Hugo Gaspar (Voleibol)

Oposto, 42 anos,
Portugal
Estatísticas: 14 épocas, 41 jogos, 230 golos

Títulos: Campeonato Nacional (9), Taça de Portugal (8), Supertaça (11), Taça AVL (1), Taça de Honra da AVL (1)

BlankFile

Exemplo em tudo. Exemplo como desportista de alta competição, como médico, como pessoa, como capitão, como líder. 

É um vencedor nato.

Gradinni

E chegou a haver gente a dizer que os jogadores nao queriam jogar a Champions....
Só se fossem todos uma cambada de atrasados! Quem é que nao quer jogar contra os melhores???

Grande capitão!

Slb23


TeamRocket37

#468
MVP MVP MVP

FOI O HUGO GASPAR QUE DEPOIS DA EXIBIÇÃO MENOS CONSEGUIDA EM ITÁLIA, A DIZER PARA ELE PRÓPRIO EU AINDA TENHO NÍVEL DE CHAMPIONS LEAGUE, E HOJE FOI A PROVA.

QUE JOGO ABSOLUTAMENTE FENOMENAL DO NOSSO CAPITÃO

FOI O MELHOR HUGO GASPAR QUE VI NO BENFICA

FOI O HUGO GASPAR QUE JOGAVA EM ITALIA NO TREVISO.

CAMISOLA #8 PARA TOPO DO PAVILHÃO

MUITO OBRIGADO HUGO!

Tamarindus

A idade parece não passar por ele  :clap1:

Mikaeil


Kurt Cobain 10

Parece que tem vinte anos . É verdade que estes jogos também dá uma motivação extra  aos jogadores

MrJohnny


ala esquerda

Este SENHOR é Benfica.......
Enorme jogador
Enorme pessoa

Montano89

Ontem fez uma exibição assombrosa. Um exemplo como profissional e capitão de equipa!

Alexandre1976


JM21

Que exibição fabulosa. Depois de em Itália não ter estado nos seus dias, ontem foi com tudo. Esteve fantástico, mesmo.

Thorondor

Um Senhor. Em tudo. Um líder. Um exemplo para os mais novos. Um guerreiro. Uma pessoa excepcional. Um atleta soberbo. Uma pessoa à Benfica.

TeamRocket37

"Após dias de isolamento social/quarentena, e de um turbilhão de emoções, sensações e questões, não tenho dúvidas que a palavra do ano, que normalmente se decide lá para dezembro, será "Corona".

É verdade, cá estamos nós na nossa angústia, fechados em casa, com pouco ou nenhum contacto social, a beber as informações das televisões, redes sociais e milhares de mensagens trocadas pelo WhatsApp.

Quais estão a ser os desafios desta aventura "negra"?

- A família e o isolamento social. A necessidade de protegermos os que nos são mais queridos e chegados. Como passar horas e horas em casa com as crianças, ter a capacidade de aproveitar todos os minutos e horas com eles. E se há uns meses nos queixávamos de ter pouco tempo com eles, chegou a hora de os compensar;

- A equipa e o Benfica. Deixámos de treinar em equipa e começámos a treinar cada um sozinho, em casa, no parque, através das indicações da nossa equipa técnica, com planos de exercício e nutrição atualizados e enviados diariamente. Cabe a cada um de nós, atletas, demonstrar que somos capazes de manter a nossa forma física, mesmo em condições excecionais como esta;

- A responsabilidade civil. Sim, temos de ter consciência que vivemos em sociedade e que precisamos uns dos outros, e neste momento o que mais precisamos é consciência cívica, de como nos comportar, perante esta ameaça;

- E no meu caso, o trabalho como médico, sim, também eu estarei na linha da frente, a ajudar todos aqueles que precisem, muitas vezes com aquele receio de que em casa tenho a minha família à espera da minha chegada são e salvo.

No fundo gostaria de mandar uma mensagem positiva de força e união, e com a certeza que tudo passará e que brevemente estaremos todos juntos a festejar as nossas vitórias. E um dos festejos será contra esta epidemia que sem dúvida nenhuma vamos vencer.

Hugo Gaspar

Mikaeil

Jogador do Benfica torna-se médico a 200%. Longe da família no combate ao coronavírus

Hugo Gaspar é capitão da equipa de voleibol do Benfica, mas é também médico de família. Já esteve a cumprir quarentena e esta semana, por ter ficado mais exposto ao vírus, decidiu afastar-se da família. "Ninguém estava à espera de que isto chegasse à porta de sua casa", diz ao DN.



Os últimos anos da vida de Hugo Gaspar, 37 anos, foram passados numa grande azáfama entre o consultório médico na Unidade de Saúde Familiar Travessa da Saúde, do Agrupamento de Centros de Saúde Loures-Odivelas, e os treinos e os jogos de voleibol na equipa do Benfica, de que é capitão. Hugo é médico de família e, neste momento, com o desporto parado e com a pandemia de covid-19 a caminho do pico, já não despe a bata branca - "agora sou apenas médico, médico a 200%". A partir desta segunda-feira, ficou mais exposto na linha da frente do combate ao novo coronavírus e optou por estar longe da família. Uma imposição que colocou a si mesmo devido aos maiores riscos que vai passar a correr no local onde trabalha.

"A partir desta semana vou deixar de estar com a minha família. É uma decisão minha para os proteger. Mas diria que é seguida por 80% dos meus colegas, sejam médicos, enfermeiros ou profissionais de saúde, porque os riscos são muitos e não queremos colocar a saúde das pessoas mais próximas em risco. Esta pandemia vai implicar longas ausências familiares. Estou a contar não estar com a minha família nas próximas três ou quatro semanas", disse ao DN o médico e atleta do Benfica. "Hoje, as tecnologias permitem que estejamos em contacto mesmo à distância. Mas para quem tem dois filhos pequenos [um de 3 e outro de 7 anos], como é o meu caso, não é a mesma coisa", acrescentou.

Até hoje, Hugo foi dando as consultas normais na Unidade de Saúde Familiar Travessa da Saúde e não lidou com qualquer caso relacionado com o novo coronavírus. Uma realidade, porém, que vai ser alterada a partir desta semana: "Tudo o que estava centralizado em três, quatro hospitais, agora também vai passar para os centros de saúde. Os centros de saúde já se organizaram para acolher cada vez mais casos suspeitos de covid-19, porque estão a aumentar, e os hospitais estão a ficar sem capacidade de resposta. Vamos criar centros específicos, as ADC, que vão receber a população com suspeitas de infeção. Vamos estar na primeira linha. À medida que a situação se complicar, certamente existirá uma requisição ainda maior de médicos e de pessoal de saúde."

Hugo, tal como vários colegas da Unidade de Saúde Familiar Travessa da Saúde, foram das primeiras pessoas em Portugal a cumprir um período de quarentena. Tudo porque duas médicas da unidade onde trabalham foram infetadas com o covid-19. "Estivemos os 14 dias em quarentena, mas já terminámos. Foi logo no início, fomos dos primeiros. As duas médicas que contraíram o vírus foram dos primeiros casos em Portugal. Parece que não, mas já passaram três semanas. Há três semanas que estamos nesta luta", recorda.

O caso de Itália e o vírus para o qual ninguém estava preparado
O atleta do Benfica diz que neste momento, face ao que se está a viver a nível global, "o desporto é uma coisa completamente secundária". "A preocupação de todos é tentar conter esta epidemia, caso contrário as baixas poderão ser grandes. As pessoas pensam que não chega, mas pode chegar à porta de cada um." E foi precisamente a isso que foi assistindo no desporto em geral, com a suspensão de todas as competições, inclusivamente daquele que pratica, o voleibol.

"Ninguém estava à espera de que isto chegasse à porta de sua casa. E as federações foram cancelando os seus campeonatos à medida que os países iam sendo atingidos. Com um caso positivo aqui, outro ali... Habitualmente, só reagimos quando os problemas estão à porta de nossa casa ou quando os sentimos na pele. E foi isso que aconteceu no desporto. Agora estamos a falar de indústrias que envolvem muito dinheiro e, como se sabe, as questões económicas, mesmo em situações desta emergência, têm peso. São coisas complicadas de gerir. Há muita gente dependente dos milhões que envolvem o desporto", reagiu.

O mesmo se aplica à sociedade em geral. Hugo Gaspar não quer fazer reparos sobre se as medidas tomadas pelo governo português foram aplicadas tarde. Mas tem uma certeza: "Nenhum país estava preparado para uma epidemia destas dimensões. Nenhum país pensou que chegasse com a força com que isto chegou. Nós, felizmente ou não, tudo depende de como isto vai evoluir, fomos um dos países atingidos mais tardiamente. Agora, se devíamos ter feito mais alguma coisa antes, é uma discussão relativa. Eu, do meu ponto de vista, começo a compreender o porquê de a China, o Japão, a Coreia do Sul e Macau terem sido tão ditadores e com regras tão pesadas nas medidas que tomaram. Parece que estão a ser eficazes."

Hugo tem também acompanhado com particular atenção a situação dramática em Itália, com o número de mortos a disparar de dia para dia. A questão italiana também lhe é particularmente sensível, porque jogou em Itália, no Sisley Treviso, equipa na qual se sagrou campeão nacional italiano e disputou a Liga dos Campeões.

"Não tenho falado com ninguém diretamente, mas acompanho com muita preocupação a situação através da comunicação social. É dramático e questiono como foi possível atingir aquela população com taxas de mortalidade muito acima do que aconteceu noutros países. A Itália reagiu tarde e tornou-se mais suscetível, a faixa etária atingida é mais velha, enquanto aqui em Portugal é entre os 30 e os 60 anos. Nós poderemos vir a ter um problema idêntico, porque somos dos países europeus com a população mais envelhecida. Se a fatia etária dos 65 anos começar a ser atingida...", aponta.

Hugo Gaspar diz que neste momento todas as ajudas são poucas. Mas confessa ficar sensibilizado quando vê o mundo do desporto a ajudar nesta luta, inclusivamente o clube que representa, o Benfica, que, além de ventiladores para unidades hospitalares, doou um milhão de euros: "É muito importante que quem tenha capacidade financeira ajude. Todos os portugueses, sócios e adeptos ou não do Benfica, têm de sentir-se lisonjeados pela ajuda disponibilizada pelo Benfica e outras entidades. O Benfica é talvez a maior instituição em Portugal e estes projetos e iniciativas são de louvar e temos de dar os parabéns."

Nas semanas que esteve em isolamento em casa na companhia da mulher e dos dois filhos, Hugo não descurou a forma física. "Dedicámos pelo menos uma hora diária ao exercício físico. No meu caso, por ser atleta, tenho mesmo de ter cuidado", referiu, garantindo que, apesar de não ter sido muito exposto a casos de covid-19, tomou sempre precauções: "Já tinha bastantes cuidados em casa, sobretudo manter o máximo de cuidados de higiene e seguir todas as recomendações. Isto chegou a um momento em que qualquer pessoa que possamos atender pode estar infetada. Enquanto até agora os casos estavam bastante controlados em certos pontos do país, com uma linha epidemiológica seguida, agora isso deixou de existir."

https://www.dn.pt/adiantamento/-jogador-do-benfica-torna-se-medico-a-200-longe-da-familia-no-combate-ao-coronavirus-11972108.html