Joaquim Teixeira

Joaquim Teixeira

Nome completo
Joaquim Teixeira
Posição
avançado
Data de nascimento
18 Março 1917 (107 anos)
País
Portugal
Periodo na equipa principal

1940-1946


Equipa Principal Jogos Minutos Cartões (A./V.) Golos
  1939/1940 12 1080 0 / 0 6  
Campeonato Nacional 5 450 0 / 0 4
Taça de Portugal 7 630 0 / 0 2
Amigáveis 0 0
  1940/1941 21 1890 0 / 0 8  
Campeonato Nacional 7 630 0 / 0 5
Campeonato de Lisboa 8 720 0 / 0 2
Taça de Portugal 6 540 0 / 0 1
Amigáveis 0 0
  1941/1942 25 2250 0 / 0 14  
Campeonato Nacional 15 1350 0 / 0 10
Campeonato de Lisboa 10 900 0 / 0 4
Amigáveis 1 0
  1942/1943 29 2610 0 / 0 19  
Campeonato Nacional 15 1350 0 / 0 10
Campeonato de Lisboa 10 900 0 / 0 5
Taça de Portugal 4 360 0 / 0 4
Amigáveis 3 0
  1943/1944 31 2790 0 / 0 29  
Campeonato Nacional 15 1350 0 / 0 14
Campeonato de Lisboa 10 900 0 / 0 9
Taça de Portugal 6 540 0 / 0 6
Amigáveis 0 0
  1944/1945 34 3060 0 / 0 37  
Campeonato Nacional 17 1530 0 / 0 14
Campeonato de Lisboa 10 900 0 / 0 18
Taça de Portugal 7 630 0 / 0 5
Amigáveis 3 1
  1945/1946 20 1800 0 / 0 7  
Campeonato Nacional 13 1170 0 / 0 7
Campeonato de Lisboa 5 450 0 / 0 0
Taça de Portugal 2 180 0 / 0 0
Amigáveis 0 0
Total Jogos Amigáveis 7 1
Total Jogos Oficiais 172 15480 0 / 0 120
Na equipa principal

Primeiro jogo

Último jogo


Por administrador a Segunda, 22 Janeiro 2024

Rodolfo Dias



Nome Completo: JOAQUIM TEIXEIRA
Posição: Ponta de Lança
Nacionalidade: Português (Internacional A)
Data de Nascimento: 18-03-1917
Número da Camisola: ?
Pé Preferido: Direito


Épocas ao serviço do Benfica: 8

Total de Jogos pelo Benfica: 171
Total de Golos pelo Benfica: 118
Títulos pelo Benfica:
3 Campeonatos Nacionais (1941/1942; 1942/1943; 1944/1945)
3 Taças de Portugal (1939/1940; 1942/1943; 1943/1944)


1938/1939
Jogos: 1
Golos: 0

1939/1940
Jogos: 12
Golos: 6 (4 na Liga)

1940/1941
Jogos: 21
Golos: 8 (5 na Liga)

1941/1942
Jogos: 24
Golos: 16 (12 na Liga)

1942/1943
Jogos: 29
Golos: 20 (10 na Liga)

1943/1944
Jogos: 31
Golos: 23 (14 na Liga)

1944/1945
Jogos: 33
Golos: 37 (14 na Liga)

1945/1946
Jogos: 20
Golos: 8 (7 na Liga)

Universo Benfica

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O popular "Semilhas", "Gasogénio" ou "Marreco" foi um dos mais emblemáticos e categorizados futebolistas portugueses da década de 40, essencialmente, envergando, com êxito, as cores do SL Benfica, do Vitoria SC e também de Portugal, tornando-se mesmo, no primeiro jogador açoriano a representar a Selecção Nacional.

Natural da Horta, Ilha do Faial, nos Açores, Joaquim Teixeira, o seu verdadeiro nome, nasceu no dia 18 de Março de 1917. Lançou-se no futebol, ainda novato, no Angustias AC, uma das mais prestigiadas colectividades faialenses.



Com pouco mais de 21 anos de idade aventurou-se rumo à capital portuguesa motivado em prestar provas, como futebolista, no SL Benfica. Chegou a Lisboa corria o ano de 1939 e após alguns treinos conseguiu convencer os responsáveis benfiquistas de todas as suas potencialidades.

O SL Benfica pagou então a considerável quantia de 2.500 escudos ao Angustias AC pela desvinculação de Joaquim Teixeira e logo integrou o jovem jogador na segunda categoria dos encarnados.

A verdade é que jogou apenas três jogos naquela categoria do SL Benfica pois, mesmo sendo ainda um ilustre desconhecido do grande público, rapidamente ascendeu à equipa principal dos encarnados.

Lançado por Janos Biri, treinador do SL Benfica, fez a sua estreia oficial na equipa principal benfiquista num desafio disputado no dia 5 de Outubro de 1939, nas Amoreiras, contra o CF Belenenses, na final de uma taça amigável. Neste jogo, porém, venceu a turma azul, por 2-4, mas Joaquim Teixeira logrou marcar um dos golos dos benfiquistas.

Entre as grandes estrelas dos encarnados, o jovem Joaquim Teixeira ainda conseguiu ajudar o SL Benfica a conquistar a primeira Taça de Portugal do seu palmares no final da época de 1939/40.

Foi titular no ataque da equipa do SL Benfica que venceu o CF Belenenses por 3-1 naquela celebre final da Taça de Portugal, jogada em Julho de 1940, no Estádio do Lumiar. Seria este, assim, o primeiro de muitos troféus com relevo nacional que Joaquim Teixeira conquistou ao longo da sua carreira de futebolista.

Outro importante troféu conquistado pelo SL Benfica nesta temporada de 1939/40 foi o disputadíssimo Campeonato de Lisboa, naquela altura, uma das principais competições disputadas no nosso país.

Depois de na época de 1940/41 o SL Benfica não ter conquistado nenhum troféu relevante, seguiram-se duas épocas memoráveis para a equipa lisboeta, com duas vitórias consecutivas no Campeonato Nacional da 1ª Divisão e também na Taça de Portugal.

Sob o comando do húngaro Janos Biri, treinador responsável pelas grandes conquistas encarnadas na década de 40, o jovem açoriano Joaquim Teixeira tornou-se um afamado goleador, integrando, com Espírito Santo, Arsénio, Julinho e Valadas, todos notáveis futebolistas, uma geração de ouro do SL Benfica.

Em 1941/42, Joaquim Teixeira colaborou com 9 golos, em 15 jogos, para a conquista da principal competição portuguesa pelo SL Benfica. Já na época seguinte, contribuindo para a revalidação do título, o futebolista açoriano marcou então 10 golos, em 15 jogos disputados.

Referencia ainda nessa época de 1942/43 para nova vitória na Taça de Portugal. Desta feita, jogando no Campo das Salésias, o SL Benfica, com Joaquim Teixeira a titular, venceu o Vitoria de Setúbal por 5-1.

Em 1943/44 conquistou a sua terceira Taça de Portugal ao serviço da equipa encarnada, derrotando na final da competição, desta vez, o GD Estoril Praia com uma convincente goleada de 8-0.

Esta época fica marcada, também, por aquele que terá sido o jogo mais sensacional de Joaquim Teixeira ao serviço do SL Benfica. Seria num jogo disputado no Campo Grande contra o Sporting CP e que a equipa encarnada venceu, sensacionalmente, por 5-4, com o avançado Joaquim Teixeira a apontar 4 golos do triunfo encarnado.

Com o SL Benfica viria a conquistar, novamente, o Campeonato Nacional da 1ª Divisão na temporada de 1944/45, concluindo, então, uma notável época em que o açoriano Joaquim Teixeira foi o melhor marcador dos encarnados com um total de 37 golos apontados.


ednilson

Joaquim Teixeira. Horta, Açores. 18 de Março de 1917. Avançado.
Épocas no Benfica: 7 (39/46). Jogos: 171. Golos: 119. Títulos: 3 (Campeonato Nacional) e 3 (Taça de Portugal).
Outros clubes: Angústias, Vitória Guimarães, Elvas e Almada. Internacionalizações: 1.

No século XX, o ano de 1917 encerra um significado especial. Foi, a nível externo, a revolução russa, dirigida por Lenine. Foi, internamente, a aparição de Fátima, na jura de Jacinta, Francisco e Lúcia, os mais célebres pastores da história da pátria. E foi também, por mera coincidência, o ano do nascimento de Joaquim Teixeira, duas décadas depois goleador afamado do Sport Lisboa e Benfica. Aquele que seria o primeiro açoriano a envergar o uniforme da Selecção Nacional.

Permaneceu sete temporadas no clube. Garantiu três Campeonatos, o mesmo número de Taças de Portugal. Pertenceu, no Benfica, a uma geração com inegável poder de fogo. Ele era Espírito Santo, era Arsénio, era Julinho, era Valadas, era Rogério. Eram avançados do tempo, avançados de todos os tempos. Jogadores de eleição, tão raros, tão raros, como raro era também Joaquim Teixeira. Todos juntos, em jogos oficiais, fizeram 1056 golos (!) no Benfica.

Viviam-se os tempos do futebol romântico, do futebol atacante. A acção defensiva não era, como agora é, tão meritória quanto a ofensiva. O que valia mesmo era jogar para a frente. Quase só para a frente. O prazer do peão era o golo, eram os golos. Pediam-se, exigiam-se. Sem golos não havia futebol, havia outra coisa qualquer. Dificilmente se verificava um nulo, esse resultado abjecto, verberado, antiespectáculo.

Joaquim Teixeira fez 171 jogos oficiais pelo Benfica, assinando 119 tentos. Tinha expressão individual, tinha também a noção do colectivo. Tinha embalo, tinha codícia. Sabia fugir às marcações, era preciso nos passes, fatal nos remates. Na sua primeira época (39/40), após percurso invicto, venceu o Campeonato de Lisboa, mas perdeu o Nacional, ganho pelo FC Porto. Curiosamente, os portistas haviam ficado em terceiro lugar na competição distrital do Porto e, por consequência, não lhes era permitido disputar a mais importante das provas. Nos gabinetes do poder, em Lisboa, por ironia, foi engendrada uma solução, a do alargamento, para o FC Porto incluir. E ainda se queixam de descriminação. Dá para rir...

Na temporada seguinte, em vez de dez, de novo oito clubes, que já não fazia sentido manter o Nacional alargado. Venceu o Sporting, mas o fim do jejum estava à distância de um ano. Do sucesso, plural o Benfica fez (41/42 e 42/43). Actuava já no recém-inaugurado reduto do Campo Grande, com o magiar Janos Biri na liderança técnica. Joaquim Teixeira foi quase totalista.

Abandonou o clube no ano em que o Belenenses conquistou o seu único Campeonato. Mesmo assim, em sete jogos fez sete golos. Teixeira foi, seguramente, no Benfica, um dos mais emblemáticos intérpretes do idioma golo.

Shoky

Estava por erro em Saudade.
13º Melhor Marcador de Sempre pelo Benfica.

Saïd Old Roof

Nas alturas, em luta com o guarda-redes do Carcavelinhos.


Fonte: "SLB Campeão" - Volume I, colecção editada pelo jornal "A Bola".

Riverwalk

Disseram-me que vai haver um jogo de homenagem este fim de semana no Seixal, alguém confirma?

Rodolfo Dias

Faleceu a 19 de Novembro de 1976.


Rodolfo Dias