António Leitão (Atletismo)

pcssousa



Nome: ANTÓNIO Carlos Carvalho Nogueira LEITÃO
Data de Nascimento: 22 de Junho de 1960
Naturalidade: Espinho
Modalidade: Atletismo
Temporadas em que representou o Benfica: De 1980 a 1992
Palmarés: Colectivo:
                     7 vezes Campeão Nacional de pista por equipas (80, 82, 83, 84, 86, 89, 90) - Todos pelo Benfica
                     Penta campeão europeu de estrada por equipas (88, 89, 90, 91 e 92) - Todos pelo Benfica
                     2 vezes Campeão nacional de corta-mato por equipas (81 e 90) - Benfica
                     Campeão Nacional de estrada por equipas - 1991
                     3º Lugar na Taça dos Clubes campeões de corta-mato por equipas - Benfica - 1990
                     4º Lugar na Taça dos Clubes campeões europeus de pista por equipas - 1983 - Benfica
                     3º Lugar por equipas no Mundial de Corta-Mato (Nova York, 1984) - Selecção nacional
             
                  Individual:
                     Medalha de Bronze Olímpica, nos 5000 m (L.A. 1984)
                     Medalha de Bronze nos 5000m no campeonato europeu de juniores  de 1979 -Bydogoszcz
                      4º Lugar nos 3000 m dos campeonatos Mundiais de pista coberta de 1985 - Paris (Prova Ganha pelo nosso João Campos que se sagrou Campeão Mundial)
                      5º Lugar nos 5000 m no Europeude Estugarda - 1986
                      Várias vezes campeão Nacional dos 5 mil, 3 mil e 3mil m obstáculos

António Leitão foi o primeiro desportista Benfiquista a conquistar uma medalha Olímpica e logo numa das mais mediáticas provas, os 5000 m de pista em atletismo, sendo o 2º português de sempre medalhado em provas de pista na modalidade de atletismo. Este Espinhense, começou a praticar Atletismo no Sporting local, onde se evidenciou como corredor dos 3000 m planos e 5000 m, tendo inclusivé ganho uma medalha de bronze no europeu junior de 1979.
Acabou por se transferir para o Benfica, onde logo em 1980 se sagrou campeão nacional e regional por equipas em pista. Logo depois, em 1981 se sagrou campeão nacional absoluto de 5000m numa altura em que tinha que competir com Carlos Lopes. Acabou por ganhar 10 titulos nacionais por equipas com a camisola do Benfica repartidos pela pista (ar livre), corta-mato e estrada e 5 taças dos clubes campeões europeus, onde juntamente com António Pinto, José Regalo, João Campos e Juvenal Ribeiro!
O seu maior feito foi a tão falada medalha de bronze Olímpica, mas teve boas participações em campeonatos Mundiais de pista-coberta - 4º nos 3000 m de 1985 em Paris, prova onde o também Benfiquistas João Campos se sagrou campeão Mundial, Europeus ao ar livre - 5º nos 5000 m de Estugarda em 1986 ou em corta-mato, onde ajudou a selecção nacional portuguesa a trazer a medalha de bronze colectiva para o nosso país - Nova York, 1984, naquela que foi a 1ª medalha colectiva de sempre de uma selecção portuguesa de atletismo, onde também teve a companhia do Benfiquista João Campos, de Carlos Lopes, Fernado Mamede, Ezequiel Canário e Joaquim Pinheiro.
Foi recordista nacional dos 1500, 3000 obstáculos e 5000 m, e ainda hoje é o recordista nacional dos 3000 m, com 7.39,69 em Bruxelas no longuinquo ano de 1983.
Acabou por abandonar o atletismo em 1983, vitima de doença genética que ainda hoje o impede de correr...
Um Imortal do Benfica e do Desporto Português!

JNF

Vi ontem a reportagem na SIC. De facto, um IMORTAL, apesar de poucos o conhecerem.

joaonunes

Ontem deu na SIC uma reportagem com ele.

Impressionante a marca que fez em 1982 e ainda perdura como recorde nacional. Sem dúvida um dos melhores portugueses de sempre, no entanto, ficou sempre o amargo de boca por falhar muitas vezes nos momentos decisivos.

É em conjunto com Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro, Neson Evora, Manuela Machado, Rui Silva, Obikwelu, Naide Gomes (entre outros) um dos imortais do atletismo português.

Bola7

peredu a prata pro dopado do Markus Rifel ou coisa...

pcssousa

Citação de: Bola7 em 24 de Maio de 2010, 16:12
peredu a prata pro dopado do Markus Rifel ou coisa...
É bem verdade, se fosse hoje tinha sido vice-campeão Olímpico, assim como o Lopes tinha sido campeão em 76, ao que se diz o finlandês que ganhoui os 10000m de Montreal 76 estava mesmo dopado...

José Henriques

#5
Citação de: pcssousa em 24 de Maio de 2010, 17:37
Citação de: Bola7 em 24 de Maio de 2010, 16:12
peredu a prata pro dopado do Markus Rifel ou coisa...
É bem verdade, se fosse hoje tinha sido vice-campeão Olímpico, assim como o Lopes tinha sido campeão em 76, ao que se diz o finlandês que ganhoui os 10000m de Montreal 76 estava mesmo dopado...


O Lasse Viren (o finlandês que venceu o Lopes), tinha feito uma forma de dopagem, que na época (1976) não era ainda proibida! Era o «doping sanguineo», que consiste em retirar algum sangue do atleta, umas 3 semanas antes da competição, o que vai obrigar o organismo a produzir mais glóbulos vermelhos de forma a reequilibrar o número destes. Mais perto da data da competição, esse sangue que tinha sido retirado (e que fora congelado em condiçoes especificas, para ser conservado), volta a ser administrado ao atleta, o que traz um aumento exponencial dos tais glóbulos vermelhos. Com esse aumento há um acréscimo de transporte de oxigéneo aos musculos, que produz uma clara melhoria de rendimento.
Durante muito tempo, isto foi uma forma licita de melhorar a performance fisica, e só mais tarde passou a ser proibido. A eritropoeitina, veio substituir esta forma de dopagem e com vantagens, alguns anos mais tarde.

Já o gajo que venceu o Leitão, foi diferente, porque usou uma substância especifica, e teria sido mais fácil retirarem-lhe a medalha, por ser uma forma de dopagem menos subtil que a do Viren! A urina no controle acusou mesmo alguma coisa, ao passo que no caso do doping sanguineo, nunca existe uma prova concludente.


Bola7

Citação de: José Henriques em 24 de Maio de 2010, 19:10
Citação de: pcssousa em 24 de Maio de 2010, 17:37
Citação de: Bola7 em 24 de Maio de 2010, 16:12
peredu a prata pro dopado do Markus Rifel ou coisa...
É bem verdade, se fosse hoje tinha sido vice-campeão Olímpico, assim como o Lopes tinha sido campeão em 76, ao que se diz o finlandês que ganhoui os 10000m de Montreal 76 estava mesmo dopado...


O Lasse Viren (o finlandês que venceu o Lopes), tinha feito uma forma de dopagem, que na época (1976) não era ainda proibida! Era o «doping sanguineo», que consiste em retirar algum sangue do atleta, umas 3 semanas antes da competição, o que vai obrigar o organismo a produzir mais glóbulos vermelhos de forma a reequilibrar o número destes. Mais perto da data da competição, esse sangue que tinha sido retirado (e que fora congelado em condiçoes especificas, para ser conservado), volta a ser administrado ao atleta, o que traz um aumento exponencial dos tais glóbulos vermelhos. Com esse aumento há um acréscimo de transporte de oxigéneo aos musculos, que produz uma clara melhoria de rendimento.
Durante muito tempo, isto foi uma forma licita de melhorar a performance fisica, e só mais tarde passou a ser proibido. A eritropoeitina, veio substituir esta forma de dopagem e com vantagens, alguns anos mais tarde.

Já o gajo que venceu o Leitão, foi diferente, porque usou uma substância especifica, e teria sido mais fácil retirarem-lhe a medalha, por ser uma forma de dopagem menos subtil que a do Viren! A urina no controle acusou mesmo alguma coisa, ao passo que no caso do doping sanguineo, nunca existe uma prova concludente.
O0


Messi87

Internado no Hospital de Santo António
António Leitão confiante na recuperação: "Sinto-me bem"

António Leitão, antigo atleta do Sport Lisboa e Benfica e medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Los Angeles de 1984, encontra-se internado no Hospital de Santo António, no Porto, com um problema de saúde relacionado com um pulmão.

Contactado esta segunda-feira pelo Site Oficial, António Leitão, de 51 anos, mostrou-se confiante no seu processo de recuperação. "São situações em que não se pode carregar no botão e ficar logo tudo resolvido, mas sinto-me bem. A recuperação está decorrer dentro dos possíveis e os benfiquistas podem ficar descansados", afirmou o ex-atleta do Clube.

http://aovivo.slbenfica.pt/Noticias/DetalhedeNoticia/tabid/790/ArticleId/21353/language/pt-PT/Antonio-Leitao-confiante-na-recuperacao-Sinto-me-bem.aspx

Eddie_


faneca_slb4ever


Messi87

António Leitão nos cuidados intensivos

António Leitão, medalha de bronze nos 5000 m nos Jogos Olímpicos de Los Angeles'1984, está nos cuidados intensivos do Hospital de S. António. O ex-atleta foi internado há cerca de um mês com problemas de ordem respiratória, após uma fratura de três costelas, mas o seu estado agravou-se nos últimos dias, tendo agora as visitas limitadas à família mais chegada. Embora não haja um diagnóstico oficial, O JOGO apurou que Leitão poderá necessitar de um transplante de fígado, pois é sabido que padece de hemocromatose e diabetes.

http://www.ojogo.pt/28-75/artigo976489.asp

Messi87

#13
Aos 51 anos
Faleceu António Leitão

Faleceu este domingo, dia 18 de Março, António Leitão, antigo atleta do Sport Lisboa e Benfica. Este é um dia de luto para o atletismo e para o desporto português. Aos seus familiares e amigos, o Clube endereça as mais sentidas condolências.

António Carlos de Carvalho Nogueira Leitão nasceu na cidade de Espinho, em 22 de Julho de 1960. Para o atletismo tudo começou na escola, onde se destacava nas corridas entre os inúmeros jovens.

Daí a representar o Sporting local foi um pequeno passo, iniciando-se em finais de 1976 no NASCE - Núcleo dos Amigos do Sporting Clube de Espinho. No ano seguinte com 16 anos já estava filiado e a conquistar o campeonato nacional de Juvenis, em corta-mato (1977), seguindo-se o de Juniores, em 1978 e 1979. Também em pista fez valer a sua classe: em 1977, campeão nacional de Juvenis, em 1500 metros e 3000 metros e de Juniores em 5000 metros; em 1978 campeão nacional de Juvenis, em 5000 metros; em 1979, campeão nacional de Juniores, em 3000 metros; e em 1981 campeão de Portugal, em 5000 metros e 3000 metros obstáculos.

Em finais de 1981, após cinco temporadas no SC Espinho ingressa no Benfica.

RECORDISTA NACIONAL NA LÉGUA
Em 1982, logo no 1.º ano a representar o Benfica, conseguiu uma proeza de grande qualidade. Em Rieti, na Itália estabeleceu o recorde nacional dos 5000 metros em 13.07,70, melhorando em 6,90 segundos a anterior marca. Ficou com o 4.º melhor tempo mundial de sempre. Este recorde nacional apenas foi batido em 4,84 segundos pela marca actual, em 1998. Por isso ainda é a segunda melhor marca nacional de sempre. E já lá vão 24 anos!

BRILHAR EM VERONA
No ano seguinte (1983), voltou a conseguir em Itália um excelente resultado, desta vez em Verona. Na IX Taça dos Clubes Campeões Europeus em Atletismo correu os 5000 metros em 13.29,90 estabelecendo o recorde da Taça, que só seria melhorado por 2,03 segundos sete anos depois, em 1990! Revelava mais uma vez a sua capacidade espantosa de surpreender. Quando conseguia sentir-se confiante era praticamente imbatível, podendo conseguir marcas impensáveis!

INESQUECÍVEL 1984
Sempre em crescendo, foi em 1984 que conseguiu o feito mais importante da sua carreira e o contributo mais brilhante de um atleta do "Glorioso" para a representação nacional em Jogos Olímpicos. Em Los Angeles obteve a medalha de bronze, após o 3.º lugar, em 13.09,20 (2.ª melhor marca nacional) numa corrida de 5000 metros de grande nível, uma das melhores de sempre em Jogos Olímpicos! Foi um ano repleto de sucessos, batendo o recorde nacional dos 3000 metros obstáculos e melhorando o da Dupla Milha. Ficou assim na posse simultânea de quatro recordes nacionais, pois já era detentor das melhores marcas nacionais em 5000 metros e na Dupla Milha (ambos desde 1982) e de 3000 metros (desde 1983). Em 1984 sagrou-se ainda campeão regional nos 5000 metros. No ano seguinte (1985) venceu o Regional nos 3000 metros obstáculos.

TUDO OU NADA...
Após tão extraordinários resultados, contando apenas 24 anos, muito se esperava das suas prestações futuras. No entanto poucas vezes conseguiria aproximar-se daquilo que já obtivera. Se até meados dos anos 80 foi um dos atletas mais regulares (mesmo a nível mundial), os últimos anos da sua carreira ficaram marcados pela irregularidade. Em breve, aos problemas físicos resultantes de frequentes lesões, adicionaram-se as dificuldades psicológicas, o que num atleta de alta competição se torna devastador. Passou a "querer mais do que a correr bem" - lutava e não rendia, sentia o valor e não conseguia marcas razoáveis. Esta espiral de descrédito interior - deixar de acreditar – nem permitiu a sua evolução para distâncias mais extensas - 10 000 metros e maratona. Tinha a particularidade de conseguir melhores resultados no estrangeiro que em Portugal. Para além das corridas que venceu no exterior, bateu por cinco vezes recordes nacionais, com quatro a serem obtidos fora de Portugal: 5000 metros (1982 em Rieti), Dupla Milha (1982 e 1984 ambos em Londres) e 3000 metros (1983 em Bruxelas). Mesmo o único recorde nacional batido em território português foi obtido, face a alguns dos melhores especialistas mundiais, numa competição internacional, nos 3000 metros obstáculos disputados no Estádio Nacional, na Westtathletic (com atletas de oito países europeus), em 1984.

EM TODOS OS TERRENOS
Conquistou grandes triunfos em pista, corta-mato e estrada. Na Estafeta Cascais-Lisboa fez parte dos dois quartetos que em 1982 e 1983 conquistaram esta "clássica". Venceu três Corridas de S. Silvestre – no Porto (1982), Amadora (1984) e Madrid (1986). No corta-mato sagrou-se campeão regional em 1989, contribuindo decisivamente para três títulos colectivos, em 1984, 1988 e 1989. Venceu em dois anos consecutivos (1985 e 1986) o Crosse Internacional das Amendoeiras em Flor. Em pista fez parte das grandes equipas que dominaram o atletismo português durante um decénio, contribuindo colectivamente para quatro títulos regionais (em 1982, 1984/85 e 1989) e também para quatro Nacionais (em 1982/83/84 e 1986).

Com orgulho benfiquista foi agraciado com a Medalha de Honra em Assempleia Geral (1985).

ADEUS ATLETISMO
A incapacidade em ultrapassar as dificuldades, num atleta com grandes potencialidades, mas incapaz de lutar quando sentia que dificilmente podia vencer, levou-o a abandonar a prática desportiva em 1991. Ficou sempre a ideia que se perdera um fundista que poderia ter reescrito a história do atletismo português, bem diferente da actual! Fica a recordação de mesmo sem beneficiar do forte apoio federativo que era canalizado para outros atletas do meio-fundo português, ter conseguido proezas inesquecíveis. Ainda é na actualidade o recordista nacional nos 3000 metros (desde 1983) e nas duas milhas (desde 1982, mas melhorada em 1984), respectivamente há 23 e 24 anos! Aos 31 anos, deixava o atletismo benfiquista após dez anos de ligação ao Clube.

http://aovivo.slbenfica.pt/Noticias/DetalhedeNoticia/tabid/790/ArticleId/21843/language/pt-PT/Faleceu-Antonio-leitao.aspx

Messi87