(actualizado) Memorial Benfica, Glórias

JM21

Exelente   :bow2:   :bow2:   :bow2: 

Pena não incluir o Nuno Gomes...       

VitorPaneira7

Vitor Paneira  aquela noite contra Juve ou os dribles para ganhar espaço para cruzar  , tu foste o 7 por direito. :metal:

ednilson

#242
Lipo Herczka.
Épocas no Benfica: 5 (35/39 e 47/48). Jogos: 153, 101 vitórias, 24 empates e 28 derrotas. Títulos: 3 (Iª Liga) e 1 (Campeonato de Portugal).
Outros clubes: Belenenses, Académica, Vila Real, FC Porto, Estoril e União de Montemor.



Ainda longe da profissionalização, o futebol do Benfica procurou melhorar os aspectos organizativos e da preparação técnica das suas equipas. A contratação de treinadores estrangeiros, com experiências acumuladas no estrangeiro, inseria-se nesse propósito fundamental. O austro-húngaro Lipo Herczka foi o homem à altura da inovação.

Ao longo das quatro épocas ao serviço dos encarnados, conduziu o Benfica a um inédito tri no Campeonato da I Liga (35/36, 36/37 e 37/38), as figuras da equipa na altura eram Albino, Gaspar Pinto, Vítor Silva e Valadas.

Saiu em Junho de 1939, após uma derrota na final da Taça de Portugal, frente à Académica (3-4). Regressou ainda em 1947, substituindo Janos Biri, num momento de crise, deixando no ar sinais de confiança. Apesar dos violinos. E foi veranear para as termas de Vidago. Na penúltima jornada, o Sporting perde em Setúbal (0-1), mas o Benfica não aproveita a ocasião, sendo derrotada em casa, pelo Elvas (1-2). Assim o Sporting acabou com os mesmos pontos do Benfica, mas com mais um golo. O que valeu à prova, o curioso rótulo de "Campeonato do Pirolito".

Sobre ele, escreveu-se muita coisa elogiosa, como o que disse o antigo dirigente benfiquista e jornalista Carlos Carvalho: "Teve a rara intuição de saber adaptar as qualidades do futebolista português, de intuição e combatividade, ao estilo solto do futebol austríaco, onde a desmarcação e o toque suave de bola têm cunho de arte".

O avançado Rogério "Pipi", contratado ao Chelas na era-Herczka, confirmou isso mas também desvendou outra faceta do técnico: "Quando estava mal-disposto, era impossível. Desatava a chamar nomes aos jogadores. Assim, sem mais nem menos no meio dos treinos. Mas nós já estávamos tão habituados que nem ligávamos".

Lipo Herczka fez o primeiro jogo como treinador a 13 de Outubro de 1935, numa vitória sobre o Sporting (4-0), no Campo Grande, tendo disputado o último jogo a 27 de Junho de 1948, numa derrota frente ao Sporting (3-0), nas meias-finais da Taça de Portugal.

Elvis the Pelvis

Parabéns Ednilson, grande tópico! :drunk:

Rui Costa e Vitor Paneira GRANDES!!! :bow2: :bow2:

ednilson

Janos Biri. Budapeste, Humgria. 21 de Julho de 1900.
Épocas no Benfica: 8 (39/47). Jogos: 272, 194 vitórias, 25 empates e 53 derrotas. Títulos: 3 (Campeonato Nacional) e 3 (Taça de Portugal).
Outros clubes: FC Porto, Académico do Porto, Estoril, Vitória de Guimarães, Atlético, Vitória de Setúbal, Oriental, CUF, Académica e Lusitano de Évora.



De nacionalidade húngara, mas naturalizado português, foi um treinador que marcou pela inovação metodológica nos treinos e pela conquista da primeira Taça de Portugal, em 40. Além disso, fez a transição do Campo das Amoreiras para o Campo Grande, no período de oito épocas ao serviço dos encarnados.

Mas a sua história com o Benfica é muito mais antiga. Como jogador, na época 34/35, foi ele quem defendeu as redes do Boavista nas Amoreiras e o "causador" da confusão desse jogo da primeira eliminatória, quando foi empurrado por um adversário e embateu na quina de um poste, fracturando a clavícula. Mesmo continuando a jogar, em ambiente de grande tensão e dramatismo, não evitou a derrota por 6-2.

De regresso às Amoreiras, como treinador, deixou um legado impressionante: passava os treinos a melhorar a capacidade técnica dos jogadores, assim como explorava a variação de flanco, aproveitando a versatilidade dos grandes jogadores daquela época, como Francisco Ferreira, Albino, Julinho e Rogério "Pipi"...

Foi este último quem deixou um testemunho elucidativo: "Impunha a disciplina, tipo Camacho. Era duro mas educado. Nos treinos, estava sempre a ensinar-nos como marcar penalties e livres. E a sua teoria era perfeitamente lógica. Nos penalties, dizia para marcarmos para cima e não para os lados, para onde os guarda-redes se atiravam sempre".

A década de 40 foi dominada pela presidência de Augusto da Fonseca e pela acção de Janos Biri, tendo o Benfica com o húngaro no comando técnico vencido 3 Campeonatos Nacionais e 3 Taças de Portugal, conseguindo a "dobradinha" em 1942/43.

De Janos Biri, fica um dia memorável, 7 de Fevereiro de 1943. O dia em que o FC Porto cobriu a cara de vergonha. Em jogo disputado no Campo Grande, em Lisboa, o Benfica venceu por 12-2. Um resultado que ainda é um recorde na história dos clássicos. Uma tarde gloriosa para os encarnados, que haveriam de ser campeões, perante um rival eterno que teve um ano horrível, terminando em sexto lugar. Perante a felicidade do treinador Janos Biri, o Benfica marcou quatro golos na primeira parte, fez o quinto a abrir a segunda parte, deixou que o FC Porto fizesse o tento de honra, mas logo aumentou para 9-1. Até final os azuis e brancos marcaram mais um golo, enquanto os encarnados fizeram três. No final 12-2.

Janos Biri fez o primeiro jogo como treinador a 8 de Outubro de 1939, numa vitória sobre o Belenenses (3-2), nas Amoreiras, tendo disputado o último jogo, a 2 de Julho de 1947, numa vitória frente ao Boavista (6-2), no Campo Grande.

.:VMPT:.

Grande Ednilson....

Parabéns a ti e à tua "Patroa" pelo trabalho feito...

:slb2:

ednilson

#246
John Edward Smith (Ted Smith).
Épocas no Benfica: 4 (48/52). Jogos: 108, 75 vitórias, 18 empates e 15 derrotas. Títulos: 1 (Campeonato Nacional), 3 (Taça de Portugal) e 1 (Taça Latina).
Outros clubes: Millwall e Atlético.


Ted Smith à esquerda.

O segundo dos quatro ingleses a treinar o Benfica, depois de Artur John e antes de Jimmy Hagan e John Mortimore. O seu nome é Ted Smith e está ligado à história do clube por uma série de feitos em plena época de intenso domínio por parte dos Cinco Violinos do Sporting.

Na época de estreia (48/49), levantou a Taça de Portugal, com um percurso impressionante: 36 golos marcados em cinco jogos, o que dá uma média superior a sete golos por encontro (!!), e a maior goleada até então (13-1 ao Académico de Viseu). Uma marca que seria batida em 89, com o triunfo sobre o Riachense (14-1).

Em 50, foi a vez de ganhar o campeonato e a Taça Latina, precursora da Taça dos Campeões (2-1 ao Bordéus, ao fim do segundo prolongamento, no Jamor, da finalíssima), na primeira conquista de um clube português numa prova internacional. Ted Smith, o treinador responsável pelo primeiro sucesso internacional dos encarnados diria: "Em 20 anos de futebol, nunca vi festa assim...". Sempre foi assim o Benfica!

Nas outras duas temporadas seguintes, repetiu os êxitos na Taça de Portugal, ainda que tivesse saído sem razão aparente a meio da época 51/52, alegando problemas pessoais. Em Março, também inexplicavelmente, regressou à equipa, a tempo de a guiar à goleada sobre o FC Porto (8-2) na inauguração do Estádio da Antas e à conquista da Taça de Portugal na final mais brilhante e goleadora de que há memória: 5-4 ao Sporting. Abandonou, pois, em beleza.

Ted Smith fez o primeiro jogo como treinador do Benfica a 18 de Setembro de 1948, numa vitória sobre o Olhanense (1-0), no Campo Grande, tendo disputado o último jogo, a 6 de Abril de 1952, numa vitória frente ao FC Porto (2-0), no Jamor.

NOTA: Após a pesquisa efectuada, nomeadamente no Almanaque do Benfica, fica a dúvida quanto à Final da Taça de Portugal de 51/52 e o técnico que comandava a equipa, dúvida que se mantém sobre o responsável técnico na Inauguração do Estádio da Antas. Ted Smith saiu a meio dessa época e foi substituído por Cândido Tavares, tendo regressado em Março. Diz-se que o último jogo foi frente ao FC Porto, na última jornada do Campeonato. Nessa altura a Taça de Portugal disputava-se após a finalização do Campeonato. Em todos os locais diz-se que Ted Smith tem no seu curriculum três Taças de Portugal (48/49, 50/51 e 51/52), mas por todos os meios onde pesquisei,  Cândido Tavares é dado como o treinador da final de 51/52, inclusive no Almanaque, que se contradiz depois ao dizer que foi Ted Smith, após regressar, que guiou a equipa a essa vitória.

Caso tenham um local mais credível onde confirmar estes dados, agradecia.

Mestre

Citação de: ednilson em 19 de Abril de 2008, 19:44

Informo que ficaram de fora todos os jogadores ainda no activo, Luisão, Mantorras, Miguel, Nuno Gomes, Petit e Simão.


Os dois a bold são muito discutíveis. As épocas no Benfica foram poucas e muito pouco deram ao clube. Juntá-los neste grupo de eleitos é colocá-los uns furos acima do que foram na realidade, mas a culpa não é tua, é do autor da obra.  O0

Durante semanas, especialmente nesta fase menos feliz do nosso clube, este tópico foi o único responsável para regressar ao forum. Obrigado por teres partilhado a obra e, acima de tudo, por mostrares a todos o que é o Benfica. :slb2:

slbpm

#248
Citação de: ednilson em 22 de Abril de 2008, 21:47


NOTA: Após a pesquisa efectuada, nomeadamente no Almanaque do Benfica, fica a dúvida quanto à Final da Taça de Portugal de 51/52 e o técnico que comandava a equipa, dúvida que se mantém sobre o responsável técnico na Inauguração do Estádio da Antas. Ted Smith saiu a meio dessa época e foi substituído por Cândido Tavares, tendo regressado em Março. Diz-se que o último jogo foi frente ao FC Porto, na última jornada do Campeonato. Nessa altura a Taça de Portugal disputava-se após a finalização do Campeonato. Em todos os locais diz-se que Ted Smith tem no seu curriculum três Taças de Portugal (48/49, 50/51 e 51/52), mas por todos os meios onde pesquisei,  Cândido Tavares é dado como o treinador da final de 51/52, inclusive no Almanaque, que se contradiz depois ao dizer que foi Ted Smith, após regressar, que guiou a equipa a essa vitória.

Caso tenham um local mais credível onde confirmar estes dados, agradecia.


Segundo a minha base de dados Ted Smith regressou a 02/03/52 na 22ª J tendo sido o treinador até final da época no jogo de 15/06 para a final da TP, sendo substiruido pelo argentino Alberto Zozaya.
A inauguração das Antas foi em 28/05 com Ted Smith.

Nota: atenção ao Almanaque, em quase todas as épocas há informação incorrecta.
Ao dispor para qualquer ajuda que seja necessária.

slbpm


Após análise mais cuidada acrescento que na época 51/52 Cândido Tavares, tal como na época anterior, era treinador-adjunto de Ted Smith, daí ter assumido a equipa no periodo de ausência do treinador principal.
Só assim se justifica que surja nas fotos do jogo de inauguração das Antas e final TP.
No final da época Ted Smith foi dispensado a seu pedido para regresso a Inglaterra e Cândido Tavares afastado do Clube tendo ingressado a meio da época seguinte no Vit. Guimarães a substituir Alexandre Peics.

ednilson

#250
Otto Martins Glória. Rio de Janeiro, Brasil. 9 de Janeiro de 1917.
Épocas no Benfica: 8 (54/59 e 67/70). Jogos: 244, 159 vitórias, 45 empates e 40 derrotas. Títulos: 4 (Campeonato Nacional) e 5 (Taça de Portugal).
Outros clubes: Vasco da Gama, América, Sporting, Belenenses, FC Porto, Marselha, Atlético de Madrid, CF Monterrey, Nigéria, Portuguesa e Santos.



Neto de portugueses, nasceu no Brasil e fez história em Portugal. Comandou Benfica, Sporting, Belenenses, FC Porto e a selecção portuguesa, como treinador de campo, rumo ao terceiro lugar no Mundial de 66, tendo-lhe pertencido também o comando da selecção no inicio da qualificação para o Euro 84. É ainda o técnico com mais títulos de campeão nacional pelos benfiquistas, e só este facto serve para entrar na lista dos notáveis. Mas há mais...

Otto Glória chegou a Lisboa em 1954 para limpar a face ao futebol amador português. O Benfica contratou-o para profissionalizar o clube e Otto Glória revelou-se à altura do desafio. Criou o Lar do Jogador, implementou concentrações e estágios com regras rígidas (os jogadores foram proibidos de jogar cartas ou dados e de falar calão), proibiu o próprio presidente do clube (Joaquim Bogalho) de ir ao balneário ou falar com os futebolistas e introduziu a táctica 4x2x4, que já se praticava no Brasil. O novo sistema implementado – a célebre "diagonal" – que fez furor no futebol português.

Não era "bruxo" nem fazia milagres: a sua receita era trabalho, organização e disciplina. E um perfume de criatividade que tornou o futebol português mais bonito, mais artístico e... mais eficaz.

À fama de disciplinador e duro, juntava-se uma outra personalidade paternalista e humana. Aliás, essa faceta ficou bem à vista aquando da segunda passagem pelo Benfica, em 1968. Chegou a cinco jornadas do fim, foi campeão nacional e não quis ficar com o prémio de 50 contos. Propôs à Direcção que o desse, na sua totalidade, aos jogadores. "Eles é que merecem", justificou. Ficou sem dinheiro, mas ganhou ainda mais respeito e admiração de todos. Um senhor!

Otto Glória conquistou quatro Campeonatos Nacionais e cinco Taças de Portugal, mas a nível europeu não foi particularmente feliz no seu regresso ao clube. Foi finalista vencido, após prolongamento (1-4), em Wembley, frente ao Manchester United de Charlton, Law e Best, na época de 67/68.

Otto Glória fez o primeiro jogo como treinador do Benfica a 12 de Setembro de 1954, numa vitória sobre o Vitória de Setúbal (5-0), no Jamor, tendo disputado o último jogo, a 8 de Fevereiro de 1970, numa derrota frente à CUF (0-1), no Jamor.

ednilson

Béla Guttmann. Budapeste, Hungria. 26 de Janeiro de 1905.
Épocas no Benfica: 4 (59/62 e 65/66). Jogos: 162, 113 vitórias, 27 empates e 22 derrotas. Títulos: 2 (Campeonato Nacional), 1 (Taça de Portugal) e 2 (Taça dos Clubes Campeões Europeus).
Outros clubes: SC Hakoah Wien, FC Twente, Ujpest, Vasas, Ciokanul, Ujpest, Kispest, Pádova, Triestina, AC Milan, Lanerossi Vicenza, Peñarol, São Paulo, F.C.Porto, Selecção Austríaca, APOEL, Áustria Viena, Servette e Panathinaikos.



Chamaram-lhe de tudo. Feiticeiro, bruxo, mago... Este húngaro naturalizado austríaco é um nome incontornável no futebol português. O FC Porto foi a sua primeira equipa em Portugal. Conquistado o titulo de campeão nacional, foi para o Benfica, com exigências impensáveis para a época!: 400 contos líquidos por ano, 150 pelo titulo nacional, 50 pela Taça de Portugal e... 200 pela Taça dos Campeões. 200 não! Um dirigente bem disposto e, pelos vistos, nada crente, encorajou-o a subir a parada para 300 e foi o que se viu. O Benfica venceu duas Taças dos Campeões, em 61 e 62, e só Guttmann recebeu mais que toda a equipa junta.

Na ocasião do bicampeonato, foi recebido por Américo Tomás e António Salazar e nomeado comendador, tal como os jogadores. À saída de São Bento, virou-se para Fezas Vital, que substituíra Maurício Vieira de Brito na presidência, e segredou-lhe que se iria demitir. "Não posso treinar 14 comendattori". Todos julgavam que era bluff, mas não. Guttmann saiu mesmo e até deixou uma frase maldita no ar, que ainda perdura. "Nem daqui a cem anos uma equipa portuguesa será bicampeã europeia e o Benfica sem mim jamais ganhará uma Taça dos Campeões". Sem ele, nunca mais ganhou, de facto, apesar de ter estado em mais cinco finais. A última (1990), em Viena, bem perto do cemitério judeu onde Guttmann está sepultado. Na véspera da final com o AC Milan, Eusébio foi ao túmulo rezar pela alma do técnico e pediu aos deuses que desfizessem a maldição. Em vão...

Foi o treinador campeão por excelência, com uma notável influência psicológica sobre os jogadores, com grande experiência internacional e profundos conhecimentos que tinha das tácticas e técnicas do jogo. Guttmann tinha uma concepção de futebol de ataque, que encontrou, naquele inicio dos anos sessenta, intérpretes privilegiados nos jogadores do Benfica. Costa Pereira explicou, muitos anos depois, qual era o segredo da defesa de Béla Guttmann: "A nossa marcação à zona era feita com um sentido objectivo de antecipação". Mas essa não era a marca do estilo do treinador húngaro: "não me importa sofrer três ou quatro golos por jogo, se marcar sempre mais um", disse uma vez, respondendo às críticas de que a linha defensiva do Benfica não era muito segura.

Béla Guttmann fez o primeiro jogo como treinador do Benfica a 20 de Setembro de 1959, numa vitória sobre o Vitória de Setúbal (4-1), na Luz, tendo disputado o último jogo, a 1 de Maio de 1966, numa vitória frente ao Belenenses (3-1), no Restelo.

Elvis the Pelvis

Um dos melhores treinadores da história do Benfica!
Aquela maldição é que pronto... está à espera de ser quebrada.

SevenStars

Citação de: Jamez em 25 de Abril de 2008, 00:22
Um dos melhores treinadores da história do Benfica!
Aquela maldição é que pronto... está à espera de ser quebrada.

Bem, pelos resultados...o melhor.

ednilson

Fernando Riera Bauzá. Santiago, Chile. 27 de Junho de 1920.
Épocas no Benfica: 3 (62/63 e 66/68). Jogos: 92, 69 vitórias, 12 empates e 11 derrotas. Títulos: 3 (Campeonato Nacional).
Outros clubes: Belenenses, Selecção do Chile, Universidad Católica (Chile), Nacional Montevideo (Uruguai), Espanyol, Boca Juniors, FC Porto, Corunha, Marselha, Sporting, Monterrey (México), Palestino (Chile), Universidad Chile e Everton (Chile).



Duas passagens pelo Benfica equivaleram a três títulos. Esta é a principal imagem de marca do Chileno Fernando Riera, o qual teve a honra de trabalhar nos quatro "grandes" de Portugal: Belenenses (54/57), Benfica (em dois períodos: 62/63 e 66/68), FC Porto (72/73) e Sporting (74/75).

Fernando Riera ainda hoje é considerado o treinador com mais sucesso na história do futebol chileno. Durante a década de 40, foi um bem sucedido avançado chileno que se destacou na Universidad Católica e na Selecção do Chile. "El Tata", como ficou conhecido, foi o primeiro jogador chileno a jogar na Europa (Stade de Reims e FC Rouen). Finalizada a carreira de jogador, Riera iniciou o curso de treinador em França

Em Portugal, iniciou-se no Belenenses. Participou na Taça Latina 55 e, nesse mesmo ano, perdeu o campeonato a quatro minutos do fim da última jornada (2-2 com Sporting) para o Benfica. Regressou ao Chile, onde faria boa figura à frente da selecção, com terceiro lugar no Mundial 62. Daí transitou para o Benfica, com a espinhosa tarefa de substituir Bela Guttmann, bicampeão europeu. Não se amedrontou. Na estreia, ganhou o titulo nacional e chegou à final da Taça dos Campeões, perdida para o AC Milan (2-1), em Wembley.

Na época seguinte saiu para o Espanyol, passaria ainda por Boca Juniors, Corunha, Marselha e Monterrey, antes de regressar à Luz para mais época e meia (saiu à sétima jornada). Serviu para mais dois títulos de campeão.

Fernando Riera fez o primeiro jogo como treinador do Benfica a 21 de Outubro de 1962, numa vitória sobre o Belenenses (4-1), no Restelo, tendo disputado o último jogo, a 30 de Novembro de 1967, numa derrota frente ao St. Étienne (1-0), em França.