Alípio Matos «VOU REASSUMIR O CARGO NA PLENITUDE»

GloriosoJMP

Alípio Matos «VOU REASSUMIR O CARGO NA PLENITUDE»

«MANAGER» ALÍPIO MATOS VOLTA A SER O ROSTO PRINCIPAL DA EQUIPA TÉCNICA DO BENFICA
VOU REASSUMIR O CARGO NA PLENITUDE
Depois de dois anos a trabalhar na sombra do treinador Adil Amarante, o «manager» do Benfica, Alípio Matos, está de regresso à ribalta.
Em entrevista a O NORTE DESPORTIVO, o primeiro técnico português a vencer o Campeonato e a Taça no mesmo ano explica as razões que o levam a reassumir um lugar de destaque e sem problemas aceita o favoritismo da sua equipa, avisando ainda que o objectivo deste novo ciclo é terminar como Campeão da Europa.

José Túlio
jose.tulio@onortedesportivo

Estão resolvidos os problemas da falta de tempo que o afastaram há duas épocas dos treinos e obrigou o Benfica a contratar Adil Amarante?
Na altura, ao cabo de três anos a treinar o Benfica, com grande sacrifício pessoal, por não ser profissional, entendi que era necessário encerrar um ciclo e mudar um pouco, ficando, no entanto, ligado ao clube com o cargo de «manager», ou seja, mais com a responsabilidade da gestão de grupo, enquanto o Adil Amarante com a gestão do treino.
Neste momento, decidimos que era a altura de voltar a trabalhar mais no terreno, até porque tenho mais disponibilidade do que tinha há dois anos.

Mas, a agressão de Adil Amarante a Rui Pereira, no final da época passada, acelerou essa disponibilidade para voltar a assumir o controlo dos treinos?
Não. Era uma decisão que já estava tomada antes desse acontecimento. Estava tudo programado juntamente com a Direcção e o Adil Amarante para que nesta época a gestão da equipa fosse feita nestes moldes.

Então, o que vai mudar em relação aos últimos dois anos?
Vou reassumir o meu cargo de responsável pela equipa técnica na sua plenitude.

Não vai haver qualquer choque com as funções do Adil Amarante?
De maneira nenhuma. No Benfica está tudo muito bem definido e todos sabemos qual é o nosso lugar.
Há quatro treinadores, uma filosofia e um código de conduta que todos temos de respeitar e que passa pelo facto de ser necessário respeitar e trabalhar sempre em prol do Benfica. Estamos todos imbuídos do mesmo espírito.

Como responsável máximo pela equipa técnica, como analisa a situação vivida pelo Adil Amarante no final da época passada?
Nada justifica certas coisas que acontecem, no entanto, há sempre razões que estão por detrás do ser humano que nos levam em determinado momento a perder o equilíbrio emocional.
Eu também já perdi a cabeça em um ou outro momento, portanto não posso estar a criticar, a crucificar ou a julgar alguém. No entanto, há que evitar esse tipo de situações, assumir as responsabilidades e pedir desculpa a quem de direito quando elas acontecem.

Com a qualidade do plantel que tem à sua disposição, há margem de erro para o Benfica em 2006/2007?
Desde que o Benfica se iniciou no futsal que a margem de erro em cada época é nula, porque entramos na modalidade com o firme propósito de ganhar títulos e é para isso que todos os anos trabalhamos.
Não é pelo facto do Benfica se ter reforçado bastante este ano que a margem de erro é nula, porque isso é uma consequência natural da grandeza deste clube e da ambição das pessoas que estão à frente do departamento de futsal. No entanto, esta época temos a vantagem de possuir no plantel jogadores que já estão cá há muito tempo, que conhecem a mística do clube, ao mesmo tempo que contratamos atletas de outros grandes clubes e que também sabem o que é viver sob a pressão de jogar sempre para ganhar.
O nosso objectivo é ganhar tudo o que pudermos.

Apesar de não ser o campeão nacional, aceita que o Benfica seja apontado como o principal favorito à conquista do título?
Independentemente do plantel que o Benfica consegue reunir em cada época, os nossos adversários têm o hábito de nos apontar como os principais favoritos. Não nos importamos. É uma postura com a qual temos de saber conviver e não temos medo de assumir que somos favoritos.
Vamos trabalhar com a perspectiva de dar o máximo, jogar bem e ganhar todos os títulos que disputarmos. Não estamos preocupados com o rótulo de favoritos. O mercado de transferências está muito aberto, com o fim da limitação de estrangeiros, mas o Benfica fez a opção de contratar jogadores portugueses. Agora, não sei se vai aparecer uma equipa ou outra que jogue com seis ou sete brasileiros e possa ganhar ao Benfica, mas estamos tranquilos e apenas empenhados em fazer o nosso trabalho de forma a temros sucesso no final da época.

A opção pela contratação de jogadores portugueses é o reconhecimento dos erros da época passada?
O Benfica este ano conseguiu uma coisa inédita que é o de ter o plantel fechado a um mês de se iniciar a época.
Houve bastantes melhorias no relacionamento com o clube, permitindo que pudéssemos preparar atempadamente a temporada. No passado, nunca tomamos opções com a intenção de errar, mas, por vezes, o facto de se trabalhar em cima do joelho obrigou a que se cometessem erros. As circunstâncias da época passada, como, por exemplo, a pouca disponibilidade financeira da secção, obrigaram a que seguíssemos aquele caminho e como não ganhamos pode-se dizer que falhamos nas opções. Por outro lado, ao contrário dos nossos adversários, somos bastante benevolentes e não cortamos as pernas a nenhum jogador e isso tem acarretado algumas dificuldades, nomeadamente, com a saída e entrada de bastantes jogadores que nos obriga a um trabalho maior ao nível da integração e da adaptação desses mesmos atletas ao nosso País e futsal.


SELECÇÃO
ORLANDO DUARTE É O TREINADOR IDEAL
Faz parte das suas ambições ser seleccionador nacional?
A Selecção Nacional está muito bem entregue ao Orlando Duarte. É o treinador ideal para continuar a trabalhar com esta equipa e preparar o Campeonato da Europa, por isso, não é uma questão que possa ser respondida. No entanto, todas os treinadores sonham e gostavam um dia de treinar a Selecção Nacional e eu não fujo à regra, mas para que isso aconteça é preciso uma conjugação de factores, como a minha disponibilidade, a vontade da Federação ou o cargo estar vago para que possa estar a pensar nessa possibilidade.


AMBIÇÃO
TRABALHAMOS PARA SER CAMPEÕES DA EUROPA
Seis anos depois de ter sido um dos principais entusiastas da criação da secção de futsal no Benfica, o sucesso europeu é o patamar que falta alcançar?
Não escondo que começamos esta época a trabalhar para ser Campeão da Europa. Temos esse objectivo. Já estivemos perto e mostramos que é possível ganhar às equipas espanholas e que temos valor para ser campeões da Europa.

Tendo em conta o nível do Campeonato Nacional, o investimento feito pelo Benfica não é desproporcional?
Claro que não. É o investimento que entendemos ser necessário para dar início a um novo ciclo, onde queremos ser campeões europeus, e, por outro lado, acho muito mal que os clubes não consigam reunir mais apoio para que o campeonato português seja mais competitivo.
Gostava que as pessoas percebessem que a captação de patrocínios para a modalidade só é possível se todos remarem para o mesmo lado, porque é complicado convencer um investidor a apostar numa modalidade onde todas as semanas a imprensa e os responsáveis pelas equipas passam a vida a dizer que o campeonato é disputado por quatro equipas profissionais e pelas outras. Dá a ideia de que é um campeonato mentiroso. Treinei durante alguns anos o Atlético, que não era profissional, e ganhamos várias vezes aos profissionais. Nunca nos queixamos.
O futsal, com as substituições volantes, é uma modalidade que permite equilibrar o jogo, por isso, são as pessoas do futsal que têm de defender o produto onde trabalham e deixarem de andar constantemente a denegrir e a afastar os investidores.


JOGADORES
HÁ QUE CRIAR UMA CULTURA DE PROFISSIONALISMO
O Ricardinho, ao aceitar participar em torneios de Verão, podia ter colocado em causa toda a planificação da época 2006/2007?
São situações difíceis. Os jovens, às vezes por relações de amizades de infância, são solicitados para certas coisas que sabem que não podem aceitar, porque são profissionais e podem pôr em risco uma época com esse tipo de actividades. Por ser ainda embrionário, entendo que é preciso usar uma certa profilaxia com esses jovens acerca do que deve ser o profissionalismo no futsal. Há que criar nos jogadores uma cultura de profissionalismo.
O futsal é um jogo de bairro e muitos jogadores não estão preparados para ser profissionais e eu quero ajudar os do Benfica a entender quais são as suas obrigações e direitos enquanto profissionais de futsal.

E essa profilaxia não deveria ter sido aplicada também ao Côco?
A saída do Côco é uma decisão da Direcção. Não passou pela equipa técnica.

Qualquer treinador era campeão com esta equipa do Benfica?
Essa é a imagem que passa para as pessoas que estão de fora e não conhecem a realidade da gestão de um grupo de trabalho.
Não há dúvida de que o Benfica tem um plantel forte e isso facilita as coisas em termos de jogo, mas é sempre difícil fazer a gestão dos recursos humanos. Acreditamos que este grupo de trabalho, por ser constituído por jogadores bem formados, educados, com uma filosofia de vida adequada, não nos vai dar problemas a esse nível.
Estão criadas as condições para se criar um novo ciclo no Benfica, assente na recuperação da mística e dos valores da amizade e da união de grupo e esse é o principal trabalho desta equipa técnica. A nossa função é unir e motivar o grupo sempre dentro da perspectiva do que é melhor para o clube e para a equipa e fazer-lhes ver que não há nada mais importante que o colectivo.

Mas nem sempre é fácil gerir um grupo onde todos têm capacidade para ser titular...
Por isso, são os jogadores que no trabalho diário vão dizer se querem ou não ser titulares, se merecem ou não jogar.
Eu limito-me a ver, gerir e a fazer aquilo que me parece melhor para o grupo de trabalho e para o clube. Já disse aos jogadores que cada um tem de conquistar o seu espaço e pôr o seu valor ao serviço da equipa, porque como são jogadores do mais alto nível não têm nada para provar. Têm de lutar pelo seu espaço, trabalhar para jogar mais tempo, e, como não sou uma pessoa estúpida, não vou deixar de utilizar um jogador que esteja a jogar bem em detrimento de outro que não mereça.

mar_vivo


andre_04_SLB



blackstorm

boa sorte Alipio!!!!  o homem certo no lugar certo,,,que felixidade ler que ele vai voltar a ser o tecnico principal tanto no banco como nos treinos... :smitten:

finalmente temos alguem que tem classe e nao envergonha ninguem nas suas atitudes

ESTE HOMEM É UM MISTER...  ;D

Amigo das modalidades

o Alípio vai reassumir o cargo de Manager, não o de Treinador...  ;D há que saber distinguir as coisas  :coolsmiley:

é bom termos o Alípio mais activo, 2 cabeças pensam melhor que 1. E ainda tem a vantagem de termos o Alípio para falar com a imprensa e estes deixam o Adil em paz.

andre_04_SLB


blackstorm

O alipio ja é manager ha 2 anos,como tal se fosse para continuar só a ser manager nao diria que houve mudança...o alipio vai ser o tecnico principal no banco e nos treinos,alias é so começar a epoca e essa duvida ficará desfeita

Amigo das modalidades

Citação de: blackstorm em 26 de Agosto de 2006, 22:09
O alipio ja é manager ha 2 anos,como tal se fosse para continuar só a ser manager nao diria que houve mudança...o alipio vai ser o tecnico principal no banco e nos treinos,alias é so começar a epoca e essa duvida ficará desfeita

a época já começou, eu estive no segundo treino e o Alipio nem estava lá.

o que se passa é que o Alipio tem agora mais tempo para ir aos treinos e estar mais em cima da equipa e do trabalho desenvolvido, por ele coordenado.

como disse no outro topico, o ALipio disse na entrevista, a equipa técnica tem 4 elementos, com as suas funções bem definidas.

Não vejo que exista uma mudança, no fundo quanto muito há um "reforçar" da posição assumida pelo Alipio aquando da contratação do Adil.

Alem do mais, a maior mudança, essa já disse o Engº Moreira, é a nivel do contacto com a imprensa, é o  Alipio que fala e não o Adil

Pedro Neto

Esta noticia e esta discussão já está a ser feita no tópico dos reforços!

JMIGUEL

TRABALHAMOS PARA SER CAMPEÕES DA EUROPA
Seis anos depois de ter sido um dos principais entusiastas da criação da secção de futsal no Benfica, o sucesso europeu é o patamar que falta alcançar?
Não escondo que começamos esta época a trabalhar para ser Campeão da Europa. Temos esse objectivo. Já estivemos perto e mostramos que é possível ganhar às equipas espanholas e que temos valor para ser campeões da Europa.


Sera que alguem me consegue explicar esta frase!!!!!, mas o futsal do benfica vai participar nas competições europeias este ano??????

Abraços gloriosos para todos.

Amigo das modalidades

Citação de: JMIGUEL em 30 de Agosto de 2006, 10:42
TRABALHAMOS PARA SER CAMPEÕES DA EUROPA
Seis anos depois de ter sido um dos principais entusiastas da criação da secção de futsal no Benfica, o sucesso europeu é o patamar que falta alcançar?
Não escondo que começamos esta época a trabalhar para ser Campeão da Europa. Temos esse objectivo. Já estivemos perto e mostramos que é possível ganhar às equipas espanholas e que temos valor para ser campeões da Europa.


Sera que alguem me consegue explicar esta frase!!!!!, mas o futsal do benfica vai participar nas competições europeias este ano??????

Abraços gloriosos para todos.


não, mas o objectivo é começar já a preparar o ataque à UEFA CUP 2008, e par lá tar, é preciso ser campeão este ano...

Red Guns

A unica coisa que não gostei desta intrevista foi o facto de ficar a saber que já não existe limite de instrangeiros... Não hajam duvidas que é assim que o futsal português evolui... :\

FaithNoMore

Entrevista a Alipio Matos no site oficial:


«Já somos imbatíveis no espírito de grupo»

Dois dias depois da conquista da Supertaça, o manager do futsal do Benfica, Alípio Matos, concedeu uma entrevista ao site oficial do Benfica. Aquele que foi um dos pioneiros da modalidade no Glorioso mostra-se tão apaixonado pelo futsal e pelo Benfica como no primeiro dia e revela que quando a equipa estiver a jogar aquilo que ele próprio pretende, será muito difícil que seja batida em Portugal.

«O Benfica vive de títulos»

P - Que significado teve a conquista da Supertaça para o Benfica?
R - Tratou-se de uma vitória super-importante. O Benfica vive de títulos e precisa constantemente de galvanizar os seus sócios. Por outro lado, com o valor dos jogadores que fomos buscar, era imperioso vencer, apesar de termos pela frente um grande adversário.

P - Ainda assim este foi um triunfo "tirado a ferros"...
R - É verdade. Não entrámos bem no jogo e viemos a pagar isso com golos. Fez-nos correr o dobro e ter uma enorme bravura. Acreditámos sempre e arriscámos, pelo que viemos a conseguir alcançar a vitória. O futsal é isto mesmo: resultados teoricamente inacessíveis acabam por se transformar em grandes vitórias.

P - No final da partida afirmou que a equipa ainda vai melhorar. O que gostou mais e, por outro lado, o que lhe desagradou no jogo de domingo?
R - Posso dizer que não fiquei totalmente satisfeito com a exibição global da equipa, mas a entrega e a disponibilidade mostrada por todos deixaram-me realmente contente. Conseguiram ficar para a história e isso é muito importante.

«A partir daqui só temos de subir de rendimento»

P - Quando lembrou que este Benfica ainda está a 50 ou 60 por cento, o que quis transmitir?
R - Eu não gosto de desculpas, especialmente quando as coisas correm mal, mas já que ganhámos eu foquei esse aspecto. Afinal de contas, isto demora. Cerca de 70 por cento da equipa é nova e, apesar de virem de bons clubes, os jogadores que agora chegaram têm de ser integrados noutros hábitos de trabalho. Quando digo que jogámos a 50 por cento em relação ao que valeremos, essa é a pura verdade. Quando os jogadores conseguirem entrar no jogo sem estarem inibidos, então teremos todas as possibilidades de realizarmos grandes espectáculos e de alcançarmos excelentes vitórias. Sinto que a partir daqui só temos de subir de rendimento.

P - Falemos do plantel. O Benfica apostou claramente, este ano, em contratar jogadores internacionais portugueses e em fazer regressar homens da casa, como Pedro Costa e Zé Maria. Pretende-se que os sócios se identifiquem mais facilmente com os jogadores?
R - Essa é a nossa filosofia. Queremos fortalecer a mística, reforçando a relação com os nossos sócios e simpatizantes. Dar-lhes figuras como o Pedro Costa, o André Lima, o Ricardinho, o Zé Maria e o Zé Carlos, que estão cá há vários anos e são já referências. Os outros, como portugueses e excelentes executantes, podem vir a ser a médio prazo também eles referências neste Clube.

«Teremos mais gente nos jogos de todas as modalidades»

P - Luís Filipe Vieira e Fernando Tavares apresentaram no início desta semana o projecto das modalidades do Benfica, reforçando as vantagens que os sócios terão quando optarem pelo pagamento da quota suplementar. Trata-se de um passo certamente bem-vindo para as modalidades do Benfica...
R - Este tipo de projecto é muito importante para nós, pois sabemos que o apoio do público é fundamental. Apesar de o futsal ter sempre muita gente a ver os seus jogos, notamos que as outras quatro modalidades acabam por não ter tanto apoio da parte dos sócios. Ao reforçar este projecto, a direcção dá mostras de querer criar uma sinergia entre as modalidades e os associados. As condições de acesso serão óptimas para eles e nós agradecemos, pois teremos muito mais gente a assistirem aos jogos de todas as modalidades.

P - Considera um pavilhão cheio meio caminho andado para a vitória?
R - É fundamental. É o nosso jogador-extra, aquele que nos ajuda sempre. Ainda este domingo os nossos adeptos foram fundamentais para que a equipa acreditasse sempre na vitória.

P - O Alípio é um dos pioneiros do futsal do Benfica. Vive esta modalidade e este clube com paixão, facto que já o levou a desempenhar funções como director desportivo, como treinador e como manager. Em qual destes cargos se sente melhor?
R - Estou aqui desde o princípio e sempre para servir o Benfica. Sou sócio há mais de 25 anos e amo este clube. Até já treinei os miúdos e gostei bastante de fazê-lo. Actualmente, e porque a direcção da secção assim o decidiu, sou o manager, na verdadeira acepção da palavra, sendo o Adil o metodólogo de campo e eu o gestor do grupo, embora também esteja presente no campo. Sinto-me bem nesta função, até porque tenho a última palavra. Mas, acima de tudo, reforço, estou aqui para servir o Benfica, seja em que posição for.

«Seremos uma equipa praticamente imbatível»

P - Um Benfica no qual, mais do que nunca, acredita, enquanto equipa...
R - Quando atingirmos aquilo que pretendo seremos uma equipa praticamente imbatível. Quando todos estiverem integrados no Clube e quando os automatismos surgirem com maior facilidade, então será muito difícil alguém nos ganhar.

P - Mas a integração dos novos elementos não leva o seu tempo?
R - Sem dúvida. Mas eles já se sentem muito acarinhados, até devido ao ambiente familiar que se vive neste grupo. Posso mesmo dizer que existem aqui todas as condições de trabalho para exercerem o seu trabalho da forma que melhor sabem.

P - Depreende-se das suas palavras que em mês e meio de trabalho já se formou um conjunto muito unido.
R - Já somos imbatíveis no espírito de grupo! Mesmo os que não jogam querem que os colegas estejam bem e ganhem. Ao longo deste mês e meio de trabalho notei que eles levaram a peito a mensagem que lhes passámos: não existem campeões sem um espírito de grupo forte, sendo que nenhum jogador está acima da equipa. Eles acreditam neste conceito porque confiam em nós, sabem que somos honestos e que tomaremos apenas as melhores opções para o Clube.

«Proporcionar bons espectáculos»

P - Quais poderão ser os principais adversários do Benfica na luta pelo título?
R - Acredito que sejam os quatro do costume [Benfica, Sporting, Freixieiro e Fundação Jorge Antunes], embora o Belenenses, o Boavista e o Pombal estejam mais fortes. Ainda assim, sabemos que teremos de dar o litro em todos os jogos, pois as equipas costumam brilhar contra nós e dar tudo o que têm para vencer.

P - Por outro lado, o futsal é cada vez mais um jogo de pormenores...
R - Sim, cada vez mais o jogo está a ser decidido pelos erros, por pormenores, já que as equipas encaixam muito bem. Mas acredito que é preciso puxar os adeptos e as televisões, pelo que temos de jogar para ganhar, proporcionando bons espectáculos, mesmo que tecnicamente nem sempre seja fácil manter a qualidade pretendida.

P - Uma questão final. Que mensagem quer deixar aos sócios, poucos dias depois da primeira conquista da época e estando a postos para o início do campeonato?
R - Só peço que os sócios venham ao pavilhão e acreditem na equipa, porque nós vamos conseguir dar-lhes muitas alegrias.

http://www.slbenfica.pt/Info/OutrasModalidades/Futsal/NoticiasFutsal/noticiasfutsal_futsalalipiomatosent_190906_38676.asp



GloriosoJMP

uma pergunta.....
não vamos participar numa prova europeia?!
tipo, de temos ido a final da taça?!