Carlos Mozer

Defesa, 63 anos,
Brasil
Equipa Principal: 5 épocas (1987-1989, 1992-1995), 160 jogos (14147 minutos), 14 golos

Títulos: Campeonato Nacional (2), Taça de Portugal (1)

pcssousa

Citação de: Pleasure_+_Pain em 03 de Dezembro de 2007, 23:00
Vídeo do Mozer no programa "Futebol de Salto Alto" disponível em:

http://www.slb-em-video.blogspot.com/


O nosso ex-central conta algumas histórias sobre a sua passagem pelo Benfica.

Sabiam que ele esteve para vir para o FCP antes de ser contratado pelo Benfica?


Seria uma pena se tivesse vindo para os porkos...

Nicolau

Citação de: Pleasure_+_Pain em 03 de Dezembro de 2007, 23:00
Vídeo do Mozer no programa "Futebol de Salto Alto" disponível em:

http://www.slb-em-video.blogspot.com/


O nosso ex-central conta algumas histórias sobre a sua passagem pelo Benfica.

Sabiam que ele esteve para vir para o FCP antes de ser contratado pelo Benfica?




Sabia.
Que bem que o Gaspar Ramos comeu os porcos neste negócio  :bow2:

LR1904

Este texto vai mostrar a Grandeza do Benfica!! O quanto grande nós somos e de como todo o mundo se apercebe disso... BENFIIIIICA!!! amo-te

leiam até ao fim sff, até me arrepio todo ao ler isto



Saudações benfiquistas,
Mozer, em "Pela Mística Dentro"

"É preciso sair do país para enxergar o prestigio e o tamanhão do Benfica em todo o mundo. Estive três anos em frança, no Marselha, joguei num estádio fantástico, o Vélodrome, convivi com grande jogadores como Papin e Waddle, mas o Benfica estará sempre no meu pensamento.

Os meus companheiros de equipa não percebiam muito o meu entusiasmo pelo clube, já que sabiam pouco do futebol português, embora reconhecendo o tremendo historial do Benfica.

Durante os primeiros tempos tive de aturar os comentários de Papin, logo desde o inicio, sempre que jogávamos em casa.

Uns dias antes de cada jogo, o Papin chegava para mim e me dizia: "Mozer, vais ver o que é um estádio cheio e um ambiente terrível."

Terrível para os outros. Não sei se o se o Papin dizia isso para me intimidar, já que era novo no clube e não percebia muito daquela conversa.

Mas para mim, sempre pensava: "Este cara precisava de jogar no Maracanã ou no Estádio da Luz, cheios." Era o que eu pensava.


Até que, na taça dos campeões, nas meias-finais, o Benfica calhou no caminho do Marselha. Fiquei, ao início, desgostoso, porque ia defrontar o meu Benfica, o clube que os meus companheiros sabiam que eu adorava. Me lembro de Sauzée, o meu zagueiro do lado me ter perguntado: "Você vai estar em condições de jogar contra o Benfica?" Aí, senti que beliscavam o meu profissionalismo. Nos dois, jogos joguei a duzentos por cento.

Depois do primeiro jogo, em Marselha, uns dias antes de jogarmos na Luz, virei para o Papin e lhe perguntei: " Papin, voçê quer mesmo ver o que é um estádio cheio, com 120 mil a gritar todos para o mesmo lado?" Engraçada a reacção do Papin: "Voçê, está querendo me meter medo, Mozer?" Não estava não e por isso lhe disse para esperar para ver. E já agora, tremer. Pois bem, chegou o dia, chegámos no estádio da Luz e fomos logo indo para os balneários. Muitos risos, muita convicção de que íamos jogar a final da Copa dos Campeões. Lembro até que Tapie disse aos jornalistas franceses que lhe podiam chamar de Bernardette se o Marselha perdesse a eliminatória.

Antes de subirmos ao relvado, para o aquecimento, Papin ainda troçou de mim, dizendo que estava já "tremendo de medo". E ria-se bastante.


Os jogadores foram saindo do balneário e eu atrasei um pouco, porque estava colocando uma ligadura no tornozelo. Quandio cheguei perto do túnel de acesso ao estádio, começo a ver os meus companheiros, compeletamente assustados e todos do lado de dentro, não querendo entrar. Só depois percebi que, nessa altura o Eusébio foi chamado ao relvado para receber uma homenagem e foi aí que o estádio quase vinha abaixo. Logo no momento em que os meus companheiros do Marselha se preparavam para entrar. Claro que voltaram atrás assustados e me perguntado: "O que era aquilo?".

Aquilo respondi eu, é o INFERNO DA LUZ. Aí todos me começaram a me dizer para ser eu o primeiro a avançar, subi as escadas, entrei no relvado, não fui mal recebido e quando olhei para trás, estava sózinho.

Espreitando, à saida da escadaria estavam alguns dos meus companheiros do marselha, ainda com um olhar de medo e só nessa altura começaram a entrar. No regresso às cabinas, perguntei a Papin: "Já sabes agora o que é um estádio cheio e um grande ambiente?" A resposta, nunca mais a esqueci: "Mozer, nunca vi uma coisa destas. Tudo isto é incrível. Sempre tiveste razão, o Benfica é ENORME!"

Naquela noite, o Marselha perdeu, fiquei triste mas senti orgulho pelo Benfica. E já agora, naquele balneário, fui o único a ter uma vitória.

Foi uma vitória moral, sobre aqueles que não acreditavam na grandeza do Benfica."

José Carlos Mozer

kramxel²

Isso já é mais velho que o Pai Natal....


Uma excelente história sem dúvida!

iloy

grande émoçao e tantas saudades tenho deste tempo.

Benfic@

É um texto bonito mas já muito batido! Queremos continuar a escrever o nome do Benfica na história das conquistas já esta época. Mas, para isso, ainda tem que ser feitas várias contratações e esperar que os míudos do ano passado rendam mais este ano.  :metal:

taurus10

Arrepiante!!!! É por isso que somos os MAIORES!!!!!!  :slb2:

CelsoMedeiros

bahhhhhhhhhhh behhh bihhhh bohhhh buHHHHHHHHHHH

rag

Se ganhasse 10 euros por cada vez que já meteram aqui esta história... Comprava o Saviola, oferecia-o ao Benfica e ainda sobrava algum para correr com o Makukula e com o Maxi!!!!!!!!!!!!!!!!!1

Mas é sempre um prazer rele-la!!!!

adorotemoreira

é arrepiante... isto é o benfica :slb2:

Paulo Silva

E agora temos que gramar com centrais como Edcarlos!

slbenfica_croft

do Sr Mozer, so o episodio do controlo positivo é k não gosto...

de resto absoluta classe...

Shoky

Citação de: Di Nes em 19 de Outubro de 2007, 11:49
O que o levou a aceitar este convite do Interclubes de Angola?

Este convite surgiu pouco depois de ter decidido ingressar definitivamente na carreira de treinador. Uma semana antes do convite fui inclusivamente a Paris falar com alguns amigos sobre essa decisão e é nessa altura que me telefona o agente FIFA Paulo Teixeira a propor este trabalho em África.

Tem contrato por mais um ano com o Interclubes. Gostaria de ficar mais tempo?

Assinei por dois anos e costumo cumprir os contratos que assino. É evidente que tenho que olhar para eventuais convites que sejam benéficos para todas as partes mas, neste momento, penso ficar mais uma época.

Tem boas condições de trabalho?

Tenho as melhores condições dos clubes de Angola. Boas infra-estruturas, temos um campo próprio, e, dentro do possível, água para tomar banho.

Esteve alguns anos afastado do futebol, tirando uma breve passagem pelo Benfica como adjunto de José Mourinho. Foi uma opção?

Não foi opção. Só quando se deixa de jogar é que se percebe o que o futebol representa para nós. Mas a verdade é que os convites não apareceram. Com o passar dos anos e quando ninguém nos solicita é muito difícil aguentar.

Esta decisão de lutar por uma carreira de treinador é voltar dez anos atrás?

É isso mesmo. Estou dez anos mais novo e superfeliz. Posso até entrar para o Guinness como o primeiro treinador a conquistar um título de campeão no seu primeiro ano de trabalho.

Joga-se futebol de qualidade em Angola?

Este ano as coisas estão a correr a da melhor maneira. É unânime que se trata do campeonato mais disputado de sempre. O Petra e o 1.º de Agosto foram sempre os candidatos indiscutíveis. Este ano, o meu clube meteu-se na disputa. De tal forma que é um caso inédito que até à semana passada ninguém nos dava como potencial candidato ao título.

Fala-se muito de arbitragem em Angola?

Há muitas discussões, muitas quezílias. É um tema que comento pouco porque sei que é difícil dirigir um jogo de futebol.

Com Ricardo Gomes, fez uma dupla de centrais considerada, a determinada altura, a melhor do mundo. Foi também a melhor de sempre do Benfica?

É muito bom ser uma referência do Benfica e estar nesse pedestal, à altura dos melhores centrais do clube. Estamos à altura dos melhores.

Tinha um entendimento total com Ricardo Gomes. Como é que se chega a essa perfeição?

É importante que a dupla se complete. Eu e o Ricardo tínhamos noção dos nossos pontos fortes e dos fracos, conversávamos muito sobre isso. Sabia que ele era muito bom no um contra um e ele sabia que eu era mais rápido, mais veloz. Por isso, se o atacante fosse um jogador mais tecnicista, avançava ele. Se fosse um avançado rápido, entrava eu.

Jogaram em Portugal vários brasileiros de selecção. Há hoje menos qualidade nos jogadores que importamos?

Não se trata tanto de falta de qualidade mas de falta de trabalho. É errado pensar que é fácil jogar em Portugal. Devo dizer que é um dos campeonatos mais difíceis. Há muito boa capacidade física e uma pressão permanente. Com pouco trabalho é impossível a um jogador brasileiro - habituado a uma marcação mais suave e a um jogo mais lento - adaptar-se. Os de hoje não são piores mas trabalham um pouco menos.

Há 15 ou 20 anos não se colocava a questão da nacionalidade dos brasileiros nem a selecção portuguesa era apetecível...

Esse problema nunca se me colocou porque tive a sorte de ter sido, de 1983 até 1994, titular da convocatória da selecção brasileira. Nunca tive vontade de representar outro país e nunca tive olhos para outra selecção.

Tem um filho que joga no Benfica, o Daniel Mozer. Preferia vê-lo com a camisola de Portugal ou com a do Brasil?

Preferia que ele fosse feliz. Tenho um carinho muito especial por Portugal, vivo em Portugal há 20 anos, e não ficaria chocado com qualquer que fosse a escolha dele.

Ele vai ser ainda melhor do que o pai?

Essas comparações são injustas. Quero muito que ele possa ser melhor do que o pai e tem tudo para ser melhor do que o pai.

Pepe, um dos brasileiros da selecção portuguesa, poderá atingir o nível que você atingiu?

Tem condições para isso, como tem o Diogo Luís. Este jovem jogador do Benfica mostra um enorme potencial. O Pepe vai crescer muito e isso será visível a muito curto prazo.

Temos algum central melhor que Ricardo Carvalho?

Ainda não vi melhor. Gosto muito do Bruno Alves, tem um potencial incrível, trabalha muito bem com as duas pernas, digo até que está muito perto de ser um central perfeito. De vez em quando perde o controle e exagera um bocadinho em agressividade, problema que resolverá com a experiência. Mas como Ricardo Carvalho ainda não vi.

Revê-se em algum deles?

Ricardo Carvalho tem muitas coisas parecidas comigo.

Falta-lhe alguma coisa para ser como você?

Só se for um palmo de altura, porque como jogador de futebol não lhe falta nada. Um dia, estava ele ainda em fase de crescimento, disse-lhe - "Aqui está o meu substituto."

Qual a dupla para a nossa selecção?

Quando o Jorge Andrade estava em perfeitas condições, era o melhor com Ricardo Carvalho. Vamos aguardar a evolução do Bruno Alves. Se ele continuar assim será muito difícil a qualquer outro tirar-lhe o lugar.

Provavelmente conheceu Miguel Veloso quando ele era criança...

Conheci muito bem. Estava sempre nos balneários, acompanhava os treinos. O pai foi um grande capitão. O Miguel adorava aquilo.

Portugal ainda não atingiu um título. Porquê?

Já estiveram bem perto. Actualmente, os métodos de treino são muito semelhantes em todo o lado, já há boa preparação física em muitas equipas. Por outro lado, a selecção portuguesa está numa fase de renovação.

A equipa tem tido muitas dificuldades na qualificação...

A quem está de fora parece que tudo é fácil. Hoje em dia todo o mundo sabe jogar futebol. Os cursos são muito mais completos e todos sabem como se trabalha na selecção portuguesa, holandesa, italiana.

Em 2010 Portugal vai ter a melhor selecção de sempre?

Tem condições para isso. Acredito que vai ser a melhor selecção de sempre. Não por falta de qualidade de outros jogadores que por lá passaram, mas porque agora há outras condições de desenvolvimento.

Neste momento, num Brasil-Portugal em quem apostaria?

Apostaria no Brasil.

E em que é que Kaká é melhor do que Cristiano Ronaldo?

São jogadores diferentes. Do ponto de vista do espectáculo, do ponto de vista dos adeptos, Messi e Ronaldo dão mais nas vistas. Em contrapartida, do ponto de vista do treinador, Kaká é mais eficaz, é um jogador mais moderno.

E qual deles faz melhor ao futebol?

Neste momento Ronaldo. Pelo espectáculo, pela sua irreverência, porque tem sempre uma carta escondida na manga. Isso atraí os espectadores.

Foi um jogador talentoso, um impetuoso, irascível. Há antigos colegas que dizem que o Mozer tratava mal quem simulasse faltas e os ameaçava. Ameaçava?

Aprendi a ser assim, a respeitar o público. E por isso não admitia simulações. Eu estava sempre de pé, não fingia e, por isso, não admitia outro tipo de postura.

Mas reconhece que intimidava.

Metia respeito. Todos os adversários sabiam que eu não brincava.

Foi um jogador violento?

Nunca me senti um jogador violento porque nunca fui premeditado, nunca avancei para um colega para o magoar. Sempre senti que era muito agressivo. Era um jogar veloz, com pujança física e por isso levava vantagem.

Foi muito agressivo num célebre Benfica-Olympique de Marselha...

Fiz isso porque senti que o resultado de 2-1, obtido em Marselha não valia de nada. Na Luz, era como fosse 0-0. Entrei com a máxima agressividade para intimidar os jogadores do Benfica. Porque jogar na Luz de outra maneira era fatal. Aliás, o Marselha perdeu.

O jogador que mais o irritava...

O Fernando Couto. Ele também era um jogador duro. Os nossos duelos passaram a ser um outro foco de interesse dos derbies com o FC Porto.

Fazia ameaças verbais em campo?

Não. Pouco falava dentro do campo. Mal cumprimentava os meus amigos quanto mais os outros.

Encontrou algum jogador que o intimidasse?

Um único, no Brasil. Tinha eu 22 anos e ele era avançado. Fez de tudo para me partir o joelho e, as tantas, cedi e fiquei cheio de medo.

Qual foi o melhor jogador que defrontou?

Marco van Basten.

Qual foi o treinador mais competente com quem se cruzou no Benfica?

A dupla que ganhou - Toni/Jesualdo Ferreira. Foram os treinadores que venceram. Com Artur Jorge ganhámos apenas uma Taça de Portugal.

Como caracteriza Jesualdo?

O Jesualdo é o treinador do futebol moderno. Já na minha altura tinha uma visão muito além do que se praticava. Sempre me corrigiu aquilo que na altura nos pareciam pormenores. Com ele aprendi a ver o campo todo. Ás vezes achava que ele era um bocado chato mas melhorei muito com ele.

Chegou a jogar com Rui Costa...

Era um prodígio. Ainda muito menino era apanha -bolas nos nossos jogos e, de um momento para o outro, aí estava ele a jogar connosco, muito talentoso e muito empenhado.

Rui Costa a presidente?

É um lugar de muita responsabilidade, mas desde que ele esteja apto para esse papel creio que será muito bom para o clube porque ele tem um excelente relacionamento internacional.

Acha possível ter um futuro papel no Benfica?

Gostaria imenso. Neste momento estou numa fase nova e tenho que mostrar resultados.

O Benfica cometeu um erro histórico ao deixar sair Mourinho?

Foi um erro crasso. E não foi por falta de aviso meu. Quando ele foi pedir a Manuel Vilarinho que lhe prolongasse o contrato e este recusou disse na altura ao presidente que estava a cometer um grande erro porque nunca tinha trabalhado com um treinador com a capacidade de Mourinho. Que tinha ali um dos melhores do Mundo.

Onde teria chegado o Benfica com José Mourinho?

Oh, meu Deus! O céu era o caminho. O Benfica ia subir tanto que o íamos perder de vista. Tenho imenso respeito pelo FC Porto mas é inegável que o Benfica tem outra dimensão em termos de adeptos. Imaginem que era o Benfica a ganhar aquilo que o FC Porto ganhou com Mourinho? O que teria sido? Uma festa mundial.

Já na altura ele tinha alguns truques psicológicos. Por exemplo, foi chamar juniores para incentivar as vedetas ...

A perder, que se perca com aqueles que fazem o que o treinador quer.

Ainda existe o inferno da Luz que um dia descreveu a Papin, seu colega no Olympique de Marselha?

O inferno da Luz está lá e muito mais bonito. Mas é preciso que a equipa puxe por esse inferno. Não é difícil jogar no Benfica e é até muito fácil agradar à torcida. E para quem gosta de jogar futebol isto tem de ser fácil.

O que não funciona neste Benfica?

No Flamengo todos vínhamos de um grupo base. O Flamengo era um núcleo familiar e aquela camisola era a da família. No Benfica, encontrei a mesma coisa. A equipa ia-se renovando mas sempre por dentro. Isso foi-se perdendo e ao perder-se isso perdeu-se a ideia de família. Se o Benfica olhar o trabalho que está a ser feito pelo Sporting e pelo Paulo Bento - basta ver como aquela garotada é unida - poderá retomar essa mística.

Gosta de Camacho?

Não gosto nem desgosto. Tenho uma lembrança dele como jogador e uma lembrança da primeira passagem pelo Benfica.

Lembrança boa ou má?

Nem boa nem má. Lembrança boa tenho de Trapattoni que ganhou um título ou do Toni, que ganhou outro. Estou em Portugal há 20 anos e foram os dois únicos treinadores que ganharam no Benfica. E são esses que se devem recordar.|

Nunca teve convites dos rivais FC Porto ou do Sporting?

Quando fui para o Benfica fiquei de tal maneira chapado de vermelho que era quase impossível ter um convite de um rival. Mas há um episódio engraçado: o meu primeiro clube foi o FC Porto. Depois de um jogo do Flamengo com o FC Porto, em Paris, os dirigentes portistas perguntaram se estava disponivel para ir para lá? Na altura, disse que sim, mas não liguei muito, nem fiquei convencido sobre o convite. Falei que sim por falar. Passado algum tempo recebo um telefonema. Um senhor com um sotaque de Portugal marca um encontro no Copacabana Palace. ' Quem diria, eles sempre estão interessados?', pensei eu. Fui ao Copacabana Palace e essa pessoa põe na minha frente um contrato com tudo escrito em vermelho. Leio o nome do clube e digo que deve haver engano. 'O clube interessado não é esse'. É então que Manuel Barbosa me convence. Que tenho que assinar pelo Benfica, que é o clube mais popular, o melhor de todos, o mais parecido com o Flamengo, etc. Naquele momento, com 27 anos, pensei que talvez fosse a última oportunidade de sair do Brasil e assinei. Foi assim que fui para o Benfica.

E nunca se arrependeu?

Nunca.

Não tem o percurso habitual dos jogadores brasileiros. Não viveu em favelas, não passou fome...

Não. Nunca passei fome, tive sempre o essencial. Vivia num bairro normal com todas as condições. Não preencho o requesitos da história normal da maioria dos jogadores brasileiros.

É verdade que gostaria de ter sido, também, piloto de F1?

Se não tivesse sido o futebol, é verdade que gostava.

E tinha uma grande paixão por Rivelino...

Mais do que isso - queria ser o Rivelino. Talvez por ele ser na altura - 1970 - o jogador mais jovem da selecção. Queria ser igual a ele. Marcar os golos dele. |

http://dn.sapo.pt/2007/10/19/dnsport/entrevista_a_carlos_mozer_se_campeao.html e http://dn.sapo.pt/2007/10/19/dnsport/entrevista_a_mozer_cont_o_primeiro_c.html

Red skin

O melhor central q vi jogar no Benfica! Era f.dido passar por ele!   :slb2: 

fanatic