Ivan Almeida

Extremo, 34 anos,
Cabo Verde
Estatísticas: 3 épocas, 26 jogos, 252 golos
Em 2023/2024: 26 jogos, 252 golos

Títulos: Campeonato Nacional (2), Taça de Portugal (1), Supertaça (1)

rsimoes

Citação de: TeamRocket37 em 12 de Agosto de 2022, 17:11
Estamos num nível fantástico de comunicação no Benfica.

Até já se apresentam jogadores em funerais.
Acho que ele veste a nossa camisola. A atitude que ele teve no palheiro dos cães raivosos mostra caracter e coragem e defendeu o nosso clube, por isso acredito mesmo que ele fique. Pela sua atitude, um "continência" pró Ivan  :bow2:

TeamRocket37

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MVP aos 24 anos e líder na conquista da Taça: «Tínhamos um grupo de jogadores de outro nível em Portugal»

van Almeida é um dos melhores jogadores que passou pelo campeonato português num passado recente. Eleito MVP da fase regular em 2013 ao serviço do Vitória SC, numa época em que conquistou ainda a Taça de Portugal, o extremo luso-cabo-verdiano já passou por algumas das principais ligas europeias. Numa entrevista zerozero dividida em três partes, Ivan recordou e explicou todos os passos da sua carreira, desde a formação nos Estados Unidos, à experiência em Portugal, passando ainda por França, Polónia, Estónia, República Checa e uma recente e curta passagem pelo Galitos. Nesta primeira parte, Ivan conta-nos como nasceu o seu gosto pela modalidade, a vinda de Cabo Verde para Portugal e a experiência nos Estados Unidos. O sonho da NBA também foi abordado, bem como o salto para a G-League que acabou por não acontecer e culminou num regresso a todo o gás a Portugal.

«Estes gajos do Benfica estão malucos, querem contratar-me para me emprestar?»

ZZ: Começando pelo início Ivan, como é que surgiu o gosto pelo basquetebol? O meu irmão [Joel Almeida] começou a jogar basquetebol em cabo-verde num clube que era o Bairro e o pessoal falava dele e dizia que era bom poste. Ele foi para os Estados Unidos jogar basquetebol e eu na altura jogava futebol. Só queria saber de futebol e joguei até aos meus 10/11 anos. Depois já não queria jogar mais futebol porque um treinador fez um remate contra mim quando eu estava de costas e tive um período de transição em que fiz karaté, andebol, voleibol, sempre à procura do desporto que queria fazer.
Um dia eu estava a passar num Pavilhão Desportivo, vi uns putos a jogar e com tudo aquilo do meu irmão jogar basquetebol na cabeça, decidi que queria ser como ele e comecei a jogar basquetebol. Comecei a jogar basquete em Cabo Verde e fui para Portugal com 17 anos, quando terminei o liceu. Fui para a Ovarense na altura, joguei juniores B e na equipa satélite da Ovarense. Às vezes treinava com os seniores também, que eram treinados pelo Luís Magalhães [atual treinador do Sporting com quem Ivan também trabalhou na seleção].

ZZ: Depois dessa experiência em Portugal prosseguiste carreira nos Estados Unidos. Como é que surgiu a decisão? Depois do meu primeiro ano na Ovarense decidi ir para os Estados Unidos, também por não conciliar os treinos e os jogos com os estudos. Estava inscrito na Universidade de Aveiro, em Engenharia Informática, e não conseguia conciliar as duas coisas. Aliás, a minha decisão era ir um ano antes, mas os meus pais não me queriam deixar ir logo, pediram-me para fazer um ano em Portugal, eu fiz e quando cheguei aos 18 anos decidi ir.

ZZ: E como é que foi a experiência? Tive uma experiência de quatro anos e meio nos Estados Unidos, em que passei pelo Mohawk Valley Community College com o meu irmão Joel e depois tive uma bolsa de quatro anos para ir para o Stonehill College. No primeiro ano só treinava e depois comecei a jogar no segundo ano. Joguei dois anos, talvez nem tanto. Isto porque a NCAA decidiu retirar-me um ano de elegibilidade e então perdi o meu último ano, que seria o meu senior year. Foi em 2011 que o meu treinador me avisou que não me ia retirar a bolsa apesar de não poder jogar e eu decidi ficar até ao fim do semestre e acabar o meu curso de Computer Science and Graphic Design e depois voltei para Portugal.

ZZ: Foi também o sonho de jogar na NBA que te levou até aos Estados Unidos? Para ser sincero eu, na altura, nem tinha o sonho da NBA. Quando fui para os Estados Unidos já não tinha contacto físico com o meu irmão desde 2000 e sempre houve essa lacuna na nossa relação. Eu só o voltei a ver no verão de 2007, quando fui para os Estados Unidos. Reencontrei-o no verão e tinha várias bolsas, inclusive uma de Harvard e da Sacred Heart University, da divisão I, mas tinha mesmo interesse era em fazer prep school, que foi o que o meu irmão aconselhou. O problema é que na altura ainda não davam vistos de estudante internacional para jogar em prep school, só davam visto para ingressar no college e então a minha solução era inscrever-me num community college, que não tem esses requisitos. Como o meu irmão estava no Mohawk Valley, decidi que ia ficar com ele para a integração ser mais fácil e foi assim, mas o sonho da NBA ainda não tava. Quando cheguei já para jogar no Community College, no meu primeiro dia nos Estados Unidos parti o pé e tive cerca de mês e meio sem jogar. Só voltei a jogar no final de setembro, fui operado em final de outubro. O meu irmão ensinava-me coisas e desenvolvemos esse bond, essa ligação. Ele ensinou-me muitas coisas no basquetebol, comecei a ter treinos intensivos e ele começou a incutir-me esse sonho americano de jogar na NBA.

ZZ: Tiveste alguma oportunidade para chegar à NBA? Tive uma oportunidade no meu último ano, quando já não jogava. Falei com o meu treinador, ele arranjou-me um try out numa equipa da G League e os gajos queriam que eu ficasse, mas se eu fosse não terminaria o meu curso porque perdia a bolsa e só me faltavam três meses para acabar. Fui para o try out sem pensar no que podia acontecer depois. Queria ver como é que era o mundo profissional, como é que eles treinam, como é que tudo funciona. Fui por curiosidade e no final o GM daquela altura estava sempre a ligar ao meu treinador para eu ir para lá, mas eu não podia deitar o curso por água abaixo. Quando terminei o curso, eles só queriam que eu fizesse parte da equipa de treino e então decidi voltar à Europa e fui para o Sampaense.

ZZ: Porquê a Sampaense? O Joel [irmão] tinha jogado no Sampaense, mas tinha saído e ido para Angola. Na altura sabiam que eu estava à procura de começar a jogar e perguntaram-lhe por mim. O João Moutinho, acho que era ele o treinador na altura, ligou-me e disse que tinha uma oferta para mim. Perguntou se queria começar a jogar como profissional e foi assim que surgiu essa oportunidade.

ZZ: Seguiu-se uma época de sonho no Vitória SC - MVP da fase regular e conquista da Taça de Portugal. Como é que recordas essa grande temporada?

Começando no Sampaense, a época foi abaixo do nível, mas era o meu primeiro ano como profissional e tinha de me adaptar. Depois do verão voltei para Cabo Verde e tinha os jogos da seleção, mas ainda não tinha contrato com ninguém. O Benfica tinha-me ligado e queriam que eu fosse para lá, mas disseram-me que me iam emprestar a uma equipa das ilhas...Quando eu desliguei a chamada pensei «Estes gajos estão malucos, querem contratar-me para me emprestar?». Depois disso, acho que o treinador Fernando Sá [técnico do Vitória SC] tinha-me visto a jogar pela seleção e surgiu essa oportunidade de ir para Guimarães. Esse ano foi incrível, tínhamos um grupo de jogadores de outro nível em Portugal. Mesmo pelo orçamento que tínhamos comparado com o de outras equipas. Ganhamos ao Benfica na final da Taça por 20 pontos e foi um ano fabuloso, nem tenho palavras! Foi a abertura da minha carreira! O coach Sá deu-me bastante liberdade, ensinou-me várias coisas que tenho comigo até hoje e acabei por dar o primeiro salto para França.


TeamRocket37

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A lesão que afastou a EuroLiga e o sonho na Polónia: «Cheguei, tivemos logo a Supertaça e fui MVP»

Ivan Almeida é um dos melhores jogadores que passou pelo campeonato português num passado recente. Eleito MVP da fase regular em 2013 ao serviço do Vitória SC, numa época em que conquistou ainda a Taça de Portugal, o extremo luso-cabo-verdiano já passou por algumas das principais ligas europeias. Numa entrevista zerozero dividida em três partes, Ivan recordou e explicou todos os passos da sua carreira, desde a formação nos Estados Unidos, à experiência em Portugal, passando ainda por França, Polónia, Estónia, República Checa e uma recente e curta passagem pelo Galitos. Na segunda parte da entrevista, Ivan falou da saída de Portugal para o campeonato francês, das várias experiências que teve pela Europa, com destaque para uma época de sonho na Polónia, e ainda de como uma lesão o impediu de chegar à EuroLiga. Recorde a parte I – MVP aos 24 anos e líder na conquista da Taça: «Tínhamos um grupo de jogadores de outro nível em Portugal»

«Era um dos melhores marcadores da segunda melhor liga da Europa»

ZZ: Depois de uma grande temporada em Portugal, seguiu-se o Lille da segunda divisão francesa. Porquê o Lille? Não foi muito bem uma decisão minha, só foi porque assinei. Tinha assinado por uma agência nova espanhola e no plano que eles tinham traçado achavam que ir para França era a melhor opção. Eu tinha ofertas de uma equipa da ACB - o San Sebastien -, mas eu não ia ser o jogador principal. Ia sair do banco e a minha agência não queria esse papel para mim, queriam que eu jogasse mais e que tivesse um papel principal. Em Lille tive também duas épocas fabulosas. Na segunda fui o melhor marcador do campeonato, conheci o presidente do clube, com quem mantenho relação - já foi a minha casa em Cabo Verde, eu já fiquei em casa dele e é sempre ele quem trata das minhas lesões [é médico].

ZZ: Tu coincides com o John Fields (jogador da Oliveirense) no Lille, certo? Sim, ele é um grande amigo meu! No meu primeiro ano passámos muitas noites juntos, é um gajo mesmo porreiro. Não tive oportunidade de estar com ele em Portugal, mas falamos por mensagens e mantemos sempre contacto. ZZ: Consegues depois chegar ao escalão principal em França. Como é que foi jogar na Pro-A? Cheguei à Pro-A num momento importante para mim. Foi depois de uma lesão no pulso direito e de ter sido operado ao ligamento da mão esquerda. Cheguei em janeiro e os médicos só previam o meu regresso para março. Foi algo forçado e ainda estava em reabilitação. A mim correu-me muito bem, tendo em conta a lesão que eu tive e as dificuldades que me provocou, porque eu penetrava muito pelo lado esquerdo e perdi destreza nessa mão, o que me obrigou a ajustar o meu jogo em plena época e não estava a 100%. Ainda assim, a época correu bem, tive números interessantes e foi a primeira vez que joguei num dos principais campeonatos da europa. No verão, decidi que já estava na altura de deixar França...já tinha passado lá quatro anos e eu queria algo novo, outro desafio e decidi ir para a Polónia.

ZZ: Tinhas outras opções? Nem me estou a lembrar. A época correu tão bem que o que aconteceu nesse verão já nem interessava. Fui campeão, fui MVP da fase regular...

ZZ: Na Polónia foste bicampeão, MVP da fase regular, MVP das finais , vencedor e MVP da Supertaça... Sim, eu cheguei, tivemos logo o jogo da Supertaça e eu fui MVP. Começou logo tudo a correr muito bem. Foi uma bola de neve de momentos positivos. ZZ: Porquê deixar a Polónia quando estava tudo a correr tão bem? Eu e o meu agente da altura tivemos problemas nas negociações com o clube e depois quando traçamos o plano, decidimos que o objetivo era jogar a Liga VTB, jogar bem e depois sair a meia da época. O plano estava a correr bem só que tive uma fratura no pé direito. Antes dessa fratura, o meu agente estava a falar com o Darussafaka, da Turquia, que estava na EuroLiga, mas depois tive a lesão...Foi Toney Douglas para lá e eu fui para Cabo Verde recuperar. Passei o mês de outubro a jogar com essa fratura, que passou a multifratura e tive de ir até França para ser diagnosticado.

ZZ: Deve ter sido uma fase complicada para ti... Sim, ver tudo a cair...Tinha lutado com muita dificuldade e estava tudo a correr bem na VTB...Era um dos melhores marcadores da prova atrás do Alexey Shved e tinha média de 22 ou 23 pontos por jogo na segunda melhor liga da Europa, que é a liga russa, e depois tudo se desmoronou com a lesão. Recuperei bem com o meu fisioterapeuta em Cabo Verde, felizmente não foi preciso cirurgia e já estava pronto para jogar antes do final de janeiro. Não voltei para a Estónia porque quando liguei para a equipa a dizer que estava nos momentos finais da recuperação - já treinava e já jogava -, eles disseram que mesmo que voltasse, não ia voltar a jogar porque a lesão era muito grave e ia voltar a lesionar-me. Na altura eu tinha salários em atraso e então decidi rescindir contrato em conjunto com o meu agente.

ZZ: Terminou da pior maneira... Não, não acabou da pior maneira. Eles, desde logo, não assumiram a minha lesão, eu tive de sair da Estónia e ir até França para ser diagnosticado. Tudo do meu bolso, porque na Estónia só me diziam que eu tinha uma inflamação no pé. Mas para mim acabou por ser positivo, porque lesões acontecem no mundo profissional e hoje sou grato por ter jogado em Lille e ter conhecido o presidente, que foi quem me ajudou com a lesão e quem me mostrou o caminho certo para dar mais uma volta na minha carreira. Regressei à Polónia, fui campeão outra vez, não aconteceu nada ao meu pé e fui MVP da final a jogar melhor do que nunca. Tinha números melhores, mais assistências, melhor visão de campo, estava mais eficiente e fazia todas as cinco posições. Há males que vêm por bem e acabei o ano em positivo.

ZZ: Depois veio um novo desafio na República Checa. Como é que correu? Sim, mas antes disso...eu acho que ninguém soube, mas joguei os play-offs na Polónia com um ankle empaegment [lesão no tornozelo] no pé esquerdo. A fratura tinha sido no pé direito e agora tinha muitas dores no pé esquerdo com o problema no tornozelo. Durante os play-offs já nem treinava, só fazia os jogos e fui MVP das finais. Fiz a cirurgia no final da época, correu tudo bem, passei o verão inteiro a treinar com o meu irmão e depois apareceu essa oportunidade de ir para Nymburk, na República Checa. Só que quando cheguei lá o treinador não cumpriu com aquilo que me tinha dito que ia ser o meu papel e acabamos por rescindir contrato.

ZZ: Apesar de não ter corrido como esperavas, foi no Nymburk que te estreaste na Liga dos Campeões. Foi um momento importante para ti? Nunca foi um objetivo exato. A oportunidade apareceu e eu quis tentar perceber como é que era e aproveitar, mas já tinha jogado na VTB, que é uma Liga muito mais física do que a Liga dos Campeões e já tinha a experiência de defrontar jogadores da EuroLiga.


takuara00


José Seidi

Estava agora a pensar, quando "anunciaram a renovação da outra vez", o Ivan Almeida partilhou e disse que era fake, desta vez não o fez, também não confirmou, mas mesmo assim...

Ruud

Ivan Almeida renova contrato

Extremo de 33 anos vai continuar de águia ao peito.

"Sinto-me parabenizado e muito orgulhoso", atirou o basquetebolista Ivan Almeida no momento da renovação de contrato com o SL Benfica até 2024. "Lutar por títulos e ganhar" são as metas do extremo internacional cabo-verdiano.
Vai para a segunda época de águia peito e o sentimento mantém-se o mesmo, um sentimento vincado, agora, na altura da renovação de contrato.

"Sinto-me parabenizado e com muito orgulho de continuar no Benfica, em representar este grande clube. Espero que consigamos conquistar títulos nesta época e fazer história na Champions", explicou, à BTV.

"O Benfica luta por títulos! A equipa está forte e vamos dar tudo para os conquistar"

Ivan Almeida

Na temporada passada as águias sagraram-se Campeãs Nacionais de basquetebol, e Ivan Almeida aponta à renovação do título e a muito mais...

"O objetivo é esse mesmo, o Benfica luta por títulos! A equipa está forte e vamos dar tudo para os conquistar", realçou, deixando, a fechar, um repto à Família Benfiquista: "Venham aos Pavilhões apoiar-nos e fazer parte deste espetáculo!"

https://www.slbenfica.pt/pt-pt/agora/noticias/2022/08/14/basquetebol-benfica-ivan-almeida-renovacao-de-contrato?utm_source=slb-site&utm_medium=notificacao&utm_campaign=2022-08-14--oficial-

miguelsousamartins


Jayson Tatum


Aqui está o nosso Homem, Ivan Almeida!

Renovou até 2024:


K9Pitbull

Boa notícia a sua permanência.

Mpaq


afcs1904

Por 2 anos! Muito bem!  :slb2:

Savicevic

Renovação mais importante da época. Conta como português, vale como americano.

FaithNoMore

Excelente notícia!!!

Covenant

Óptima notícia. Que não tenha lesões é o que eu desejo!

panduru