Nuno Saraiva (Judo)


Torgeir Bryn

Sem tapete forte, não há treino forte.
Sem treino forte, o tapete diminui o seu interesse para os atletas.

Bombastic

Infelizmente, à semelhança de um Diogo Carvalho no ténis de mesa, resulta difícil criticar o atleta que troca uma equipa com pouca competitividade, sem rumo nem ambição, para outra, campeã europeia, com muita competitividade interna e com pretensões em tornar-se num peso pesado da modalidade para muitos anos.

Para mim, esta saída é sobretudo um muito mau sinal no que diz respeito ao futuro da equipa masculina de judo. Se bem houve algumas iniciativas (a parceria com o Hajime para a formação, o desenvolvimento da equipa feminina e as apostas na Bárbara e na Rochele), tem sido feito pouco para tornar o judo encarnado num pilar do projeto olímpico, que ainda agora vê a sua sustentabilidade depender em demasia da única figura da Telma.

Neste contexto, a saída do Nuno é apenas a sanção da ausência de política desportiva para com esta secção (e mais particularmente a vertente masculina). Sendo assim, e por mais triste que seja, a escolha do atleta é apenas lógica de um ponto de vista desportivo. Urge reagir!!! Já será tarde demais para Tóquio, mas haverá outro ciclo para preparar e era bom prepará-lo já!