Diogo Ribeiro - Natação

TeamRocket37

Citação de: DB4700 em 27 de Abril de 2022, 11:28
Citação de: TeamRocket37 em 20 de Abril de 2022, 10:34
Vasco Vilaça
Diogo Ribeiro
Pedro Casinha

Serão as novas grandes caras Portuguesas do novo Projeto Olímpico do Benfica.

Quando começou o PO no Benfica as figuras eram a Telma Monteiro, Vanessa Fernandes e Nelson Évora.

Diogo Ribeiro vai ser a referência nacional da Natação, mas creio que será complicado vir a ser a cara do programa olímpico (na medida que a ambição provavelmente será mais ir a finais do que medalhas). historicamente as medalhas de Portugal vêm do Atletismo. creio que nessa lista deveria estar alguém do Atletismo. mas não conheço bem.

A Telma não fará mais que Paris 2024, mas Pimenta e Pichardo irão até Los Angeles 2028.

Quando falei das novas caras, não estava na parte de conquistas de medalhas olímpicas, isso é sempre relativo e muito difícil de alcance.

No atletismo a grande referência da modalidade no panorama nacional de futuro está em Braga, é a Mariana Machado, não vejo ninguém que consegue um dia sonhar com 1 medalha olímpica da geração que ai vem.

TeamRocket37

https://maisfutebol.iol.pt/mais-longe-e-mais-alto/diogo-ribeiro/perdeu-o-dedo-abriu-os-olhos-e-aos-17-anos-e-um-fenomeno-da-natacao

Perdeu o dedo, abriu os olhos e aos 17 anos é um fenómeno da natação
Diogo Ribeiro, nadador do Benfica, teve um acidente grave há menos de um ano. Em abril, com idade júnior, bateu mais de uma dezena recordes nacionais, três dos quais absolutos«Mais longe e mais alto» é uma rubrica do Maisfutebol que olha para atletas e modalidades além do futebol. Histórias de esforço, superação, de sucessos e dificuldades.

De repente, o sonho tornou-se pesadelo.

Diogo Ribeiro nem teve tempo para saborear a medalha de prata que venceu nos 100m mariposa no Europeus Júnior.

Três dias depois, aos 16 anos, o nadador acordou numa ambulância do INEM a caminho do hospital, depois de a mota que conduzia ter sido abalroada por um carro em Coimbra.

«No hospital só pensava que a minha carreira tinha acabado. Não me conseguia mexer. Doíam-me as costas só de respirar», recorda o jovem atleta, que já tinha acordo com o Benfica, que temeu que pudesse cair.

Passaram-lhe os cenários mais negros pela cabeça. E o caso não era para menos.

«Depois do embate, caí e fiquei inconsciente. Só me lembro de estar na ambulância. Fiquei com hematomas no corpo todo. Fiquei sem parte do indicador direito; fiz uma fratura no pé direito; desloquei o ombro direito; fiz uma grande queimadura no joelho esquerdo; e uma microrrotura no peito», confidencia, em conversa com o Maisfutebol.

Apesar de tudo, as consequências podiam ter sido piores para o jovem nadador. A recuperação foi lenta, mas o apoio da família deu-lhe força nos dias mais difíceis.

«Estive uma semana internado e fiquei um mês de cama em casa. Depois comecei a fazer fisioterapia, mas tinha de ir de cadeira de rodas quando ia à casa de banho».

Até que um dia se levantou sem apoio. E não esquece esse momento.

«A primeira vez que consegui andar sozinho, levantei-me da cama fui até à cozinha fazer uma surpresa à minha mãe. Eu estava quase a cair e ela disse que eu era maluco e mandou-me voltar para a cama», relata sorridente.

Fisicamente, a sequela da qual lhe custou mais a recuperar até foi a que menos esperava: a rotura no peito. E a que podia ser mais preocupante resolveu-se facilmente.

«Poucos dias depois do acidente, fiz a reconstrução do dedo e ficou muito bom. A sensibilidade mudou e no início tinha medo de puxar alguma coisa com força, por exemplo. Mas já recuperei totalmente», assegura.

Dez recordes nacionais graças... à «comida da mamã»

Apesar de não ter qualquer ligação familiar anterior à natação, o primeiro contacto de Diogo com uma piscina aconteceu com poucos meses de vida.

«Eu a minha irmã entrámos logo para a natação ainda bebés. Ela é três anos e meio mais velha do que eu, e eu tinha poucos meses quando comecei a ir àquelas aulas de meio aquático. E quando tinha três anos comecei a querer fazer mais coisas na natação», enquadra.

Pouco depois disso, uma tragédia familiar fez com que a mãe insistisse num passatempo que tinha percebido que o filho adorava.

«Quando eu tinha quatro anos, o meu pai faleceu e a minha mãe quis que eu me dedicasse mais, também para me distrair», confidencia, ele que nada com uma estrela tatuada no ombro direito em memória do pai.

«Depois, por volta dos seis anos comecei a nadar mais a sério, fui fazendo competições a nível regional e comecei a ganhar», continua.

Antes de chegar ao Benfica, no início desta época, o jovem conimbricense nadara sempre em clubes da sua cidade: Fundação Beatriz Santos, Clube Náutico Académico Coimbra e depois União de Coimbra.

Foi já depois do acidente e da mudança para Lisboa – treina no Centro de Alto Rendimento do Jamor - que Diogo Ribeiro confirmou o potencial que lhe era apontado.

Mas seria num regresso a Coimbra que todos os olhos ficariam em cima do nadador. Um jovem cujos resultados fazem com que seja já apontado como um dos melhores portugueses de sempre por nadadores olímpicos portugueses.

É que apesar da idade júnior, Diogo Ribeiro foi a grande figura dos campeonatos nacionais que decorreram em Coimbra entre 31 de março e 3 de abril.

No total, foram dez os recordes nacionais que bateu – seis de juniores e quatro de absolutos.

O nadador do Benfica saiu dos nacionais como o mais rápido de sempre nos 50m mariposa e nos 100m livres – bateu ambos duas vezes. Mas há um deles que é mais especial para o nadador. 

«Todos os recordes absolutos são especiais. Mas o dos 100m livres é o mais especial. Foi a primeira vez que um português baixou dos 49 segundos [48,72] na distância e eu nem tinha grandes expectativas para essa prova», declara.

Mas qual foi a receita para tanto sucesso a nadar em casa?

«Massa com grão, carne, ervilhas e cenoura. Tudo misturado».

Não, não é engano. Diogo Ribeiro explica, a sorrir.

«Atribuo 100 por cento de importância à comida da mamã. Faz muita diferença porque a alimentação é das coisas mais importantes para competição. Ela faz aquilo que eu gosto e estou habituado a comer. Costuma fazer uma massa com grão, carne, ervilhas e cenoura. Tudo misturado. E dormir na minha cama também fez diferença, na minha casinha».

Além dos recordes nacionais – aos quais juntou o dos 100m mariposa a meio de abril – Diogo conquistou em Coimbra 12 mínimos para os Europeus e os Mundiais, tanto de juniores como de absolutos.

A estratégia desportiva, porém, fê-lo abdicar de duas dessas grandes provas.

«Optei por ir ao Europeu de Absolutos, em Roma, [11 a 21 de agosto] e ao Mundial de Juniores, no Peru [uma semana depois]. Eu e o meu treinador acreditamos que podemos fazer melhores resultados nessas duas competições por causa dos ciclos de treinos», sublinha.


«Achava-me indestrutível, o acidente foi uma lição»

É impossível esquecer que estes resultados surgem menos de um ano depois de um acidente que podia ter terminado precocemente a carreira de Diogo Ribeiro.

E ele próprio não deixa esquecer isso. Não para se vitimizar, mas para sublinhar a forma como o acidente lhe mudou a personalidade.

«Não vou dizer que ainda bem que aconteceu, mas precisava de abrir os olhos», introduz friamente.

«O acidente foi mesmo uma lição. Aprendi muito e ganhei a nível psicológico. Deu-me força mental e responsabilidade. Aquele momento fez-me olhar para a vida de outra forma», continua.

E aqui o jovem admite erros e excessos que cometia, próprios também da idade. E que não quer voltar a repetir.

«Acho que ganhei uma segunda vida. E tenho de a aproveitar. Não posso cometer os erros que cometi no passado. Fazia muita porcaria e achava que era indestrutível e que nunca me ia acontecer nada. Pensava que estava sempre tudo bem. Percebi que não era assim».

Agora, com o trabalho que tem realizado no Benfica e com a evolução está a ter, Diogo Ribeiro acredita que pode chegar onde nenhum outro nadador português chegou.

«O Benfica dá-me muito melhores condições do que eu tinha. Tive propostas de outros clubes, mas decidi logo pelo Benfica. Até ao ano passado, só trabalhava na piscina. Atirava-me para a água e nadava. Agora trabalho no ginásio, trabalho a biomecânica, faço estudos de viragem, chegada, técnica de partida. Esses detalhes mudam muita coisa», defende.

Por tudo isso, o horizonte do nadador é mesmo o topo.

«Sinto que posso ser um dos melhores do mundo. Nunca houve um nadador que estivesse perto do topo da natação mundial, mas quero chegar lá. Sempre com a cabeça na terra, mas meu sonho é conseguir uma medalha olímpica», atira, ambicioso.

E o que será preciso para o conseguir?

«Não sei o que é necessário. Mas se eu não sei, alguém me vai ensinar. Ainda sou novo, não sei tudo, mas tenho pessoas que me vão ajudar», responde de pronto.

Algo que o jovem nadador acredita não precisar é... de sair do país.

«Acho que não preciso de sair de Portugal para chegar ao topo. Mas se eu conseguir a medalha olímpica, vamos saber se Portugal tem condições para isso ou não», remata.


EB_94_SLB

Citação de: TeamRocket37 em 27 de Abril de 2022, 12:10
Citação de: DB4700 em 27 de Abril de 2022, 11:28
Citação de: TeamRocket37 em 20 de Abril de 2022, 10:34
Vasco Vilaça
Diogo Ribeiro
Pedro Casinha

Serão as novas grandes caras Portuguesas do novo Projeto Olímpico do Benfica.

Quando começou o PO no Benfica as figuras eram a Telma Monteiro, Vanessa Fernandes e Nelson Évora.

Diogo Ribeiro vai ser a referência nacional da Natação, mas creio que será complicado vir a ser a cara do programa olímpico (na medida que a ambição provavelmente será mais ir a finais do que medalhas). historicamente as medalhas de Portugal vêm do Atletismo. creio que nessa lista deveria estar alguém do Atletismo. mas não conheço bem.

A Telma não fará mais que Paris 2024, mas Pimenta e Pichardo irão até Los Angeles 2028.

Quando falei das novas caras, não estava na parte de conquistas de medalhas olímpicas, isso é sempre relativo e muito difícil de alcance.

No atletismo a grande referência da modalidade no panorama nacional de futuro está em Braga, é a Mariana Machado, não vejo ninguém que consegue um dia sonhar com 1 medalha olímpica da geração que ai vem.

Leandro Ramos?

TeamRocket37

Citação de: EB_94_SLB em 17 de Maio de 2022, 23:10
Citação de: TeamRocket37 em 27 de Abril de 2022, 12:10
Citação de: DB4700 em 27 de Abril de 2022, 11:28
Citação de: TeamRocket37 em 20 de Abril de 2022, 10:34
Vasco Vilaça
Diogo Ribeiro
Pedro Casinha

Serão as novas grandes caras Portuguesas do novo Projeto Olímpico do Benfica.

Quando começou o PO no Benfica as figuras eram a Telma Monteiro, Vanessa Fernandes e Nelson Évora.

Diogo Ribeiro vai ser a referência nacional da Natação, mas creio que será complicado vir a ser a cara do programa olímpico (na medida que a ambição provavelmente será mais ir a finais do que medalhas). historicamente as medalhas de Portugal vêm do Atletismo. creio que nessa lista deveria estar alguém do Atletismo. mas não conheço bem.

A Telma não fará mais que Paris 2024, mas Pimenta e Pichardo irão até Los Angeles 2028.

Quando falei das novas caras, não estava na parte de conquistas de medalhas olímpicas, isso é sempre relativo e muito difícil de alcance.

No atletismo a grande referência da modalidade no panorama nacional de futuro está em Braga, é a Mariana Machado, não vejo ninguém que consegue um dia sonhar com 1 medalha olímpica da geração que ai vem.

Leandro Ramos?

Leandro e Isaac estão em patamares parecidos.
Vai depender nos próximos 2/3 anos o que podemos realmente contar com eles para futuro.

kodah

Este miúdo é uma máquina, Benfica ultimamente tem tido nadadores muito bons, mas também é preciso saber agarra-los... Este miúdo é uma máquina, nas mãos certas será um atleta de topo olímpico e pode encaixar algum dinheiro à modalidade se bem geridas as coisas.

Não sei até que ponto, apesar da natação ser o mundo que é que algum clube não o tente agarrar €€ é preciso estarem atentos às outras equipas e se querem ganhar o Nacional de Clubes precisam de os agarrar, motiva-los e atrair outros  :slb2: :slb2:

danhel

Parabéns Diogo. Apuramento para as meias finais do Campeonato da Europa nos 200m mariposa, com recorde nacional 23'24.

Wiz

E o 3º melhor registo, entre todos os participantes. Muito assinalável.

pedroslb78


TeamRocket37

As 3 grandes figuras do Projecto Olímpico do Benfica são:

Telma Monteiro, Fernando Pimenta e o Pedro Pichardo, e já foram no passado a Vanessa, Évora e a Telma.

Benfica precisa de novas caras para PO, diria que este miúdo Diogo Ribeiro na natação, Vasco Vilaça no Triatlo e o Pedro Casinha na Canoagem serão as caras de futuro do PO do Benfica.

De referir que Europeus em Piscina Longa, Portugal só tem 2 medalhas.
Yokochi de Prata em 1985 e Alexis de Bronze em Londres 2006.

JPSilva

Apurado para a final com o 4o registo que é novo record nacional 23.18

TeamRocket37

Citação de: JPSilva em 11 de Agosto de 2022, 17:16
Apurado para a final com o 4o registo que é novo record nacional 23.18

Este miúdo é mesmo um achado.

ala esquerda

Citação de: TeamRocket37 em 11 de Agosto de 2022, 17:39
Citação de: JPSilva em 11 de Agosto de 2022, 17:16
Apurado para a final com o 4o registo que é novo record nacional 23.18

Este miúdo é mesmo um achado.
E na final vai voltar a bater o record

poiudivino

Que fenómeno. Qual foi a melhor participação de um tuga num europeu de natação?

TeamRocket37

#58
Citação de: poiudivino em 11 de Agosto de 2022, 23:00
Que fenómeno. Qual foi a melhor participação de um tuga num europeu de natação?

Medalha de Prata de Yokochi em 1985 (Piscina Longa).

Em Piscina Curta, em Lisboa 1999 nos 200m costas o José Couto também medalha de prata. 

TeamRocket37

Está na meia final dos 100m livres.