António Carraça (Dirigente)

Aguiar


Nome: ANTÓNIO CARRAÇA
Cargo: Director para o Futebol
Nacionalidade: Português
Data de Nascimento: 22-05-1958

Entrada de funções: 20-06-2011


Épocas completas no Benfica: 1
Títulos pelo Benfica:
0

Jakub

Parece-me bem, mas acho que deveria ter mais apoio...

ndr:

Assino por baixo, parece me que o Carraça tem feito um excelente trabalho na formação, precisamos de mais profissionais como ele, de como o Oliveira dias, o miguel bento, e tantos outros no nosso clube, excelente selecção de recursos humanos...

VanBasten

Que interessa ter um Carraça a fazer um bom trabalho, se depois não o aproveitam na equipa AA, em detrimento de jogadores que nem no Penafiel tinham lugar? Trabalhar assim, até deve ser desmotivante...

Andrew86

pois é, e a verdade é que com a roda viva das contratações os putos acabam por ser esquecidos.

red label

A osga tem feito um bom trabalho. Pena não ser aproveitado pela equipa A, porque tem o chefão Veiga.

alex_diabólico

Citação de: red label em 15 de Maio de 2006, 11:10
A osga tem feito um bom trabalho. Pena não ser aproveitado pela equipa A, porque tem o chefão Veiga.

A culpa é do Veiga... querem ver!!! O trabalho de António Carraça só será reconhecido/visto daqui há alguns anos. E que eu saiba o Veiga não tem culpa de termos na equipa B jogadores que nem no Setubal se afirmam (leia-se Hélio Roque) e isso era do melhor que por lá andava.

Deves ter melhor que o Miccoli ou Karagounis... na equipa B. E do Beto nem me venhas falar, porque essa conversa já mete nojo.

NÃO BATAM NO CEGUINHO...

alex_diabólico

O VEIGA NÃO PERTENCE AOS QUADROS DA FORMAÇÃO (NEM DA CONTABILIDADE) POR ISSO NÃO TEM NADA A HAVER COM ESTE ASSUNTO...

BigSLB

António Carraça

"Recomendei
o Anderson"



O Sportugal deslocou-se nesta quinta-feira ao centro de estágio do Seixal para colocar algumas das muitas perguntas que os leitores do nosso jornal endereçaram ao gestor profissional do Benfica durante a última semana.

O jovem do FC Porto Anderson esteve referenciado pelos encarnados, tendo sido sugerida a sua contratação por António Carraça.

Fique a saber quantos olheiros tem o Benfica, quantos jogadores estão referenciados na base de dados do clube da Luz e ainda o orçamento anual do clube para esta área específica.

Na véspera da inauguração do Caixa Futebol Campus, António Carraça disse ainda que coloca o lugar à disposição se Luís Filipe Vieira for derrotado nas próximas eleições e relembra que reporta apenas ao presidente e ao Conselho de Administração da SAD.

O gestor profissional não deixa de abordar a relação com José Veiga, bem como... uma possível candidatura às eleições do Benfica. Leia a entrevista nos artigos relacionados.

Surpreendente!


António Carraça e a coabitação

"A minha relação com José Veiga é cordial"



Gostava de saber que motivos o levaram a aceitar este projecto no Benfica?
Luis Festa – Seixal
(Risos) Aceitei este projecto porque me foi endereçado um convite aliciante para um desafio que todos as pessoas com vivência no futebol gostaria de ter. Por outro lado existe um timing na nossa vida em que temos de assumir estes desafios. Como profissional do futebol há 34 anos sinto orgulho e motivação extrema em gerir este projecto e em poder, espero eu, marcar um novo tempo na área de formação do Benfica fazendo com que este clube e todos os profissionais tenham mais vitórias, mais sucesso e mais orgulho.

Pensa um dia, ainda neste ou num próximo mandato de Luís Filipe Vieira, suceder a José Veiga à frente do futebol do Benfica, ou sai quando Luís Filipe Vieira sair?
Jorge Gonçalves – Porto
Posso dizer que sou gestor profissional do Benfica com funções claramente definidas reportando só ao seu presidente e ao seu Conselho de Administração. Foram essas funções que eu aceitei e que com extraordinário entusasiamo as ponho em prática 24 horas/dia. Logicamente que por ter sido Luís Filipe Vieira a sensibilizar-me para este projecto, numa hipotética não candidatura, que não acredito que aconteça, poria ao novo presidente eleito o meu lugar à disposição.

Os benfiquistas esperam por si com alguma ansiedade para uma candidatura séria à presidência do clube, para quando?
Fernando Correia – Mangualde
Isso é uma pergunta extraordinária, primeiro porque não existe da minha parte pretensões a que nos próximos 30 anos possa ser presidente do Benfica.

Como é o seu dia-a-dia com o director-geral da SAD, José Veiga. Nota nele algum interesse pela formação do clube?
Luís Ritto – Florença, Itália
A minha relação com o Sr. José Veiga é cordial, profissional, de respeito mútuo na tentativa conjunta de prestigiar e dignificar esta nossa fantástica instituição.



O passado de A. Carraça mostra uma pessoa séria, de carácter e bom profissional. Como é que tem sido a relação com José Veiga, tão contestado e rodeado de dúvidas (FC Porto, empresário falido, Apito Dourado, ex-unha com carne com Pinto da Costa)?
Fernando Dias – Pinheiro de Loures
Está respondido.

Como justifica o seu envolvimento no caso Mário Jardel (a célebre conferência de imprensa) no Sindicato dos Jogadores, que nunca tinha tomado atitude semelhante? E em que medida esta sua atitude teve influência para a sua entrada no Benfica apadrinhada por José Veiga, responsável máximo pela degradação do Jardel como homem e jogador, como este afirmou recentemente em entrevista ao Sportugal?
André Ferreira – Lisboa
É preciso não esquecer que estamos a falar em funções de responsabilidade distintas. Na altura como presidente do Sindicato de Jogadores tinha obrigatoriamente de defender os interesses dos associados. Como tal, foi uma posição natural e lógica que só visava esse fim. Não tenho dúvidas de que estou no Benfica pelo meu passado futebolístico, pelos meus conhecimentos e experiência de 34 anos ligada ao futebol e porque reconheceram em mim capacidade para liderar um projecto de sucesso neste clube. A única pessoa responsável pela minha vinda para o Sport Lisboa e Benfica foi o sr. Luís Filipe Vieira.

O que se vê a fazer no curto/médio prazo. Quando expira o seu contrato?
Artur Palma – Chaves
O meu vínculo termina, depois de três anos de contrato, no dia 16 de Maio de 2007. O futuro vejo-o como tenho visto ao longo destas três décadas: ligado e dependente do futebol.

Pergunta Sportugal: Já foi convidado a renovar?
Essa é uma questão que não se coloca porque fui convidado pelo presidente da direcção e as eleições realizam-se a 27 de Outubro, o que quer dizer que o futuro do Benfica e dos seus profissionais está dependente do futuro do actual presidente da direcção.

BigSLB

"É importante ter equipa B ou clube-satélite"

Qual a importância do Caixa Futebol Campus para o futuro do Sport Lisboa e Benfica?
Pedro Alves Guerra – Lisboa
Tal como eu já tenho dito, foi uma decisão estratégica da administração do Benfica, das mais importantes das últimas décadas. Uma decisão estruturante que visa desenvolver um trabalho qualificado e planeado, que tem o objectivo de maximizar e potenciar o maior número de jovens jogadores para o plantel principal. É uma decisão estruturante, determinante para o sucesso do Benfica e para o futuro do mesmo Benfica.

A recente política de contratação de jovens valores internacionais pelos seus países, como o caso do Nicolas Canales e do Kaz Patafta, é para continuar?
Tiago Portela – Sintra
Nós temos duas políticas definidas internamente. A política do mercado interno, dos jovens jogadores portugueses, que são em maior número no plantel de formação. Tentamos com isso ter o maior número de jogadores de qualidade e que apresentam os requisitos necessários. Por outro lado, vivemos num mercado aberto, não podemos esquecer o mercado externo, jogadores que se inserem nas características do futebol português e que podem funcionar como mais-valias e abrir portas para a globalização da marca Benfica no mundo inteiro, de forma a serem jogadores, numa fase posterior, do plantel principal. Esta política vai continuar.

Gostava de saber se a prospecção do Benfica, ao nível dos novos talentos, também inclui a observação de equipas internacionais, nomeadamente de equipas jovens dos campeonatos brasileiros e de selecções jovens brasileiras.
Se a prospecção do clube engloba, por exemplo, a observação de torneios e campeonatos do mundo de selecções jovens, onde há jogadores que podem ser adquiridos a baixo custo e ser rentabilizados mais tarde.
Filipe Gaspar – Cascais
Esta política internacional aponta fundamentalmente no acompanhamento, de há dois anos a esta parte, do mercado externo. Estivemos presentes em fases de qualificação e fases de campeonatos sul-americanos sub-17 e sub-20, daí a contratação desses jovens jogadores que estiveram em evidência. Fazemos o acompanhamento nesses países. Voltámos a estar na Copa São Paulo, um campeonato brasileiro de grande renome e prestígio internacional que engloba todas as equipas brasileiras dos escalões jovens. É importante estarmos presentes, acompanharmos o mercado e reforçarmos a base de dados com informação detalhada de jovens jogadores estrangeiros que estão a despontar.




Não é importante o Benfica ter uma equipa B ou um clube-satélite? Está previsto algo nesse sentido?
Paulo Costa – Braga (sócio do Benfica n.º 35 369)
É importante, claro que é importante, mais a mais com uma estrutura como esta que propicia o desenvolvimento do escalão que vem a seguir aos juniores e que cria um vazio aos jovens jogadores. A decisão da SAD foi terminar com a equipa B na medida em que o projecto não estava, do ponto de vista da FPF e da Liga, suficientemente protegido. No próximo ano, o Benfica vai ter um ou dois parceiros em que vai implementar na prática a criação de um espaço de evolução e de intervenção dos jovens jogadores que são contratados no escalão sub-19. Vamos fazer uma parceria com um, dois clubes, de maneira a que esses jogadores possam ser promovidos. Nos próximos meses vou recolher toda a informação necessária para termos três alternativas quando o Conselho de Administração da SAD decidir optar.

Queria saber se existe alguma parceria com o Vasco da Gama do Rio de Janeiro. Este clube representa Portugal e os portugueses que vivem no Brasil. O Vasco tem, actualmente, grandes jogadores no plantel profissional como o famoso Morais, que foi convocado por Dunga, e tem um futuro craque que se chama Alex. Porque não aprofundar esse intercâmbio?
José Lopes de Barros – Paris, França
O Benfica na sua política externa tem, como sabem, algumas parcerias com clubes internacionais, inclusivamente, no seu projecto "Geração Benfica", consta a criação de escolas de futebol nos cinco continentes. Entendemos que é importante ter parcerias activas e proactivas com clubes que tenham o mesmo tipo de projecto e prioridades. No Brasil estamos a desenvolver duas ou três possíveis parcerias que podem ser úteis e, conjuntamente, podemos rentabilizar essas mesmas parcerias. Por acaso nenhuma delas é com o Vasco da Gama.

Para quando uma aposta mais consistente nos jovens por parte da equipa principal? Por que razão dispensaram jovens como Manuel Curto, João Vilela ou Tiago Costa, este último joga no Hearts da Escócia, e relega o Bruno Aguiar para o banco? Quais os objectivos da formação para esta época que se iniciou?
Edgar Mota – Nazaré (sócio do Benfica n.º 153 395)
A rentabilização dos jovens jogadores na equipa principal é um aspecto da política interna que tem de existir, ou seja, o objectivo da formação do Benfica passa por desenvolver o seu trabalho na qualidade possível, de forma organizada e estruturada, e depois potenciar esses jovens jogadores na equipa principal. O segundo patamar depende das metas do futebol profissional, e isso encerra uma série de factores que não controlamos. Aquilo que pretendemos desenvolver e produzir é um trabalho que permita todos os anos, não só a conquista de títulos nos escalões jovens, porque o Benfica obrigatoriamente terá de habituar as pessoas à vitória, mas, mais do que isso, produzir jogadores de talento que possa rentabilizar em termos de trabalho e depois, numa fase mais à frente, injectar mais-valias com a sua transferência para o mercado internacional. As metas este ano são trabalhar muito com mais qualidade, conseguir atingir títulos que nos têm fugido nos juniores e juvenis e poder criar as condições ideais para que, no próximo ano, um, dois, três jogadores da formação possam evoluir no plantel principal.

Sendo o responsável pelas camadas jovens e tendo o centro de treinos pronto a funcionar a 100%, em quanto tempo espera que o Benfica comece a revelar novos talentos nacionais e/ou internacionais?
Marco Nunes – Charneca de Caparica
Não é por acaso que temos o maior número de jogadores internacionais do passado recente, no plano da iniciação e juvenis já lideramos o panorama distrital. Em seis campeonatos, a nossa preocupação foi estruturar o trabalho de base para que possa dar frutos e rentabilizá-lo de forma normalizada e progressiva. Há um equilíbrio na ligação entre todos os escalões de formação. O Benfica tem uma série de jovens jogadores que nós estamos a optimizar de forma a que possam vir a ser as estrelas do futuro e possam marcar com talento e magia os relvados nacionais e internacionais. Não é por caso, pela primeira vez desde que criámos o denominado grupo de elite, que jogadores com mais talento ao nível dos escalões e iniciados, juvenis e juniores têm um tratamento, acompanhamento e optimização individualizado.

Para quando a aposta em André Carvalhas, Miguel Rosa e Gregor Balazic na equipa principal? O que sucedeu com o talentoso médio brasileiro Tiago Neiva para este ainda não ter clube nesta altura?
Francisco Castro – Estoril
Em relação aos três que referiu, todos eles fazem parte da equipa de juniores. Dois são juniores de primeiro ano, o Gregor é de segundo ano. Já estiveram com a equipa principal, a sua aposta depende de uma série de factores. Da nossa parte já existe o espaço para que eles possam intervir e evoluir. Em relação ao Tiago Neiva, foi um jogador em quem nós apostámos e fizemos contrato de profissional; na lógica da equipa B tinha o seu espaço reservado. Sem a equipa B é um dos dois jogadores do plantel da equipa B, juntamente com o Luís Zambujo, que tínhamos estruturado. Ainda não encontrámos colocação. Têm qualidade, mas não têm espaço no plantel principal.

Considerando que todo o "Projecto Carraça" está em avançada fase de implementação e que neste momento até se encontra a ser copiado por clubes rivais, quais são os novos projectos para o futuro da formação do Benfica?
Francisco Castro – Estoril
Temos dois, três projectos já no papel e que pretendemos implementar a partir do momento em que o nosso espaço no Seixal possa ser reforçado. Estamos numa fase em que continuamos a conhecer a própria estrutura de forma a rentabilizá-la da melhor forma. Estamos nos Seixal desde 17 de Julho, existem ainda áreas que pretendemos potenciar. Temos dois, três novos projectos no papel. Desejamos a sua implementação prática até ao final deste ano de 2006. Não temos dúvidas de que alguns dos projectos criados nestes dois anos são referência e alvo de cópia por parte dos clubes rivais.



Há um jogador chileno do Colo Colo de apenas 14 anos que dizem ser o novo Cristiano Ronaldo; por que é que o Benfica não tenta contratá-lo? E o Anderson, que está no FC Porto, o Benfica devia ter lutado por ele. Não acha que mais vale dar 2 ou 3 milhões de euros por este tipo de jogadores que têm grande talento do que por jogadores mais velhos que são medianos?
Valter Marques – Torres Vedras
Em relação ao Anderson eu próprio estive presente no Mundial sub-17 e no meu relatório o Anderson foi referenciado como jogador a contratar; a fase seguinte não me cabe a mim. Temos conhecimento desse jovem chileno, está na nossa base de dados, só que hoje em dia torna-se mais difícil contratar jovens jogadores fora da União Europeia com menos de 18 anos. O regulamento é muito rigoroso. Têm de existir as condições para a transferência. A vinda dos pais para o nosso país, condições de inserção, e depois o jogador é um quadro difícil, complicado e, por vezes, com custos muito elevados. Como todos sabemos, os jovens com 14 anos alteram a sua projecção que temos em relação a eles. Há patamares. Eu também acredito que os grandes clubes do mundo têm de ter uma aposta determinada e estruturada em jovens jogadores de grande talento. O Benfica terá obrigatoriamente de apostar, dentro das suas capacidades financeiras, em jovens jogadores que possam ser estrelas do futebol português e internacional.


Sabendo da existência de propostas concretas para alguns dos nossos jovens talentos, que defesas tem o clube para guardar estes talentos para o futuro, impedindo que saiam precocemente do clube?
Francisco Castro – Estoril
Hoje em dia a lei e os regulamentos já permitem alguma protecção, e essa é feita de acordo com as decisões internas que temos de tomar em relação a esses jovens jogadores que têm espaço de evolução e que podem chegar ao topo da pirâmide. Mais do que isso, fazemos com que todos os novos jovens jogadores tenham uma grande paixão em representar o Benfica e é por aí que temos de sensibilizá-los de forma a que continuem connosco a sejam melhores homens, cidadãos e jogadores. Essa é, sem dúvida, uma das prioridades do Benfica.

O facto de o Sport Lisboa e Benfica ser já o clube com mais jogadores na última convocatória da Selecção de Sub-17 é um sinal positivo de mudança na formação do clube, ou tratou-se apenas de uma casualidade?
Pedro Alves Guerra – Lisboa
Esse foi um dos escalões que nós tentámos reforçar tornando em vista esta transição para o Centro de Estágio do Seixal, para podermos trabalhar à Benfica. Assim, a presença dos nossos jogadores nas selecções pode aumentar como tem aumentado ao longo destes últimos dois anos. Não é um trabalho de geração espontânea, é um trabalho articulado, pensado. O Benfica desperdiçou muitos anos, cometeu erros, não tinha estrutura para desenvolver este trabalho solidamente e por isso estamos a tentar ganhar o mais rapidamente possível o tempo perdido, nunca esquecendo que este trabalho precisa de tempo e de algum cuidado de forma para que se possa assumir como uma realidade intemporal.

Por que razão o Benfica está tão perro na detecção de novos valores para as equipas de formação? Temos poucos olheiros? Será a nossa rede de captação de talentos muito diminuta?
Paulo Quintino – Estoril
Não, aliás, essa não é a realidade. Neste momento o Benfica detém o departamento de prospecção mais estruturado e organizado do país. Quando eu assumi este cargo há dois anos o Benfica tinha 6 prospectores e 30 observadores. Agora temos uma rede alargada de observadores que, de forma gratuita e por paixão ao clube, fazem observação de jogos e jogadores. Já ultrapassámos os 350 observadores, temos um núcleo profissional e semiprofissional de 30 pessoas, 27 delas desenvolvem, todas as semanas, actividade normalizada na observação e detecção de talentos com objectivos determinados e definidos para dar a informação mais pormenorizada possível para tomarmos decisões rápidas e eficazes. Como nota, posso referir que, por exemplo, no ano passado a nossa rede de prospecção observou no total mais de 4000 jogos, referenciou mais de 5000 jogadores. Ou seja, foram vistos mais de 50 000 jovens futebolistas, o que dá claramente a noção do trabalho que esta área desenvolve e produz, O resultado desse trabalho foi a contratação de 100 jovens jogadores que vieram trazer muito mais qualidade aos plantéis da área de formação. Nós temos um problema. Pecamos por excessiva humildade. Não damos conhecimento público do trabalho que desenvolvemos. Possivelmente é um erro, porque todos os benfiquistas querem saber o trabalho que os profissionais do seu clube desenvolvem. Se calhar teremos de reforçar a comunicação nesta área para que este tipo de entendimentos possa ser alterado.


BigSLB

O João Pereira, a meu ver, era um jogador de razoável/boa qualidade para a posição que ocupava, fazia algumas assistências, fez alguns golos, boa colocação no campo, é um jogador aguerrido. Agora na selecção sub-21 fez dois bons jogos pois defendeu bem e atacou com qualidade. Será que ele não singrou por ter problemas comportamentais fora de campo? Porque se foi só por razões técnicas, julgo que foi uma dispensa infeliz. E quem fala no João pode falar também no Manuel Curto, no João Vilela, etc., etc.
Paulo Quintino – Estoril
As dispensas são sempre muito discutíveis, temos de ter consciência da responsabilidade de quem faz os plantéis. Tudo é feito para que os interesses do Benfica sejam salvaguardados. Essas dispensas deveram-se a razões técnicas e internas, que são perfeitamente normais.



Antes de mais, os parabéns. Gostaria de saber quais os projectos que tem em "mãos" para esta área específica do nosso clube, nomeadamente, no que à captação diz respeito. Parece-me que ainda reina neste sector do nosso clube uma política do chamado factor "C(unha)", optando por jovens vindos do exterior, em detrimento de jovens valores portugueses, embora com menos "nome", contribuindo assim para o fracasso vivido ao longo da última década no Benfica, no que a títulos de formação diz respeito.
Saulo Boavista – Almada
A questão do fracasso tem que ver com a questão organizacional das infra-estruturas, que não existiam. Decidiu-se acabar com as equipas B em todos os escalões e isso levou a um retrocesso de alguns anos. Essas são as razões do fracasso. Nestes dois anos temos vindo paulatinamente a modificar, alterar, já obtivemos alguns títulos nas escolas, infantis, temos mais jogadores internacionais, disputámos títulos até ao último segundo do último jogo. Com uma reorganização interna que foi feita no departamento de prospecção, a criação de um departamento de formação teórica interna e externa, hoje a área de formção é diferente. Temos um projecto, um caminho que, enquanto eu for o seu gestor, não vai alterar o percurso. O trabalho que realizámos deu frutos e vai dar ainda mais no futuro.
Acabámos com a questão da cunha. Qualquer jovem jogador que vier para o Benfica passa por três fases de observação. Um relatório escrito, avaliação interna dos coordenadores técnicos, do gestor e só então é assumida a sua contratação. Qualquer contratação tem um percurso legitimado de observação para posterior decisão.

Quanto a jogadores estrangeiros, verificamos que, em mais de 200 jogadores, apenas uma dúzia serão estrangeiros. Nem estamos a falar em 10%. Não é referencial.


Porque não é mais aproveitada a escola de futebol do Brasil? E porque não fazer uma na Argentina, como o Barcelona?
Pedro Nuno – Leiria
No Brasil temos uma escolinha no Rio de Janeiro e estamos a discutir mais duas, uma em São Paulo e outra na Bahia. Eu entendo que, naquilo que são as características do futebol português, nem todos os jogadores de todas as regiões do Brasil podem integrar-se com uma grande margem de sucesso. O futebol brasileiro é diferente do europeu e é preciso tempo de integração para os jovens serem potenciados, até porque são de algumas regiões interessantes, que se enquadram num modelo de jogo e de treino idêntico ao das equipas europeias. O mercado brasileiro tem de ser levado em conta como o argentino. Aliás, penso que o mercado argentino pode ser mais bem aproveitado do que até aqui.

Não lhe parece que falta um programa mais intenso de fortalecimento muscular, como acontece noutros clubes, com jogadores "franzinos" a ganhar muita massa muscular em pouco tempo?
Pedro Nuno – Leiria
Por isso é que criámos o departamento de optimização do treino e do rendimento desportivo. Até aqui não tínhamos fórmula de poder implementar na prática esta área, não tínhamos estrutura, ginásio, como temos agora para que esse trabalho seja optimizado. Ele existe neste momento, há um plano de acção organizado com os coordenadores técnicos de todos os escalões.

Miguel, Tiago, Edgar, Manuel Fernandes saíram quase litigiosamente; não se deveriam formar melhor os jogadores como homens, mostrando eles gratidão por quem lhes deu visibilidade?
Pedro Nuno – Leiria
Essa é a nossa procupação, criar condições para que os nossos jovens jogadores entendam que a formação académica e social são determinantes para o seu sucesso como cidadão, homem e jogador. Queremos que os nossos jogadores sejam intelectualmente desenvolvidos, tenham sucesso escolar, consciência do que se passa lá fora no mundo real, e percebam, simultaneamente, que os objectivos desportivos têm de ser atingidos. Criamos estas condições para terem uma evolução integrada. Queremos que eles tenham várias opções. Podem ser, no futuro, jogadroes profissionais ou então bons arquitectos, bons carpinteiros e, ao mesmo tempo, desenvolver a sua actividade desportiva em clubes de menor dimensão. É obrigação do Benfica criar esse quadro de opções. O futebol é uma máquina empresarial que faz esquecer o que foi a nossa formação, o nosso passado recente, temos de entender que ser profissional de futebol é uma profissão de alto risco e tempo limitado em que os jogos terão de ser aproveitados. Neste momento temos dois jovens que trabalham com a equipa principal que estudam na faculdade, o João Coimbra e o Pedro Correia.



Como adepto do Benfica, entristece-me o facto de o meu clube não conseguir formar, em qualidade e quantidade, jogadores que possam evoluir na equipa principal. Acha que há má prospecção de talentos, mau aproveitamento de talentos que vão para outros clubes (ex.: Miguel Veloso), falta de condições dadas aos jovens deslocados das suas famílias, tais como escola e respectivo acompanhamento, alojamento com qualidade, etc., e outras? Guilherme Santos – Lisboa
Não, tal como referi nas respostas anteriores, temos as condiçõees ideais, estruturais e logísticas. É preciso não esquecer que o trabalho na área de formação não tem o acompanhamento dos plantéis seniores dos clubes. Não dão nas primeiras páginas, não existem conflitos que propiciem a venda de jornais, abertura de telejornais ou notícias em primeira mão. O trabalho que desenvolvemos não é do conhecimento público, quem estiver atento pode ver todo o nosso projecto no site do Benfica. É aí que damos a conhecer a filosofia do projecto. Não tenho dúvidas de que este Benfica é diferente de há dois, três anos a esta parte. Mas teremos de continuar a trabalhar de forma intensa. Em 2008 ou 2009 vamos liderar a formação em Portugal.

De que forma se transmite a formação "Benfica" nos clubes com quem o SLB fez protocolos? Será efectuado algum controlo de qualidade e será implementado algum processo de supervisão? Os técnicos terão acções de formação? Acesso a manuais técnico-pedagógicos? No fundo quem é formado nesses clubes é como se estivesse a ser formado no SLB? Conhece algum documento denominado "Sport Formação e Benfica" que foi entregue em 2000 ao Sr. António Simões?
Mário Baptista – Lisboa (sócio do Benfica n.º 41 960)
Não conheço esse documento. Em relação ao projecto de formação, o que posso dizer é que para além das acções de formação que são desenvolvidas, nós acompanhamos o trabalho desenvolvido e deslocamo-nos ao clube com quem temos a parceria ou o protocolo, porque pretendemos fazer com que esses pólos sejam um armada forte do Benfica de forma a transmitir os conceitos, a filosofia e os métodos que nós desenvolvemos. É entregue a todos os coordenadores técnicos um documento em papel e CD com todos os conteúdos, que depois são desenvolvidos no terreno e supervisionados a posteriori. Temos um problema, a nossa estrutura é menor do que há dois anos, mas temos o triplo do trabalho e da responsabilidade. Todos os nossos parceiros têm em seu poder ferramentas para poder desenvolver o projecto com garantias de sucesso e qualidade. É um projecto único no mundo. Já ultrapassámos os 30 núcleos no país e no mundo, e o nosso objectivo é aumentar esse número, que podem ser um trunfo para o futuro da instituição.

Gostava de saber o paradeiro de alguns jogadores ex-juniores e ex-equipa B, ou pelo menos quais deles estão emprestados ou têm ligação ao Benfica: Tiago Neiva, Luís Zambujo, Blaz Brezovacki, Ricardo Janota, Inzaghi, Mário Rondón, Pablo Nieto, Ferreirinha, Rui Nereu, João Fonseca, Ricardo Nunes, Miguel Lopes. Acho que devia ser criada uma secção no site do Benfica para os jogadores que são dos quadros do clube mas estão emprestados. Obrigado.
João Pernas – Massamá (sócio do Benfica n.º 95 988)
Os primeiros dois estão à espera de colocação. O Blas foi emprestado a um clube esloveno da I Liga, Ricardo acabou o vínculo e agora está no Est. Vendas Novas. O Inzaghi foi cedido a um clube da I divisão búlgara. Mário Rondón não sei quem é, o Pablo acabou contrato e voltou para a Argentina. Com o Ferreirinha rescindimos por mútuo acordo, o Rui Nereu é do sector profissional, o João Fonseca terminou contrato e está no Fátima. O Ricardo Nunes também terminou contrato, e o Miguel Lopes está no Operário.
Quanto à informação sobre jogadores emprestados no site do clube, penso que isso é possível de ser criado sem dificuldades.



BigSLB

"Formação tem de ser encarada como um investimento"

Pedro Eugénio, Ricardo Real, André Jesus e Flávio Pina. Mencionei quatro jogadores dispensados pelo rival Sporting que o Benfica contratou (no caso dos três primeiros) ou tentou contratar (no caso do Pina). Isso não significa, apesar de todo o esforço que está sem dúvida a ser efectuado por todo o departamento de formação do Benfica, que ainda há um atraso grande em relação à prospecção e formação do Sporting?
José Pereira – Lisboa
Não, pelo contrário. Neste momento entendemos que a área de prospecção do Benfica tem desenvolvido um trabalho exemplar nestes dois anos. Tem ganho espaço e tempo em relação aos nossos rivais e tem conseguido detectar, seleccionar, contratar um grande número de jogadores de qualidade também assediados por esses clubes. O trabalho que esta área desenvolve é um trabalho referencial, que já está a dar frutos.

Por que razão FC Porto e Sporting conseguem criar e formar bons jogadores nas suas camadas e promovê-los nas suas equipas principais e o Benfica não o consegue fazer?
José Miguel Rodrigues de Freitas – Santa Cruz, Madeira
Não o tem conseguido fazer pelas relações que aduzi atrás, ou seja, inexistência de uma estrutura com condições para desenvolver o trabalho. Ao longo destes dois anos a formação do Benfica treinava e jogava em nove ou dez locais diferentes. O fim das equipas B criou problemas de concepção e de filosofia dessas equipas. E é perfeitamente normal que nessas condições seja difícil um projecto ter sucesso. É exactamente a mesma coisa que a Coca-Cola ter um fantástico produto e não ter estruturas físicas para produzir esse produto e, por outro lado, não ter à sua frente profissionais de qualidade para o desenolver. Neste momento, o Benfica, num futuro muito curto, vai potenciar jovens jogadores para o seu plantel profissional.



Por que razão o Benfica, ao contrário do que se passa no rival Sporting, não consegue ter no onze titular nenhum jogador produto da sua formação, quando no actual plantel existem jogadores de qualidade bastante duvidosa? Será que o Benfica tem medo de apostar nos seus talentos ou estes não existem (no que sinceramente não acredito)?
Bruno Silva – Ramada
Existem talentos. Estamos a produzi-los com o perfil indicado para se tornarem estrelas do futebol em Portugal. A fórmula de os fazer chegar à equipa principal depende de uma série de factores que está a ser discutida internamente, de maneira a que a área do futebol profissional tenha métodos e filosofias iguais. A partir daí será muito mais fácil existir um só perfil de jogadores e modelo de treino e tornar o projecto mais global.

O Sporting produz dois novos valores nas suas escolas todos os anos. Posteriormente, jogam e dão dinheiro a ganhar ao clube... Para quando o Benfica a produzir talentos nas suas escolas, e de preferência, que joguem (mesmo) na equipa principal?
Luís Tavares – Mafra (sócio do Benfica n.º 11 834)
Respondido.


Tem o Benfica condições para acompanhar a extraordinária formação do Sporting e do FC Porto, que nos últimos anos tantos talentos têm construído? Têm os jogadores jovens a ambição suficiente? As principais referências da formação do Benfica não vingaram no clube, casos de Maniche e mais recentemente Manuel Fernandes...
Ricardo Agostinho – Barreiro
Neste momento tem essas condições, até aqui não as tinha, agora temos condições ideais à dimensão do Sport Lisboa e Benfica. Os jovens têm de ter ambição e toda uma série de características. De há dois anos a esta parte estabelecemos o perfil de jogador para o Benfica, e essas características são fundamentais para se tornarem jogadores de eleição.


Quando acha que o Benfica estará em condições para entrar em campo com cinco jogadores oriundos dos seus escalões de formação, como aconteceu com o nosso rival Sporting, frente ao Inter? Qual é o orçamento da formação do Benfica e quanto gastam os nossos rivais na formação? Porque somos sempre o clube grande menos representado nas convocatórias para a Selecção Nacional, nos escalões de formação?
Júlio Monteiro – Bruxelas, Bélgica
Começo pelo fim. Não é verdade. Verificamos que na selecção sub-17 temos mais jogadores, 8. Sobre as questões orçamentais basta ver os relatórios e contas que são públicos, mas como está em Bruxelas posso dizer-lhe que andam na ordem dos 2,5 milhões euros anuais. Dos nossos rivais não tenho conhecimento, preocupa-me o interior do Benfica com o meu orçamento.
Gostaria que com o Paços de Ferreira tivéssemos 10 jogadores da formação no onze, mas é impossível. É esse o trabalho que estamos a produzir para que o Benfica tenha 10 jogadores produzidos na área de formação, acreditamos que um dia isso pode ser possível. O trabalho que desenvolvemos tem de ser encarado com uma lógica intemporal como um investimento e não um custo, sob pena de pormos em causa o sucesso do projecto.

Já alguma vez agarrou num jogo de treinadores (tipo CM ou FM) e descobriu lá jogadores? É que eu falo por experiência própria: já vi lá grandes jovens jogadores, que na altura são meros desconhecidos, e passados uns anos aparecem na ribalta.
Rodrigo Vaz – Mogadouro
[Risos] Conheço esses jogos, já tive oportunidade, em duas ou três circunstâncias, de dar uma vista de olhos, não com o tempo que gostaria, mas a nossa base de dados do Benfica já contempla milhares e milhares de jogadores. Dava para fazer vários jogos, mas prefiro fazer essa observação in loco, no campo e no terreno. Aí é que observamos as reais capacidades dos jogadores.


diabinho_in_love

Coitado do Antonio Carraça:

Não foi contra o veiga....vai ter os dias contados:

Daqui a uns dias:

- Porque Anderson não está no BENFICA...por negligencia
- Formaçao errou aqui e ali
- O jogador A deveria ter vindo
- A relva do campo C está mal cortada
- Quanto ganha o Carraça
- O carraça já foi contra o benfica na defesa de jogadores
- O carraça é osga
-etc
- etc

Antonio Carraça o que foi fazer ao conceder esta entrevista... :-X :-X :2funny: :2funny: :2funny:

Nuno_SLB

Citação de: diabinho_in_love em 22 de Setembro de 2006, 11:17
Coitado do Antonio Carraça:

Não foi contra o veiga....vai ter os dias contados:

Daqui a uns dias:

- Porque Anderson não está no BENFICA...por negligencia
- Formaçao errou aqui e ali
- O jogador A deveria ter vindo
- A relva do campo C está mal cortada
- Quanto ganha o Carraça
- O carraça já foi contra o benfica na defesa de jogadores
- O carraça é osga
-etc
- etc

Antonio Carraça o que foi fazer ao conceder esta entrevista... :-X :-X :2funny: :2funny: :2funny:

Estás enganado, nunca li aqui ninguém chamar vigarista ao Carraça, nem a chamá-lo de incompetente. Mas....se nos próximos tempos não apresentar resultados, não vai estar imune a critícas.