UMA ESTREIA AVASSALADORA NA LUZ
No primeiro jogo oficial da época 2024/25 em casa, a equipa masculina de hóquei em patins do Benfica ofereceu nesta quarta-feira, 13 de novembro, um grande espetáculo aos seus adeptos e goleou o OC Barcelos por 9-3, no jogo da 4.ª jornada da 1.ª fase do Campeonato Nacional.
Vindas de três vitórias em outros tantos jogos disputados fora de casa para a competição, as águias foram recebidas com grande fervor e entusiasmo pelos adeptos que se deslocaram ao Pavilhão Fidelidade. Antes do início do jogo, Nil Roca, Pau Bargalló e Aimée Blackman receberam das mãos de Arthur e Lúcio Rocha, atletas de futsal do Benfica, troféus de homenagem pelos títulos mundiais de hóquei em patins conquistados ao serviço da Espanha. Muitos aplausos das bancadas, numa noite em que o Presidente Rui Costa também marcou presença.
Regressado à titularidade após cumprir castigo, Pedro Henriques ocupou o seu lugar na baliza e formou o cinco inicial com Nil Roca, Roberto Di Benedetto, Pau Bargalló e João Rodrigues. Desde os primeiros segundos do encontro, a equipa comandada por Edu Castro foi fiel à bitola da pressão alta e da velocidade que tem implementado na presente temporada.
Logo aos 6', o reforço Pau Bargalló inaugurou o marcador na sequência de uma bela jogada individual e celebrou o seu primeiro golo no Pavilhão Fidelidade (1-0). No entanto, após um timeout pedido por Rui Neto, o OC Barcelos quebrou o ímpeto encarnado e conseguiu chegar ao 1-1, aos 9', com um remate cruzado de Danilo Rampulla.
O Benfica reagiu e voltou a tomar de assalto a baliza adversária. Gonçalo Pinto e Zé Miranda desperdiçaram boas oportunidades nas jogadas seguintes, mas o 2-1 acabou mesmo por chegar aos 15'. Roberto Di Benedetto ficou com a bola após um passe de Zé Miranda, rodou sobre um adversário e rematou rasteiro para o fundo das redes.
Aos 18', Zé Miranda esbarrou em Acevedo em três finalizações consecutivas e, dois minutos volvidos (20'), Lucas Ordoñez chegou a celebrar um golo que os árbitros não validaram, por entenderem que a bola não tinha ultrapassado a linha. Esse lance motivou um cartão azul a Edu Castro por protestos e, em underplay, o Benfica cometeu a 10.ª falta decorridos poucos segundos. Miguel Rocha avançou para a cobrança e disparou para o 2-2.
A justiça no marcador foi reposta aos 22', quando Diogo Rafael recuperou a bola junto à tabela e disparou de longe junto ao poste direito para o 3-2. Antes de a buzina soar para o intervalo, foi a vez de Pedro Henriques brilhar com duas enormes intervenções (24' e 25') sobre Danilo Rampulla e Miguel Rocha.
Na 2.ª parte, a partida continuou bastante aberta e, aos 28', chegou o 4-2. Nil Roca testou a meia-distância, e Acevedo ainda tocou na bola, mas não evitou novo golo das águias. Aos 30', os minhotos reduziram para 4-3 com Miguel Rocha a bisar. Porém, ainda no mesmo minuto, João Rodrigues finalizou com classe um veloz contra-ataque para o 5-3, que se revelou crucial para encerrar as dúvidas sobre o vencedor do encontro.
Sempre com os olhos na baliza adversária, os encarnados levaram à letra a expressão de que a melhor defesa é o ataque e encostaram o OC Barcelos às cordas. Após duas grandes defesas de Acevedo, Lucas Ordoñez fez o 6-3 (38') com um remate rasteiro, e, aos 40', foi a vez de Diogo Rafael disparar ao ferro da baliza minhota. Na jogada seguinte, o árbitro assinalou penálti favorável ao Benfica por toque no stick de João Rodrigues, e o próprio internacional português avançou para a cobrança, esbarrando no guardião contrário.
Adivinhavam-se mais golos dos encarnados, e eles não demoraram a chegar. Aos 45', Zé Miranda tornou-se no sétimo jogador de campo diferente a inscrever o seu nome na lista de marcadores com um remate forte e colocado (7-3).
Estava, então, aberto o pano a duas obras-primas que maravilharam as bancadas do Pavilhão Fidelidade. Aos 48', Nil Roca levantou a bola de costas e rematou à meia-volta para um golaço (8-3), e, aos 49', foi a vez de Pau Bargalló fechar a goleada (9-3) com uma execução técnica irrepreensível – picadinha e toque ao de leve entre a máscara de Acevedo e a barra – na marcação de um livre direto a punir a 10.ª falta do OC Barcelos.
Insaciável, o Benfica ainda procurou ampliar a vantagem até ao final do jogo, mas o marcador não mais sofreria alterações. Cem por cento vitoriosa na presente temporada, a equipa de Edu Castro volta a entrar em campo no próximo sábado, 16 de novembro, com a receção ao Riba D'Ave, da 6.ª jornada da 1.ª fase do Campeonato Nacional. Os sócios têm entrada gratuita no duelo agendado para as 21h00 no Pavilhão Fidelidade, mediante condições de acesso.
DECLARAÇÕES
Edu Castro (treinador do Benfica): "Foi um jogo mais intenso. Fizemos uma boa 1.ª parte e, ao intervalo, o resultado só pecava por escasso. Na 2.ª parte, continuámos a defender com muita intensidade, mas estivemos mais cómodos na circulação de bola e conseguimos jogar contra uma grande equipa sem receber muitos contra-ataques. Depois, com a eficácia que mostrámos hoje [quarta-feira, 13 de novembro], a alegria foi a dobrar. Ao intervalo, não houve frases milagrosas. Só recordei aos jogadores que estavam bem e mudei alguns detalhes. Estávamos a desgastar o rival e era só seguirmos o nosso instinto. O resto viria com a imensa qualidade que eles têm. [Estilo de jogo] É o reflexo do que queremos fazer todo o ano. Há dias em que o faremos melhor, e outros em que o faremos pior, mas há valores que são inegociáveis. Temos de olhar sempre para a baliza contrária e nunca nos vamos conformar com vantagens curtas, porque nunca se sabe o que se pode passar no final do jogo."
Nil Roca (defesa do Benfica): "Tínhamos muita vontade de jogar em casa, perante este público incrível. A vontade que demonstrámos de lutar por todas as bolas e de continuar à procura do golo reflete a mentalidade desta equipa. Estamos contentes com o trabalho que tem sido feito neste início de época. Todos os jogadores defendem e atacam, e somos muito unidos nos momentos mais complicados. Queremos sempre ter a bola e atacar. É isso que vai acontecer durante toda a temporada. [Golo que originou o 8-3] Recebi a bola de costas e pensei logo fazer a picadinha. Foi um grande golo e não estou acostumado a fazer estas coisas, mas o que mais importa é a vitória da equipa. [Adeptos] Eu já sabia o que era jogar no inferno da Luz e disse ao Pau [Bargalló] que ia ser incrível, que ele ia adorar. Todos puxaram por nós. Jogar neste pavilhão é como ter mais um dentro da pista."
FICHA DE JOGO
Cinco inicial do Benfica: Pedro Henriques, Nil Roca, Roberto Di Benedetto, Pau Bargalló e João Rodrigues
Suplentes: Bernardo Mendes (NJ), José Miranda (J), Diogo Rafael (J), Lucas Ordoñez (J) e Gonçalo Pinto (J)
Marcadores do Benfica: Pau Bargalló (2), Roberto Di Benedetto (1), Diogo Rafael (1), Nil Roca (2), João Rodrigues (1), Lucas Ordoñez (1) e José Miranda (1)
Informação do Jogo: https://www.slbenfica.pt/pt-pt/agora/noticias/2024/11/13/hoquei-em-patins-jogo-benfica-oc-barcelos-4-jornada-1-fase-campeonato-nacional
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