(actualizado) Memorial Benfica, Glórias


ednilson

Tomás Paquete. Bissau. 1923. Velocista.
Épocas no Benfica: 16 (42/58). Títulos: Campeão Nacional e recordista dos 100m, da estafeta 4x100 e da estafeta sueca.



Foi Joaquim Ferreira Bogalho que lhe pôs a alcunha: chamava-lhe Tomás "Foguete", em homenagem ao seu estilo nervoso e à rapidez que fez dele um dos mais notáveis sprinters portugueses – durante quase duas décadas. Tomás Paquete foi um caso notável de longevidade, mantendo-se praticante de primeira linha durante 16 anos, sem evoluir para distâncias mais longas: nascera sprinter, foi como sprinter que se retirou, em 1958, no meio de louvores e homenagens invulgares para um praticante de atletismo.

Natural de Bissau, onde nasceu em 1923, Tomás Paquete ingressou no Benfica aos 19 anos, tendo corrido 210 provas, das quais ganhou 120. Atingiu o ponto máximo da carreira quando estava a chegar aos trinta anos: em 1950 tornou-se co-recordista dos 100 metros, com 10,6, marca que só seria suplantada vinte anos depois. No ano seguinte, ganhou a prova do hectómetro no Espanha-Portugal, disputado em Barcelona. Em 1952, esteve nos Jogos Olímpicos de Helsínquia e dois anos depois nos Europeus de Berna.


Tomás Paquete, Gabriel Dores, Eugénio Eleutério e Vieira da Fonseca.

No decurso da sua longa carreira, ganhou mais de meia centena de campeonatos e coleccionou mais de 100 medalhas. Retirou-se em 1958, tendo mais de 10 mil pessoas participado na sua festa de despedida. Aos 35 anos, ainda corria dos 100 metros em 11 segundos. Águia de Prata do Sport Lisboa e Benfica, Tomás Paquete viria a receber, em 2002, mais de quarenta anos depois de ter deixado a competição, o Prémio Carreira Desportiva da Fundação do Desporto. E isso é o reconhecimento de que foi, na história do Benfica e do desporto português, uma referência inesquecível.

Dixi

Citação de: ednilson em 24 de Janeiro de 2008, 22:15
Arsénio Trindade Duarte. Barreiro. 16 de Outubro de 1925-1986. Avançado.
Épocas no Benfica: 12 (43/55). Jogos: 298. Golos: 220. Títulos: 3 (Campeonato Nacional), 6 (Taças de Portugal) e 1 (Taça Latina).
Outros Clubes: Barreirense, CUF, Montijo e Cova da Piedade. Internacionalizações: 2.




Equipa vencedora da Taça Latina 18.08.1950

Deu-se Arsénio a descobrir com a inocência comparável aos pés desnudados gozando com a bola de trapos. Era o brinquedo dos pobres. Também no Barreiro. Sobretudo no Barreiro, terra de operários, de gente laboriosa, mas com vida inclemente. A dos pais dos "homens que nunca foram meninos", no retrato de Soeiro Pereira Gomes.

Menino não foi Arsénio, o Pinga para os amigos das traquinices e das pelejas nos areais. Na década de 30, Pinga (que era o seu ídolo) era o mais cobiçado dos elogios, já que o jogador do FC Porto, nascido no Funchal resplandecia nos primitivos recintos da bola lusitana.

No inicio da adolescência deu-se o sortilégio. Ofereceram-lhe o palco. No Barreirense se estreou. Foi perante o Sporting, na festa do adeus a Francisco Câmara. "Ainda não tinha 16 anos e quem me marcou foi o Aníbal Paciência. Ao principio estava um pouco enervado, mas, depois, serenei e perdi o respeito ao valoroso jogador do Sporting". Arsénio viria a sagrar-se esse ano, campeão nacional da II Divisão, consumado o triunfo (6-1) sobre a Sanjoanense, nas Amoreiras, com gente ilustre do Benfica atenta ao desenrolar do encontro.

Na companhia de Moreira, o conhecido Pai Natal, Arsénio ainda tentou a sorte no mais reputado Vitória de Setúbal, mas do reputadíssimo Benfica chegou a proposta. Recebeu seis contos pela assinatura e 750 escudos mensais daí para a frente. Mas continuou a trabalhar como aprendiz de serralheiro, mais tarde oficial, na CUF. De cacilheiro viajava, com toque madrugador, às 5.45 horas. Era assim três vezes por semana. Treinava-se pela manhã, trabalhava à tarde. Foi assim durante anos. In illo tempore.

Com apenas 18 anos, a 19 de Dezembro de 1943, Arsénio envergou pela primeira vez a camisola do Benfica. Logo aos cinco minutos, disse ao que ia, apontando o primeiro golo. Foi no Campo Grande, nesse triunfo (5-1), ante o Vitória de Guimarães. Titularidade garantida, a ouro fechou a temporada, através da conquista da Taça de Portugal, na maior goleada (8-0) de sempre, com o Estoril Praia.

Actualmente, Arsénio seria número 10. Nesses tempos, actuava como interior-direito. De baixa estatura, era rápido, driblava bem e tinha apurado instinto de golo. Em 446 jogos pelo Benfica marcou 350 golos. Trezentos e cinquenta que a imponência merece escrita por extenso. Até aos nossos dias, só Eusébio, José Águas e Nené mais golos fizeram. Sempre a dissertar na sua linguagem favorita, ganhou a idolatria das massas, o carinho dos companheiros, o respeito dos antagonistas. Um dia, frente ao Estoril Praia, na vitória (7-0), fez seis golos. Melhor ainda, em plena festa de inauguração do Estádio das Antas, marcou cinco, fazendo os nortenhos......perder o Norte!



Numa dúzia de temporadas, venceu três Campeonatos e seis Taças de Portugal, quatro delas consecutivas. Mentalmente forte, adepto dos grandes ambientes e decisões, nunca perdeu uma Taça. Que o digam o Sporting (duas vezes), o Estoril, o Atlético, a Académica e o FC Porto. E quase sempre com golos probatórios dos seus amplos recursos de finalizador. Como aquele, memorável e decisivo, que marcou ao Bordéus, na final da Taça Latina. Os franceses estavam em vantagem, por 1-0, desesperavam as hostes encarnadas, quando, a 15 segundo do fim, Arsénio restabeleceu a igualdade. Jogaram-se dois prolongamentos, até que Julinho haveria de selar o primeiro grande triunfo europeu do Benfica.

Na Selecção Nacional, por ironia, não fez mais que dois golos, ambos com a Espanha. O talentoso Manuel Vasques, grande amigo de infância no Barreiro, barrou-lhe também o lugar, numa altura em que a maleabilidade táctica vinha ainda distante. Quando o brasileiro Otto Glória ingressou no Benfica, outros ventos sopraram, os ventos do profissionalismo. Já na casa dos trinta, Arsénio optou por abandonar o clube e aderir ao projecto da CUF, empresa onde mantinha o seu posto de trabalho. Com 33 anos, para mal dos pecados dos benfiquistas, seria ainda o melhor goleador do Nacional.

Exibiu o requinte dos predestinados, naquela relação apaixonada pelo golo. Arsénio marcou mais, muito mais, que uma geração do Benfica. Arsénio marcou o Benfica.


5.º Melhor marcador do Benfica para o Campeonato:

Nome: Arsénio Trindade Duarte
Data de nascimento: 16 de Outubro de 1925, no Barreiro
Data de falecimento: 11 de Fevereiro de 1986
Posição: Avançado
Campeonato Nacional: 3 títulos (44/45, 49/50 e 54/55)
Taças de Portugal: 6 vitórias (43/44, 48/49, 50/51, 51/52, 52/53 e 54/55)
Taça Latina: 1 vitória (1950)
Selecção Nacional: 2 jogos

Carreira na Liga:
1943/44: 06 jogos e 02 golos - 2.º Classificado
1944/45: 17 jogos e 11 golos - 1.º Classificado
1945/46: 20 jogos e 14 golos - 2.º Classificado
1946/47: 18 jogos e 19 golos - 2.º Classificado
1947/48: 24 jogos e 17 golos - 2.º Classificado
1948/49: 19 jogos e 13 golos - 2.º Classificado
1949/50: 24 jogos e 10 golos - 1.º Classificado
1950/51: 23 jogos e 24 golos - 3.º Classificado
1951/52: 25 jogos e 20 golos - 2.º Classificado
1952/53: 20 jogos e 12 golos - 2.º Classificado
1953/54: 18 jogos e 06 golos - 3.º Classificado
1954/55: 10 jogos e 04 golos - 1.º Classificado

Total: 224 jogos / 152 golos

Era um atacante de todo o espaço ofensivo. Não sendo um ponta-de-lança como os outros, tinha engodo fantástico pela baliza - e os números estão aí para confirmar o fenómeno. Arsénio marcou 152 golos pelo Benfica e depois de abandonar o clube, já veterano, havia de ser o melhor marcador do Campeonato ao serviço da CUF.

Fonte: Jornal Record de 3 de Novembro de 2008 (destacável com a história de todos os golos do Benfica)

O_Glorioso

ednilson, sem palavras.  :pray: :pray: :pray:

Grande, enorme trabalho!  :clap1: :drool: :clap1:

Vou continuar a ler...  O0

Mestre

Ednilson

Tenho andado um pouco afastado do forum por razões profissionais mas foi com muita alegria que voltei a este tópico e reencontrei nomes como Yokochi, António Leitão, João Queimado (tive um vizinho que jogou com ele nos séniores do Benfica, mas não teve lá muito tempo) e o grande António Livramento, que via muitas vezes na Estrada de Benfica sempre agarrado ao cigarrito.

Um grande abraço e continua o bom trabalho.

ednilson

João Campos. Faro. 1959. Meio-fundista.
Épocas no Benfica: 14 (79/93). Títulos: Campeão Nacional em diversas especialidades, Campeão do Mundo e Medalha de Bronze Europeu  de 3000 metros.



Na longo história do atletismo no Benfica (é uma das modalidades mais antigas, tendo começado a ser praticada em 1906), entre nomes gloriosos que marcaram o imaginário de sucessivas gerações, o de João Campos ocupa lugar especial: foi ele o primeiro praticante benfiquista de atletismo a conquistar um titulo mundial. Aconteceu em 1985, em Paris, nos Campeonatos do Mundo e na prova dos 3000 metros – que nem sequer era a sua distância preferida.

João Campos tinha então 26 anos. Começara no Liceu de Faro, aos 13 anos de idade. Quatro anos depois, correu os Europeus de Juniores, na Polónia, classificando-se em 9º lugar nos 3000 metros. Em 1979, com 20 anos, veio para o Benfica, e no ano seguinte chegou às meias-finais dos 1500 metros nos Jogos Olímpicos de Moscovo.

Nos anos seguintes, João Campos especializou-se em 1500 metros, ganhando diversos títulos nacionais e participando em numerosas competições internacionais. Em 1985, quando começava já a fazer a transição para uma distância superior (5000 metros), correu os 3000 metros nos Campeonatos Mundiais de pista coberta, ganhando a prova em 7.57,63.



Em 1986, participou nos Europeus de pista coberta, correndo a mesma distância: obteve a medalha de bronze. A sua passagem pelos 5000 metros não foi, no entanto, inteiramente conseguida: viria a vencer os 10000 metros nos Campeonatos de Portugal de 1989, ano em que completou 30 anos. Participou na equipa do Benfica que se sagrou campeã nacional de corta-mato em 1990.

Desde a sua chegada ao Benfica, até que resolveu retirar-se, em 1993, João Campos contribuiu para os sucessos da equipa que ganhou quase todos os campeonatos nacionais em que participou. Foi um dos expoentes de uma época de ouro do atletismo benfiquista.

O_Glorioso

Grande, enorme, tópico, sem dúvida.  O0 Acabei agora de ler tudo.

Não sei explicar o que sinto, é um misto de orgulho e nostalgia.

E, depois, olho para os tempos mais recentes e sinto um vazio... :(

ednilson

#322
Carlos Humberto Lehman de Almeida Benholiel Lisboa Santos. Cidade da Praia, Cabo Verde. 23 de Julho de 1958. Basquetebolista.
Épocas no Benfica: 12 (84/96). Títulos: 10 (Campeonato Nacional), 5 (Taça de Portugal), 6 (Taça da Liga) e 3 (Supertaças)
Outros Clubes: Sporting de Lourenço Marques, Sporting e Queluz. Internacionalizações: 103.



No início dos anos oitenta, o panorama do basquetebol português sofreu uma profunda alteração. De um momento para o outro, começaram a "afundar" nos recintos portugueses jogadores estrangeiros, na sua esmagadora maioria americanos, que viriam revolucionar completamente a prática da modalidade entre nós.

Um dos primeiros americanos a jogar no Benfica foi Mike Plowden. Mas o factor decisivo que transformou a equipa do Benfica no Dream Team do basquetebol nacional durante uma década foi o ingresso de Carlos Lisboa, que quase unanimemente é hoje considerado o melhor basquetebolista português de todos os tempos.

Carlos Lisboa nascera na Cidade da Praia, em Cabo Verde, em Julho de 1958. Com 15 anos começou a jogar nos juvenis do Benfica, onde não viria a ficar muito tempo "o treinador do Benfica dizia que eu era muito bom, muito bom, mas não me punha a jogar, ao fim de quatro jogos fui para o Sporting", onde conquistaria três títulos nacionais, tendo ingressado mais tarde no Queluz (um titulo nacional). Regressou ao Benfica em 1984, iniciando então uma carreira triunfal ao serviço do Glorioso, com dez títulos nacionais conquistados, cinco Taças de Portugal, seis Taças da Liga e três Supertaças.



Dava gosto vê-lo jogar. Quando estava com "mão quente" era um temível triplista, capaz de resolver os jogos com a sua eficácia mortífera. "As minhas principais características foram a velocidade de execução, a explosividade, a imaginação. Julgo que fui também um bom lançador", assim se definia o próprio. Foi, muitas vezes, o "abono de família", em tardes de menor acerto. Carlos Lisboa era um líder, que gostava muito de jogar na Luz mas também gostava da adversidade, "sentia a responsabilidade de defender a equipa e não de me defender a mim próprio lançando apenas quando estava no melhor ângulo. Queria ganhar e, portanto, não me podia esconder".

Em Carlos Lisboa nada passava despercebido e até o período de aquecimento servia para deliciar o público presente, por uma questão de fé e para completar a preparação mental para o jogo, nunca o terminava sem lançar e marcar três vezes consecutivas.


Em cima: Carlos Lisboa, Hélder Silva, Jorge Barbosa, Alfredo Sousa
e José Carlos Guimarães; Em baixo: Rui Miranda, José Luís, Fernando Marques,
Luís Marques e Enrique Vieira.
 

Em cima: Jean Jacques, José Silvestre, Mike Plowden, Artur Cruz
e Steve Rocha; Em baixo: Carlos Lisboa, Pedro Miguel, Nuno Ferreira,
Carlos Seixas e José Carlos Guimarães.


Variadíssimos factos notáveis marcaram a sua carreira. Numa partida em casa com o Barreirense, entrou poucos minutos, marcando 29 pontos, tendo para tal cometido a proeza de encestar nove triplos seguidos! Num jogo europeu, frente ao Partizan, em 15 triplos marcou 10. Jogo importante este, frente aos sérvios, disputado no dia 5 de Outubro de 1995, no velhinho estádio. Marcou 45 pontos e o Benfica conseguiu o acesso à fase final do Europeu de Clubes.

Carlos Lisboa foi várias vezes tentado a mudar de clube, inclusive quando terminou a sua carreira, tendo convites do estrangeiro e da Portugal Telecom, mas como o próprio diz "não aceitei o convite, porque depois de se vestir durante 12 anos a camisola do Benfica não se consegue vestir mais nenhuma. A partir do momento em que fui para o Benfica seria muito difícil ir para outro clube". Também dos Estados Unidos os convites não faltaram, de universidades e a certa altura de uma equipa da NBA que estava a ser formada, convite este que aceitou, mas que não chegou a concretizar-se uma vez que o projecto não teve continuidade.



Capitão do cinco, comandava o grupo com autoridade e correcção e levava-o às costas quando tudo parecia perdido. A sua arte e a elegância do seu jogo enchiam os pavilhões onde, durante essa década gloriosa, se exibia a imparável equipa do Benfica. Quem não se recorda do vibrante "cheira bem, cheira a Lisboa"!

Retirou-se em 1996, tendo abraçado a carreira de treinador, onde chegou a desempenhar essas mesmas funções no Benfica. Actualmente é o director-geral das modalidades do Benfica.



Corrosivo

Lisboa, Jean Jacques, Pedro Miguel, Plowden, JC Guimarães....que grande equipa  :slb2:

Elvis the Pelvis

Deste Senhor não é preciso dizer nada, apenas  :bow2:.

Mestre

Citação de: Corrosivo em 15 de Novembro de 2008, 11:38
Lisboa, Jean Jacques, Pedro Miguel, Plowden, JC Guimarães....que grande equipa  :slb2:

Muitas vitórias nos deram no velhinho pavilhão do terceiro anel. Os duelos com a Ovarense pelo título nacional e os jogos europeus, onde tive o prazer equipas de top como o Philips Milão, o Treviso, Pau-Orthez, Panathinaikos, Maccabi Haifa, entre outros.

Enorme Lisboa numa década onde o Benfica dominou.

Ednilson, para quando o Andebol e nomes como Applegreen, Paulo Bunze, Miguel Fernandes, Mário Gentil ou Armando Pires? Nessa altura tinhamos grandes equipas nas amadoras.

Bordeus25


ednilson

Edite Cruz. Patinadora.



Em 1950, Edite Cruz foi eleita "Rainha do Patim".

Aluna do professor belga Eulaers, fez parte dum grupo do patinadores que actuou na Europa, no Brasil e na Argentina dois anos depois.

Diplomada pelo Comité Internacional de Rink Hóquei, conquistou a "Plaquette" de prata e de bronze, medalhas de prata e a "Plaquette" de bronze internacional.

É a patinadora benfiquista mais medalhada.

Corrosivo

Ed agora perdeste-me...tenho que admitir a minha ignorância, mas o historial é impressionante

SevenStars

Citação de: ednilson em 30 de Novembro de 2008, 18:19
Edite Cruz. Patinadora.



Em 1950, Edite Cruz foi eleita "Rainha do Patim".

Aluna do professor belga Eulaers, fez parte dum grupo do patinadores que actuou na Europa, no Brasil e na Argentina dois anos depois.

Diplomada pelo Comité Internacional de Rink Hóquei, conquistou a "Plaquette" de prata e de bronze, medalhas de prata e a "Plaquette" de bronze internacional.

É a patinadora benfiquista mais medalhada.


Grande expoente do desporto benfiquista, e do desporto feminino no Benfica e em Portugal.
:bow2: :bow2: