(https://serbenfiquista.com/sites/default/files/styles/large/public/germanoserbenfiquista.jpg?itok=8frBbEwv)
Nome Completo: GERMANO Luís de Figueiredo
Posição: Defesa CentralNacionalidade: Português (Internacional A)
Data de Nascimento: 23-12-1932
Número da Camisola: 6
Pé Preferido: Direito
Benfica 3-2 Barcelona | Taça dos Campeões Europeus 1960/61 - Final (http://serbenfiquista.com/jogo/sl-benfica-3-x-2-barcelona)
(http://www.abload.de/img/germano9ex1t.gif)
Hearts 1-2 Benfica | Taça dos Campeões Europeus 1960/61 - 1ªEliminatória (1ªMão) (http://serbenfiquista.com/jogo/hearts-1-x-2-sl-benfica)
(http://www.abload.de/img/germano42jlj.gif)
Germano de Figueiredo. Lisboa. 23 de Dezembro de 1932-2004. Defesa.
Épocas no Benfica: 7 (60/67). Jogos: 131. Golos: 6. Títulos: 4 (Campeonato Nacional), 2 (Taça de Portugal) e 2 (Taça dos Campeões).
Outros clubes: Atlético e Salgueiros. Internacionalizações: 24.(http://3.bp.blogspot.com/_4nTdjjwwT3U/TM9CVTaEHyI/AAAAAAAAFLs/ExCJOf-DaVs/s1600/GF001.jpg)
Quando Vinicius de Moraes escreveu "tristeza não tem fim, felicidade sim", não consta que se inspirasse em Germano. Talvez até jamais o tivesse conhecido. Mas aquele olhar melancólico, cheio de humanidade; aquele rosto austero, anunciando à vida inclemência; aquele porte rígido, transporte de aflições ou até raivas, era Germano, personalidade singular.
Nos seus tempos, infanto-juvenis, logo recebeu golpes pungentes. Perdeu o pai, três anos depois a mãe, entregue aos carinhos de uma irmã mais velha ficou. Talvez por essa altura só o futebol, embrionária paixão, lhe resgatasse a alma.
Nasceu no pitoresco bairro de Alcântara, de raízes populares, em 1932, por coincidência ano em que Salazar iniciou funções como Presidente do Conselho. O Atlético Clube de Portugal, por quem veio a suspirar, ainda não existia, era Carcavelinhos e União de Lisboa, mais tarde sim, deu-se a fusão, nascendo uma das mais emblemáticas agremiações desportivas. Era também Carlos Baptista, o seu ídolo, de Alcântara, é claro, nele encontrou o apelo pela bola, pelo jogo, pelo futebol.
Em 1947, Germano começou a militar nos infantis do Atlético. Optou pela baliza, guarda-redes seduzia-o, mas o treinador, esse mesmo, Carlos Baptista, referência maior do ainda miúdo, nele achou redutor a defesa das redes e metamorfoseou-o avançado-centro. O ciclo estava, porém, incompleto. A defesa-central se quedaria. Conclusivamente.
Quis o destino que se estreasse na equipa de honra do Atlético e logo frente ao Benfica. Ocupou o lugar de Armindo, defesa duro e experimentado, cuja lesão obrigou Janos Biri a chamar o jovem Germano. Venceu o Benfica, por 4-3. No rescaldo, nada em desabono do debutante. Mesmo assim, foi relegado para as reservas, que a idade não ajudava. Só que na segunda volta, ainda no Campo Grande, em grande jogou, titular se afirmou, logo Salvador do Carmo o fez internacional, frente à Áustria, quando substituiu o magoado Cabrita, marcou a estrela Orkwie e, naquele empate, se afirmou em definitivo.(http://4.bp.blogspot.com/_4nTdjjwwT3U/RfNSjIp6kUI/AAAAAAAAARU/YlsRaDCgW9U/s400/LastScan1.jpg)
A desdita não lhe dava tréguas. Em novo suplicio mergulhou. O pré-aviso foi uma constipação. Coisa pouca parecia. Em Braga, jogou debaixo dos rigores do Inverno minhoto e sentiu-se mal no fim da contenda. Como arribou um pouco, não se demitiu de fazer a digressão pela Turquia e pela Egipto, ao serviço da equipa nacional. Seguiu-se Madrid, com a farda da Selecção de Lisboa, em jogo organizado por um tal Carmen Franco, mulher do ditador espanhol. A virose que há muito transportava revelar-se-ia, sobretudo nas horas infindas, no aeroporto da capital espanhola, com a comitiva a desesperar por um avião de regresso.
Já em Lisboa, enfermo, deu entrada no Santa Maria. Acusou pleurisia líquida, que curou mal, para o Sanatório do Caramulo haveria de ir, gorando-se a já acertada transferência, por 400 contos para o Atlético e 100 para Germano, a caminho de Alvalade. Ultrapassado o infortúnio, com a resposta afirmativa dos revigorados pulmões, ainda chegou a tempo de comemorar, na Tapadinha, o titulo nacional da II Divisão. E de rumar ao Benfica. Coluna, Águas, Costa Pereira, Cavém e tantos outros receberam o novel recruta sem parcimónia. Estávamos em 60/61. Campeão nacional, o Benfica preparava-se para revalidar o titulo e flores tentar fazer na Taça dos Campeões. Béla Guttmann, nesse particular, era o mais optimista.
Sabia-se que, um ano antes, pedira para que fosse exarado no novo contrato 200 contos de prémio em caso de triunfo na prova máxima dos clubes europeus. "Oh homem, ponha até mais 100!", terá dito um incrédulo dirigente. Guttmann não se fez rogado. E pôs.
Provavelmente, terá sido essa, a de 60/61, a melhor temporada do centenário Benfica. A primeira das sete de Germano. Ao Campeonato juntou-se o maior dos desideratos, o titulo europeu. Só que a Taça falhou, porque naquele jogo com o Vitória de Setúbal, apesar de haver já Eusébio, não havia mais titulares, de partida estavam para Berna, onde o Barcelona os esperava, tudo devido a um ridículo regulamento. E ainda hoje se fala da protecção das instâncias do futebol ao Benfica. Balelas, isso sim!
Com um Costa Pereira seguro, um Germano imperial, um Coluna autoritário, um José Augusto estonteante, um Águas concretizador, mais os outros, todos os outros companheiros de jornadas épicas, lá foi o Benfica, para conforto nacional, ultrapassando, sucessivamente, opositores como o Hearts, o Ujpest, o Aarhus, o Rapid e o Barcelona. No Estádio Warkdorf, na Suiça, no último dia de Março de 1961, pela primeira vez uma equipa lusa arrebatava o titulo europeu. Na manhã seguinte, o Mundo acordava muito mais... português.(http://1.bp.blogspot.com/_4nTdjjwwT3U/RfNSjYp6kVI/AAAAAAAAARc/3Z_yv161Qxc/s400/LastScan2.jpg)
Foi uma final comovente e sortuda para o Benfica. Kubala, Kocsis e Czibor eram do melhor que até então a Europa havia visto. Germano e seus pares da defensiva, não poucas vezes, viram-se em bolandas para os travarem. Valeu a solidariedade, valeu a mística. E Germano foi dos primeiros a fazer profissão de fé.
No ano imediato, igual cometimento. Frente ao Real Madrid, o Benfica bisava, transformando-se na mais famosa equipa do Velho Continente. Com o inevitável concurso de Germano, com Eusébio e Simões ainda na flor da juventude. Tudo eram rosas para o central encarnado, cujo futebol, de tão perfumado, aromava todas as veredas que atravessavam a aldeia da bola.
Germano manteve-se imperturbável. A fama e os louvores não buliram com aquela postura característica. Continuava a cultivar a diferença. Até nos estágios, por essa altura saturantes, porque muito prolongados. Conta Eusébio que "o Germano andava quase sempre com um livro debaixo do braço, enquanto nós, nas concentrações, só líamos jornais e revista". De tal sorte, que a língua viperina, mas carregada de humor, de Mário João, não tardou a alcunhá-lo de "Mister Book", para insatisfação do visado. "Ainda por cima eram sempre livros com mais de 500 páginas", completa Ângelo, sem muito puxar pela memória. Do álbum de recordações, lugar destacado para Germano. Tão igual no apego à bola, tão diferente nas (outras) opções de vida. Mas sempre simpático, que introvertido não é sinonimo de arrogante.
Perdida a terceira final consecutiva, frente ao AC Milan, sem Germano, sempre a padecer de lesões, afastado por Riera, a 27 de Maio de 1965 abria-se ao Benfica a hipótese de garantir o tricampeonato da Europa. Um temporal diluviano abatera-se sobre Milão, chegando a temer-se a realização do embate. O árbitro foi o suíço Gottfrield Dieusf que, um ano depois, estaria envolvido naquela controvérsia que até hoje dura, a da validação do terceiro golo da Inglaterra à Alemanha, no Mundial de 66.
O Inter abriu o activo, por intermédio do brasileiro Jair. Costa Pereira aprendeu talvez a dizer frango em italiano, tão mal batido foi. Abalado, macambúzio, lesionou-se e o frágil alicerce anímico insusceptibilizou também a recuperação. Foi assim que, aos 12 minutos da metade complementar, na impossibilidade de proceder a substituições, Germano calçou a luvas, ocupou lugar entre os postes e... defendeu tudo. Porém, não chegou, que a linha avançada, essa, demasiado abúlica, não conseguiu desfeitear o guardião transalpino.(http://3.bp.blogspot.com/_4nTdjjwwT3U/RfNSv4p6kWI/AAAAAAAAARk/xZqQG988VIY/s400/LastScan3.jpg)
Perdia-se assim aquela que o Benfica apelidou de taça da vergonha, disputada no terreno do adversário, coisa engendrada no silêncio dos bastidores, de nada valendo a justa contestação encarnada.
Durante um ano mais, Germano continuou a exibir-se ao melhor nível. Para trás ficava o calvário das lesões, que lhe havia tolhido a alma. Estávamos na antecâmara do Mundial de Inglaterra. Convocado foi e, mais importante ainda, era o capitão da equipa, sinal de incontestável liderança. Contudo, na mais brilhante operação do futebol português a nível de selecções, apenas se mostrou num jogo, o da vitória, por 3-0, com a turma nacional búlgara.
Quando regressou de Inglaterra, soube que estava na lista de dispensas de Fernando Riera. Apopléctico ficou, confrontada com a (má) nova. Poderia ter retaliado. Nessa altura ou mesmo pela vida fora. Mas não. Muitos anos depois, foi possível recolher-lhe uma das raras declarações, justamente sobre o homem que da Luz lhe deu guia de marcha: "Fernando Riera foi um grande treinador, uma pessoa amável, profundo conhecedor do futebol, incapaz de cometer injustiças no relacionamento com os jogadores". Também por aqui se explica esse traço incomum do seu temperamento.
Ao Benfica regressaria, a meio da época 67/68, quando Otto Glória reassumiu a liderança do futebol, substituindo Riera. Integrou como adjunto a equipa técnica da final europeia, de Wembley, ante o Manchester United. Mergulhou, depois, Germano, num silêncio quase permanente. E numa ausência dolorosa até à sua morte, ocorrida, por sardonismo, no ano do Centenário. Dele ficou rico legado.Tópico:
Memorial Benfica, GlóriasAutor: Ednilson
Link: http://serbenfiquista.com/forum/index.php?topic=22362.75;start=%1$d
o unico que fez somra ao Humberto Coelho...
Citação de: Bola7 em 18 de Setembro de 2008, 15:04
o unico que fez somra ao Humberto Coelho...
Este Bola7......então e o Félix.....
Ainda hoje, alguns especialista e praticantes mais antigos do culto da águia convergem no julgamento, segundo o qual Félix terá sido o melhor defesa-central de sempre do Benfica. Mesmo que à colação venham os nomes de Germano ou Humberto Coelho, de Mozer ou Ricardo Gomes. Não é do teu tempo..... ;D
Citação de: ednilson em 18 de Setembro de 2008, 15:08
Citação de: Bola7 em 18 de Setembro de 2008, 15:04
o unico que fez somra ao Humberto Coelho...
Este Bola7......então e o Félix.....
Ainda hoje, alguns especialista e praticantes mais antigos do culto da águia convergem no julgamento, segundo o qual Félix terá sido o melhor defesa-central de sempre do Benfica. Mesmo que à colação venham os nomes de Germano ou Humberto Coelho, de Mozer ou Ricardo Gomes.
Não é do teu tempo..... ;D
pois... :coolsmiley:
Para o meu pai o Germano era mesmo ligeiramente superior ao Humberto
Um dos maiores de sempre e para sempre! GERMANO!! :bandeiraslb:
Parece que perguntaram ao Pinto da Costa qual era o melhor onze de sempre do futebol Português e ele incluiu Germano, Coluna e Eusébio do Benfica.
Citação de: Corrosivo em 21 de Setembro de 2008, 09:31
Para o meu pai o Germano era mesmo ligeiramente superior ao Humberto
defendia melhor..mas o Humberto era mais completo...
O futebol do Germano transpirava magia, além de estar sempre no sítio certo para um desarme ou um corte de bola, com os pés fazia passes a 60 metros que chegavam redondinhos aos pés dos avançados.
Não o vi jogar, mas viu o meu Pai que passava os dias na luz com um casqueiro que dava para o dia todo a ver Juniores, Aspirantes, Reservas e Seniores.
vi-o muitas vezes e falei muitas vezes com ele na Tapadinha.
Um verdadeiro SENHOR com a bola e com as palavras.
Obrigado pelas belas tardes na Tapada e por tudo o que ofereceu ao Benfica.
Citação de: ednilson em 18 de Setembro de 2008, 15:08
Citação de: Bola7 em 18 de Setembro de 2008, 15:04
o unico que fez somra ao Humberto Coelho...
Este Bola7......então e o Félix.....
Ainda hoje, alguns especialista e praticantes mais antigos do culto da águia convergem no julgamento, segundo o qual Félix terá sido o melhor defesa-central de sempre do Benfica. Mesmo que à colação venham os nomes de Germano ou Humberto Coelho, de Mozer ou Ricardo Gomes.
Não é do teu tempo..... ;D
O próprio clube irradiou-o como praticante, após este ter pisado a gloriosa camisola do Benfica... na altura o clube era o dono e senhor do passe do jogador e este só saia mediante autorização do clube! resumindo o Benfica nunca mais deixou o Félix jogar, apesar deste ser talvez o melhor jogador português da altura e talvez ainda hoje um dos melhores centrais de sempre e ele acabou por ir treinar o Lusitano de Vila Real de santo antónio, acabando por deixar marcas no clube e na Vila ( na altura, agora cidade). De referir que o Lusitano teve muitos anos na 1ª divisão embora agora ande no sobe e desce entre a 3ª nacional e os regionais e que o clube é a delegação nº1 do sport Lisboa e Benfica!
(http://img168.imageshack.us/img168/1725/felixd.jpg) (http://img168.imageshack.us/i/felixd.jpg/)
Félix Antunes
(http://img405.imageshack.us/img405/3259/lusitanovrsa.jpg) (http://img405.imageshack.us/i/lusitanovrsa.jpg/)
Lusitano Futebol Clube
Citação de: Red skin em 23 de Agosto de 2008, 22:44(http://i578.photobucket.com/albums/ss225/GodBless22/181ew4.jpg)
Nome Completo: GERMANO de Figueiredo
Posição: Defesa Central
Nacionalidade: Português (Internacional A)
Data de Nascimento: 23-12-1932
Número da Camisola: ?
Pé Preferido: Direito
Épocas completas no Benfica: 14
Total de Jogos pelo Benfica: 131
Total de Golos pelo Benfica: 6
Títulos pelo Benfica:
2 Taças dos Campeões Europeus (1960/1961; 1961/1962)
4 Campeonatos Nacionais (1960/1961; 1962/1963; 1963/1964; 1964/1965)
2 Taças de Portugal (1961/1962; 1963/1964)
1960/1961
Jogos: 34
Golos: 3 (2 na Liga)
1961/1962
Jogos: 24
Golos: 3 (2 na Liga)
1962/1963
Jogos: 4
Golos: 0
1963/1964
Jogos: 13
Golos: 0
1964/1965
Jogos: 32
Golos: 0
1965/1966
Jogos: 23
Golos: 0
1966/1967
Jogos: 1
Golos: 0
[/l]
Dados actualizados!
(http://3.bp.blogspot.com/_4nTdjjwwT3U/TM9CVTaEHyI/AAAAAAAAFLs/ExCJOf-DaVs/s1600/GF001.jpg)
Félix, Germano, Humberto Coelho (e tantos outros) farão para sempre parte da Mística Benfiquista.
Discutir qual foi o melhor será sempre complicado. Existem argumentos válidos para cada um deles.
Citação de: Andy em 23 de Agosto de 2008, 22:52
Mitico...aquela farripa de cabelo na careca dava-lhe um estilo inconfundivel.
Vi uma vez o Eusebio e o José Augusto a contarem na tv, que durante um jogo no estrangeiro a noite foram ao quarto dele mais o Torres e lhe cortaram a farripa, que era o seu orgulho.
No outro dia de manha apareceu a chorar a dizer q lhe tinha caido o resto do cabelo..
Mas os outros nunca se descoseram.
Enorme central.
Esse Jose Augusto era um malandro. Na altura em que o Torres faleceu ele veio contar historias dos dois, e era com cada coisa que eles faziam ;D
Discutir qual foi o melhor não desprestigia o outro. Cada um foi o melhor no seu tempo.
GRANDE SENHOR!
Sou muito novo em relação a estes Senhores Imortais , e neste caso principalmente , sempre ouvi falar muito bem do grande Germano. Um Senhor central.
Isto é Benfica !
Morreu a chamar por José Augusto.
Isto ilustra bem o que era o Benfica na altura.
Quanto ao Germano, há males que vêem por bem. Esteve com dois pés no Sporting, em 57, mas acabou por não ir para lá devido a um grave problema de saúde - pleurísia líquida - que por ser de origem viral levou a que tivesse que sanar o problema nas termas do Caramulo. "Não queremos um tuberculoso" - disseram os dirigentes leoninos, e Germano continuou no "seu" Atlético... sorta a nossa e a dele, 3 anos depois rumaria ao Benfica, já com 27 anos, ams ainda a tempo de se sagrar bi-campeão europeu, ganhar 4 campeonatos nacionais e 2 taças de portugal.
Na célebre final de San Ciro, perdida contra o Inter em 1965, rumou à sua posição original, ou seja a baliza, onde tinha começado enquanto miúdo... com a "lesão" (frango) de Costa Pereira, o próprio Germano, também lesionado, acabou por ir para a baliza, inviabilizando que Domiciano Cávem (que se ofereceu prontamente para ocupar esse lugar) fizesse sucessivamente em finais da Taça dos Campeões Europeus os postos de avançado/médio/defesa e Guarda-redes, numa exibição histórica por parte do Benfica, que embora perdendo, dominou completamente o adversário apesar deste jogar na sua própria casa, a ponto de o presidente do Benfica ter pago do seu próprio bolso aos jogadores o prémio de vitória e a revista France-Football ter atribuido ao nosso clube o troféu de melhor equipa europeia do ano... Recordo que, para quem quiser recordar, essa final está para download na secção de multimédia do fórum.
Acabou por partir em 1966, após ter conquistado a medalha de ouro no Mundial. Aquando do Jubileu da UEFA, este organismo cotou Germano Figueiredo como o 53º futebolista que mais se destacou pós-1954. Di Stéfano disse: "Germano era um Monstro, o melhor defesa que alguma vez vi jogar", eu pessoalmente acredito na "Saeta Rubia"!
Cá fica uma foto de Germano na baliza:
(http://img41.imageshack.us/img41/2935/baliza.png) (http://img41.imageshack.us/i/baliza.png/)
Um imortalíssimo, é destes homens que se fez a fibra, a raça, o querer, a mística do Benfica!
Foi um grande jogador, Imortal....
O Benfica é construído por Homens desta fibra!
Imortal e ainda acho pouco!!!
Citação de: pcssousa em 04 de Novembro de 2010, 11:06
Quanto ao Germano, há males que vêem por bem. Esteve com dois pés no Sporting, em 57, mas acabou por não ir para lá devido a um grave problema de saúde - pleurísia líquida - que por ser de origem viral levou a que tivesse que sanar o problema nas termas do Caramulo. "Não queremos um tuberculoso" - disseram os dirigentes leoninos, e Germano continuou no "seu" Atlético... sorta a nossa e a dele, 3 anos depois rumaria ao Benfica, já com 27 anos, ams ainda a tempo de se sagrar bi-campeão europeu, ganhar 4 campeonatos nacionais e 2 taças de portugal.
Na célebre final de San Ciro, perdida contra o Inter em 1965, rumou à sua posição original, ou seja a baliza, onde tinha começado enquanto miúdo... com a "lesão" (frango) de Costa Pereira, o próprio Germano, também lesionado, acabou por ir para a baliza, inviabilizando que Domiciano Cávem (que se ofereceu prontamente para ocupar esse lugar) fizesse sucessivamente em finais da Taça dos Campeões Europeus os postos de avançado/médio/defesa e Guarda-redes, numa exibição histórica por parte do Benfica, que embora perdendo, dominou completamente o adversário apesar deste jogar na sua própria casa, a ponto de o presidente do Benfica ter pago do seu próprio bolso aos jogadores o prémio de vitória e a revista France-Football ter atribuido ao nosso clube o troféu de melhor equipa europeia do ano... Recordo que, para quem quiser recordar, essa final está para download na secção de multimédia do fórum.
Acabou por partir em 1966, após ter conquistado a medalha de ouro no Mundial. Aquando do Jubileu da UEFA, este organismo cotou Germano Figueiredo como o 53º futebolista que mais se destacou pós-1954. Di Stéfano disse: "Germano era um Monstro, o melhor defesa que alguma vez vi jogar", eu pessoalmente acredito na "Saeta Rubia"!
Cá fica uma foto de Germano na baliza:
(http://img41.imageshack.us/img41/2935/baliza.png) (http://img41.imageshack.us/i/baliza.png/)
Um imortalíssimo, é destes homens que se fez a fibra, a raça, o querer, a mística do Benfica!
obrigado por este texto. nao soube que o benfica foi considerado a melhor equipa em tal ano. que tristeza que entao nao se podiam trocar jogadores, já que costa pereira se tinha lesionado. se fosse assim ganhavamos, de certeza.
um jogador que realmente foi mais do que "IMORTAL", foi realmente um grande jogador de grandes qualidades e sacrifícios grande vontade e determinação para nos servir e ser UM GRANDE DOS GRANDES E GRANDIOSOS JOGADORES DO NOSSO GLORIOSO, S.L.BENFICA.
Cresci a ouvir o meu velhote dizer que até a atirar a bola para fora tinha mais classe que os outros todos juntos...
http://www.factor-web.com/cromo/idolos/html/idol-germano.htm
Revista Ídolos do Futebol. Espectacular.
Citação de: pcssousa em 04 de Novembro de 2010, 11:06
Quanto ao Germano, há males que vêem por bem. Esteve com dois pés no Sporting, em 57, mas acabou por não ir para lá devido a um grave problema de saúde - pleurísia líquida - que por ser de origem viral levou a que tivesse que sanar o problema nas termas do Caramulo. "Não queremos um tuberculoso" - disseram os dirigentes leoninos, e Germano continuou no "seu" Atlético... sorta a nossa e a dele, 3 anos depois rumaria ao Benfica, já com 27 anos, ams ainda a tempo de se sagrar bi-campeão europeu, ganhar 4 campeonatos nacionais e 2 taças de portugal.
Na célebre final de San Ciro, perdida contra o Inter em 1965, rumou à sua posição original, ou seja a baliza, onde tinha começado enquanto miúdo... com a "lesão" (frango) de Costa Pereira, o próprio Germano, também lesionado, acabou por ir para a baliza, inviabilizando que Domiciano Cávem (que se ofereceu prontamente para ocupar esse lugar) fizesse sucessivamente em finais da Taça dos Campeões Europeus os postos de avançado/médio/defesa e Guarda-redes, numa exibição histórica por parte do Benfica, que embora perdendo, dominou completamente o adversário apesar deste jogar na sua própria casa, a ponto de o presidente do Benfica ter pago do seu próprio bolso aos jogadores o prémio de vitória e a revista France-Football ter atribuido ao nosso clube o troféu de melhor equipa europeia do ano... Recordo que, para quem quiser recordar, essa final está para download na secção de multimédia do fórum.
Acabou por partir em 1966, após ter conquistado a medalha de ouro no Mundial. Aquando do Jubileu da UEFA, este organismo cotou Germano Figueiredo como o 53º futebolista que mais se destacou pós-1954. Di Stéfano disse: "Germano era um Monstro, o melhor defesa que alguma vez vi jogar", eu pessoalmente acredito na "Saeta Rubia"!
Cá fica uma foto de Germano na baliza:
(http://img41.imageshack.us/img41/2935/baliza.png) (http://img41.imageshack.us/i/baliza.png/)
Um imortalíssimo, é destes homens que se fez a fibra, a raça, o querer, a mística do Benfica!
Obrigado Sousa!!
segundo os mais antigos um dos melhores defesas que já passou pelo Benfica!
E de acordo com o melhor defesa de todos os tempos também.
Citação de: Fake Blood em 16 de Outubro de 2011, 18:42
http://www.factor-web.com/cromo/idolos/html/idol-germano.htm
Revista Ídolos do Futebol. Espectacular.
Grande relíquia. O0 O0 O0
Eu sou sincero, do Germano apenas vi as duas finais que o Benfica ganhou para a Taça dos Campeões.
Só agora é que realmente me caiu a ficha e percebi que provavelmente será mais fácil agora com toda esta tecnologia encontrar mais jogos clássicos (como essa tal final com o Inter).
Mas o que vi nessas duas finais (frente ao Barcelona e Real Madrid) do Germano, foi algo realmente impressionante.
Um central que me parecia muito à frente do seu tempo, com um posicionamento irrepreensível.
Um dos verdadeiros Imortais do Benfica.
(https://lh6.googleusercontent.com/-vOgU9c7Hsp4/TgSIXL9BjWI/AAAAAAAAONU/R50-OAeqgZk/s1024/1B55B1F3.jpg)
(https://lh5.googleusercontent.com/-Ju5LzM7LP_o/TgSIYG7ke5I/AAAAAAAAONU/srzHlMP0B5Y/s1024/3C91DCEF.jpg)
Germano, José Águas e o outro senhor não estou a ver. Quem é?
Citação de: Elvis the Pelvis em 31 de Dezembro de 2011, 16:40
Germano, José Águas e o outro senhor não estou a ver. Quem é?
Costa Pereira.
Citação de: Elvis the Pelvis em 31 de Dezembro de 2011, 18:18
Citação de: Pedro Marques em 31 de Dezembro de 2011, 17:36
Citação de: Elvis the Pelvis em 31 de Dezembro de 2011, 16:40
Germano, José Águas e o outro senhor não estou a ver. Quem é?
Costa Pereira.
Não consegui reconhecer, my bad. :ashamed:
::bater::
Na primeira foto até se compreendia a dúvida >:(
Germano, que senhor!
O meu pai viu-o jogar e diz que ele era um defesa temível e inultrapassável. Diz que ele e o Humberto Coelho são definitivamente os dois melhores centrais que viu jogar aqui no Glorioso. :slb2:
Citação de: H em 07 de Janeiro de 2012, 05:08
O meu pai viu-o jogar e diz que ele era um defesa temível e inultrapassável. Diz que ele e o Humberto Coelho são definitivamente os dois melhores centrais que viu jogar aqui no Glorioso. :slb2:
O meu pai diz o mesmo, se bem que para ele o Germano foi mesmo o melhor de todos.
Citação de: Germano em 07 de Janeiro de 2012, 11:20
Citação de: H em 07 de Janeiro de 2012, 05:08
O meu pai viu-o jogar e diz que ele era um defesa temível e inultrapassável. Diz que ele e o Humberto Coelho são definitivamente os dois melhores centrais que viu jogar aqui no Glorioso. :slb2:
O meu pai diz o mesmo, se bem que para ele o Germano foi mesmo o melhor de todos.
Sim ele diz que os dois juntos teriam feito uma defesa de outra galáxia. Ele contou-me que ele era um central "terrível" no melhor sentido possível, que estava sempre em cima do adversário, em todos os lados, a cortar bolas pelo ar e pelo chão, deitado, em pé ou sentado, que jogar contra ele era praticamente jogar contra uma parede da largura do campo! ;D
Um verdadeiro "gentil-homem". Glória do nosso Benfica!
Grande fotos, Pedro! Onde arranjaste isso?
Citação de: Menino do Côro em 10 de Janeiro de 2012, 03:37
Um verdadeiro "gentil-homem". Glória do nosso Benfica!
Grande fotos, Pedro! Onde arranjaste isso?
Tópico do grande José Águas ;)
"O melhor DC que eu vi jogar em toda a minha vida" diz o meu Pai sobre o Germano.
(http://img.photobucket.com/albums/v209/nettwerk/football/germano.jpg)
Fonte: revista "A Bola - 60º Aniversário"
80 anos do seu nascimento.
:bow2:
:bow2:
Entrevista ao Germano após vitória do Benfica na Escócia frente ao Hearts (1ª eliminatória da Taça dos Campeões Europeus da época 60/61):
http://youtu.be/ftoOumP3iWQ
O intelectual da equipa.
Enquanto os restantes jogadores liam revistas e jornais, nos estágios, Germano devorava os autores existencialistas.
Citação de: Dandy em 27 de Dezembro de 2012, 11:50
O intelectual da equipa.
Enquanto os restantes jogadores liam revistas e jornais, nos estágios, Germano devorava os autores existencialistas.
Já me tinham dito o mesmo ;)
(http://decapode.no.sapo.pt/HERDEIRO/GERMANO.jpg)
Citação de: Virus em 19 de Março de 2013, 06:52
(http://decapode.no.sapo.pt/HERDEIRO/GERMANO.jpg)
Epa fantástico! Peço desculpa pelo spam, mas isto é simplesmente lindo de se ver, da minha parte.
Germano de Figueiredo. Lisboa. 23 de Dezembro de 1932-2004. Defesa.
Épocas no Benfica: 7 (60/67). Jogos: 131. Golos: 6. Títulos: 4 (Campeonato Nacional), 2 (Taça de Portugal) e 2 (Taça dos Campeões).
Outros clubes: Atlético e Salgueiros. Internacionalizações: 24.(http://3.bp.blogspot.com/_4nTdjjwwT3U/TM9CVTaEHyI/AAAAAAAAFLs/ExCJOf-DaVs/s1600/GF001.jpg)
Quando Vinicius de Moraes escreveu "tristeza não tem fim, felicidade sim", não consta que se inspirasse em Germano. Talvez até jamais o tivesse conhecido. Mas aquele olhar melancólico, cheio de humanidade; aquele rosto austero, anunciando à vida inclemência; aquele porte rígido, transporte de aflições ou até raivas, era Germano, personalidade singular.
Nos seus tempos, infanto-juvenis, logo recebeu golpes pungentes. Perdeu o pai, três anos depois a mãe, entregue aos carinhos de uma irmã mais velha ficou. Talvez por essa altura só o futebol, embrionária paixão, lhe resgatasse a alma.
Nasceu no pitoresco bairro de Alcântara, de raízes populares, em 1932, por coincidência ano em que Salazar iniciou funções como Presidente do Conselho. O Atlético Clube de Portugal, por quem veio a suspirar, ainda não existia, era Carcavelinhos e União de Lisboa, mais tarde sim, deu-se a fusão, nascendo uma das mais emblemáticas agremiações desportivas. Era também Carlos Baptista, o seu ídolo, de Alcântara, é claro, nele encontrou o apelo pela bola, pelo jogo, pelo futebol.
Em 1947, Germano começou a militar nos infantis do Atlético. Optou pela baliza, guarda-redes seduzia-o, mas o treinador, esse mesmo, Carlos Baptista, referência maior do ainda miúdo, nele achou redutor a defesa das redes e metamorfoseou-o avançado-centro. O ciclo estava, porém, incompleto. A defesa-central se quedaria. Conclusivamente.
Quis o destino que se estreasse na equipa de honra do Atlético e logo frente ao Benfica. Ocupou o lugar de Armindo, defesa duro e experimentado, cuja lesão obrigou Janos Biri a chamar o jovem Germano. Venceu o Benfica, por 4-3. No rescaldo, nada em desabono do debutante. Mesmo assim, foi relegado para as reservas, que a idade não ajudava. Só que na segunda volta, ainda no Campo Grande, em grande jogou, titular se afirmou, logo Salvador do Carmo o fez internacional, frente à Áustria, quando substituiu o magoado Cabrita, marcou a estrela Orkwie e, naquele empate, se afirmou em definitivo.(http://4.bp.blogspot.com/_4nTdjjwwT3U/RfNSjIp6kUI/AAAAAAAAARU/YlsRaDCgW9U/s400/LastScan1.jpg)
A desdita não lhe dava tréguas. Em novo suplicio mergulhou. O pré-aviso foi uma constipação. Coisa pouca parecia. Em Braga, jogou debaixo dos rigores do Inverno minhoto e sentiu-se mal no fim da contenda. Como arribou um pouco, não se demitiu de fazer a digressão pela Turquia e pela Egipto, ao serviço da equipa nacional. Seguiu-se Madrid, com a farda da Selecção de Lisboa, em jogo organizado por um tal Carmen Franco, mulher do ditador espanhol. A virose que há muito transportava revelar-se-ia, sobretudo nas horas infindas, no aeroporto da capital espanhola, com a comitiva a desesperar por um avião de regresso.
Já em Lisboa, enfermo, deu entrada no Santa Maria. Acusou pleurisia líquida, que curou mal, para o Sanatório do Caramulo haveria de ir, gorando-se a já acertada transferência, por 400 contos para o Atlético e 100 para Germano, a caminho de Alvalade. Ultrapassado o infortúnio, com a resposta afirmativa dos revigorados pulmões, ainda chegou a tempo de comemorar, na Tapadinha, o titulo nacional da II Divisão. E de rumar ao Benfica. Coluna, Águas, Costa Pereira, Cavém e tantos outros receberam o novel recruta sem parcimónia. Estávamos em 60/61. Campeão nacional, o Benfica preparava-se para revalidar o titulo e flores tentar fazer na Taça dos Campeões. Béla Guttmann, nesse particular, era o mais optimista.
Sabia-se que, um ano antes, pedira para que fosse exarado no novo contrato 200 contos de prémio em caso de triunfo na prova máxima dos clubes europeus. "Oh homem, ponha até mais 100!", terá dito um incrédulo dirigente. Guttmann não se fez rogado. E pôs.
Provavelmente, terá sido essa, a de 60/61, a melhor temporada do centenário Benfica. A primeira das sete de Germano. Ao Campeonato juntou-se o maior dos desideratos, o titulo europeu. Só que a Taça falhou, porque naquele jogo com o Vitória de Setúbal, apesar de haver já Eusébio, não havia mais titulares, de partida estavam para Berna, onde o Barcelona os esperava, tudo devido a um ridículo regulamento. E ainda hoje se fala da protecção das instâncias do futebol ao Benfica. Balelas, isso sim!
Com um Costa Pereira seguro, um Germano imperial, um Coluna autoritário, um José Augusto estonteante, um Águas concretizador, mais os outros, todos os outros companheiros de jornadas épicas, lá foi o Benfica, para conforto nacional, ultrapassando, sucessivamente, opositores como o Hearts, o Ujpest, o Aarhus, o Rapid e o Barcelona. No Estádio Warkdorf, na Suiça, no último dia de Março de 1961, pela primeira vez uma equipa lusa arrebatava o titulo europeu. Na manhã seguinte, o Mundo acordava muito mais... português.(http://1.bp.blogspot.com/_4nTdjjwwT3U/RfNSjYp6kVI/AAAAAAAAARc/3Z_yv161Qxc/s400/LastScan2.jpg)
Foi uma final comovente e sortuda para o Benfica. Kubala, Kocsis e Czibor eram do melhor que até então a Europa havia visto. Germano e seus pares da defensiva, não poucas vezes, viram-se em bolandas para os travarem. Valeu a solidariedade, valeu a mística. E Germano foi dos primeiros a fazer profissão de fé.
No ano imediato, igual cometimento. Frente ao Real Madrid, o Benfica bisava, transformando-se na mais famosa equipa do Velho Continente. Com o inevitável concurso de Germano, com Eusébio e Simões ainda na flor da juventude. Tudo eram rosas para o central encarnado, cujo futebol, de tão perfumado, aromava todas as veredas que atravessavam a aldeia da bola.
Germano manteve-se imperturbável. A fama e os louvores não buliram com aquela postura característica. Continuava a cultivar a diferença. Até nos estágios, por essa altura saturantes, porque muito prolongados. Conta Eusébio que "o Germano andava quase sempre com um livro debaixo do braço, enquanto nós, nas concentrações, só líamos jornais e revista". De tal sorte, que a língua viperina, mas carregada de humor, de Mário João, não tardou a alcunhá-lo de "Mister Book", para insatisfação do visado. "Ainda por cima eram sempre livros com mais de 500 páginas", completa Ângelo, sem muito puxar pela memória. Do álbum de recordações, lugar destacado para Germano. Tão igual no apego à bola, tão diferente nas (outras) opções de vida. Mas sempre simpático, que introvertido não é sinonimo de arrogante.
Perdida a terceira final consecutiva, frente ao AC Milan, sem Germano, sempre a padecer de lesões, afastado por Riera, a 27 de Maio de 1965 abria-se ao Benfica a hipótese de garantir o tricampeonato da Europa. Um temporal diluviano abatera-se sobre Milão, chegando a temer-se a realização do embate. O árbitro foi o suíço Gottfrield Dieusf que, um ano depois, estaria envolvido naquela controvérsia que até hoje dura, a da validação do terceiro golo da Inglaterra à Alemanha, no Mundial de 66.
O Inter abriu o activo, por intermédio do brasileiro Jair. Costa Pereira aprendeu talvez a dizer frango em italiano, tão mal batido foi. Abalado, macambúzio, lesionou-se e o frágil alicerce anímico insusceptibilizou também a recuperação. Foi assim que, aos 12 minutos da metade complementar, na impossibilidade de proceder a substituições, Germano calçou a luvas, ocupou lugar entre os postes e... defendeu tudo. Porém, não chegou, que a linha avançada, essa, demasiado abúlica, não conseguiu desfeitear o guardião transalpino.(http://3.bp.blogspot.com/_4nTdjjwwT3U/RfNSv4p6kWI/AAAAAAAAARk/xZqQG988VIY/s400/LastScan3.jpg)
Perdia-se assim aquela que o Benfica apelidou de taça da vergonha, disputada no terreno do adversário, coisa engendrada no silêncio dos bastidores, de nada valendo a justa contestação encarnada.
Durante um ano mais, Germano continuou a exibir-se ao melhor nível. Para trás ficava o calvário das lesões, que lhe havia tolhido a alma. Estávamos na antecâmara do Mundial de Inglaterra. Convocado foi e, mais importante ainda, era o capitão da equipa, sinal de incontestável liderança. Contudo, na mais brilhante operação do futebol português a nível de selecções, apenas se mostrou num jogo, o da vitória, por 3-0, com a turma nacional búlgara.
Quando regressou de Inglaterra, soube que estava na lista de dispensas de Fernando Riera. Apopléctico ficou, confrontada com a (má) nova. Poderia ter retaliado. Nessa altura ou mesmo pela vida fora. Mas não. Muitos anos depois, foi possível recolher-lhe uma das raras declarações, justamente sobre o homem que da Luz lhe deu guia de marcha: "Fernando Riera foi um grande treinador, uma pessoa amável, profundo conhecedor do futebol, incapaz de cometer injustiças no relacionamento com os jogadores". Também por aqui se explica esse traço incomum do seu temperamento.
Ao Benfica regressaria, a meio da época 67/68, quando Otto Glória reassumiu a liderança do futebol, substituindo Riera. Integrou como adjunto a equipa técnica da final europeia, de Wembley, ante o Manchester United. Mergulhou, depois, Germano, num silêncio quase permanente. E numa ausência dolorosa até à sua morte, ocorrida, por sardonismo, no ano do Centenário. Dele ficou rico legado.Tópico:
Memorial Benfica, GlóriasAutor: Ednilson
Link: http://serbenfiquista.com/forum/index.php?topic=22362.75;start=%1$d
:bow2:
Tão cá atrás Campeão?
Quanto não dava eu para ter hoje em dia um jogador com metade da sua qualidade na equipa principal.
Nem digas apenas jogador por si só. Até o homem!
Hearts 1-2 Benfica | Taça dos Campeões Europeus 1960/61 - 1ªEliminatória (1ªMão) (http://serbenfiquista.com/jogo/hearts-1-x-2-sl-benfica)
(http://www.abload.de/img/germano42jlj.gif)
Benfica 3-2 Barcelona | Taça dos Campeões Europeus 1960/61 - Final (http://serbenfiquista.com/jogo/sl-benfica-3-x-2-barcelona)
(http://www.abload.de/img/germano9ex1t.gif)
Pela carequinha parece-me o Germano, pelo número da camisola não. Mas claro que o número poderia variar. Se alguém confirmar / desmentir ser ele, agradeço.
É o Germano, sim. Usou o #3.
Parece ter sido uma pessoa fascinante que combinou uma infância dura, uma personalidade serena e segura, uma grande capacidade técnica e física que fez dele um atleta de eleição e ainda virtudes intelectuais. Notável.
Ah, e esse número 3 teve depois um grande herdeiro: Humberto Coelho. Alguém sabe qual era o número de Félix? Se tiver sido o mesmo número então os três maiores defesas centrais portugueses do Benfica tiveram mais alguma coisa em comum para além da classe.
O Félix foi o #5.
Confirmo, mas chegou a jogar com o 3 e até o 4.
Vai ter uma reportagem sobre ele.
:bow2: Dos vídeos que vi, tinha uma categoria a cortar e a sair a jogar.
Parabéns, Sr. Germano! Que orgulho fazer anos no mesmo dia que este senhor.
(http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/xarqdigitalizacaocontent/Imagem.aspx?ID=1586788&Mode=M&Linha=1&Coluna=1)
Enorme!
Um Senhor.
(http://i61.tinypic.com/kb3ej7.jpg)
.
Citação de: Andy em 23 de Agosto de 2008, 22:52
Benfica 3-2 Barcelona | Taça dos Campeões Europeus 1960/61 - Final (http://serbenfiquista.com/jogo/sl-benfica-3-x-2-barcelona)
(http://www.abload.de/img/germano9ex1t.gif)
Provavelmente o corte mais importante da história do Benfica.
Citação de: MonstroDasCuecasRotas em 10 de Junho de 2014, 21:39
Provavelmente o corte mais importante da história do Benfica.
(http://blogs.lancenet.com.br/maurobeting/wp-content/uploads/2010/10/aaa-mario-jo%C3%A3o.jpg)
Mário João no mesmo jogo...
Citação de: Fake Blood em 10 de Junho de 2014, 21:54
Citação de: MonstroDasCuecasRotas em 10 de Junho de 2014, 21:39
Provavelmente o corte mais importante da história do Benfica.
(http://blogs.lancenet.com.br/maurobeting/wp-content/uploads/2010/10/aaa-mario-jo%C3%A3o.jpg)
Mário João no mesmo jogo...
Sería o empate. No corte de Germano seria o 0-2... Ardía.
Na do Germano podia não dar em golo :coolsmiley:
Final sofrida. À Benfica.
Hilariante :2funny:
(http://3.bp.blogspot.com/_BbdN53heDW8/S69uYV0MaCI/AAAAAAAACWk/lNtorR7NklI/s1600/digitalizar0002.jpg)
retirado daqui:
http://invitaminerva45.blogspot.pt/2010/03/qual-atletico.html (http://invitaminerva45.blogspot.pt/2010/03/qual-atletico.html)
Parabéns (um pouco atrasados), Sr. Germano! Teria feito 82 anos se ainda estivesse entre nós.
Parabéns!!!
(http://images-00.delcampe-static.net/img_large/auction/000/284/056/694_001.jpg)
Saudade e glória. Chegou tarde mas deixou marca.
É mesmo imortal. Parabéns atrasados.
Ei-lo no Atlético: primeiro em cima, da esquerda para a direita.
(https://scontent-mad1-1.xx.fbcdn.net/hphotos-xpf1/v/t1.0-9/11863318_882651178487033_1609761182781883147_n.jpg?oh=a19e0d1266bf5150e25b76babea8c8f8&oe=5674A088)
Patrão!
No Benfica cobriu-se de glória. Teve apenas dois problemas: as lesões e Fernando Riera. Teve ele e tiveram todos os Benfiquistas.
muito obrigado a todos que aqui postam os fotos. grandes recordacoes...
grande jogador tb, sem dúvida...
http://www.atleticocp.pt/site/futebol/sessao-de-homenagem-a-germano-de-figueiredo/
Homenagem da Junta de Freguesia de Alcântara ao Germano, no 13o aniversário da sua morte.
Ficaria bem ao Benfica associar-se a esta iniciativa.
O melhor defesa central de sempre do Sport Lisboa e Benfica.A este Imortal de seu nome Germano de Figueiredo só encontro uma palavra para o definir:Classe.
Obrigado.
Categoria máxima!
(https://i.imgur.com/U6NB9vU.jpg)
É com orgulho que a Direcção do Atlético Clube de Portugal anuncia que no dia 25 de Março (Domingo) irá ser jogado no Estádio da Tapadinha a 1ª Edição do Troféu Germano de Figueiredo.
Germano de Figueiredo é, mais do que o maior símbolo futebolístico do Atlético, uma figura emblemática do desporto nacional e que marcará, para sempre, a história do futebol português. Com este Troféu queremos homenagear o jogador e a pessoa que, nascido e criado no bairro de Alcântara, se tornou um dos porta-estandartes responsáveis por elevar o nome do Atlético Clube de Portugal.
A 1ª edição do Troféu Germano de Figueiredo será realizado no Domingo dia 25 de Março no Estádio da Tapadinha pelas 15h00, onde teremos a honra de receber uma comitiva do Sport Lisboa e Benfica (outro dos clubes que o nosso Germano representou, conseguindo inclusive a conquista da Taça dos Campeões Europeus), liderada por Rui Costa e por outras 'velhas glórias' dos encarnados.
No Domingo será feita uma verdadeira festa de homenagem a Germano de Figueiredo, pelo que contamos com a presença de todos os seus consócios e adeptos, assim como as gentes da sua comunidade. Contamos consigo!
Os bilhetes custarão 2€ para sócios do Atlético e 5€ para não sócios.
Uma homenagem merecidissima a um dos jogadores com mais classe que vestiram o Manto Sagrado. Em termos de classe só Humberto,Felix,Mozer e Ricardo poderam ombrear com o Divino Calvo.
(https://i.imgur.com/q230Gc8.jpg)
Merecia mais,muito mais,grande Germano
diga-se que a "imagem" que homenageia o Germano, em Alcântara, é horrível. creio que podia ter sido feito algo melhor
conseguiu juntar o simão e o bruno aguiar na maesma equipa outra vez
Grande!
:slb2:
O meu cota,que volto a referir é sportinguista e nao lagarto,diz-me sempre que foi dos jogadores com maior classe que viu.
Citação de: Alexandre1976 em 26 de Março de 2018, 20:27
O meu cota,que volto a referir é sportinguista e nao lagarto,diz-me sempre que foi dos jogadores com maior classe que viu.
Há uns anos, Pinto da Costa foi desafiado a eleger o melhor 11 de sempre. Escolheu 3 Benfiquistas: Eusébio, Coluna e...Germano.
Era um jogador que colhia admiração até dos rivais.
Pergunta feita a José Augusto
- Qual foi o colega de profissão que mais o marcou?
- Germano. Germano Figueiredo. Nós, através da Selecção Nacional e antes no Benfica, criámos uma empatia muito forte, muito embora, enfim, de uma certa forma, eu possa dizer todos os colegas, de uma maneira geral. O José Torres. Éramos uns brincalhões, os dois, a fazer partidas aos colegas. O José Águas, o Ângelo, o Costa Pereira. Havia uma amizade muito grande, mas aquele que me marcou mais foi o Germano e talvez eu também o tenha marcado bastante porque... Ele morreu a gritar por mim, a chamar por mim. Foi-me dito pela senhora que vivia com ele. É uma recordação que me atormenta um bocado porque não pude lá estar.
Sei que o Eusébio considerava o Germano o melhor central com quem jogou e metia-o na sua equipa ideal...
Germano foi talvez o melhor central de sempre do nosso futebol.
O proto-Beckenbauer.