Virgilio Duque Vieira (Presidente da MAG)

Manel dos Anzois

Resolvi abrir este tópico face à responsabilidade que este senhor tem tido a seu cargo no Sport Lisboa e Benfica.

O texto que transcrevo em baixo, traduz aquilo que também penso. Honra ao seu autor.

"A expulsão de sócio é, talvez, a maior das punições possíveis que se pode dar a um consócio. Expulsar um sócio é tão somente renegá-lo, impedindo-o de viver o Benfica na sua plenitude. Expulsar um sócio é, num ato, mostrar que esse sócio não é Benfiquista. É dizer-lhe que não é um de nós. Como tal, a uma expulsão deve sempre estar associado um evento ou uma sucessão de eventos gravosos que afetem seriamente a nossa vivência coletiva enquanto Benfiquistas. Um exemplo claro: Vale e Azevedo, expulso em 2005 devido à sua danosa gestão.
Defendo a mesma receita para Virgílio Duque Vieira.
O agora ex-presidente da MAG era uma pessoa que já era pouco amada no seio Benfiquista, desde a famosa Assembleia Geral das buzinas. Para quem não se recorda, estávamos no final de 2017 quando Luís Nazaré se baldou a uma AG por causa de um evento político, sendo substituído por VDV. Essa AG acontecia pouco depois da humilhação em Basileia, por isso, naturalmente, o ambiente iria estar bastante crispado. Numa demonstração de completa falta de tato, a forma como VDV geriu esta AG foi desastrosa, espicaçando os Benfiquistas de forma completamente desnecessária e mostrando os seus tiques autoritários pela primeira vez. "Quem manda aqui sou eu".
Mas pronto, nesse dia, poder-se-ia argumentar que VDV apenas não tinha competência para o cargo. Não é crime ser-se incompetente. O mesmo não se pode dizer destas eleições. Luís Nazaré demitiu-se em Maio, pelo que Virgílio Vieira assumiu a MAG bem a tempo de preparar um ato eleitoral que honrasse os pergaminhos do Benfica. Contudo, nem foi isso que aconteceu, nem a incompetência de VDV o explica.
Após a última Assembleia Geral ordinária, em final de Setembro, ficou claro que VDV tinha uma determinada visão para as eleições que se avizinhavam. Todavia, de forma muito pertinente, as diversas listas colocaram algumas reservas ao método escolhido. Afinal de contas, um clube que teve a sua vida institucional completamente vasculhada devido a ataques informáticos não pode confiar nos seus próprios sistemas. Afinal de contas, uma democracia não é completa sem que haja exposição e/ou confronto de ideias. Et cetera. Foi por isso que as várias listas endereçaram uma carta ao presidente da MAG com sugestões e propostas para melhorar o ato eleitoral, propostas essas que seriam de fácil implementação e de baixo custo e, mais importante, dariam totais garantias de idoneidade ao ato eleitoral.
Em resposta, Virgílio Duque Vieira... mentiu. E não mentiu apenas em coisas menores nem em ocasiões singulares. Mentiu em pontos-chave e fê-lo repetida e constantemente.
1. Em Setembro, VDV veio em defesa do voto eletrónico, garantindo a fiabilidade e confidencialidade do mesmo, algo assegurado... pelos serviços informáticos do clube (os tais que se deixaram comer de cebolada no passado). No entanto, para tranquilizar as listas, iria permitir que cada uma delas pudesse indicar um técnico informático para monitorizar o processo. Esta foi a primeira mentira, pois tal não aconteceu.

2. Na carta que enviou aos sócios residentes fora de Portugal Continental, está escrito que o voto eletrónico foi validado e auditado pela Comissão Nacional de Eleições, algo que foi desmentido pela própria CNE.

3. «Para que não subsistam quaisquer dúvidas nos benfiquistas quanto à correção e seriedade na votação e nos resultados finais apurados, (...) irá ser acoplado (...) um equipamento que imprimirá em papel o número de votos e a candidatura votada». Em rigor, VDV aqui não mentiu, mas ignorou completamente os pedidos para contagem dos votos físicos. Assim, de forma premeditada, VDV levou a que subsistissem as dúvidas que supostamente queria combater.

4. VDV prometeu tempo de antena às listas na BTV. Não aconteceu.

5. O mais grave acabou por acontecer no dia das eleições. Às câmaras de televisão, muito perto do horário de fecho das votações, Virgílio Duque Vieira garantiu que as urnas seriam «fechadas e seladas na frente dos delegados das candidaturas e transportadas por uma empresa de transporte de valores que as vai guardar por seis meses». No fim, nem as urnas foram seladas (sim, porque um autocolante não sela coisa nenhuma), nem foram transportadas por uma empresa de transporte de valores. O absurdo da coisa foi ver as urnas serem transportadas na bagageira de carros pessoais, algo digno de eleições no Zimbábue. Ah, e a tal empresa de transporte de valores foi, na realidade, a REISSWOLF, uma empresa especializada em destruição de arquivos, ou seja, fica bem claro que o objetivo foi impedir por todos os modos a recontagem dos votos.
As eleições deviam ser o apogeu da vida democrática do Benfica. Deviam ser, portanto, aquele momento em que o Benfica mostra ao mundo o que é ser um exemplo. Foi assim nos tempos do Estado Novo, em que o Benfica era uma democracia em tempos de repressão. Era então responsabilidade dos organizadores zelar por um ato limpo e livre de qualquer suspeita. Não foi isso que Virgílio Duque Vieira fez, e não foi por incompetência. VDV não se limitou a inclinar o campo em favor de um candidato, nem tão pouco a tomar decisões autoritárias sem direito a contraditório, o que por si só já seria um péssimo trabalho. Pior que isso, VDV mentiu às várias listas, fez promessas que nunca equacionou cumprir. Prestou, enfim, um péssimo serviço aos Benfiquistas e ao Benfica.
As mentiras, omissões e falsas promessas de Virgílio Duque Vieira não foram somente algo que prejudicou o ato eleitoral. Foram um desrespeito enorme pelos milhares de sócios que, num dia útil em plena pandemia, merecia um ato eleitoral inquestionável. Foram um escarro autêntico a vários grupos de sócios que, por acharem que conseguiriam melhorar o Benfica, despenderam muito tempo e recursos numa candidatura. Foram uma mancha na imagem do Benfica para o exterior, pois ficou à vista o quão pouco democrático é o clube hoje em dia. Assim, e correndo o risco de poder estar a ser excessivo na minha opinião, defendo que seja proposta e discutida a expulsão de Virgílio Duque Vieira como sócio, pelo péssimo exemplo que deu enquanto Benfiquista."

Texto extraido da página "O Benfiquista Crítico".

Kurt Cobain 10

Citação de: Manel dos Anzois em 01 de Novembro de 2020, 13:19
Resolvi abrir este tópico face à responsabilidade que este senhor tem tido a seu cargo no Sport Lisboa e Benfica.

O texto que transcrevo em baixo, traduz aquilo que também penso. Honta ao seu autir.

"A expulsão de sócio é, talvez, a maior das punições possíveis que se pode dar a um consócio. Expulsar um sócio é tão somente renegá-lo, impedindo-o de viver o Benfica na sua plenitude. Expulsar um sócio é, num ato, mostrar que esse sócio não é Benfiquista. É dizer-lhe que não é um de nós. Como tal, a uma expulsão deve sempre estar associado um evento ou uma sucessão de eventos gravosos que afetem seriamente a nossa vivência coletiva enquanto Benfiquistas. Um exemplo claro: Vale e Azevedo, expulso em 2005 devido à sua danosa gestão.
Defendo a mesma receita para Virgílio Duque Vieira.
O agora ex-presidente da MAG era uma pessoa que já era pouco amada no seio Benfiquista, desde a famosa Assembleia Geral das buzinas. Para quem não se recorda, estávamos no final de 2017 quando Luís Nazaré se baldou a uma AG por causa de um evento político, sendo substituído por VDV. Essa AG acontecia pouco depois da humilhação em Basileia, por isso, naturalmente, o ambiente iria estar bastante crispado. Numa demonstração de completa falta de tato, a forma como VDV geriu esta AG foi desastrosa, espicaçando os Benfiquistas de forma completamente desnecessária e mostrando os seus tiques autoritários pela primeira vez. "Quem manda aqui sou eu".
Mas pronto, nesse dia, poder-se-ia argumentar que VDV apenas não tinha competência para o cargo. Não é crime ser-se incompetente. O mesmo não se pode dizer destas eleições. Luís Nazaré demitiu-se em Maio, pelo que Virgílio Vieira assumiu a MAG bem a tempo de preparar um ato eleitoral que honrasse os pergaminhos do Benfica. Contudo, nem foi isso que aconteceu, nem a incompetência de VDV o explica.
Após a última Assembleia Geral ordinária, em final de Setembro, ficou claro que VDV tinha uma determinada visão para as eleições que se avizinhavam. Todavia, de forma muito pertinente, as diversas listas colocaram algumas reservas ao método escolhido. Afinal de contas, um clube que teve a sua vida institucional completamente vasculhada devido a ataques informáticos não pode confiar nos seus próprios sistemas. Afinal de contas, uma democracia não é completa sem que haja exposição e/ou confronto de ideias. Et cetera. Foi por isso que as várias listas endereçaram uma carta ao presidente da MAG com sugestões e propostas para melhorar o ato eleitoral, propostas essas que seriam de fácil implementação e de baixo custo e, mais importante, dariam totais garantias de idoneidade ao ato eleitoral.
Em resposta, Virgílio Duque Vieira... mentiu. E não mentiu apenas em coisas menores nem em ocasiões singulares. Mentiu em pontos-chave e fê-lo repetida e constantemente.
1. Em Setembro, VDV veio em defesa do voto eletrónico, garantindo a fiabilidade e confidencialidade do mesmo, algo assegurado... pelos serviços informáticos do clube (os tais que se deixaram comer de cebolada no passado). No entanto, para tranquilizar as listas, iria permitir que cada uma delas pudesse indicar um técnico informático para monitorizar o processo. Esta foi a primeira mentira, pois tal não aconteceu.

2. Na carta que enviou aos sócios residentes fora de Portugal Continental, está escrito que o voto eletrónico foi validado e auditado pela Comissão Nacional de Eleições, algo que foi desmentido pela própria CNE.

3. «Para que não subsistam quaisquer dúvidas nos benfiquistas quanto à correção e seriedade na votação e nos resultados finais apurados, (...) irá ser acoplado (...) um equipamento que imprimirá em papel o número de votos e a candidatura votada». Em rigor, VDV aqui não mentiu, mas ignorou completamente os pedidos para contagem dos votos físicos. Assim, de forma premeditada, VDV levou a que subsistissem as dúvidas que supostamente queria combater.

4. VDV prometeu tempo de antena às listas na BTV. Não aconteceu.

5. O mais grave acabou por acontecer no dia das eleições. Às câmaras de televisão, muito perto do horário de fecho das votações, Virgílio Duque Vieira garantiu que as urnas seriam «fechadas e seladas na frente dos delegados das candidaturas e transportadas por uma empresa de transporte de valores que as vai guardar por seis meses». No fim, nem as urnas foram seladas (sim, porque um autocolante não sela coisa nenhuma), nem foram transportadas por uma empresa de transporte de valores. O absurdo da coisa foi ver as urnas serem transportadas na bagageira de carros pessoais, algo digno de eleições no Zimbábue. Ah, e a tal empresa de transporte de valores foi, na realidade, a REISSWOLF, uma empresa especializada em destruição de arquivos, ou seja, fica bem claro que o objetivo foi impedir por todos os modos a recontagem dos votos.
As eleições deviam ser o apogeu da vida democrática do Benfica. Deviam ser, portanto, aquele momento em que o Benfica mostra ao mundo o que é ser um exemplo. Foi assim nos tempos do Estado Novo, em que o Benfica era uma democracia em tempos de repressão. Era então responsabilidade dos organizadores zelar por um ato limpo e livre de qualquer suspeita. Não foi isso que Virgílio Duque Vieira fez, e não foi por incompetência. VDV não se limitou a inclinar o campo em favor de um candidato, nem tão pouco a tomar decisões autoritárias sem direito a contraditório, o que por si só já seria um péssimo trabalho. Pior que isso, VDV mentiu às várias listas, fez promessas que nunca equacionou cumprir. Prestou, enfim, um péssimo serviço aos Benfiquistas e ao Benfica.
As mentiras, omissões e falsas promessas de Virgílio Duque Vieira não foram somente algo que prejudicou o ato eleitoral. Foram um desrespeito enorme pelos milhares de sócios que, num dia útil em plena pandemia, merecia um ato eleitoral inquestionável. Foram um escarro autêntico a vários grupos de sócios que, por acharem que conseguiriam melhorar o Benfica, despenderam muito tempo e recursos numa candidatura. Foram uma mancha na imagem do Benfica para o exterior, pois ficou à vista o quão pouco democrático é o clube hoje em dia. Assim, e correndo o risco de poder estar a ser excessivo na minha opinião, defendo que seja proposta e discutida a expulsão de Virgílio Duque Vieira como sócio, pelo péssimo exemplo que deu enquanto Benfiquista."

Texto extraido da página "O Benfiquista Crítico".
Já não é . Agora o PMAG é o Rui Pereira.

Kyoto

mau timing. nunca foi presidente da mag. foi presidente da MAG EM SUBSTITUIÇÃO.

e ja foi subsituito pelo Rui Pereira, ex-ministro da administração interna

Hocuspocus

A história do Benfica ficou manchada de forma irreversível e o grande responsável por este atropelo aos valores e grandeza do Benfica foi esta personagem. Não há lugar para gente desta no Benfica.

Manel dos Anzois

#4
Penso que não reune condições para continuar a ser sócio do Sport Lisboa e Benfica.

Péssimo desempenho ao longo dos tempos, cuja memória me transporta aos tempos da buzina e ao episódio da "cadeirada" que originou nessa fatidica AG.

Alexandre1976

Prepotente de merda. Servidor do orelhismo. Expulsão de sócio é pouco.

nog_ofloda


Trapattoni


merlin

Citação de: Manel dos Anzois em 01 de Novembro de 2020, 15:01
Penso que não reune condições para continuar a ser sócio do Sport Lisboa e Benfica.

Péssimo desempenho ao longo dos tempos, cuja memória me transporta aos tempos da buzina e ao episódio da "cadeirada" que originou nessa fatidica AG.

Deviamos mesmo, enquato socios, entrar um pedido para a sua expulsão, nunca defendeu o Benfica.
E o Benfica não quer pessoas como ele.


Ned Kelly

Tocador de buzina, advogado tardio, aldrabão.

O meu reino por uma cadeira certeira!

vieirah1904

A qualquer dia e a qualquer hora que marquem uma AG para votar a expulsão deste aldrabão e corrupto, lá estarei para com os meus votos o atirar para fora do clube.

pirolito1

Uma das piores personagens da história do Sport Lisboa e Benfica.


CitriC

Lol isto é anedótico.

Querem expulsar o homem por causa das buzinas ?

Se o que o homem fez foi uma palhaçada a expulsão seria outra palhaçada.


Bem agora o PMAG é o Rui Pereira. Que honre os pergaminhos do Clube