Futsal Feminino, Que Futuro?

Bessem Jday

Tendo em conta a quantidade de movimentos e grupos que se estão a organizar para defender a criação de um campeonato nacional de futsal feminino aproveito este espaço para abrir um tópico onde podem ser postoas mensagens para ser partilhadas por todos de modo a ajudar todas as atletas deste país que praticam esta modalidade.
Assim sendo junto carta do Professor Pedro Silva da Esc.de Gondomar(treinador da equipa sénior masculina) em defesa do futsal feminino no site www.chasaonline.pt)

«Tópico:Futsal Feminino, Que Futuro?
Devo confessar que nunca fui um grande adepto de Desportos Colectivos na vertente Feminina durante grande parte da minha vida (se fosse a nível individual ainda acompanhava qualquer coisita, principalmente o atletismo, por causa da "Grande" Rosa Mota), pois achava que o nível e espectacularidade era muito inferior, quando comparado com o Masculino, ou talvez... devido ao preconceito que desde muito cedo estava inserido no meu subconsciente (e da grande maioria da população Masculina e também alguma população Feminina) de que estes desportos não são para mulheres, principalmente se for para jogar com os pés...

No entanto, por ironia do destino, tive uma irmã que decidiu ser Futsalista, o que me levou a acompanhar mais de perto os desportos colectivos Femininos, principalmente o Futsal, levando-me a admirar e apaixonar incomensuravelmente por este fantástico desporto praticado pelas "senhoras", e repito "senhoras", pois é o que todas elas são e muito, muito grandes!!!

À medida que esta paixão foi crescendo, comecei a sentir a vontade de experimentar treinar uma equipa Feminina, situação que inevitavelmente acabou por acontecer... ao qual ainda juntei uma outra de Juniores um ano mais tarde, e foi, sem sombra de dúvidas, a melhor experiência em 10 anos de treinador de Futsal!! Foi simplesmente extraordinário!!!
A força que as mulheres têm para lutar contra todas as objecções que lhes aparecem (Começando logo pelo preconceito global de que "bolinha" é para homens) aliada à determinação com que se aplicam para atingir os seus objectivos, foi sem dúvida uma lição de vida... sem esquecer obviamente a QUALIDADE, ESPECTACULARIDADE e a ARTE que colocam no jogo.

Por tudo isto, tornei-me um defensor acérrimo do Futsal Feminino e lutarei sempre pelo seu crescimento, valorização e credibilidade!

Sendo assim, é com muita tristeza que analiso o panorama actual do Futsal Feminino em Portugal, pois parece-me que quem o dirige e o coordena faz parte daquele famigerado "grupo preconceituoso e ignorante" de que a bola é para os homens e as mulheres são insignificantes...
Só assim se explica que apesar de neste momento o Futsal ser o desporto colectivo mais praticado por mulheres em Portugal, é o único que não têm campeonato, nem selecção Nacional... E se compararmos com o Futebol Feminino, chego à conclusão que uns "são filhos e outros enteados", pois apesar de ambas as modalidades pertencerem ao mesmo órgão federativo, a diferença do ponto de vista organizativo é abismal... Senão vejamos, O Futsal tem escalões de formação, (Juvenis e Juniores) ao contrário do Futebol, no entanto, existe uma Selecção Nacional de Sub-19 (apesar de não haver Formação...), sendo que a maioria das atletas convocadas vêm do Futsal!! Existem apenas cerca de 30 equipas de Futebol a nível Nacional... No entanto, só na A.F. Porto existem mais de 50 equipas de Futsal, distribuídas por 1ª, 2ª Divisão e Divisão de Juniores, sendo que em Lisboa existem 3 Divisões Seniores, 1 de Juniores e 1 de Juvenis, chegando quase à centena de equipas... Ou seja, só as Associações de Futebol de Lisboa e Porto têm 5 vezes mais equipas do que o Futebol a nível Nacional, e se contabilizasse-mos as restantes Associações, ultrapassavam a dezena...
Não quero com isto ofender ou melindrar as pessoas que estão ligadas ao Futebol Feminino, muito pelo contrário, pois defendo o Futebol Feminino de forma igual ao Futsal ou outro Desporto colectivo qualquer (praticado por Mulheres), apenas quero chamar à atenção para desigualdade existente entre estas 2 modalidades que apesar de pertencerem à mesma instituição são tratadas de forma muito, muito diferente...
Caso não sejam tomadas medidas para mudar a situação actual, o Futsal Feminino está condenado ao desaparecimento, pois é lógico que as atletas comecem a desistir ou a optar por outra modalidade que lhes ofereça algo mais, como um campeonato nacional ou uma chamada às Selecções Nacionais ou até mesmo dinheiro... Além de que se não existir competitividade, a modalidade estagnará e a sua evolução será absolutamente nula!
Por experiência própria, posso afirmar que temos atletas de enorme valor, ao nível das melhores do Mundo e que, apesar de tudo, conseguimo-nos bater de igual para igual contra equipas e jogadoras profissionais... Além disso, mesmo cientes destes enormes obstáculos, todos os dias surgem novos Clubes, novas Atletas, novos Treinadores e Dirigentes cheios de vontade, dinamismo e dedicação, além dos valorosos resistentes que lutam desde há muito tempo pela afirmação do Futsal Feminino, e é por todos eles e para eles que deixo esta mensagem e peço que LUTEM e jamais se deixem abater por todos os que se opõem ao "Nosso" Desenvolvimento!!!

Pensem nisto...


Pedro Silva
(Treinador da Equipa Sénior Masculina da Esc. de Gondomar).»


 

Bessem Jday

Também existe quem lute por tornar o Futsal modalidade Olímpica

«15/12/2006  15:55  ÁLVARO MELO FILHO: "O FUTSAL JÁ É OLÍMPICO" 
Fortaleza (CE) - O jurista Álvaro Melo Filho é uma das maiores autoridades do futsal mundial.
Estudioso do esporte e membro da Comissão de Futsal da Fifa, o advogado cearense é, hoje, uma das
pessoas que mais luta pela entrada do futsal nas Olimpíadas. Álvaro, presidente da Confederação Brasileira
de Futebol de Salão (CBFS) no final da década de 80, foi um dos articuladores para a filiação do futebol de
salão a Fifa.

Em entrevista concedida na manhã de quinta-feira (14/12), em seu escritório na cidade de Fortaleza, ele
desmistifica alguns pontos principais sobre a tentativa de tornar o futsal uma modalidade olímpica. Para o
jurista, o futsal é um esporte olímpico, já que é um gênero do futebol e é filiado a uma entidade que, por
sua vez, também faz parte do Comitê Olímpico Internacional.

Ele explica que o esporte somente terá chances de ingressar nos Jogos Olímpicos a partir de 2016. Para 2012,
quando o evento for disputado em Londres, no Reino Unido, o COI já definiu, em reunião realizada em novembro,
que haverá 26 modalidades a serem disputadas, com duas a menos que Pequim em 2008. "O futsal tem que criar
condições, não para ser imposto ao COI, e sim se torne um atrativo tão grande que atraia o interesse por si só",
explica Álvaro.

Quais são os requisitos para que um esporte se torne olímpico? O futsal, por exemplo, como se encontra
dentro deste contexto?
O primeiro ponto que temos que tocar se refere à época em que fui o presidente da CBFS, quando o futsal
se transferiu da extinta Fifusa para a Fifa, as maiores exigências foram de universalizar a modalidade e
torná-la olímpica. Estes eram e são os dois pontos fundamentais, cujas as vantagens, de 1989 para cá são
bem visíveis. Para detectar isto basta analisar o que era o futebol de salão e o que é o futsal nos dias atuais.

Este foi o primeiro passo para tornar o futsal olímpico?
Sim. Até porque se com a Fifa estamos tendo tanta dificuldade para fazer parte do programa olímpico, imagina
como seria sem ela, ou com ela contra. Neste processo, temos vários problemas e posso dizer seguramente
que os entraves são menos de requisitos jurídicos e desportivos, e mais de força política. Embora a Fifa tenha
toda a força política no Comitê Olímpico Internacional (COI), o futsal tem sido utilizado como moeda de troca
pelo COI para fazer barganha em relação ao futebol nas Olimpíadas. Isto ocorre porque o futebol, embora
muitas vezes seja tratado com desdém nos Jogos Olímpicos, gera mais receita do que qualquer outro esporte.
A minha opinião não atende ao COI, mas agrada integralmente à Fifa, que é a substituição do futebol pelo futsal
no programa olímpico.

A Fifa poderia fazer algo mais para intervir neste processo?
Para se ter uma idéia, se a Fifa levar ao COI a proposta de que 11 atletas acima de 23 anos podem disputar
o futebol nas Olimpíadas, o futsal e o beach soccer entrariam no programa dos Jogos. E tem outro ponto
fundamental: o futsal já é olímpico, pois é uma espécie do gênero futebol. O que falta ao futsal é ser
incorporado ao programa olímpico e aí entra outro detalhe, este técnico, porque o COI acabou de delimitar em
no máximo 28 e o mínimo de 25, o número de modalidades esportivas nas Olimpíadas. Ou seja, a entrada de um
esporte implica a saída de outro. Em Pequim-2008 já serão 28 modalidades em disputa e o futsal não está no
programa, assim como foram rejeitados o xadrez, o squash, o esqui, o bilhar e o surf, que têm um poder
financeiro enorme, mas juntamente com estas modalidades o futsal ficou fora do programa olímpico para 2008.
Lembrando que estas, diferente do futsal, não são olímpicas.

O crescimento do futsal no mundo inteiro, tal como a realização de competições também no feminino, e
a difusão cada vez maior do esporte pode pressionar o COI?
Segundo a Fifa, o futsal está sedimentado em 127 países. Duvido que badminton, esgrima, tiro ao arco e hóquei
cheguem a metade disto. E estes esportes fazem parte do programa olímpico. Antes se dizia muito que o futsal
era apenas disputado na categoria masculina e o COI exigia que também o feminino fosse forte. Aí entra uma
grande incoerência porque o COI está suprimindo o boxe feminino, por exemplo. Então por tudo isto se percebe
que a decisão é menos técnica e desportiva e mais política. E se a Fifa passar a exigir que apenas atletas sub-23
atuem nas Olimpíadas, retirando a possibilidade dos países convocarem três atletas acima desta idade, o COI
adotará uma postura mais rígida quanto à entrada do futsal no programa.

O que já há de concreto quanto à composição do programa olímpico para os próximos Jogos até 2020?
Em Pequim-2008 serão 28 modalidades. Para Londres-2012, este número é de 26 e estão pré-retiradas o
beisebol e o softbol. E se só são 26, com apenas dois esportes saindo, em relação aos jogos anteriores, podemos
dizer que está fora de perspectiva a inclusão do futsal em 2012. Para 2016, continuarão a ser 26 esportes no
programa olímpico e na última reunião do COI ficou previsto a entrada de duas modalidades e a saída de outras
duas. Ou seja, está aberta aí a chance para o futsal. Além desta oportunidade, em 2020 serão 25 modalidades
nas olimpíadas, tendo a exclusão de quatro esportes e a inclusão de três, tendo como referência os Jogos de
quatro anos antes. Este é o panorama da última reunião do COI realizada há menos de um mês.

Existe uma resistência do COI para incluir o futsal nas olímpiadas?
Na minha percepção, sim. Além da briga política, há um interesse desportivo interno para que o futsal não faça
parte das Olimpíadas. Isto ocorre porque modalidades como o basquete, vôlei e handebol vêem no futsal um
concorrente dentro de quadra que usa o maior atrativo do mundo em matéria de esporte, que é o futebol. Seria o
futebol indo para a quadra para concorrer com estas modalidades, que são as principais. Isto tanto é verdade,
que o maior público dos Jogos Sul-Americanos do Rio de Janeiro, em 2002, foi do futsal. Isto é uma opinião
pessoal, e para mim, o futsal será a maior atração nos Pan Rio-2007.

Já que as possibilidades para a inclusão do futsal em 2012 são remotas, podemos dizer que a candidatura
do Rio de Janeiro para sediar os jogos em 2016 e a eventual aprovação seria algo bom para o futsal pleitear
uma das vagas que será aberta?
Sempre é importante sediar as Olimpíadas, porque, em regra geral, é aberta a possibilidade de o país promotor
incluir uma modalidade que seja nativa ou produto de sua própria cultura. O Rio sendo sede dos Jogos Olímpicos
a oportunidade do futsal ser incluído no programa é grande, ainda mais com a possibilidade real da conquista de
uma medalha. Um dos entraves é a limitação do número de modalidades, ou seja, estamos concorrendo não só
com outros esportes que querem ingressar, tal como temos que disputar com quem já faz parte do programa
para que seja excluído.

Até onde a Fifa está disposta a ir para negociar a entrada do futsal no programa olímpico?
Não há a mínima possibilidade de a Fifa liberar o número de jogadores sub-23 para o futebol nas Olimpíadas,
pelo contrário, a tendência é de que se corte o que existe hoje, que é a abertura para a convocação de três
atletas acima deste limite, por participante. E a Fifa está absolutamente certa nesta sua postura, pois senão ela
iria entregar seu maior produto, que é a Copa do Mundo, para que o COI aufira receita com o futebol. Agora, em
2000, na Guatemala, a Fifa fez uma tentativa de incluir o futsal no programa dos Jogos Olímpicos de Inverno. A
idéia era de levar o argumento de que o futsal é disputado em países como Alemanha e Rússia como alternativa
para o futebol no inverno rigoroso. Em segundo lugar é que transformaria a Fifa, na única entidade internacional
a ter modalidades tanto nos Jogos Olímpicos de Inverno, quanto nos de Verão. Além do mais, o futsal contribuiria
para tornar mais atrativo e popular os Jogos de Inverno. Porém, esbarramos em um dispositivo da carta
olímpica, que diz que apenas esportes praticados sobre a neve ou gelo podem ser incluídos nas Olimpíadas de
Inverno.

Outra questão que pode ser um entrave para a inclusão nos Jogos Olímpicos são as regras, que muda
dependendo de cada cultura salonista?
A Espanha é a maior barreira neste sentido. A postura deles é muito estranha, pois querem que o mundo se
adapte a eles e não que eles se adaptem ao mundo. Quer dizer, esta é uma postura que não tem argumento que
respalde a sustentação de regras que apenas eles praticam e que o restante dos países não. Outro problema que
o futsal enfrenta é a transitoriedade freqüente das regras, por isto estamos propondo que pelo menos durante
cinco anos não haja alterações neste sentido. O Brasil foi muito sensível a algumas alterações, abrindo mão
inclusive de questões culturais. Em 1989, quando o futsal passou à alcunha da Fifa, a preocupação foi para
deixar o esporte mais ágil, emocionante e humano. E as regras foram modificadas pensando neste tripé,
deixando a modalidade muito mais atrativa.

Como o senhor vê a organização do Mundial de Futsal 2008 pelo Brasil? Que tipo de benefício ele pode trazer
aos olhos do COI e da própria Fifa?
Este Mundial de 2008 tem uma dupla vertente: a primeira é de demonstrar ao mundo que o Brasil tem
capacidade de organizar uma grande competição de futsal e isto servirá, também, para pavimentar o caminho
para o próprio futebol, que deverá sediar a Copa do Mundo em 2014. Temos a obrigação de fazer bem para não
prejudicar a postulação para 2014. Em segundo lugar, o primeiro Mundial de Futsal, ainda quando o esporte
estava sob a condução da Fifusa, foi realizado aqui no Brasil em 1982. Ou seja, já é tempo do País voltar a sediar
uma competição como esta até para motivar o surgimento de novos valores, que é fundamental para o Brasil,
que tem sofrido com o êxodo de nossos melhores atletas para o exterior. Para se ter uma idéia, na Liga
Espanhola 38% dos jogadores, ou seja, 79 atletas são brasileiros. Isto é algo que temos que motivar
internamente para que a saída de valores seja freada. Por exemplo, a Itália já mostrou que não tem reposição,
tanto é que de 15 integrantes de sua seleção 14 são nascidos no Brasil e naturalizados italianos. E isto passa a
ser uma das preocupações da Fifa, que deverá limitar o número de atletas naturalizados em uma seleção, para
evitar que países como a Itália não forme jogadores. É importante que as nações continuem a fomentar a criação
de novos valores para disseminar o número de equipes e espraiar o futsal cada vez mais o futsal pelo mundo,
cujo reflexo final agrega mais motivos e justificativas para a inclusão da modalidade no programa olímpico.

Qual seria o caminho que o senhor apontaria como o mais apropriado para incluir o futsal no programa
olímpico?
O futsal tem que criar condições, não para ser imposto ao COI, e sim se torne um atrativo tão grande que atraia
o interesse por si só. Temos que lutar com todas as forças para mostrar que o futsal é muito maior do que os
membros do COI imaginam ser.


Correios: Patrocinador Oficial do Futsal do Brasil
DalPonte: Marca Oficial da Seleção Brasileira de Futsal

Fagner Pinho e Rafael Xavier
Assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Futebol de Salão – Futsal
[email protected] »

Retirado do site www.cbfs.com.br





Bessem Jday

E para todos os que querem ajudar a criar uma selecção de futsal feminina aqui segue o endereço do mentor e respectiva carta a ser enviada a FPF.

http://venoifutebolfutsalfeminino.nireblog.com


"O FUTSAL FEMININO MERECE JUSTIÇA"
TODOS JUNTOS SOMOS MAIS FORTES

Nome:_______________________________________________________

Clube:_______________________________________________________

Associação de Futebol__________________________________________

Dir.Atleta.Treinador.Etc:_______________________________________

Nº da Licença:_________________________________________________

E-mail:_______________________________________________________

Telefone:_____________________________________________________

SELECÇÃO NACIONAL DE FUTSAL

UM DIREITO DE TODOS NÓS

CAMPEONATO NACIONAL DE FUTSAL

CHEGA DE FECHAR OS OLHOS A UMA REALIDADE

Qualquer pessoa que queira ajudar é favor entrar em contacto com:

[email protected]


Bessem Jday

Carta que irá ser enviada à F.P.F.


Exmo.Senhor
Dr. Gilberto Madaíl
Presidente da F.P.Futebol

Lisboa, 18 de Janeiro de 2007

Ao iniciar o trabalho de elaboração da presente proposta sentimo-nos, desde logo, incomodados pelo facto de depararmos com a necessidade de pesquisar o desporto feminino, enquanto realidade social.

Desporto Masculino e Feminino cuja base de estudo e reflexão seja determinado pela 'identidade genética' de existência organizada, levar-nos-ão sempre aos recônditos mais desumanos da nossa organização social.

Nesta abordagem à constituição de Campeonatos Nacionais e Selecções representativas do País, naquilo que respeita ao Futsal Feminino, procuraremos, no entanto, o conflito da comparação com o Futebol Feminino de 11:
- Pelo despropósito da diferença de condições;
- Pela realidade competitiva existente;
- Pelo número de atletas inscritas e a competir numa e noutra modalidade.

1º - Existem Campeonatos Nacionais de Futebol de 11 Feminino da 1ª e 2ª Divisão;
2º - Existem Selecções Nacionais de Futebol de 11 Feminino (sub-18; sub-19 e Selecção A) a competir regularmente nas competições internacionais;
3º - A FPF organiza desde 1994 o "Mundialito" de Futebol de 11 Feminino.

Compete à FPF compreender que o Futsal Feminino merece e justifica a mesma aposta, até pelo facto de:
1º - Representar o triplo das jogadoras de Futebol de 11 Feminino;
2º - A qualidade individual e colectiva ser evidente nas constantes internacionalizações das jogadoras de Futsal pelas Selecções de Futebol de 11 Feminino.

"Não fazer por não existir" é um paradoxo difícil de entender.

Propomos à FPF a organização anual de um "Mundialito", Sénior e Júnior, de Futsal Feminino, a realizar conjuntamente.

Propomos à FPF que, além da organização do referido "Mundialito", pressione a UEFA e a FIFA pela estruturação de diversos Campeonatos Nacionais nos países filiados nessas instituições.

Propomos à FPF que pressione a UEFA e a FIFA pela organização de competições internacionais de Clubes e de Selecções representativas dos países nelas filiados.

Afinal Desporto Feminino e Masculino resumem a Prática Desportiva da Sociedade
Com a presente pretende-se louvar a aposta da F.P.F. no Futebol Feminino em Portugal, na variante de 11, lutando talvez contra inumeras vozes discordantes e retrógradas e contra, ainda, a falta de apoios que nem é necessário muito esforço para se imaginar.
Contudo pretendo muito mais propor a esse organismo a organização e realização do Campeonatos Nacional de Futsal Feminino da 1ª Divisão, a criação de Selecções Nacionais de Séniores e Sub-18 e a realização anual de um Mundialito (sempre em Futsal Feminino) a exemplo daquele que, e muito bem, se organiza no Algarve para o Futebol Feminino de 11.
Nº de Jogadoras de Futsal na época 2005/2006 ... 3.649 das quais 48% na Fomação
Nº de Jogadoras de Futebol 11 época 2005/2006 . 1.293 das quais 38% na Formação
A variante de Futsal Feminino tem, portanto, cerca de 3 vezes mais jogadoras inscritas, registando ainda um maior desenvolvimento na respectiva formação das suas jogadoras mais jovens.
Acresce a este facto a evidência daquilo que as Escolas do Ensino Secundário desenvolvem nos seus Progamas de Ensino, pela proliferação de Pavilhões próprios e a inexistência de campos aonde os seus alunos possam usufruir de uma pratica de Educação Física, perspectivando-se, assim, um incremento cada vez maior do Futsal Feminino, em detrimento da respectiva variante de Futebol de 11.
Os dados estatísticos referentes ao Numero de Equipas Federadas e em competição, quer em Futsal quer em Futebol Feminino assim o demonstram. A evolução que todos os anos se verifica no Numero de Jogadoras Federadas e em competição o confirmam.
Talvez por isso mesmo as Selecções Nacionais de Sub-18 e Sub-19 e, em menor escala, a Selecção Principal de Futebol de 11 Feminino se socorram de jogadoras do Futsal.
Maior fonte de recrutamento, mais clubes e atletas em competição e qualidade justificada (pela chamada consistente de jogadoras de Futsal às Selecções de Futebol de 11) justifica, no meu entendimento, a atenção da F.P.F. às propostas que a seguir se anexa:

Apesar de neste momento o Futsal ser o desporto colectivo mais praticado por mulheres em Portugal, é o único que não têm campeonato, nem selecção Nacional... E se compararmos com o Futebol Feminino, chego à conclusão que uns "são filhos e outros enteados", pois apesar de ambas as modalidades pertencerem ao mesmo órgão federativo, a diferença do ponto de vista organizativo é abismal... Senão vejamos, O Futsal tem escalões de formação, (Juvenis e Juniores) ao contrário do Futebol, no entanto, existe uma Selecção Nacional de Sub-19 (apesar de não haver Formação...), sendo que a maioria das atletas convocadas vêm do Futsal!! Existem apenas cerca de 30 equipas de Futebol a nível Nacional... No entanto, só na A.F. Porto existem mais de 50 equipas de Futsal, distribuídas por 1ª, 2ª Divisão e Divisão de Juniores, sendo que em Lisboa existem 2 Divisões Seniores, 1 de Juniores e 1 de Juvenis, chegando quase à centena de equipas... Ou seja, só as Associações de Futebol de Lisboa e Porto têm 5 vezes mais equipas do que o Futebol a nível Nacional, e se contabilizasse-mos as restantes Associações, ultrapassavam a dezena... Futsal para os quadros competitivos das suas equipas.
Por todos estes motivos, no meu entendimento, junto envio as propostas urgentes para que possamos todos juntos mudar a realidade que é hoje o Futsal Feminino no nossa País:


Bessem Jday

#4
Vamos ajudar a mudar isto malta e nós Benfiquistas tendo a melhor equipa nacional podemos ajudar e muito nesta causa.

Bessem Jday

"Este é o mundo em que vivemos.

A noticia não é:
- jogarmos bem;
- fazermos sacrificios para treinar depois do exaustivo dia de trabalho;
- convencer os pais das atletas de que jogar Futsal é um desporto como outro qualquer;
- a denúncia sobre dirigentes e governantes que pouco ou nada fazem para apoiar o desporto feminino.

A noticia é:
- Uma equipa feminina, que por acaso é a que lidera a divisão de Honra espanhola, despe-se, então temos reportagens: EL PAÍS, DIÁRIO AS, MARCA, CADENA SER.

ESTA É A SOCIEDADE EM QUE VIVEMOS:
- QUEM ELEGE OS GOVERNANTES? NÓS... TAMBÉM AS MULHERES!
- QUEM COMPRA OS JORNAIS? NÓS... TAMBÉM AS MULHERES!
- QUEM FAZ ALGUMA COISA PARA MUDAR "..."? "

Fernanda Piçarra
Treinadora da equipa sénior feminina da Quinta dos Lombos

"No somos modelos y es una pena que tengamos que llegar a esto para darnos a conocer". Eva Manguán, capitana de Encofra Navalcarnero, equipo líder de la primera división de fútbol sala, se lamenta de la poca atención que tiene este deporte en España. Ella y otras jugadoras del equipo han decidido posar desnudas en la revista Interviú y han denunciado el poco interés de los medios de comunicación por el fútbol sala.

http://groups.msn.com/Quintadoslombos

http://www.cdfutsi.com

http://www.interviu.es/default.asp?idpublicacio_PK=39&idioma=CAS&idnoticia_PK=39412&idseccio_PK=547&h=