António Pacheco

Avançado, (1966-12-01 - 2024-03-20),
Portugal
Equipa Principal: 6 épocas (1987-1993), 224 jogos (14689 minutos), 51 golos

Títulos: Campeonato Nacional (2), Taça de Portugal (1), Supertaça (1)

Chelas

Nojento de merda,jamais me esquecerei!

bruno cardoso

https://www.abola.pt/Nnh/Noticias/Ver/987320

Os jogos com o FC Porto têm de ser trabalhados de forma específica. No meu tempo havia pistolas, bruxarias, insultos»

António Pacheco foi uma das grandes referências nos anos 1980 e 1990, jogou no Portimonense e Benfica, entre outros, e abre o coração em entrevista a A BOLA. Fala da atualidade do Benfica, clube do qual é sócio há 36 anos, elogia Rui Costa, Roger Schmidt e António Silva e recua ao passado para recordar pistolas, bruxarias, ácido nos jogos contra o FC Porto nas Antas.


- O afastamento da Liga dos Campeões surgiu no momento da quebra da equipa.
- Acho que a quebra com o FC Porto... ou melhor os jogos com o FC Porto têm de ser trabalhados de uma forma específica. Tem de se perceber bem o enquadramento em que se vive e adaptarmo-nos àquele jogo específico. Não tem nada a ver com os outros. O FC Porto faz isso bem e o Benfica não. O FC Porto tira partido de uma agressividade que não tem o mesmo critério em relação ao Benfica. Se nós formos analisar os jogos vemos isso com relativa facilidade. Se calhar, em média, um jogador do FC Porto para levar um amarelo a equipa pode fazer 8, 9 ou 10 faltas. O Benfica à segunda falta tem um amarelo e aqui e ali são condicionados por aquilo que o FC Porto tem de excelente, que é trabalhar os jogos na sua antevisão. E, quando chega ao momento do jogo, vão os árbitros, os jogadores, os adeptos e a comunicação social condicionados. Apesar de não concordar tenho de respeitar as estratégias de cada um. Dou os parabéns ao FC Porto por isso, apesar de ser totalmente antagónico a essa forma de estar. O Benfica tem de trabalhar o jogo do FC Porto de uma forma específica porque os desaires com o FC Porto podem repercutir-se nos jogos seguintes e foi o que aconteceu com o Inter e em Chaves.


- Quando defrontavas o FC Porto como jogador já era assim?
- Era muito mais. Era assim vezes 6, 8 ou 10. Desde as pessoas nos mostrarem as pistolas, desde bruxarias espalhadas pelos corredores, desde ácidos nos balneários, desde não nos permitirem fazer o aquecimento no estádio principal e obrigarem-nos a ir para o campo secundário, passando estrategicamente pelo meio de centenas de adeptos a cuspirem-nos. Desde foguetes e motorizadas sem escape a noite inteira à porta dos hotéis onde estávamos a dormir.... Tudo. Tudo o que pode imaginar foi feito.


- Isso acontecia cada vez que jogavas no Estádio das Antas?
- Sempre. Sempre. Por exemplo: num dia de 30 graus fomos ver o relvado quando chegámos e estava completamente seco, depois já não conseguimos lá fazer o aquecimento e quando entrámos para começar o jogo as faixas laterais estavam completamente alagadas. Valia tudo! Desde o simples funcionário a chamar-nos nomes, a cuspir-nos e a ofender-nos. Tudo, tudo o que possa imaginar.


- Viveste isso só na década de 1980 quando eras jogador do Benfica ou também quando estiveste no Sporting?
- Nas décadas de 1980 e de 1990. O FC Porto tem um inimigo de estimação que é o Benfica e com o Benfica é tudo muito mais. No Sporting também, não tanto, mas também. O FC Porto não pode permitir que o Sporting se coloque no meio do seu inimigo de estimação. Por questões estratégicas quando é preciso apertar o Sporting eles apertam sempre. Foi visível o ano passado. Foi visível este ano.  A nós só nos restava tentar vencer independente dos aspetos exteriores. Convém dizer que o FC Porto nessas alturas também teve excelentes equipas com jogadores de altíssima qualidade. Ao longo dos anos as coisas começaram a ser mais expostas e, entretanto, desenvolveram novas técnicas. Hoje as coisas já são diferentes, com o mesmo objetivo, mas estratégias diferentes.


- Quais são agora?
- Vê-se. Bonecos pendurados nas pontes, ataques permanentes de toda ordem, ataques às casas do Benfica, ameaças a tudo e a todos, controlando as pessoas que estão ligadas ao futebol, ameaçando através das famílias e dos negócios. Acho incrível como é que até hoje, sendo o Benfica um clube tão poderoso na sua dimensão, e sendo a indústria do futebol uma coisa que tem uma economia tão forte, não se legisla tudo de forma a salvaguardar todos os clubes. É só fazer como vemos noutros países. Nada mais. Adorava que isso fosse feito aqui para que o nosso campeonato fosse de referência a nível europeu. Alguém tem que parar e pensar no futuro do nosso futebol e perguntar o que é que nos impede de ir mais além.


- O que é que o futebol te deu?
- Deu-me tudo. A minha vida social, amigos, possibilidades financeiras de começar vidas novas, cultura... Sem o futebol seria uma pessoa completamente diferente. Tudo o que havia para ganhar em Portugal ganhei. Disputei os jogos mais importantes que há para disputar. Joguei em grandes clubes e com grandes jogadores. Ainda hoje sou conhecido por aquilo que fiz.

MaFd_R@_SLB

Citação de: bruno cardoso em 12 de Maio de 2023, 10:51https://www.abola.pt/Nnh/Noticias/Ver/987320

Os jogos com o FC Porto têm de ser trabalhados de forma específica. No meu tempo havia pistolas, bruxarias, insultos»

António Pacheco foi uma das grandes referências nos anos 1980 e 1990, jogou no Portimonense e Benfica, entre outros, e abre o coração em entrevista a A BOLA. Fala da atualidade do Benfica, clube do qual é sócio há 36 anos, elogia Rui Costa, Roger Schmidt e António Silva e recua ao passado para recordar pistolas, bruxarias, ácido nos jogos contra o FC Porto nas Antas.


- O afastamento da Liga dos Campeões surgiu no momento da quebra da equipa.
- Acho que a quebra com o FC Porto... ou melhor os jogos com o FC Porto têm de ser trabalhados de uma forma específica. Tem de se perceber bem o enquadramento em que se vive e adaptarmo-nos àquele jogo específico. Não tem nada a ver com os outros. O FC Porto faz isso bem e o Benfica não. O FC Porto tira partido de uma agressividade que não tem o mesmo critério em relação ao Benfica. Se nós formos analisar os jogos vemos isso com relativa facilidade. Se calhar, em média, um jogador do FC Porto para levar um amarelo a equipa pode fazer 8, 9 ou 10 faltas. O Benfica à segunda falta tem um amarelo e aqui e ali são condicionados por aquilo que o FC Porto tem de excelente, que é trabalhar os jogos na sua antevisão. E, quando chega ao momento do jogo, vão os árbitros, os jogadores, os adeptos e a comunicação social condicionados. Apesar de não concordar tenho de respeitar as estratégias de cada um. Dou os parabéns ao FC Porto por isso, apesar de ser totalmente antagónico a essa forma de estar. O Benfica tem de trabalhar o jogo do FC Porto de uma forma específica porque os desaires com o FC Porto podem repercutir-se nos jogos seguintes e foi o que aconteceu com o Inter e em Chaves.


- Quando defrontavas o FC Porto como jogador já era assim?
- Era muito mais. Era assim vezes 6, 8 ou 10. Desde as pessoas nos mostrarem as pistolas, desde bruxarias espalhadas pelos corredores, desde ácidos nos balneários, desde não nos permitirem fazer o aquecimento no estádio principal e obrigarem-nos a ir para o campo secundário, passando estrategicamente pelo meio de centenas de adeptos a cuspirem-nos. Desde foguetes e motorizadas sem escape a noite inteira à porta dos hotéis onde estávamos a dormir.... Tudo. Tudo o que pode imaginar foi feito.


- Isso acontecia cada vez que jogavas no Estádio das Antas?
- Sempre. Sempre. Por exemplo: num dia de 30 graus fomos ver o relvado quando chegámos e estava completamente seco, depois já não conseguimos lá fazer o aquecimento e quando entrámos para começar o jogo as faixas laterais estavam completamente alagadas. Valia tudo! Desde o simples funcionário a chamar-nos nomes, a cuspir-nos e a ofender-nos. Tudo, tudo o que possa imaginar.


- Viveste isso só na década de 1980 quando eras jogador do Benfica ou também quando estiveste no Sporting?
- Nas décadas de 1980 e de 1990. O FC Porto tem um inimigo de estimação que é o Benfica e com o Benfica é tudo muito mais. No Sporting também, não tanto, mas também. O FC Porto não pode permitir que o Sporting se coloque no meio do seu inimigo de estimação. Por questões estratégicas quando é preciso apertar o Sporting eles apertam sempre. Foi visível o ano passado. Foi visível este ano.  A nós só nos restava tentar vencer independente dos aspetos exteriores. Convém dizer que o FC Porto nessas alturas também teve excelentes equipas com jogadores de altíssima qualidade. Ao longo dos anos as coisas começaram a ser mais expostas e, entretanto, desenvolveram novas técnicas. Hoje as coisas já são diferentes, com o mesmo objetivo, mas estratégias diferentes.


- Quais são agora?
- Vê-se. Bonecos pendurados nas pontes, ataques permanentes de toda ordem, ataques às casas do Benfica, ameaças a tudo e a todos, controlando as pessoas que estão ligadas ao futebol, ameaçando através das famílias e dos negócios. Acho incrível como é que até hoje, sendo o Benfica um clube tão poderoso na sua dimensão, e sendo a indústria do futebol uma coisa que tem uma economia tão forte, não se legisla tudo de forma a salvaguardar todos os clubes. É só fazer como vemos noutros países. Nada mais. Adorava que isso fosse feito aqui para que o nosso campeonato fosse de referência a nível europeu. Alguém tem que parar e pensar no futuro do nosso futebol e perguntar o que é que nos impede de ir mais além.


- O que é que o futebol te deu?
- Deu-me tudo. A minha vida social, amigos, possibilidades financeiras de começar vidas novas, cultura... Sem o futebol seria uma pessoa completamente diferente. Tudo o que havia para ganhar em Portugal ganhei. Disputei os jogos mais importantes que há para disputar. Joguei em grandes clubes e com grandes jogadores. Ainda hoje sou conhecido por aquilo que fiz.
É o clube mais podre da história do desporto.

nwpt

Este agora também já aparece todos os dias como sendo Benfiquista  ;D

Mais uma que podem agradecer ao senhor do "não mereço que o Benfica me corte as pernas". Senhor presidente Cesár Costa.

Smashin

Citação de: bruno cardoso em 12 de Maio de 2023, 10:51https://www.abola.pt/Nnh/Noticias/Ver/987320

Os jogos com o FC Porto têm de ser trabalhados de forma específica. No meu tempo havia pistolas, bruxarias, insultos»

António Pacheco foi uma das grandes referências nos anos 1980 e 1990, jogou no Portimonense e Benfica, entre outros, e abre o coração em entrevista a A BOLA. Fala da atualidade do Benfica, clube do qual é sócio há 36 anos, elogia Rui Costa, Roger Schmidt e António Silva e recua ao passado para recordar pistolas, bruxarias, ácido nos jogos contra o FC Porto nas Antas.


- O afastamento da Liga dos Campeões surgiu no momento da quebra da equipa.
- Acho que a quebra com o FC Porto... ou melhor os jogos com o FC Porto têm de ser trabalhados de uma forma específica. Tem de se perceber bem o enquadramento em que se vive e adaptarmo-nos àquele jogo específico. Não tem nada a ver com os outros. O FC Porto faz isso bem e o Benfica não. O FC Porto tira partido de uma agressividade que não tem o mesmo critério em relação ao Benfica. Se nós formos analisar os jogos vemos isso com relativa facilidade. Se calhar, em média, um jogador do FC Porto para levar um amarelo a equipa pode fazer 8, 9 ou 10 faltas. O Benfica à segunda falta tem um amarelo e aqui e ali são condicionados por aquilo que o FC Porto tem de excelente, que é trabalhar os jogos na sua antevisão. E, quando chega ao momento do jogo, vão os árbitros, os jogadores, os adeptos e a comunicação social condicionados. Apesar de não concordar tenho de respeitar as estratégias de cada um. Dou os parabéns ao FC Porto por isso, apesar de ser totalmente antagónico a essa forma de estar. O Benfica tem de trabalhar o jogo do FC Porto de uma forma específica porque os desaires com o FC Porto podem repercutir-se nos jogos seguintes e foi o que aconteceu com o Inter e em Chaves.


- Quando defrontavas o FC Porto como jogador já era assim?
- Era muito mais. Era assim vezes 6, 8 ou 10. Desde as pessoas nos mostrarem as pistolas, desde bruxarias espalhadas pelos corredores, desde ácidos nos balneários, desde não nos permitirem fazer o aquecimento no estádio principal e obrigarem-nos a ir para o campo secundário, passando estrategicamente pelo meio de centenas de adeptos a cuspirem-nos. Desde foguetes e motorizadas sem escape a noite inteira à porta dos hotéis onde estávamos a dormir.... Tudo. Tudo o que pode imaginar foi feito.


- Isso acontecia cada vez que jogavas no Estádio das Antas?
- Sempre. Sempre. Por exemplo: num dia de 30 graus fomos ver o relvado quando chegámos e estava completamente seco, depois já não conseguimos lá fazer o aquecimento e quando entrámos para começar o jogo as faixas laterais estavam completamente alagadas. Valia tudo! Desde o simples funcionário a chamar-nos nomes, a cuspir-nos e a ofender-nos. Tudo, tudo o que possa imaginar.


- Viveste isso só na década de 1980 quando eras jogador do Benfica ou também quando estiveste no Sporting?
- Nas décadas de 1980 e de 1990. O FC Porto tem um inimigo de estimação que é o Benfica e com o Benfica é tudo muito mais. No Sporting também, não tanto, mas também. O FC Porto não pode permitir que o Sporting se coloque no meio do seu inimigo de estimação. Por questões estratégicas quando é preciso apertar o Sporting eles apertam sempre. Foi visível o ano passado. Foi visível este ano.  A nós só nos restava tentar vencer independente dos aspetos exteriores. Convém dizer que o FC Porto nessas alturas também teve excelentes equipas com jogadores de altíssima qualidade. Ao longo dos anos as coisas começaram a ser mais expostas e, entretanto, desenvolveram novas técnicas. Hoje as coisas já são diferentes, com o mesmo objetivo, mas estratégias diferentes.


- Quais são agora?
- Vê-se. Bonecos pendurados nas pontes, ataques permanentes de toda ordem, ataques às casas do Benfica, ameaças a tudo e a todos, controlando as pessoas que estão ligadas ao futebol, ameaçando através das famílias e dos negócios. Acho incrível como é que até hoje, sendo o Benfica um clube tão poderoso na sua dimensão, e sendo a indústria do futebol uma coisa que tem uma economia tão forte, não se legisla tudo de forma a salvaguardar todos os clubes. É só fazer como vemos noutros países. Nada mais. Adorava que isso fosse feito aqui para que o nosso campeonato fosse de referência a nível europeu. Alguém tem que parar e pensar no futuro do nosso futebol e perguntar o que é que nos impede de ir mais além.


- O que é que o futebol te deu?
- Deu-me tudo. A minha vida social, amigos, possibilidades financeiras de começar vidas novas, cultura... Sem o futebol seria uma pessoa completamente diferente. Tudo o que havia para ganhar em Portugal ganhei. Disputei os jogos mais importantes que há para disputar. Joguei em grandes clubes e com grandes jogadores. Ainda hoje sou conhecido por aquilo que fiz.
Excelente. Obrigado pela partilha.

Retiro o seguinte:
"Acho incrível como é que até hoje, sendo o Benfica um clube tão poderoso na sua dimensão, e sendo a indústria do futebol uma coisa que tem uma economia tão forte, não se legisla tudo de forma a salvaguardar todos os clubes. É só fazer como vemos noutros países. Nada mais. Adorava que isso fosse feito aqui para que o nosso campeonato fosse de referência a nível europeu. Alguém tem que parar e pensar no futuro do nosso futebol e perguntar o que é que nos impede de ir mais além."

Alguém devia pressionar isto. Mas não o faz. Sabemos quem é

Shoky

Citação de: bruno cardoso em 12 de Maio de 2023, 10:51https://www.abola.pt/Nnh/Noticias/Ver/987320

Os jogos com o FC Porto têm de ser trabalhados de forma específica. No meu tempo havia pistolas, bruxarias, insultos»

António Pacheco foi uma das grandes referências nos anos 1980 e 1990, jogou no Portimonense e Benfica, entre outros, e abre o coração em entrevista a A BOLA. Fala da atualidade do Benfica, clube do qual é sócio há 36 anos, elogia Rui Costa, Roger Schmidt e António Silva e recua ao passado para recordar pistolas, bruxarias, ácido nos jogos contra o FC Porto nas Antas.


- O afastamento da Liga dos Campeões surgiu no momento da quebra da equipa.
- Acho que a quebra com o FC Porto... ou melhor os jogos com o FC Porto têm de ser trabalhados de uma forma específica. Tem de se perceber bem o enquadramento em que se vive e adaptarmo-nos àquele jogo específico. Não tem nada a ver com os outros. O FC Porto faz isso bem e o Benfica não. O FC Porto tira partido de uma agressividade que não tem o mesmo critério em relação ao Benfica. Se nós formos analisar os jogos vemos isso com relativa facilidade. Se calhar, em média, um jogador do FC Porto para levar um amarelo a equipa pode fazer 8, 9 ou 10 faltas. O Benfica à segunda falta tem um amarelo e aqui e ali são condicionados por aquilo que o FC Porto tem de excelente, que é trabalhar os jogos na sua antevisão. E, quando chega ao momento do jogo, vão os árbitros, os jogadores, os adeptos e a comunicação social condicionados. Apesar de não concordar tenho de respeitar as estratégias de cada um. Dou os parabéns ao FC Porto por isso, apesar de ser totalmente antagónico a essa forma de estar. O Benfica tem de trabalhar o jogo do FC Porto de uma forma específica porque os desaires com o FC Porto podem repercutir-se nos jogos seguintes e foi o que aconteceu com o Inter e em Chaves.


- Quando defrontavas o FC Porto como jogador já era assim?
- Era muito mais. Era assim vezes 6, 8 ou 10. Desde as pessoas nos mostrarem as pistolas, desde bruxarias espalhadas pelos corredores, desde ácidos nos balneários, desde não nos permitirem fazer o aquecimento no estádio principal e obrigarem-nos a ir para o campo secundário, passando estrategicamente pelo meio de centenas de adeptos a cuspirem-nos. Desde foguetes e motorizadas sem escape a noite inteira à porta dos hotéis onde estávamos a dormir.... Tudo. Tudo o que pode imaginar foi feito.


- Isso acontecia cada vez que jogavas no Estádio das Antas?
- Sempre. Sempre. Por exemplo: num dia de 30 graus fomos ver o relvado quando chegámos e estava completamente seco, depois já não conseguimos lá fazer o aquecimento e quando entrámos para começar o jogo as faixas laterais estavam completamente alagadas. Valia tudo! Desde o simples funcionário a chamar-nos nomes, a cuspir-nos e a ofender-nos. Tudo, tudo o que possa imaginar.


- Viveste isso só na década de 1980 quando eras jogador do Benfica ou também quando estiveste no Sporting?
- Nas décadas de 1980 e de 1990. O FC Porto tem um inimigo de estimação que é o Benfica e com o Benfica é tudo muito mais. No Sporting também, não tanto, mas também. O FC Porto não pode permitir que o Sporting se coloque no meio do seu inimigo de estimação. Por questões estratégicas quando é preciso apertar o Sporting eles apertam sempre. Foi visível o ano passado. Foi visível este ano.  A nós só nos restava tentar vencer independente dos aspetos exteriores. Convém dizer que o FC Porto nessas alturas também teve excelentes equipas com jogadores de altíssima qualidade. Ao longo dos anos as coisas começaram a ser mais expostas e, entretanto, desenvolveram novas técnicas. Hoje as coisas já são diferentes, com o mesmo objetivo, mas estratégias diferentes.


- Quais são agora?
- Vê-se. Bonecos pendurados nas pontes, ataques permanentes de toda ordem, ataques às casas do Benfica, ameaças a tudo e a todos, controlando as pessoas que estão ligadas ao futebol, ameaçando através das famílias e dos negócios. Acho incrível como é que até hoje, sendo o Benfica um clube tão poderoso na sua dimensão, e sendo a indústria do futebol uma coisa que tem uma economia tão forte, não se legisla tudo de forma a salvaguardar todos os clubes. É só fazer como vemos noutros países. Nada mais. Adorava que isso fosse feito aqui para que o nosso campeonato fosse de referência a nível europeu. Alguém tem que parar e pensar no futuro do nosso futebol e perguntar o que é que nos impede de ir mais além.


- O que é que o futebol te deu?
- Deu-me tudo. A minha vida social, amigos, possibilidades financeiras de começar vidas novas, cultura... Sem o futebol seria uma pessoa completamente diferente. Tudo o que havia para ganhar em Portugal ganhei. Disputei os jogos mais importantes que há para disputar. Joguei em grandes clubes e com grandes jogadores. Ainda hoje sou conhecido por aquilo que fiz.

Só li verdades.

bruno cardoso


Lellominsk


Der Kaiser

Estava hoje a ver o anúncio do jantar de comemoração da casa do Benfica na cidade onde vivo, e vejo no cartaz "Glória SL BENFICA: Pacheco".
Não é do meu tempo, mas não é um bocado exagerado tratar alguém que saiu para um rival da forma que foi como velha Glória?

Tiago1982

Citação de: Der Kaiser em 30 de Maio de 2023, 10:55Estava hoje a ver o anúncio do jantar de comemoração da casa do Benfica na cidade onde vivo, e vejo no cartaz "Glória SL BENFICA: Pacheco".
Não é do meu tempo, mas não é um bocado exagerado tratar alguém que saiu para um rival da forma que foi como velha Glória?

Claro que é bastante exagerado.

A campanha de limpeza da imagem do Pacheco foi feita até com anúncios na BTV e agora temos que levar com ele como se nada se tivesse passado.

Eu sei que era um jovem (28, 29 anos?) e toda a gente pode errar. Mas há erros que, no futebol, não têm perdão e o do Pacheco foi um deles.

Der Kaiser

Citação de: Tiago1982 em 30 de Maio de 2023, 10:59
Citação de: Der Kaiser em 30 de Maio de 2023, 10:55Estava hoje a ver o anúncio do jantar de comemoração da casa do Benfica na cidade onde vivo, e vejo no cartaz "Glória SL BENFICA: Pacheco".
Não é do meu tempo, mas não é um bocado exagerado tratar alguém que saiu para um rival da forma que foi como velha Glória?

Claro que é bastante exagerado.

A campanha de limpeza da imagem do Pacheco foi feita até com anúncios na BTV e agora temos que levar com ele como se nada se tivesse passado.

Eu sei que era um jovem (28, 29 anos?) e toda a gente pode errar. Mas há erros que, no futebol, não têm perdão e o do Pacheco foi um deles.

Também me pareceu que era algo do género, enfim, qualquer dia ainda é o Paulo Sousa...


Diavolo Rosso

ÚLTIMA HORA Pacheco, antigo jogador de Benfica e Sporting, internado em estado grave no hospital de Faro

Antigo jogador das águias e leões sentiu-se mal enquanto jogava bowling com amigos; prognóstico reservado

https://www.abola.pt/futebol/noticias/pacheco-antigo-jogador-de-benfica-e-sporting-internado-em-estado-grave-no-hospital-de-faro-2024031221501692325

HB

As melhoras António Pacheco, mas pelo que se lê nas notícias, "manobras de reanimação", "prognostico reservado"... não fazem infelizmente prever nada de bom... bem, que eu esteja enganado.

Mpaq

Que recupere bem,mas parece complicado.