoluir cada um, tem que aproveitar a boa matéria-prima que tem em mãos. Quanto aos jogadores, por vezes não basta suar a camisola, e hoje ninguém duvida que o fizeram. É preciso qualidade, maturidade e honra pelo símbolo que carregam ao peito. Para muitos este é o último ano de águia ao peito, é, porventura, um dos momentos mais fulcrais da vossa carreira, têm que saber aproveitá-lo!

Quanto à equipa do Setúbal, fez uma boa partida, dentro das suas limitações. Marcou um golo cedo e remeteu-se à defesa sem nunca, contudo, ter deixado de ter os olhos na baliza de Pedro Miranda (tanto que poderia ter feito mais 2 ou 3 golos...). Teve sorte também, é certo (duas bolas no poste), mas mostrou ser uma equipa organizada, solidária, agressiva e competitiva. Não creio que venha a atingir a fase final, contudo, pode roubar muitos pontos a alguns dos candidatos.

Por fim, a arbitragem. Nem sei bem como caracterizar a arbitragem de Joaquim Lamarosa (A.F.Santarém). Gosto de árbitros que deixem jogar e não puxem do cartão por tudo e por nada. E este árbitro tentou ser assim. O problema é que o foi apenas para um dos lados. Pactuou com uma agressividade excessiva por parte dos jogadores setubalenses e a verdade é que David Simão foi a único jogador a ver o cartão por falta (Abel e Esgadelhado viram por desentendimento). Permitiu perdas de tempo infinitas a jogadores visitantes que, após assistidos, recuperavam miraculosamente mal passavam a linha lateral. Esteve muitíssimo mal auxiliado. Ora tudo isto enervou sobremaneira uma equipa do Benfica já nervosa devido ao golo madrugador e as quezílias, agressões e picardias sucederam-se, sendo incrível como foram mostrados apenas 3 cartões num jogo destes. E atenção que mais uma vez digo que não sou fã de cartões e prefiro árbitros de "critério largo". E durante grande parte do tempo critério foi algo que o senhor Lamarosa não teve. Mais para o fim, talvez pressionado pelas "bocas" da bancada, alterou um pouco a forma de arbitrar e poderá até ter prejudicado o Vitória nalguns lances. Mas o mal já estava feito.

Análise Individual

1-Pedro Miranda- 5 Erro grave no lance do golo do Vitória, com uma saída extemporânea da baliza mas relativamente seguro nos restantes 90 minutos, com 2 ou 3 defesas importantes.

2-Pedro Eugénio- 5 Um jogo atípico. Esteve relativamente mal a defender, permitindo muitos espaços pelo seu flanco mas, das poucas vezes que subiu foi dos que mais desequilibrou.

3-Abel Pereira- 6 O "tractor" do costume. Foi tentando varrer a zona defensiva como é seu apanágio. Teve algumas falhas mas também evitou males maiores. Atirou de cabeça ao poste. Saiu já bem perto do fim com uma lesão muscular.

4-Roderick Miranda- 5 Bem mais intranquilo que o normal, dado que a mobilidade dos avançados do Vitória deu-lhe muito que fazer. Ainda assim, resolveu algumas situações complicadas. Tentou sempre organizar o jogo logo na defesa e sair a jogar com a bola controlada. Foi sacrificado no decorrer da segunda parte.

5-João Pereira- 6 Foi o único jogador do Benfica que, na primeira parte, colocou a mesma agressividade no jogo que os jogadores do Vitória. Mostrou raça e fechou bem o seu flanco. É, como já se sabe, algo limitado ofensivamente, mas isso a culpa é de quem o mete a jogar ali. Recuou para central e cumpriu.

6-Leandro Pimenta- 4 Foi, provavelmente, o pior jogo que o vi fazer com a camisola do Benfica. Na primeira parte ainda arrancou um ou outro passe de qualidade e tentou organizar o jogo mas na segunda desapareceu por completo. Preso de movimentos, muitos passes falhados em zona proibida, sem influência no jogo, mau posicionamento. Foi também um dos mais prejudicados pelo estado do relvado.

7-Nélson Oliveira- 5 Lutou muito entre os centrais e acabou esgotado. Mas a verdade é que está muito, muito longe do fulgor que já demonstrou. Complicativo, sem explosão, algo individualista. Que desperdício!

8-Coelho- 4 A irregularidade deste jogador também começa a ser "case-study". Depois de uma série de exibições positivas, nomeadamente para a Intercalar, hoje esteve a um nível sofrível. Teve uma boa oportunidade de restabelecer o empate mas atirou displicentemente. De resto, quase tudo lhe saiu mal!

9-Danilo- 5 Esteve 20 minutos em campo, sendo o sacrificado de João Alves para a entrada de Saná. Não mostrou muito nesse escasso tempo, mas estava longe de ser ele o problema da equipa.

10-David Simão- 6 Foi, sem dúvida, o único jogador ofensivo do Benfica que hoje esteve minimamente ao seu nível. Tentou organizar a equipa e distribuir jogo, nem sempre com as melhores opções, mas procurando sempre empurrar os companheiros para a frente. Mostrou raça e empenho e acabou, por certo, totalmente esgotado. Não tremeu na hora de marcar o penalty. Como ponto negativo, a sua fraca eficácia, que lhe permitiu desperdiçar três grandes oportunidades de golo.

11-André Soares- 4 A única diferença face a Coelho é que este esteve o dobro do tempo ao mesmo nível medíocre. Tem muito a melhorar. E as opções de João Alves não podem justificar tudo.

14-Saná-6 Entrou a meio da primeira parte para tentar pôr uma certa ordem no meio campo. Apesar de estar bem longe do fulgor de outros tempos, conseguiu realizar bem essa tarefa e destacou-se por tentar jogar simples e não complicar, perdendo poucas bolas e tentando fazer fluir o jogo do Benfica.

16-Adul- 6 Entrou ao intervalo e entrou bem. Mostrou-se mexido, tanto à direita, à esquerda ou ao meio. É dele o cruzamento que leva ao penalty.

13-Figueiras-5 Entrou para dar vida alguma a um flanco esquerdo completamente adormecido e conseguiu. Contudo, não foi capaz de criar grandes desequilíbrios.


pyresh6

Não há flash-interview pois esta passou na Benfica TV. Tenho as declarações gravadas, se quiserem, mas não há nada de relevante. Apenas o Simão a lamentar o facto de, apesar da "avalanche ofensiva", não terem conseguido ganhar e o Alves a queixar-se da finalização e do facto de ter um plantel curto, pedindo aos responsáveis alguns reforços.

benfiquista2009

8-Coelho- 4 A irregularidade deste jogador também começa a ser "case-study". Depois de uma série de exibições positivas, nomeadamente para a Intercalar, hoje esteve a um nível sofrível. Teve uma boa oportunidade de restabelecer o empate mas atirou displicentemente. De resto, quase tudo lhe saiu mal

eu ouvi dizer que ele sempre foi um grande numero 10, nao é um extremo, ele na intercalar e noutros jogos esteve bem foi a jogar no meio.

Sir_Myon

Citação de: pyresh6 em 04 de Janeiro de 2009, 19:09
Não há flash-interview pois esta passou na Benfica TV. Tenho as declarações gravadas, se quiserem, mas não há nada de relevante. Apenas o Simão a lamentar o facto de, apesar da "avalanche ofensiva", não terem conseguido ganhar e o Alves a queixar-se da finalização e do facto de ter um plantel curto, pedindo aos responsáveis alguns reforços.
Tava a espera que na flash interview lhe perguntassem (ao D.Simao) como estavam as negociações para o seu contracto ? Se ja tinham começado...

Sir_Myon

Citação de: Sir_Myon em 04 de Janeiro de 2009, 19:36
Citação de: pyresh6 em 04 de Janeiro de 2009, 19:09
Não há flash-interview pois esta passou na Benfica TV. Tenho as declarações gravadas, se quiserem, mas não há nada de relevante. Apenas o Simão a lamentar o facto de, apesar da "avalanche ofensiva", não terem conseguido ganhar e o Alves a queixar-se da finalização e do facto de ter um plantel curto, pedindo aos responsáveis alguns reforços.
Tava a espera que na flash interview lhe perguntassem (ao D.Simao) como estavam as negociações para o seu contracto ? Se ja tinham começado...
Mas o entevistador da Benfica Tv na deve estar ao corrente dessas situações  :crazy2:


P.S- Boa Crónica  O0 O0

VanBasten

Os reforços do Alves estão nos juvenis...ou faz algum sentido comprar 2/3 jogadores para apenas 6 meses?

andre_04_SLB

Como é importante também falar do panorama do futebol português da formação, o Filipe Brigues fez uma excelente exibição, já o conhecia, e está aí um lateral de enorme futuro. Do Moisés já não é preciso falar pois já é conhecido, já tem contrato com o Vitória e chega aos Seniores num curto espaço de tempo.

andre_04_SLB

Citação de: VanBasten em 04 de Janeiro de 2009, 19:38
Os reforços do Alves estão nos juvenis...ou faz algum sentido comprar 2/3 jogadores para apenas 6 meses?

Para o Alves faz, tal como fez o ano passado quando foi buscar o Abdoulaye Fall, o Wagner Silva, o Rogério António e era para vir outro, mas chumbou nos exames médicos, se bem se recordam.

pyresh6

Pode fazer sentido, mas só no caso de se tratarem de jogadores de 1º ano (este plantel tem muito poucos...)
Claro que o plantel actual é curto... mas também concordo que deve passar pelo recurso à equipa de juvenis a busca por alguns "reforços" (Ruben Pinto, Bakar, Tiago Ribeiro, ...)

Outra questão trata-se com as contratações erradamente feitas no mercado de inverno do ano passado. Parece-me óbvio que tanto Guido como Wagner foram "erros de casting" (com a agravante do último ter sido quase sempre "titular à força". Mas no caso de Abdoulaye Fall, julgo que se tratava de um jogador com características muito interessantes e que acabou por ter um papel bastante importante na equipa de então. Considero-o, com as devidas distâncias de idade e equipa, bastante superior ao Danilo.
Mas é apenas uma opinião pessoal. Claro que a contratar, deve tentar-se fazê-lo com o maior critério possível.

andre_04_SLB

Aí a conversa é outra. Agora, em Portugal o Benfica não pode recrutar jogadores Juniores (os realmente bons custam números incomportáveis para os cofres da formação). A questão é: vamos repetir os erros do ano passado e ir à procura de mais estrangeiros, muitos deles de qualidade duvidosa?

Jorginho

As contratações de estrangeiros de qualidade duvidosa só tem uma razão, encher os bolsos aos empresários! O futebol português é uma vergonha! E os treinadores são tão corruptos como os empresários!

O Mariano Barreto, quando foi treinar a Naval, fez uma lista de reforços que entregou ao presidente do clube. Nessa lista constavam nomes de jovens promessas portuguesas. Sabem o que lhe disse um director do clube? "Epah, e não se vai buscar uns quantos lá fora? Isto assim não dá!". Desde esse momento que houve pressão, de dirigentes e empresários, para que o Mariano Barreto fosse despedido.
Já repararam que, desde essa altura, esse treinador nunca mais treinou em Portugal? Porque será?

E vejam bem! O Daniel Carriço era suplente do Olhanense, a época passada. Quando o Mariano Barreto foi para o chipre, levou logo o Carriço com ele. Hoje, passados poucos meses, o suplente do Olhanense é titular do Sporting e é apontado, a par do Miguel Victor, como o futuro central da selecção.
Mas para o Olhanense não servia!

Eis a merda do futebol português! Podre até à medula!